Folha de noticiário da Rádio Comercial.
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
ESCRITA EM PORTUGAL
Esta autobiografia de Boy George em que o ex-vocalista dos Culture Club assume a sua homossexualidade e revela a luta feroz contra a droga tem uma característica interessante: foi escrita em Portugal.
O livro foi escrito em 1993 em casa de uma advogada de Portimão, Ana Silvestre, na altura vereadora da Câmara Municipal de Lagoa.
Como assim?
Ana Silvestre é amiga há mais de três décadas de Spencer Bright, o jornalista britânico que ajudou Boy George na escrita.
"Trouxeram computadores e impressoras e estiveram durante duas semanas, em Junho de 1993, em minha casa a escrever", contou a advogada ao jornalista que a descobriu.
"Spencer queria um sítio calmo, onde pudesse estar sossegado com Boy George a escrever o livro, longe dos amigos e do bulício de Londres. A minha casa é muito simples, sem piscina, sem nada, na zona do Carvoeiro, sendo uma moradia em banda.
"Boy George está completamente reabilitado, não fuma, não bebe álcool, continua budista e é ferozmente vegetariano, cozinhando a sua própria comida.
"O cantor andou pelo Algarve vestido normalmente e até ficava um pouco aborrecido quando era reconhecido".
Ana Maria Boto Silvestre ganhou uma citação no livro.
O livro foi escrito em 1993 em casa de uma advogada de Portimão, Ana Silvestre, na altura vereadora da Câmara Municipal de Lagoa.
Como assim?
Ana Silvestre é amiga há mais de três décadas de Spencer Bright, o jornalista britânico que ajudou Boy George na escrita.
"Trouxeram computadores e impressoras e estiveram durante duas semanas, em Junho de 1993, em minha casa a escrever", contou a advogada ao jornalista que a descobriu.
"Spencer queria um sítio calmo, onde pudesse estar sossegado com Boy George a escrever o livro, longe dos amigos e do bulício de Londres. A minha casa é muito simples, sem piscina, sem nada, na zona do Carvoeiro, sendo uma moradia em banda.
"Boy George está completamente reabilitado, não fuma, não bebe álcool, continua budista e é ferozmente vegetariano, cozinhando a sua própria comida.
"O cantor andou pelo Algarve vestido normalmente e até ficava um pouco aborrecido quando era reconhecido".
Ana Maria Boto Silvestre ganhou uma citação no livro.
UM CALHAMAÇO DE ENCICLOPÉDIA
OUTRA IMPERDÍVEL
SUBIU DE PREÇO
O preço da Record Collector subiu este mês 3,5 por cento, mesmo assim nada comparável ao desejado (pelos industriais) aumento do preço da carcaça/papo seco.
A revista custa agora 7,5 euros. Na origem, ou seja, na Grã-Bretanha, aumentou apenas 2,7 por cento. Alguém está a ganhar 0,9 pontos percentuais.
A Tema, desta feita, portou-se melhor: só aumentou 2,7 por cento (o aumento da origem), passando de 7,4 euros para 7,60 euros, mesmo assim mais 10 cêntimos do que noutras lojas/bancas.
A revista custa agora 7,5 euros. Na origem, ou seja, na Grã-Bretanha, aumentou apenas 2,7 por cento. Alguém está a ganhar 0,9 pontos percentuais.
A Tema, desta feita, portou-se melhor: só aumentou 2,7 por cento (o aumento da origem), passando de 7,4 euros para 7,60 euros, mesmo assim mais 10 cêntimos do que noutras lojas/bancas.
UM LIVRO DE PASMAR
Bill Wyman é o curador da história dos Rolling Stones. Tem publicado interessante material sobre o assunto bem como mostra parte das memórias da banda no Sticky Fingers, como aqui já se viu.
Mal seria se não publicasse uma autobiografia. Eu li esta, de 1990, e abriu-se-me a boca. Bill Wyman não tem papas na língua, mesmo no que às aventuras sexuais diz respeito.
Adoro autobiografias.
A MINHA BÍBLIA PARA ELVIS
SANDY DENNY
ISLAND - 11.551 - 1973 - edição espanhola
Andámos todos pela mesma altura a apaixonarmo-nos com as mesmas canções.
Este comprei-o em Viseu no dia 06 de Dezembro de 1974 quando era praticamente o 2º comandante do RI14, apesar de alferes miliciano.
Um outro alferes miliciano meu amigo (de quem sou agora padrinho de casamento) tinha um Fiat 124 descapotável. Agora imaginem: de farda (que era o que estava a dar), cabelos ao vento...
Andámos todos pela mesma altura a apaixonarmo-nos com as mesmas canções.
Este comprei-o em Viseu no dia 06 de Dezembro de 1974 quando era praticamente o 2º comandante do RI14, apesar de alferes miliciano.
Um outro alferes miliciano meu amigo (de quem sou agora padrinho de casamento) tinha um Fiat 124 descapotável. Agora imaginem: de farda (que era o que estava a dar), cabelos ao vento...
CLIFFORD T. WARD
THE FAMOUS CHARISMA LABEL 6369 934 -1973
Gaye - Wherewithall - The Dubious Circus Company - Nightingale - Where Would That Leave Me - The Traveller - Home Thoughts From Abroad - Where's It Going To End - Time, The Magician, Give Me One More Chance - Old Wind Blowing - The Open University - Crisis
Também gosto de Clifford T. Ward, mas nesta onda acho que prefiro Paul Williams.
Gaye - Wherewithall - The Dubious Circus Company - Nightingale - Where Would That Leave Me - The Traveller - Home Thoughts From Abroad - Where's It Going To End - Time, The Magician, Give Me One More Chance - Old Wind Blowing - The Open University - Crisis
Também gosto de Clifford T. Ward, mas nesta onda acho que prefiro Paul Williams.
A ACADÉMICA É O MAIS VELHO
O Benfica anda todo contente a celebrar 104 anos de existência, alguma dela gloriosa, reconheço, mas o mais velho clube de futebol português é a Associação Académica de Coimbra, cujo emblema rigorosamente exacto se reproduz (por exemplo não tem o pau da bandeira como erradamente se coloca).
A Associação Académica de Coimbra fez no passado dia 03 de Novembro 120 anos.
Segue-se a vizinha Naval, porque é da Figueira da Foz, que faz 115 anos no dia 01 de Maio (por isso se chama Associação Naval 1º de Maio).
O podium encerra com o FC Porto que também faz 115 anos, mas no dia 28 de Setembro (aniversário do irmão caçula).
O Boavista faz 105 anos, o Benfica fez 104, o Sporting faz 102 e o Leixões 101.
A Associação Académica de Coimbra fez no passado dia 03 de Novembro 120 anos.
Segue-se a vizinha Naval, porque é da Figueira da Foz, que faz 115 anos no dia 01 de Maio (por isso se chama Associação Naval 1º de Maio).
O podium encerra com o FC Porto que também faz 115 anos, mas no dia 28 de Setembro (aniversário do irmão caçula).
O Boavista faz 105 anos, o Benfica fez 104, o Sporting faz 102 e o Leixões 101.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
GARY SHEARSTON
A propósito da "Great Rock Discography", José trouxe à liça Gary Shearston. Julguei que ninguém o conhecia, mesmo lá fora. Foi um castigo para arranjar esta versão de "I Get A Kick" em CD. E só o consegui, precisamente no eBay no dia 12 de Outubro de 2006 num vendedor na Austrália.
E mesmo assim tive de lhe perguntar se era a versão original ou uma regravação, ao que amavelmente me garantiu que se tratava mesmo da original.
Experimente o José fazer uma busca no eBay ou na Amazon ou na Gemm à procura de Gary Shearston e analise os resultados. O inusitado seria, ao invés, que Martin C. Strong o tivesse incluído. Aliás ele explica bem as entradas, as omissões e as alterações.
Já agora deixem-me transcrever o que anotei no single que foi comprado no dia 11 de Março de 1975 na Valentim de Carvalho do Castil:
Quando comprei este disco, cerca do meio-dia, vi o avião que metralhou o RAL 1. Na altura não liguei ao aparelho. Para mim, era normal. Depois é que soube da tentativa de golpe de Estado.
O meu Rato não poderia ter hoje este tipo de memória escrita.
E mesmo assim tive de lhe perguntar se era a versão original ou uma regravação, ao que amavelmente me garantiu que se tratava mesmo da original.
Experimente o José fazer uma busca no eBay ou na Amazon ou na Gemm à procura de Gary Shearston e analise os resultados. O inusitado seria, ao invés, que Martin C. Strong o tivesse incluído. Aliás ele explica bem as entradas, as omissões e as alterações.
Já agora deixem-me transcrever o que anotei no single que foi comprado no dia 11 de Março de 1975 na Valentim de Carvalho do Castil:
Quando comprei este disco, cerca do meio-dia, vi o avião que metralhou o RAL 1. Na altura não liguei ao aparelho. Para mim, era normal. Depois é que soube da tentativa de golpe de Estado.
O meu Rato não poderia ter hoje este tipo de memória escrita.
DAVE MARSH ESCREVE SOBRE OS WHO
UM VERDADEIRO TRABALHO DE AMOR
Esta é a 5ª edição, de 2000. Faço ideia das edições subsequentes.
É impressionante o preciosismo desta discografia, o seu rigor, o seu pormenor ínfimo. Eu até acho que tem informação a mais, não essencial.
Absolutamente essencial, até porque a informação na Internet tem o seu quê de duvidoso. É sempre necessário confirmá-la.
É impressionante o preciosismo desta discografia, o seu rigor, o seu pormenor ínfimo. Eu até acho que tem informação a mais, não essencial.
Absolutamente essencial, até porque a informação na Internet tem o seu quê de duvidoso. É sempre necessário confirmá-la.
MUSIC MASTER 02
Também eu sou um fã inveterado do papel, embora seja um utilizador significativo da Internet.
Esta já é a 3ª edição (1991) do Music Master apresentado por JC, de facto inestimável.
É um calhamaço em papel bíblia com 1.735 páginas.
Há outras edições semelhantes igualmente com o seu interesse.
Esta já é a 3ª edição (1991) do Music Master apresentado por JC, de facto inestimável.
É um calhamaço em papel bíblia com 1.735 páginas.
Há outras edições semelhantes igualmente com o seu interesse.
MUSIC MASTER 01
Nos tempos pré internet, lá pelo fim dos anos oitenta do século XX, comprei este livro em Londres pela módica quantia de £14.95.
Tem mais de 1 500 págns., escritas em letra microscópica, e tendo como entrada cada canção, assinala as suas várias interpretações e em que álbuns (LP's) foram editadas.
Ainda hoje, apesar da net, me socorro por vezes dele. Inestimável.
Colaboração de JC
Tem mais de 1 500 págns., escritas em letra microscópica, e tendo como entrada cada canção, assinala as suas várias interpretações e em que álbuns (LP's) foram editadas.
Ainda hoje, apesar da net, me socorro por vezes dele. Inestimável.
Colaboração de JC
CELLY CAMPELLO A VERMELHO
PARLOPHONE - LGEP 4013 - edição portuguesa (s/data)
Estúpido Cupido/Stupid Cupid (Neil Sedaka/Howard Greenfield/Fred Jorge) - The Secret (Joe Lubin/I.J. Roth) - Túnel do Amor/Have Lips Will Kiss In The Tunnel Of Love (Patty Fisher/Bob Roberts/Fred Jorge) - Muito Jovem/Just Young (Lya S. Roberts/Fred Jorge)
Adquirido pelo irmão mais velho em Pereiras, aldeia do Vale do Vouga, no dia 04 de Setembro de 1960.
Estúpido Cupido/Stupid Cupid (Neil Sedaka/Howard Greenfield/Fred Jorge) - The Secret (Joe Lubin/I.J. Roth) - Túnel do Amor/Have Lips Will Kiss In The Tunnel Of Love (Patty Fisher/Bob Roberts/Fred Jorge) - Muito Jovem/Just Young (Lya S. Roberts/Fred Jorge)
Adquirido pelo irmão mais velho em Pereiras, aldeia do Vale do Vouga, no dia 04 de Setembro de 1960.
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Celly Campello,
Jovem Guarda,
Made In Portugal
ONDE É QUE EU JÁ VI ISTO?
Terá sido aqui?
Já agora, legenda da fotografia da esquerda para a direita: Don Kirshner, Al Nevins, Gerry Goffin, Carole King e Little Eva.
Coincidências.
Já agora, legenda da fotografia da esquerda para a direita: Don Kirshner, Al Nevins, Gerry Goffin, Carole King e Little Eva.
Coincidências.
OH! NEIL
RCA - 45N 0910 - edição italiana (1959)
Oh! Carol (Howard Greenfield/Neil Sedaka) - One Way Ticket (H. Hunter/J. Keller)
Troca de mimos (no verdadeiro sentido da palavra) entre Neil Sedaka e Carole King.
Neil Sedaka e Howard Greenfield escreveram "Oh! Carol" em 1959 em homenagem a Carole King, então uma visita do Brill Building.
No ano seguinte, a dupla Gerry Goffin/Carole King retribuiu com um expressivo "Oh! Neil" (single Alpine), uma gravação extremamente difícil de encontrar, mas graças à qual Don Kirshner assinou com a dupla de compositores.
A música de "Oh! Neil" é a mesma de "Oh! Carol" para a coisa ficar mais romântica.
Oh! Carol (Howard Greenfield/Neil Sedaka) - One Way Ticket (H. Hunter/J. Keller)
Troca de mimos (no verdadeiro sentido da palavra) entre Neil Sedaka e Carole King.
Neil Sedaka e Howard Greenfield escreveram "Oh! Carol" em 1959 em homenagem a Carole King, então uma visita do Brill Building.
No ano seguinte, a dupla Gerry Goffin/Carole King retribuiu com um expressivo "Oh! Neil" (single Alpine), uma gravação extremamente difícil de encontrar, mas graças à qual Don Kirshner assinou com a dupla de compositores.
A música de "Oh! Neil" é a mesma de "Oh! Carol" para a coisa ficar mais romântica.
PROTEGIDOS DO "EM ÓRBITA"
ODEON - J 062-04.894 - edição espanhola (1971)
Black Eyes - Tiny Robin - Simplify Your Head - Ronnie - Far Away Falling - Let's Say Goodbye - Lonesome Mole - Thank Heavens I've Got You - Lady Of The Morning - The Time To Care - Come Back To Nature - All Day, All Night Blues
Ex-Shadows que o "Em Órbita" acarinhou e fez êxito. Havia duas ou três canções deste álbum, acho que "Tiny Robin", "Lady Of The Morning" e "The Time To Care", que tocavam todos os dias, ou quase.
Não falta aqui nenhum dos Shadows e Alan Parsons era - vejam lá - um mero tape operator.
Adquirido em Orense (Espanha) em Setembro de 1972 e oferecido ao irmão caçula.
Black Eyes - Tiny Robin - Simplify Your Head - Ronnie - Far Away Falling - Let's Say Goodbye - Lonesome Mole - Thank Heavens I've Got You - Lady Of The Morning - The Time To Care - Come Back To Nature - All Day, All Night Blues
Ex-Shadows que o "Em Órbita" acarinhou e fez êxito. Havia duas ou três canções deste álbum, acho que "Tiny Robin", "Lady Of The Morning" e "The Time To Care", que tocavam todos os dias, ou quase.
Não falta aqui nenhum dos Shadows e Alan Parsons era - vejam lá - um mero tape operator.
Adquirido em Orense (Espanha) em Setembro de 1972 e oferecido ao irmão caçula.
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Alan Parsons,
Em Órbita,
Marvin Welch and Farrar
MORREU BUDDY MILES
Buddy Miles, baterista que fundou e tocou na Band of Gypsys com Jimi Hendrix, faleceu terça-feira, dia 26, em Austin com 60 anos.
Miles nasceu a 5 de Setembro no Nebraska e começou por tocar nos Bebops. Mais tarde, tocou com Wilson Pickett, The Delfonics e The Ink Spots.
Com Hendrix, estreou-se no disco «Electric Ladyland» ainda antes da Band of Gypsys existir.
Depois da morte do guitarrista, participou em álbuns póstumos deste.
O final da década de 70 e o princípio de 80 seriam penosos. Buddy Miles passaria algum tempo na prisão devido a posse de drogas.
David Bowie, Stevie Wonder, Carlos Santana, Barry White e George Clinton foram alguns dos músicos com quem tocou. A sua família prepara agora um concerto de tributo em sua memória.
Colaboração de Jaime Pereira
Miles nasceu a 5 de Setembro no Nebraska e começou por tocar nos Bebops. Mais tarde, tocou com Wilson Pickett, The Delfonics e The Ink Spots.
Com Hendrix, estreou-se no disco «Electric Ladyland» ainda antes da Band of Gypsys existir.
Depois da morte do guitarrista, participou em álbuns póstumos deste.
O final da década de 70 e o princípio de 80 seriam penosos. Buddy Miles passaria algum tempo na prisão devido a posse de drogas.
David Bowie, Stevie Wonder, Carlos Santana, Barry White e George Clinton foram alguns dos músicos com quem tocou. A sua família prepara agora um concerto de tributo em sua memória.
Colaboração de Jaime Pereira
PATXI ANDION (03)
PATXI ANDION (02)
PATXI ANDION (01)
MOVIEPLAY SN.20.168 - 1968 - edição espanhola
Canto - La Jacinta
Já que José Almada aqui falou de Patxi Andion e do seu desejo - só agora revelado - em imitá-lo na pronúncia (por isso cantava axim), deixo algumas recordações.
Este "Canto" é das canxões mais sublimes do cantor basco registado em Madrid.
Uma curiosidade: no lado B deste disco, debaixo do logotipo da Movieplay está uma espécie de carimbo com a expressão "no radiable". Que significará? Censura? Será que o disco foi posto à venda ao público, mas com a indicação de que o lado B não poderia passar na rádio? Não sei.
O disco foi adquirido pelo irmão mais velho em Lisboa em Setembro de 1969.
Canto - La Jacinta
Já que José Almada aqui falou de Patxi Andion e do seu desejo - só agora revelado - em imitá-lo na pronúncia (por isso cantava axim), deixo algumas recordações.
Este "Canto" é das canxões mais sublimes do cantor basco registado em Madrid.
Uma curiosidade: no lado B deste disco, debaixo do logotipo da Movieplay está uma espécie de carimbo com a expressão "no radiable". Que significará? Censura? Será que o disco foi posto à venda ao público, mas com a indicação de que o lado B não poderia passar na rádio? Não sei.
O disco foi adquirido pelo irmão mais velho em Lisboa em Setembro de 1969.
AINDA HÁ HONESTOS NO eBAY
Tenho-me insurgido aqui contra o que considero excessos exagerados (a redundância é intencional) de alegados vendedores portugueses no eBay na marcação dos seus preços.
Hoje, é com satisfação que reconheço que nem tudo está perdido e que neste mundo cão ainda há honestidade.
Refiro-me ao Rei das Revistas que me vendeu a revista que elegi como imagem. Só que a revista não coincide com o que intui da descrição no leilão. Protestei e o meu interlocutor deu-me razão. Quis até oferecer-me a revista.
Mas nem tanto à terra, nem tanto ao mar. Propus-lhe um 1/3 do preço e tudo correu bem.
Entretanto, um usurário do eBay, também português, Paulinho da Viola, com quem mantenho um conflito há exactamente três meses, desapareceu. Com tantas irregularidades, até acredito que tenha sido expulso. Eu é que fiquei a arder.
Hoje, é com satisfação que reconheço que nem tudo está perdido e que neste mundo cão ainda há honestidade.
Refiro-me ao Rei das Revistas que me vendeu a revista que elegi como imagem. Só que a revista não coincide com o que intui da descrição no leilão. Protestei e o meu interlocutor deu-me razão. Quis até oferecer-me a revista.
Mas nem tanto à terra, nem tanto ao mar. Propus-lhe um 1/3 do preço e tudo correu bem.
Entretanto, um usurário do eBay, também português, Paulinho da Viola, com quem mantenho um conflito há exactamente três meses, desapareceu. Com tantas irregularidades, até acredito que tenha sido expulso. Eu é que fiquei a arder.
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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
LE GRAND MEAULNES
MAIS UM FILME DE CLIFF RICHARD
ÉCOUTE CE DISQUE
PHILIPS - 434.954 BE - edição francesa (1964)
Vous Les Copains Je Ne Vous Oublierai Jamais (Do Wah Diddy) - Oui, Il Faut Croire (I Just Don't Know What To Do With Myself) - À La Fin De La Soirée (We Were Lovers) - Écoute Ce Disque
Vous Les Copains Je Ne Vous Oublierai Jamais (Do Wah Diddy) - Oui, Il Faut Croire (I Just Don't Know What To Do With Myself) - À La Fin De La Soirée (We Were Lovers) - Écoute Ce Disque
Quando o tempo era muito lento, apaixonávamos pelas professoras de inglês.
Foi também o tempo em que todos os rapazes da rua suspiraram por Sheila, esta cara, esta capa, esta canção, “Ecoute Ce Disque”.
O Dudu dizia que quando aparecia aquele serrote de palhaço, lá pelo meio, a marcar o tempo em que Sheila não estava a cantar, era de um tipo ficar todo pele de galinha.
Dudu: onde quer que estejas, digo-te que estive, agora, a (re)ouvir o disco e aquilo ainda arrepia.
As canções do primeiro amor, mesmo que não houvesse amores e antes jogos de sedução, patéticas ternuras. A idade da inocência, como lhe chamou quem destas coisas sabia.
O disco era do Vidrinhos que também era o dono do gira-discos. A Amélia dizia sempre: “ porque é que os gajos que têm dinheiro são todos feios?”.
Não sendo coleccionador de discos, dir-vos-ei que passei alguns anos à procura deste disco. Um dia, na Rua Edith Cavel, ali para os lados da Morais Soares (em Lisboa), num daqueles vãos de escada que vendiam tudo, fui dar com ele entre livros da “Colecção Vampiro”, romances cor-de-rosa da Agência Portuguesa de Revistas, “Crónicas Femininas”.
Era marca deste tipo de negócio, os preços não estarem marcados e serem feitos na ocasião, consoante padrões do vendedor: se era, ou não, cliente habitual, aspecto, coisas assim, padrões que só eles dominavam. O homem sabia que se lhe dessem cem escudos pelo disco já era bom negócio, mas eu devia ter estampado, bem na cara, que não iria sair dali sem o disco. A experiência do “métier” dava-lhe razão. Pediu-me mil escudos (ao cambio de hoje cinco euros) nem discuti e saí com a Sheila debaixo do braço.
Que é feito da Sheila, do Dudu, do Vidrinhos, dos outros rapazes da rua, os que se perderam nos dias de fuga, as razões são tristes, também os que não voltaram de Angola, ou de Moçambique, ou da Guiné.
Que é feito da Amélia e das outras raparigas da rua, saias plissadas, soquetes, cabelos com virgulas, lavados em casa porque, naquele lado da cidade, o cabeleireiro era luxo, que não percebiam bem, não percebiam nada, das paixões assolapadas dos rapazes pela Sheila.
Visto assim à distância, rapazes e raparigas, éramos de uma ingenuidade inenarrável, de um pudor, dito pela malta dos dias que agora correm, completamente obsoleto.
“Écoute se disque e il te dirá que l’ amour existe et je pense à toi.”
Caramba! Não há-de um gajo estar velho!
Colaboração de Gin-Tonic
Foi também o tempo em que todos os rapazes da rua suspiraram por Sheila, esta cara, esta capa, esta canção, “Ecoute Ce Disque”.
O Dudu dizia que quando aparecia aquele serrote de palhaço, lá pelo meio, a marcar o tempo em que Sheila não estava a cantar, era de um tipo ficar todo pele de galinha.
Dudu: onde quer que estejas, digo-te que estive, agora, a (re)ouvir o disco e aquilo ainda arrepia.
As canções do primeiro amor, mesmo que não houvesse amores e antes jogos de sedução, patéticas ternuras. A idade da inocência, como lhe chamou quem destas coisas sabia.
O disco era do Vidrinhos que também era o dono do gira-discos. A Amélia dizia sempre: “ porque é que os gajos que têm dinheiro são todos feios?”.
Não sendo coleccionador de discos, dir-vos-ei que passei alguns anos à procura deste disco. Um dia, na Rua Edith Cavel, ali para os lados da Morais Soares (em Lisboa), num daqueles vãos de escada que vendiam tudo, fui dar com ele entre livros da “Colecção Vampiro”, romances cor-de-rosa da Agência Portuguesa de Revistas, “Crónicas Femininas”.
Era marca deste tipo de negócio, os preços não estarem marcados e serem feitos na ocasião, consoante padrões do vendedor: se era, ou não, cliente habitual, aspecto, coisas assim, padrões que só eles dominavam. O homem sabia que se lhe dessem cem escudos pelo disco já era bom negócio, mas eu devia ter estampado, bem na cara, que não iria sair dali sem o disco. A experiência do “métier” dava-lhe razão. Pediu-me mil escudos (ao cambio de hoje cinco euros) nem discuti e saí com a Sheila debaixo do braço.
Que é feito da Sheila, do Dudu, do Vidrinhos, dos outros rapazes da rua, os que se perderam nos dias de fuga, as razões são tristes, também os que não voltaram de Angola, ou de Moçambique, ou da Guiné.
Que é feito da Amélia e das outras raparigas da rua, saias plissadas, soquetes, cabelos com virgulas, lavados em casa porque, naquele lado da cidade, o cabeleireiro era luxo, que não percebiam bem, não percebiam nada, das paixões assolapadas dos rapazes pela Sheila.
Visto assim à distância, rapazes e raparigas, éramos de uma ingenuidade inenarrável, de um pudor, dito pela malta dos dias que agora correm, completamente obsoleto.
“Écoute se disque e il te dirá que l’ amour existe et je pense à toi.”
Caramba! Não há-de um gajo estar velho!
Colaboração de Gin-Tonic
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
GADO BRAVO VAI ABAIXO
Segundo o "Público" de hoje, a antiga Estalagem do Gado Bravo (na imagem, de 2006) vai ser demolida para dar lugar a um novo complexo turístico com capacidade para 100 quartos.
Inaugurado em Outubro de 1950, o edifício está desactivado há 20 anos e em avançado estado de degradação, como se vê.
Situada na chamada "recta do Cabo" (EN 10 entre Vila Franca de Xira e Porto Alto), foi nesta Estalagem que Baptista-Bastos entrevistou Paul McCartney e a então companheira Jane Asher no dia 11 de Junho de 1965 para o "Diário Popular".
Curioso assinalar também que o casal assistiu na pequena praça lateral ao Gado Bravo a um festival taurino que a Sociedade Hípica (provavelmente a proprietária de então da Estalagem) oferecera aos cavaleiros olímpicos ingleses e espanhóis que se encontravam em Portugal.
Outra curiosidade: Baptista-Bastos nunca conseguiu identificar Jane Asher.
Parece que o novo edifício vai "manter uma traça muito semelhante á anterior", ou seja, o estilo das "ventas" andaluzas.
Inaugurado em Outubro de 1950, o edifício está desactivado há 20 anos e em avançado estado de degradação, como se vê.
Situada na chamada "recta do Cabo" (EN 10 entre Vila Franca de Xira e Porto Alto), foi nesta Estalagem que Baptista-Bastos entrevistou Paul McCartney e a então companheira Jane Asher no dia 11 de Junho de 1965 para o "Diário Popular".
Curioso assinalar também que o casal assistiu na pequena praça lateral ao Gado Bravo a um festival taurino que a Sociedade Hípica (provavelmente a proprietária de então da Estalagem) oferecera aos cavaleiros olímpicos ingleses e espanhóis que se encontravam em Portugal.
Outra curiosidade: Baptista-Bastos nunca conseguiu identificar Jane Asher.
Parece que o novo edifício vai "manter uma traça muito semelhante á anterior", ou seja, o estilo das "ventas" andaluzas.
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Penina
FUTEBOL (11)
PINTORES OLHAM PARA O ROCK PORTUGUÊS
Dois pintores apresentados como britânicos e residentes em Londres - Sardine & Tobleroni - apresentam a partir do dia 01 de Março no espaço Santiago Alquimista, em Lisboa, uma série de 38 pinturas sobre o rock português.
Denominada "Espelho Meu - História do Rock Português Em 38 Pinturas", a exposição retrata músicos e bandas como António Variações, Ban, Bunnyranch, Conjunto Mistério, Corpo Diplomático, Delfins, Filipe Mendrix, GNR, Heróis do Mar, Mler Ife Dada, Peste & Sida, Quarteto 1111, Rádio Macau, Rui Veloso, Sheiks, Tédio Boys, UHF, Vítor Gomes e Xutos e Pontapés.
A escolha do tema está relacionada com a nacionalidade de Sardine, nascido em Coimbra, e antigo guitarrista dos Tédio Boys e dos Parkinsons (Vitinho).
A inauguração da exposição está prevista para as 20H30, após o que se segue a actuação dos Pop Dell'Arte e dos BunnyRanch em DJ Set.
Denominada "Espelho Meu - História do Rock Português Em 38 Pinturas", a exposição retrata músicos e bandas como António Variações, Ban, Bunnyranch, Conjunto Mistério, Corpo Diplomático, Delfins, Filipe Mendrix, GNR, Heróis do Mar, Mler Ife Dada, Peste & Sida, Quarteto 1111, Rádio Macau, Rui Veloso, Sheiks, Tédio Boys, UHF, Vítor Gomes e Xutos e Pontapés.
A escolha do tema está relacionada com a nacionalidade de Sardine, nascido em Coimbra, e antigo guitarrista dos Tédio Boys e dos Parkinsons (Vitinho).
A inauguração da exposição está prevista para as 20H30, após o que se segue a actuação dos Pop Dell'Arte e dos BunnyRanch em DJ Set.
BELMIRO AZNAVOUR
Lá por 1964 ou 65, apareceu na Rádio Renascença, no programa «A 23-ª Hora», de João Martins, um LP intitulado «Chantez Comme Aznavour».
Era constituído pelos «play-backs» que tinham servido aos grandes sucessos de Charles Aznavour, tocados pela orquestra e coros dirigidos, salvo erro, por Michel Legrand. Só faltava a voz solista, daí o convite expresso no título.
Teriam de decorrer ainda 40 anos para nascer o conceito de «karaoke» que, no entanto, acudiu à cabecinha pensadora deste seu correspondente.
Logo propus ao técnico de som Moreno Pinto fazermos um truque humorístico: eu traduziria literalmente uma letra e cantaria em português por cima da música do LP, com pronúncia nortenha para criar mais efeito.
Diríamos que era um irmão de Aznavour, de nome Belmiro, que tinha vindo há muitos anos para Portugal e agora se queria afirmar no mundo do disco.
Como na «23.ª Hora» se um dizia «mata» outro haveria de dizer «esfola», o José Duarte, dos «5 minutos de Jazz», disse logo que cantaria em dueto comigo, interrompendo-me propositadamente para corrigir as asneiras.
Pegou-se no «Et Pourtant», fomos para um dos estúdios e gravámos. Foi um tremendo êxito, com telefonemas dos ouvintes a querer saber pormenores desse irmão de Aznavour e... a pedir mais.
A segunda peça foi «Que C'est Triste Venise», desta vez cantada só por mim, já com umas «buchas» a fugir à letra original. Outro êxito, outra chuva de telefonemas.
Mas tínhamos combinado manter segredo sobre a personagem Belmiro Aznavour, porque não convinha misturar o nome do Quinteto Académico com aquele destempero.
Era um gozo, depois do programa acabar, às 2 da manhã, ir a equipa toda, mais os visitantes que por lá apareciam (Sheiks, Mistério, Carlos do Carmo, João Maria Tudela, sei lá!) para a Riba d'Ouro, onde se juntava a malta do teatro, locutores de outras estações de rádio, e a conversa à nossa mesa ser sempre «Mas quem será o gajo?».
A pressão sobre o João Martins e o Moreno Pinto era enorme: «Eh pá, diz lá! Pela nossa amizade... Eu não digo a ninguém...». E eu presente, impassível. Aconteceu até que o Rádio Clube Português tinha relançado a figura do Sr. Messias, que também falava (mas só falava) à nortenha. Ouvi coisas como esta: «Agora que pusemos no ar o Sr. Messias, vêm vocês com esse Belmiro, ainda por cima a cantar, e com a verdadeira orquestra do Aznavour! Como é que conseguiram isso, caraças?». Ninguém se desmanchou.
A coisa acabou no terceiro episódio: "La Mama". Cantei também a solo, depois de ter criado quase uma letra nova, desta vez com rima, mas pus a Mãe dos ciganos a morrer com uma grande bebedeira, rodeada do ambiente festivo onde não faltavam artistas na berra como os «Hollies», os «Rolling Stones», Eddie Vartan (que tinha vindo recentemente a Lisboa), «Os Sheiks» e, claro, o «Quinteto Académico».
Só que, desta vez, alguns telefonemas foram de protesto. Que não se brincava com coisas sérias, que era achincalhar a morte de uma pessoa, que era desrespeitar a canção original, enfim, um quase escândalo. A Direcção da Rádio Renascença, então a Emissora Católica Portuguesa, mandou acabar completamente com aquilo.
Mais tarde pedi ao Moreno Pinto as fitas. Tinha-as deitado fora! Passaram mais uns anos e já não sei quem tinha as gravações, feitas do rádio. Sem outros meios, gravei com um gravador de «cassettes» encostado ao altifalante. Hoje, com a ajuda dos programas informáticos para música, consegui limpar algum ruído dessa «cassette» preciosa.
Colaboração de Daniel Gouveia
Nota: se alguém estiver interessado nestas gravações é só pedir educadamente.
Era constituído pelos «play-backs» que tinham servido aos grandes sucessos de Charles Aznavour, tocados pela orquestra e coros dirigidos, salvo erro, por Michel Legrand. Só faltava a voz solista, daí o convite expresso no título.
Teriam de decorrer ainda 40 anos para nascer o conceito de «karaoke» que, no entanto, acudiu à cabecinha pensadora deste seu correspondente.
Logo propus ao técnico de som Moreno Pinto fazermos um truque humorístico: eu traduziria literalmente uma letra e cantaria em português por cima da música do LP, com pronúncia nortenha para criar mais efeito.
Diríamos que era um irmão de Aznavour, de nome Belmiro, que tinha vindo há muitos anos para Portugal e agora se queria afirmar no mundo do disco.
Como na «23.ª Hora» se um dizia «mata» outro haveria de dizer «esfola», o José Duarte, dos «5 minutos de Jazz», disse logo que cantaria em dueto comigo, interrompendo-me propositadamente para corrigir as asneiras.
Pegou-se no «Et Pourtant», fomos para um dos estúdios e gravámos. Foi um tremendo êxito, com telefonemas dos ouvintes a querer saber pormenores desse irmão de Aznavour e... a pedir mais.
A segunda peça foi «Que C'est Triste Venise», desta vez cantada só por mim, já com umas «buchas» a fugir à letra original. Outro êxito, outra chuva de telefonemas.
Mas tínhamos combinado manter segredo sobre a personagem Belmiro Aznavour, porque não convinha misturar o nome do Quinteto Académico com aquele destempero.
Era um gozo, depois do programa acabar, às 2 da manhã, ir a equipa toda, mais os visitantes que por lá apareciam (Sheiks, Mistério, Carlos do Carmo, João Maria Tudela, sei lá!) para a Riba d'Ouro, onde se juntava a malta do teatro, locutores de outras estações de rádio, e a conversa à nossa mesa ser sempre «Mas quem será o gajo?».
A pressão sobre o João Martins e o Moreno Pinto era enorme: «Eh pá, diz lá! Pela nossa amizade... Eu não digo a ninguém...». E eu presente, impassível. Aconteceu até que o Rádio Clube Português tinha relançado a figura do Sr. Messias, que também falava (mas só falava) à nortenha. Ouvi coisas como esta: «Agora que pusemos no ar o Sr. Messias, vêm vocês com esse Belmiro, ainda por cima a cantar, e com a verdadeira orquestra do Aznavour! Como é que conseguiram isso, caraças?». Ninguém se desmanchou.
A coisa acabou no terceiro episódio: "La Mama". Cantei também a solo, depois de ter criado quase uma letra nova, desta vez com rima, mas pus a Mãe dos ciganos a morrer com uma grande bebedeira, rodeada do ambiente festivo onde não faltavam artistas na berra como os «Hollies», os «Rolling Stones», Eddie Vartan (que tinha vindo recentemente a Lisboa), «Os Sheiks» e, claro, o «Quinteto Académico».
Só que, desta vez, alguns telefonemas foram de protesto. Que não se brincava com coisas sérias, que era achincalhar a morte de uma pessoa, que era desrespeitar a canção original, enfim, um quase escândalo. A Direcção da Rádio Renascença, então a Emissora Católica Portuguesa, mandou acabar completamente com aquilo.
Mais tarde pedi ao Moreno Pinto as fitas. Tinha-as deitado fora! Passaram mais uns anos e já não sei quem tinha as gravações, feitas do rádio. Sem outros meios, gravei com um gravador de «cassettes» encostado ao altifalante. Hoje, com a ajuda dos programas informáticos para música, consegui limpar algum ruído dessa «cassette» preciosa.
Colaboração de Daniel Gouveia
Nota: se alguém estiver interessado nestas gravações é só pedir educadamente.
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FELIZMENTE NÃO CANTA!
ZIP 10.007/E - 1971
Um Tiro Nas Palavras - Panfleto Em Forma De Oração - Advérbio Como Protesto - Os Dias Difíceis
Não, Baptista-Bastos não canta, apenas lê textos seus, com música de Vitorino d'Almeida.
Este EP foi-me oferecido pelo "Tempo Zip" (programa de rádio) no dia 12 de Maio de 1971.
Um Tiro Nas Palavras - Panfleto Em Forma De Oração - Advérbio Como Protesto - Os Dias Difíceis
Não, Baptista-Bastos não canta, apenas lê textos seus, com música de Vitorino d'Almeida.
Este EP foi-me oferecido pelo "Tempo Zip" (programa de rádio) no dia 12 de Maio de 1971.
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PROGRAMAS NOCTURNOS DA RÁDIO EM 1969
A reportagem da revista "Plateia" de 1969, que aqui se reproduz, dá conta do perfil das noites radiofónicas no Rádio Clube Português e na Emissora Nacional.
Vivia-se, então, a primavera marcelista e, no RCP, pontuava o programa "PBX", produzido pelos Parodiantes de Lisboa e realizado inicialmente por Carlos Cruz e Fialho Gouveia.
Nascido em 1967, o "PBX" apostava na cobertura da actualidade e ficaram para a história as reportagens sobre as cheias que ocorreram em Lisboa, nesse ano, nas quais a rádio acabou por desempenhar um papel central na comunicação e informação das populações.
Quando a "Plateia" se deslocou aos estúdios do Rádio Clube Português não teve, porém, autorização de entrada, pelo que foi bater à porta do "Programa da Noite" da Emissora Nacional.
Aqui, o perfil era essencialmente musical e as reportagens que havia tinham a ver com música. Assim aconteceu, em Março de 1969, nas vésperas do Festival da Eurovisão, em Madrid, onde Simone de Oliveira cantou a "Desfolhada" de Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes.
Colaboração de Vítor Soares
Nota - este post de Vítor Soares faz-me lembrar duas coisas: 1 - já pensei em colocar aqui uma ou outra vez a programação da RTP e/ou da RR e/ou do RCP de um determinado dia, por curiosidade. Acho que vou fazer isso. 2 - a nega do RCP lembra uma outra muito famosa: na madrugada do 25 de Abril, o sr. Leal, que era o porteiro do RCP, recusou-se a deixar entrar os militares sem se indentificarem. Os militares não se fizeram rogados e identificaram-se e o sr. Leal ficou conhecido como o sr. Leal À Causa. Terá sido verdade?
Vivia-se, então, a primavera marcelista e, no RCP, pontuava o programa "PBX", produzido pelos Parodiantes de Lisboa e realizado inicialmente por Carlos Cruz e Fialho Gouveia.
Nascido em 1967, o "PBX" apostava na cobertura da actualidade e ficaram para a história as reportagens sobre as cheias que ocorreram em Lisboa, nesse ano, nas quais a rádio acabou por desempenhar um papel central na comunicação e informação das populações.
Quando a "Plateia" se deslocou aos estúdios do Rádio Clube Português não teve, porém, autorização de entrada, pelo que foi bater à porta do "Programa da Noite" da Emissora Nacional.
Aqui, o perfil era essencialmente musical e as reportagens que havia tinham a ver com música. Assim aconteceu, em Março de 1969, nas vésperas do Festival da Eurovisão, em Madrid, onde Simone de Oliveira cantou a "Desfolhada" de Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes.
Colaboração de Vítor Soares
Nota - este post de Vítor Soares faz-me lembrar duas coisas: 1 - já pensei em colocar aqui uma ou outra vez a programação da RTP e/ou da RR e/ou do RCP de um determinado dia, por curiosidade. Acho que vou fazer isso. 2 - a nega do RCP lembra uma outra muito famosa: na madrugada do 25 de Abril, o sr. Leal, que era o porteiro do RCP, recusou-se a deixar entrar os militares sem se indentificarem. Os militares não se fizeram rogados e identificaram-se e o sr. Leal ficou conhecido como o sr. Leal À Causa. Terá sido verdade?
LT
MAIS UM DISCO PÓS-25 DE ABRIL
ALVORADA - EP-S-60-1550 - 1975
"Viva a Liberdade" - Ondina
Mais um disco do pós 25 de Abril
Lado 1
“Viva a Liberdade” (Tino Flores)
“Porquê” (Ondina Veloso)
Lado 2
“Inocência” (Ondina Veloso/António Gedeão)
“Meu Limão Meu Limoeiro" - (Ondina Veloso/Fernando Pessoa)
Produção Carlos Portugal
Fábrica Portuguesa de Discos Rádio Triunfo. Lda - Porto
Colaboração Gin-Tonic
"Viva a Liberdade" - Ondina
Mais um disco do pós 25 de Abril
Lado 1
“Viva a Liberdade” (Tino Flores)
“Porquê” (Ondina Veloso)
Lado 2
“Inocência” (Ondina Veloso/António Gedeão)
“Meu Limão Meu Limoeiro" - (Ondina Veloso/Fernando Pessoa)
Produção Carlos Portugal
Fábrica Portuguesa de Discos Rádio Triunfo. Lda - Porto
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
GILBERT O'SULLIVAN
MAM EP - MAM 1000 - edição portuguesa
Uma cuidada e bonita capa para este EP onde Gilbert O’ Sullivan canta canções de sua autoria.
No lado A está “No Matter How I Try e “If I Don’t Get You (Back Again), com arranjos musicais de Johnnie Spence e no lado B “Nothing Rhymed” e “Doing The Best I Can”.
O disco foi impresso nos “Gráficos Reunidos” no Porto.
Bonito de ver e ouvir.
Colaboração de Gin-Tonic
Uma cuidada e bonita capa para este EP onde Gilbert O’ Sullivan canta canções de sua autoria.
No lado A está “No Matter How I Try e “If I Don’t Get You (Back Again), com arranjos musicais de Johnnie Spence e no lado B “Nothing Rhymed” e “Doing The Best I Can”.
O disco foi impresso nos “Gráficos Reunidos” no Porto.
Bonito de ver e ouvir.
Colaboração de Gin-Tonic
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L'ÉTÉ POP
No Parque dos Salesianos, no Estoril, já se viu aqui o que aconteceu em 1970. Ao contrário, em França, houve um Verão incrivelmente rico... musicalmente falando. É disso mesmo que dá conta o número de Setembro da revista rock & folk, uma das bíblias da altura.
Em Aix-en-Provence, 15 mil pessoas acolheram em triunfo Mungo Jerry e mostraram-se reservadas perante Leonard Cohen. É ainda registada positivamente a actuação de Johnny Winter e da cantora luso-descendente Catherine Ribeiro. Lamentadas as ausências dos Flock e dos Deep Purple, o que fez encurtar o festival em um dia.
Em Antibes, estiveram os Pink Floyd sem que, aparentemente, tenham conseguido galvanizar a audiência. Do lado do jazz, o cartaz foi de luxo. Para além dos jovens, John Surman e Archie Shepp, actuaram os consagrados Lionel Hampton, Erroll Garner e Stan Getz. Mas, sobretudo, quem triunfou e pairou por cima de todos os estilos foi a raínha pop de um rhythm 'n' blues admitido pela onda jazz: Aretha Franklin.
Valbonne, segundo a rock & folk, foi o festival com o ambiente mais acolhedor, mas com pouco público. Perante as dificuldades financeiras da organização, Jean-Luc Ponty e Frank Zappa recusaram receber o cachet.
Finalmente, em Biot, havia a promessa de um bom programa, mas poucos foram os espectadores que compraram bilhete. Joan Baez e Country Joe ainda animaram os primeiros momentos do festival. Porém, a organização acabou por ter de interromper o evento devido a dificuldades de crédito.
Desta onda de festivais de Verão, em França, e para lá do fracasso financeiro, ficaram os momentos de libertação que só estes encontros proporcionavam e a afirmação de um, cada vez mais vincado, "espírito pop".
Colaboração de Vítor Soares
VS
Em Aix-en-Provence, 15 mil pessoas acolheram em triunfo Mungo Jerry e mostraram-se reservadas perante Leonard Cohen. É ainda registada positivamente a actuação de Johnny Winter e da cantora luso-descendente Catherine Ribeiro. Lamentadas as ausências dos Flock e dos Deep Purple, o que fez encurtar o festival em um dia.
Em Antibes, estiveram os Pink Floyd sem que, aparentemente, tenham conseguido galvanizar a audiência. Do lado do jazz, o cartaz foi de luxo. Para além dos jovens, John Surman e Archie Shepp, actuaram os consagrados Lionel Hampton, Erroll Garner e Stan Getz. Mas, sobretudo, quem triunfou e pairou por cima de todos os estilos foi a raínha pop de um rhythm 'n' blues admitido pela onda jazz: Aretha Franklin.
Valbonne, segundo a rock & folk, foi o festival com o ambiente mais acolhedor, mas com pouco público. Perante as dificuldades financeiras da organização, Jean-Luc Ponty e Frank Zappa recusaram receber o cachet.
Finalmente, em Biot, havia a promessa de um bom programa, mas poucos foram os espectadores que compraram bilhete. Joan Baez e Country Joe ainda animaram os primeiros momentos do festival. Porém, a organização acabou por ter de interromper o evento devido a dificuldades de crédito.
Desta onda de festivais de Verão, em França, e para lá do fracasso financeiro, ficaram os momentos de libertação que só estes encontros proporcionavam e a afirmação de um, cada vez mais vincado, "espírito pop".
Colaboração de Vítor Soares
VS
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1970,
Catherine Ribeiro,
Festival dos Salesianos,
Revistas/Jornais
EUSÉBIO, BOTA DE OURO
IMAVOX SIMS 3.001
Bota de Ouro (Natalina José) - Os Invencíveis (António Calvário)
A capa é horrorosa, mas o conceito é inovador: trata-se de um single tipo gatefold com um pequeno livro com texto (Carlos Pinhão) e fotos (Nuno Ferrari) de Eusébio e um poster do craque de corpo inteiro. No mínimo, imaginoso.
Como era costume, o disco não tem data, o que é uma pena, mas não pode ser antes de 1973, já que fala do Campeonato Europeu desse ano.
Bota de Ouro (Natalina José) - Os Invencíveis (António Calvário)
A capa é horrorosa, mas o conceito é inovador: trata-se de um single tipo gatefold com um pequeno livro com texto (Carlos Pinhão) e fotos (Nuno Ferrari) de Eusébio e um poster do craque de corpo inteiro. No mínimo, imaginoso.
Como era costume, o disco não tem data, o que é uma pena, mas não pode ser antes de 1973, já que fala do Campeonato Europeu desse ano.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
MORREU JOAQUIM PINTO DE ANDRADE
Foi meu colega na Faculdade de Direito. Este livro custou-me 35$00 no Drugstore Apolo 70 no dia 17 de Julho de 1971.
É a defesa de Joaquim Pinto de Andrade no Tribunal Plenário Criminal de Lisboa feita por Mário Brochado Coelho.
Ex-sacerdote católico, poeta, Joaquim Pinto de Andrade foi um dos fundadores do MPLA, tendo sido seu presidente honorário. Mais tarde foi dissidente, integrando a Revolta Activa, não alinhada com os blocos em luta em Angola.
Neste processo, foram igualmente réus os jornalistas Rui Ramos e Diana Andringa.
É a defesa de Joaquim Pinto de Andrade no Tribunal Plenário Criminal de Lisboa feita por Mário Brochado Coelho.
Ex-sacerdote católico, poeta, Joaquim Pinto de Andrade foi um dos fundadores do MPLA, tendo sido seu presidente honorário. Mais tarde foi dissidente, integrando a Revolta Activa, não alinhada com os blocos em luta em Angola.
Neste processo, foram igualmente réus os jornalistas Rui Ramos e Diana Andringa.
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