terça-feira, 30 de outubro de 2018

GRAM PARSONS - GARDEN OF MEMORIES


Há uns bons anos atrás contei-vos as peripécias que rodearam a morte de Gram Parsons, em Setembro de 1973, e disse-vos que o que restara do corpo dele tinha sido enterrado em New Orleans.

Não foi bem em New Orleans, mas sim em Metairie, que é uma espécie de Amadora lá do sítio mas, à escala americana, longe, muito mais longe…

Estando tão perto, não poderia deixar de lá ir, custasse o que custasse à minha Querida Companheira de viagem  (“Cemitérios…! Sempre os cemitérios…!! Que graça é que isso tem…!!??).

O meu GPS, que se portou razoavelmente bem durante as quatro semanas da viagem, não sei se por medo ou por qualquer tipo de superstição, sempre se baralhou todo quando o mandei ir para cemitérios, e este não foi exceção.

Valeu-me a simpatia de um senhor carteiro que, tocando duas vezes à porta de uma moradia num bairro dos subúrbios, teve a gentileza de atravessar a rua para me explicar que o cemitério ficaria umas milhas mais à frente, na estrada principal,  defronte da loja do Popeye…

E assim foi…

À entrada daquele cemitério para gente rica, como era a Família de Parsons, senti-me eu próprio o fiel guardião da memória dos Shilohs, da International Submarine Band, dos Byrds de “Sweetheart of the Rodeo”, dos Flying Burrito Brothers, dos Fallen Angels e dos álbuns a solo com a Emmylou Harris.

Com a ajuda do diligente recepcionista, que me explicou que a campa ficava junto de um banco de cimento branco e me fez um “croquis”, não tive dificuldade em a encontrar.

Ela dava ares de não ser visitada há muito tempo. Estava cheia de porcaria  acumulada, ervas secas, pequenos bocados de ramos de árvore e tudo o que pudermos imaginar num cemitério a ser levado pelo vento…

Limpei tudo com as minhas próprias mãos, carinhosamente, e dei por mim com a sensação de estar, inconscientemente, a fazer festas naquela lápide de ferro.  E só depois reparei no que estava lá escrito, citação de “In My Hour of Darkness”, que faz parte do álbum “Grevious Angel”:

Another young man safely strummed his silver string guitar
And he played to people everywhere
Same say he was a star but he was just a country boy
His simple songs confess and the music he had in him
So very few possess

A que se seguia outro curto epitáfio:

Your soul lives on through your music
Your spirit lives on in our hearts

Estava uma bonita tarde de sol, o lugar era belíssimo e a tranquilidade absoluta, em pleno contraste com a angústia e a agitação em que Parsons tinha vivido os últimos tempos da sua vida.

Havia tempo para interiorizar e gerir as minhas próprias emoções…

Senti que tinha de lhe fazer uma pequena homenagem, mas o quê e como, que nem uma simples flor tinha visto à venda na entrada do cemitério…?  Podia ter trazido um charro e uma garrafa de Jack Daniels, mas não faz muito o meu estilo e seria de mau gosto lembrar-lhe ali, naquele sítio, a mistura que o conduzira à morte…

Não havendo vivalma nas vizinhanças para se assustar com a minha pobre voz, resolvi cantar alto e bom som. E a primeira coisa que me veio à cabeça foi “Brass Buttons”, que Parsons compôs em memória de sua mãe:

Brass buttons, green silks and siver shoes
Warm evenings, pale mornings, bottle of blues
And the tiny golden pins that she wore up in her hair
………………………………………………………………………………..  “

Despedi-me, prometendo-lhe que nos voltaríamos a ver em breve quando tivesse oportunidade de o ir visitar a  Waycross,  onde passou uma boa parte da sua adolescência e a cujas árvores gostava de subir para ouvir o vento.

Just a Sweet country boy…

Texto e imagem de Luís Mira

DISCO PROIBIDO


A VOZ DO DONO - 8 E 016-40033 M - 1969

Passos Escondidos (José Matildes) - Amo As Mulheres Do Meu País (Manuel Alegre/José Matildes) - Amor (José Matildes) - Biafra (José Matildes).

EP proibido antes do 25 de Abril por inclusão de um poema de Manuel Alegre.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

WARZONE


CHIMERA MUSIC - CHIM-52 - 2018

Inclui uma versão, simpática, de "Imagine".

BOB DYLAN


UNCUT, 259, December 2018, 5,50 £

Vem aí novo disco de Marianne Faithfull.

Na crítica à nova edição de "The Beatles", a revista dá 9 em 10 e recomenda que ouçamos "Not Guilty", "Good Night" e "Long, Long, Long".

JOHN LENNON


Retro, nº 4, Out/Nov/Dez 2018, 12,25 €

A revista é francesa, mas o que tem de ser, tem muita força.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

SKY TRAIL


BMG - 2017

Contém "Amelia", de Joni Mitchell.

THE WHITE ALBUM


"The White Album - Revolution, Politics & Recording: The Beatles And The World In !968", Brian Southall; Carlton Books, 2018, 192 págs., 14,99 £.

Magnífico é qualificativo insuficiente.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

PÊSSEGO SEM AÇÚCAR


ABBEY ROAD STUDIOS


Os estúdios da EMI (hoje Abbey Road), em Londres, tinham na década de 40 um "dress code" rigoroso: os técnicos do som usavam bata branca e os admnistrativos fato escuro com gravata.

A coisa era de tal maneira que Churchill quando lá foi gravar em 1947 disse que pareceria que estava num hospital...

Os estúdios têm uma colecção de mais de 800 microfones (dizem que a maior do Mundo) e que um dos dos Beatles - um AKG D20 - está marcado para que mais ninguém o pudesse utilizar.

Um dos pianos no estúdio Dois tem ainda as marcas dos cigarros de John Lennon.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

JESUS


ESTÚDIO - EEP-50193

Jesus (Jeremy Faith) - Não Deixarei De Te Amer (Paco Bandeira) - Que Será - Dá-me A Tua Mão E Canta (Carlos Canelhas/António de Sousa Freitas)

Arranjos, orquestra e córos sob a direcção de Pedro Osório.

A Canção "Jesus" foi proibida na Emissora Nacional em 1972.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

DISCO PROIBIDO


RAPSÓDIA - EPF 5.488

Por despacho interno de 21 de Abril de 1972, assinado por Alberto Represas, a Emissora Nacional proibiu a inclusão nos seus programas deste EP, "Cantares Ao Desafio (vol. 4)", de Manuel Alves Pêta e Rosa Sousa.

O EP inclui quatro temas popuares, "Canto A Chula E A Cana Verde", "A Mulher Não É Canalha", "Enganos" e "Heróis de Portugal".

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

HÁ 46 ANOS


Ribeiro Santos foi morto pela PIDE faz hoje 46 anos!

Imagem de João Soares.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

"THE BEATLES"


Mojo nº 300, Novembro 2018, 9,9 €

Dada a capa, a expectativa era grande, mas o conteúdo revelou-se frouxo.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

THE HOUSE OF THE RISING SUN


There is a house in New Orleans
They call the Rising Sun
And it’s been the ruin of many a poor boy
And God I know I’m one

(“The House of the Rising Sun” – Versão Animals, 1964)

Já desde os tempos do velho John Ford que sabemos que quando a lenda suplanta os factos, publica-se a lenda…

E a lenda diz que a primeira gravação relevante do chamado Folk-Rock foi “Mr. Tambourine Man”, que os Byrds de Roger McGuinn gravaram em Abril de 1965 e lançaram em Junho do mesmo ano.

Mas “The House of the Rising Sun”, na versão dos Animals de Eric Burdon, foi gravada em Maio
de 1964 e lançada em Junho do mesmo ano, antecedendo, portanto, em cerca de um ano a gravação dos Byrds.

E há até quem garanta que foi precisamente esta versão dos Animals que levou Bob Dylan a tomar a decisão de ligar a sua música à corrente elétrica, o que acabaria por acontecer em estúdio com as gravações de “Bringing It All Back Home” e, sobretudo, “Highway 61 Revisited”, e em público no Newport Folk Festival, na célebre noite de 25 de Julho de 1965, para grande desespero do Pete Seeger que terá procurado a todo o custo encontrar um machado para lhe cortar os cabos elétricos da guitarra…

Porquê então este tão flagrante lapso histórico…?

Por se entender que Folk-Rock é uma coisa americana e os Animals serem ingleses…? Porque
Roger McGuinn, proveniente do meio Folk de Greenwich Village mas já fortemente influenciado pela música dos Beatles, teorizou, de facto, acerca do Folk-Rock, e Eric Burdon não…?

Inclino-me mais para o “efeito Bob Dylan” e por “Mr. Tambourine Man”, na sua versão acústica, ter tido muito mais impacto no meio musical americano daqueles tempos do que “The House”, relativamente obscura na altura, “outside a small circle of friends” da Folk mais tradicional…

Não foi para discutir a genealogia da Folk-Rock que aqui venho hoje, mas a verdade é que isto é como as cerejas…

Qualquer turista saloio que goste um bocadinho de música e que passe por New Orleans vai querer saber onde fica “The House of the Rising Sun”. E eu não fui exceção, claro está…

Alguns, mais crédulos, arriscam-se a comer o gato por lebre que qualquer guia turístico local lhes queira impingir e até podem trazer para casa um “íman” de recordação para colar no frigorifico...

Mas aqueles mais precavidos que se lembrarem de fazer uma simples investigação prévia na Internet já sabem ao que vão e não têm quaisquer ilusões...

É que é impossível, nos dias de hoje, garantir onde ficava tal Casa.

Mesmo a origem da Casa é motivo para grandes discussões. Um bordel…? Uma prisão…? Um
hospital para tratamento de doenças venéreas…? Um lar para acolhimento e “recuperação” de
meninas de má fama…?

Um livro já foi dedicado ao assunto (Ted Anthony – Chasing the Rising Sun, The Journey of an
American Song - 2007), mas acabou por ser, ele próprio, inconclusivo quanto à origem e à
localização.

É que durante os mais de quatro séculos que se pensa que a canção tem, a sua letra sofreu constantes alterações, cada uma delas lançando uma pista distinta.

A própria localização da Casa em New Orleans pode ser duvidosa….

Segundo Ted Anthony, a canção terá a sua origem numa balada inglesa do Séc. XVI que, como muitas outras, foi trazida para a América através das primeiras vagas de colonos. A partir daí e por intermédio daquilo a que se convencionou chamar o “Folk Process”, a letra foi sendo alterada à medida que passava de região para região, e de geração para geração. No início do Séc. passado a canção já era conhecida por “Rising Sun Blues” e é possível que a escolha da cidade se fique a dever ao simples facto de New Orleans ser, na altura, um enormíssimo antro de má fama, tal como, em
geral, toda a região do Delta do Mississipi.

Mas se não há “verdade histórica”, não faltam os palpites…

Um deles diz que no atual nº 826-830 da St. Louis Street (ver imagem) existiu em meados do Séc. XIX um bordel gerido por uma tal Madame Marianne DuSoleil Levant e que viria daí a origem do nome. Esta teoria foi atrativa durante muito tempo e o então proprietário da casa chegou a convidar Eric Burdon para ir lá passar uns dias, convite esse que foi aceite. Burdon ajudou à festa, cantou várias vezes a canção e afirmou que tinha sentido uma estranha comunicação entre a casa e ele (“the house was talking to me…”, disse ele na altura).

Outro garante que a casa na sua origem era realmente um bordel, mas que ficava no que é hoje o Hotel Villa Convento, no nº 616 de Ursulines Avenue.

Outro ainda afirma que a casa era o antigo Rising Sun Hotel, de inícios do Séc. XVIII, que ficava
no nº 535-37 da Conti Street. Escavações recentes teriam trazido à luz vestígios do que fora anteriormente um bordel, pelo que o enigma estaria, finalmente, esclarecido…

Ainda outro assegura que a casa era um Hospital que faria parte integrante do que é hoje o Old Ursuline Convent, no nº 1100 de Chartres Street.

Um outro afirma que a Casa não seria mais do que a velha “Old Parish Prison”, que teria existido entre 1834 e 1894 em Treme Street. Parece que no cimo de um dos portões de ferro do edifício estava o desenho de um sol nascente, e daí…

E outros mais lugares haveria a citar e a visitar mas, para mim, de brincadeira já bastava….

No meio de todo este imbróglio, a única coisa que se pode garantir como verdadeira é que existe, de facto, em New Orleans uma “The House of Rising Sun”: é um Bed and Breackfast que fica do outro lado do rio que os proprietários nomearam em homenagem à canção, mas sem qualquer pretensiosismo quanto à sua origem…

Mas deu-me imenso gozo este périplo pelo French Quarter, à procura da casa do sol nascente…

Como gosto de mistérios e de “filmes de época” a preto e branco, prefiro imaginar um fim de
história ao estilo dos velhos filmes góticos da Hollywood dos anos 40….

Neblina, muita neblina vinda das bandas do rio invade uma casa antiga num beco esconso,
pobremente iluminado por um frágil candeeiro de rua… Um gato afasta-se, furtivamente…. E a
câmara começa a recuar muito lentamente até que o enquadramento se torne cada vez mais
pequeno e tudo acabe num fundido a negro enquanto ao longe se começa a ouvir, baixinho, o
inconfundível acorde da guitarra elétrica de Hilton Valentine, um dos mais emblemáticos de
toda a história da Música Popular…

There was a house in New Orleans
They call the rising sun….

Texto e imagem de Luís Mira

terça-feira, 2 de outubro de 2018

GEOFF EMERICK MORREU HOJE


Geoff Emerick morreu hoje com 72 anos.

Foi um dos engenheiros de som dos Beatles, tendo trabalhado nomeadamente em "Revolver", "Sgt Pepper", "The Beatles" e "Abbey Road".

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

FATS DOMINO


O livro de crónicas de Sam Shepard, “Day Out of Days” (2010), contém uma deliciosa história
àcerca da forma como Fats Domino foi salvo nas inundações de New Orleans de 2005 provocadas pelo furação Katrina.

Vou tentar abreviar, embora a crónica tenha onze páginas…

As equipas de salvamento, que procuravam avidamente sobreviventes da catástrofe em locais
menos acessíveis, depararam com Fats Domino sentado em cima do telhado de sua casa, que
era a única parte da dita que não se encontrava submersa pelas águas. Fats estava
impecavelmente vestido de smoking, laço e sapatos de verniz italianos, como se tivesse sido
apanhado pela borrasca no preciso momento em que se preparava para sair de casa para dar um concerto.

Com alguma dificuldade, o avantajado Fats foi transferido para o barco de salvamento, tendo-se sentado na parte traseira com ar pensativo.

A crónica não o diz, mas imagino que a parte dianteira do barco se tenha empinado um bocadinho…

Passado algum tempo um grito estridente assustou toda a gente… O barco balouçava perigosamente e Fats, de pé, apontando para algo que estaria dentro das águas e que só ele parecia ver, gritava como um louco:

O meu piano! O meu querido piano branco…! É preciso salvá-lo…

Antes que alguém pudesse fazer qualquer coisa já Fats saltava para dentro de água e, nadando
desajeitadamente, tentava alcançar o seu piano.

Era um piano enorme de cauda, que devia ter sido belíssimo nos seus tempos áureos.

Fats, com toda a sua determinação, conseguira alcançá-lo e agarrava-se a uma das pontas com
quantas forças tinha. Mas a força da água era muita e de tempos a tempos piano e Fats submergiam, para voltarem à tona alguns metros mais adiante.

As equipas de salvamento, entretanto, alcançaram-no e insistiam com ele para que largasse o
maldito piano e regressasse ao barco, perante a situação de risco em que se encontrava. O piano era enorme, diziam-lhe, e não havia qualquer hipótese de o transportar…

Mas Fats recusava-se a largar o piano, agarrando-se ao que podia dele como se fosse a coisa
mais preciosa que existisse na sua vida. Ou se salvavam ele e o piano, dizia, ou não se salvaria
nenhum deles…

Perante tamanha intransigência e não se sabe vinda de onde, uma corda enorme foi atada ao
piano e Fats Domino, sempre agarrado a ele como o Capitão Ahab à baleia branca, foi finalmente transportado em segurança até terra firme.

Shepard afirma que a história lhe fora contada por um desconhecido durante uma viagem de avião e que, já quase ao aterrar, não resistiu a perguntar ao seu interlocutor se a história que este lhe tinha acabado de contar era mesmo verdadeira... O outro hesitou, suspirou, olhou o teto do avião e por fim exclamou: “Mas que diferença é que isso faz…?”

Factos são factos e é sabido, de fonte segura, que Fats Domino foi efetivamente salvo quando
se encontrava sentado no telhado da sua casa… A questão do traje a preceito e do piano branco, essa já poderá ser outra história…

Mas, como diriam os nossos amigos italianos, “si non e vero, e bene trovato”…!

Lembrei-me desta história quando me dirigia de carro para a casa de Fats Domino em New Orleans, no número 1208 da Caffin Avenue

Naquela manhã de Agosto chovia copiosamente, como nós, europeus, não sabemos o que é chover… Em poucos minutos as ruas ficaram inundadas e quanto mais o maldito gps me mandava virar à direita ou à esquerda, mais me aproximava de zonas onde a altura da água era cada vez maior… Via-me rodeado de Jeeps e camiões e eram cada vez menos os carrosligeiros, como o meu, que encontrava…

Pensei em desistir da aventura, mas sabia muito bem que nunca me iria perdoar a mim próprio não ter ido ver a casa de Fats Domino, estando já lá tão perto. Tanto mais que Fats era um dos meus músicos favoritos dos anos 50 e “Blueberry Hill” uma das que certamente escolheria se tivesse de fazer uma seleção pessoal das músicas desse tempo.

Avancei, portanto, rezando baixinho, e lá acabei por descobrir a casa.

A água, por essa altura, chegar-me-ia quase aos joelhos se porventura cometesse a loucura de sair do carro. E abrir a janela seria ver todo o interior do carro inundado, rapidamente…

Depois de várias tentativas, consegui uma única fotografia que se visse… (ver imagem).

E não pude andar por lá a bisbilhotar, como sempre gosto de fazer. Pisguei-me rapidamente, não me fosse acontecer a mim o que sucedeu ao pobre Fats: ser encontrado sentado em cima do tejadilho do meu carro. E sem qualquer piano branco a que me agarrar…

Texto e imagem de Luís Mira

HÁ 30 ANOS


Faz hoje 30 anos que comprei na famosa rua Arbat, em Moscovo, este interessante quadro em madeira de John Lennon.

Tinha ido à capital soviética ver um concerto dos Big Country e nesse mesmo dia, 01 de Outubro de 1988, Mikhail Gorbatchov substituiu Andrei Gromyko na liderança da União Soviética, o princípio do fim da URSS.

BLOGUE FAZ HOJE 11 ANOS

Este blogue, moribundo, faz hoje 11 anos, mais ainda vai respirando.... com assistência.

PROIBIDO FUMAR


Hoje não passa pela cabeça de alguém puxar de um cigarro nos transportes públicos.

Mas até 1 de Outubro de 1968, faz hoje 50 anos, isso era possível.

Mesmo depois, só para desafiar a autoridade ditatorial de então, havia prevaricadores...