segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Ó TEMPO, POR FAVOR, NÃO VOLTES PARA TRÁS



O inacreditável em 1964, segundo relato do "Diário Popular", de 12 de Janeiro:

"A história relata-se num jornal de província e merece, quanto a nós, toda a publicidade que se lhe possa dar. Neste caso, porém, não lhe fica atrás a referida notícia e é para ambas que chamamos a atenção, como exemplos de cegueira capaz de resistir a toda a evolução e de arbitrária prepotência que não recua sequer perante o ridículo.

"Em certa terra do Alentejo - o jornal em questão não lhe refere o nome - inauguraram-se melhoramentos, com a presença do governador civil do distrito. Houve festejos para comemorar as inaugurações e, a certa altura, começou o baile no terreiro.

"Deixamos aqui a palavra ao moralizante (!) articulista que descreve assim o que então se passou:

"Um par mais exímio na arte começou a exibir-se em trejeitos tão disparatados e indecorosos que logo se identificou essa macabra dança moderna chamada twist".

"Identificada a "macabra dança", que se passou então? Eis o que nos diz, em termos escandalizados, o jornal:

"Acto contínuo, um agente da GNR que estava presente e de serviço dirigiu-se àquele par de bailarinos e terminou-lhe com a brincadeira: proibiu terminantemente a continuação daquela dança".

"E, a extrair o indispensável fundo moral, a notícia conclui assim:

"Houve o natural protesto e uns discordaram e outros apoiaram, mas a lição foi frutuosa. O "twist" foi ali proibido. Que esta lição possa servir a outras autoridades, para que tão diabólica dança, que estonteia as juventudes de hoje, passe a letra morta e recolha aos aposentos do "Index"".

"E, contente por dar esta lição aos dançarinos do twist de todo O Mundo e de mandar a popular dança para os "aposentos do Index", o articulista aplaude, assim, a enérgica intervenção do agente da GNR.

"São desnecessários quaisquer comentários a este triste epidódio, que documenta uma mentalidade que já devia ter o seu lugar numa museu.

Uma referência nos parece, contudo, oportuna: não nos consta que seja necessária a licença da GNR para espectáculos em que se dance o twist ou para os jovens que lhe dediquem a preferência se exibirem à vontade.

O certo, porém, é que tais procedimentos não a farão passar de moda mais depressa, como passaram todos os ritmos que o antecederam".

Aqui, o "Diário Popular" até se portou bem nesta denúncia.

E com este pedido para que o tempo não volte para trás, despeço-me de 2007.

Bom Ano Novo!

MAIS KINKS


PYE PNV 24160

Capa linda! Ai se a GNR visse estes a dançar...

Aquirido no dia 28 de Stemebro de 1966.

domingo, 30 de dezembro de 2007

O MELHOR DE ANTOINE


DISQUES VOGUE - EPL 8417 - edição francesa (1966)

Qu'Est-Ce Qui Ne Tourne Pas Rond Chez Moi - Petite Fille, Ne Crois Pas - Les Élucubrations D'Antoine - Pourquoi Ces Cannons

É o EP de Antoine de que mais gosto. "Petite Fille, Ne Crois Pas" e "Pourquoi Ces Cannons" são verdadeiras pérolas.

Adquirido no dia 30 de Julho de 1966.

ANTOINE


DISQUES VOGUE - EPL 8473 - edição francesa (1966)

Un Elephant Me Regarde - Qu'Est-Ce Que Ça Peut Faire De Vivre Sans Maison - Qu'Est-Ce Que Je Fous Ici - Mais Pas Pour Toi

Aquirido no dia 11 de Novembro de 1966

GARY LEWIS AND THE PLAYBOYS


LIBERTY LEP 2241 F

Everybody Loves A Clown - Save Your Heart For Me - Without A Word Od Warning - Voodoo Woman

Adquirido no dia 07 de Junho de 1966.

Gary Lewis é filho do actor cómico Jerry Lewis, como devem saber.

"Everybody Loves A Clown" é uma divertida canção para as festas de garagem.

MANFRED MANN


A VOZ DO DONO - 7LEG 6043 - edição portuguesa

Pretty Flamingo - There's No Living Without Your Loving - Hi Lili, Hi Lo - Oh No, Not My Baby

Fabricado em Portugal por Valentim de Carvalho Comércio e Indústria SARL sob licença de The Gramophone Companhy Ltd - Hayes - Middlesex - England.

A utilização de EMITEX preserva este disco protegendo-o da poeira.

Adquirido no dia 30 de Setembro de 1966.

JÁ QUE INSISTEM...


Esta foi a primeira K7 que gravei. No dia 06 de Abril de 1985, ano em que tive o primeiro carro em nome próprio. Sou um condutor tardio.

Lado A

Revenge - Kinks (porque seria?)
Hard Woman - Mick Jagger
Teacher Teacher - 38 Special
Heaven - Bryan Adams
We All Stand Together - Paul McCartney
Do They Know It's Christmas? - Band Aid
The Riddle - Nik Kershaw
Last Christmas - Wham!
I Should Have Known Better - Jim Diamond (bem me enganou este disco!)
Always Something There To Remind Me - Naked Eyes
Só Gosto De Ti - Heróis do Mar

Lado B

Every Man Has a Woman Who Loves Him - John Lennon
Like A Virgin - Madonna
Heartbeat - Wham!
Souls - Stranglers
Reggae Night - Jimmy Cliff
Guardian Angel - Shadows
Just Another Night - Mick Jagger
When A Man Loves A Woman - Démis Roussos
All Cried Out - Alison Moyet
Hang On To Our Love - Sade

Estão autorizados a gozar comigo! Tenho dúzias e dúzias destas K7s.

0S 20 MELHORES ÁLBUNS DE GUITARRAS


Foi esta a votação dos jornalistas da "Mojo", em 2003:

01 - Are You Experienced - Jimi Hendrix Experience (1967)
02 - My Generations - Who (1965)
03 - Howlin' Wolf - Howlin' Wolf (1962)
04 - Maggot Brain - Funkadelic (1971)
05 - Loveless - My Bloody Valentine (1991)
06 - The Bends - Radiohead (1995)
07 - Ramones - Ramones (1976)
08 - Genius Of The Electric Guitar - Charlie Christian (1939)
09 - New Orleans Street Singer - Snooks Eaglin (1958)
10 - The Rock 'N' Roll Trio - Johnny Burnette & The Rock 'N' Roll Trio
11 - Exile On Main Street - Rolling Stones (1972)
12 - Chuck Berry In On Top - Chuck Berry (1959)
13 - Mr. Tambourine Man - Byrds (1965)
14 - Henry The Human Fly - Richard Thompson (1972)
15 - Incredible Jazz Guitar - West Montgomery (1960)
16 - Elvis Presley - Elvis Presley (1956)
17 - Link Wray And The Wraymen - Link Wray (1960)
18 - The Best Of Muddy Waters - Muddy Waters (1959)
19 - Paranoid - Black Sabbath (1970)
20 - The Original Soul Sister - Sister Rosetta Tharpe (1938)

Que raio meterem um "best of" numa lista deste género! Ainda se fosse um "Greatest Hits" como o de Phil Ochs...

CURSISTAS COM GALARZA

BELTER P-20 - 1966 - EDIÇÃO DO SECRETARIADO DOS CURSOS DE CRISTANDADE DE LISBOA - PROIBIDA A VENDA

Recordação - Para Além - Quando Nos Chamam Pr'o Curso - Sim? Ou Não?

Sei que o Bissaide gosta de Shegundo Galarza.

O QUE EU DESCOBRI!


No meio dos meus papéis velhos descobri este alinhamento do que terá sido a minha primeira gravação de sempre em bobina. Eram os primórdios das compilações em K7 para ouvir no carro.

Sempre gostei de ouvir K7s gravadas por mim no carro. Como não consegui escapar, agora tenho um leitor de CDs que não uso... Se eu lhes disser que tive de esperar quatro meses extra pela minha anterior viatura, em 2005, para me arranjarem uma com K7....

Bom, voltando à bobina, deixo aqui o alinhamento mesmo com os erros que contém, os espaços em branco. E tenho todas as dúvidas quanto a alguns dos títulos. Pena que, desta feita, não tenha apontado a data, mas é de 1967:

Fita 1

Lado A

Fool On The Hill - Beatles
Neon Rainbow - Turtles
Red Chair Fadeaway - Bee Gees
Sing This Song All Together - Rolling Stones
Kitty - Cat Stevens
Walk - Four Tops
Here We Go Round The Mulberry Bush - Traffic
- Beach Boys
Tin Soldier - Small Faces
Thank You Very Much - Scaffold
- Herd
- Dimon Dupree
Flying - Beatles

A Walk In The Sky - Flowerpot Men
Distance - Spanky And Our Gang
Shame - Alan Price Set
Magical Mistery Tour - Beatles
Two Thousands Miles Right Here From Home - Rolling Stones
The Ballad Of Boonie And Clyde - Georgie Fame
Nights In White Satin - Moody Blues

Lado 2

Then The Heartaches Begin - Hollies
Stop Right There - Hollies
Water On The Brain - Hollies
Lullaby To Tim - Hollies
Have You Ever Loved Somebody - Hollies
You Need Love - Hollies
Rain On The Window - Hollies
Heading For A Fall - Hollies
When Your Light's Turned On - Hollies
Leave Me - Hollies
The Games We Play - Hollies
- Procol Harum
Walking In The Queen's Garden - Them
Watcha Ride - Jefferson Airplane
Citadel - Rolling Stones
Your Mother Should Know - Beatles

Que fixação pelos Hollies! (é o álbum "Evolution", de 1967).

Bute à procura dos erros? Agora vou ver se descubro a bobina. Seria o máximo!

sábado, 29 de dezembro de 2007

UM SINGLE PERFEITO!


DECCA F.12263 - 1965

Get Off Of My Cloud - The Singer Not The Song

É dos tais singles que não se sabe muito bem se o lado A é melhor do que o lado B ou vice-versa. As milhares de vezes que eu dancei isto!

E querem saber a melhor? Este disco está na minha posse há exactamente 45 anos, feitos hoje! Há bruxas! Já não é a primeira vez que apanho coincidências destas. Até me assusto.

O single, expedido de Inglaterra pela minha amiga inglesa que conheci na Praia de Mira e de que, lamentavelmente, já não me lembro do nome, foi-o no dia 23 de Dezembro de 1965 e chegou a minha casa no dia 29 de Dezembro de 1965.

Mesmo sendo Natal, só demorou 6 dias!!! Olhem se fosse agora! Em menos de um mês, fui agora três vezes aos CTT de Benfica reclamar de carteiros...

Agora lembrei-me de outra coisa: uma das greves mais divertidas no imediatamente post-25 de Abril foi a dos carteiros. A greve foi controlada pelo MRPP. O que exigiam? Um subsídio para distribuir correspondência!!!

100 RECORDS THAT SHOOK THE WORLD (02)


Esta segunda parte abrange o período entre 1969 e 1990:

01 - Led Zeppelin II - Led Zeppelin
02 - The Band - The Band
03 - Hot Rats - Frank Zappa
04 - Bitches Brew - Miles Davis
05 - Ladies Of The Canyon - Joni Mitchell
06 - Paranoid - Black Sabbath
07 - What's Goin' On - Marvin Gaye
08 - Maggie Mae - Rod Stewart
09 - Get It On - T. Rex
10 - Shaft - Isaac Hayes
11 - There's A Riot Goin' On - Sly and the Family Stone
12 - Music Of My Mind - Stevie Wonder
13 - Ziggy Stardust - Davie Bowie
14 - Raw Power - Iggy Pop
15 - Catch A Fire - Bob Marley
16 - Close To The Edge - Yes
17 - Autobahn- Kraftwerk
18 - Down By The Jetty - Dr. Feelgood
19 - Born To Run - Bruce Springsteen
20 - The Ramones - Ramones

100 RECORDS THAT SHOOK THE WORLD (01)


Em 1991, a extinta revista britânica Vox coligiu, com a participação de Roy Carr, Fred Dellar, Patrick Humphries e outros, a lista dos 100 discos que abalaram o Mundo.

Esta refere-se apenas aos anos 1947-1969:

01 - Move It On Over - Hank Williams
02 - Cho Choo Ch'Boogie - Louis Jordan
03 - Good Rocking Tonight - Wynonie Harris
04 - It's Too Soon To Know - Orioles
05 - Flamingo - Earl Bostic
06 - Rocket 88 - Jackie Brenston
07 - Cry - Johnny Ray
08 - Shake, Rattle & Roll - Joe Turner
09 - Rock Around The Clock - Bill Haley
10 - I Got A Woman - Ray Charles
11 - Bo Diddley - Bo Diddley
12 - Tutti Frutti - Little Richard
13 - Rock Island Line - Lonnie Donegan
14 - Heartbreak Hotel - Elvis Presley
15 - Please Please Please - James Brown
16 - Smokestasck Lightning - Howlin' Wolf
17 - By Bye Love - Everly Brothers
18 - Johnny B Goode - Chuck Berry
19 - La Bamba - Ritchie Valens
20 - I Doesn't Matter Anymore - Buddy Holly

LE DESERTEUR


AZ EP 1034

Foi graças a estes Sunlights que cheguei a Boris Vian. Esta versão de "Le Deserteur" é fantástica!

Adquirido no dia 26 de Dezembro de 1966.

NÃO É LINDO?


E o que me dizem deste magnífico álbum para guardar EPs que também comprei no Cash Converters por 2,5 euros?

2º LP DE JOSÉ ALMADA


DECCA - SLPDS 2031 - 1975

Não, Não, Não Me Estendas A Mão - Eh! Amigo Lagarto - Ah! Se Um Dia O Pedro Louco - Vá, Diz Que Nunca Pisate Uma Formiga - Cavalinho - Eh! Camponês! - Ah! Como Odeio - As Aves Choram - Subi Ao Céu - E Agora José? - Ferreiro Velho E Cansado - Ah! Como Te Invejo

A maioria dos poemas é de José Gomes Ferreira, mas há também Carlos Oliveira, António Feijó e, obviamente, José Almada.

Orquestração e direcção de Jorge Palma.

MAIS JOSÉ ALMADA


ZIP-ZIP - ZIP 10.027 E - 1971 ou 1972

Oh Pastor Que Choras - Mendigo II - Vento Irado - Cala Os Olhos Vagabundo

2º EP de José Almada.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

AINDA JOSÉ ALMADA


Bem hajas, Rato, que voltaste a ripostar José Almada. As lágrimas continuam a cair...

É um crime - a sério que é - que José Almada não seja suficientemente reconhecido.

É uma pena que não exista uma Do Tempo Do Vinil alargada à música portuguesa.

Falei (finalmente) com José Almada, ele quer gravar coisas novas. Mas eu acho é que deve ser reeditada - como deve ser - a obra de José Almada.

A bola está no nosso comum amigo Bissaide.

O RATO QUE SE CUIDE...


Estamos todos de olho no Rato para ver as amarras com que eles nos vai amordaçar, não é verdade?

Bem sabemos as amagruras por que ele está a passar, mas - é bom dizê-lo - o camarada é que se ofereceu, não foi?

Pois bem, para fazer pirraça (será assim que se escreve?) e/ou pressão ao Rato aqui vai a lista dos 10 álbuns mais vendidos na Grã-Bretanha:

01 - Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band - Beatles
02 - (What's The Story) Morning Glory - Oasis
03 - Bad - Michael Jackson
04 - Brothers In Armas - Dire Straits
05 - Abba Gold Greatest Hits - Abba
06 - The Immaculate Collection - Madonna
07 - Stars - Simply Red
08 - Greatest Hits (Volume one) - Queen
09 - Thriller - Michael Jackson
10 - Come On Over - Shania Twain

Fonte: BPI (não o banco português, como é óbvio, não chega a tanto...)

Há dúvidas sobre o primeiro lugar?

"A PIOR GRAVAÇÃO DE 1967"


PYE PNV 24185 - 1967

"Chegámos à altura de dar lugar à pior gravação do ano que passou, 1967.

"Escolha de certo modo facilitada. Ao contrário do que sucedeu o ano passado com "Strangers In The Night", em que a pessoa de Sinatra não estava evidentemente em causa, desta vez o elemento-pessoa do intérprete foi um facto determinante.

"A gravação que escolhemos identifica-se integralmente com os propósitos dos seus criadores em buscar o gosto deseducado e rudimentar de um público que ainda é, infelizmente, maioritário, que se satisfaz com divertimentos medíocres.

"O êxito comercial da gravação escolhida representa um estigma desafortunadamente ainda poderoso, num contexto que nós desejaríamos ver saudavelmente dominado pelo mérito e pela qualidade apenas.

"Na gravação que escolhemos é tudo óbvio, tudo embalagem, tudo postiço. É um grotesco musical, que tem de ser definitivamente banido em Inglaterra e em todo o Mundo.

"A pior gravação de 1967 é, como não podia deixar de ser, "Puppet On a String", de Sandie Shaw".

In Em Órbita, Rádio Club Português, 31 de Dezembro de 1967

Muito provavelmente, exultei, na áltura, com esta crítica do "Em Órbita", hoje não sou tão cáustico!

E trago isto hoje à colação porque comprei hoje esta edição francesa no Cash Converters, de Benfica, apenas por 17,5 cêntimos.

Só mesmo por isso (e já repararam na carinha laroca de Sandie Shaw?).

O Conjunto de Walter Behrend fez uma versão em português de "Puppet On A String", a que deu o título de "Boneco".

No EP - Alvorada AEP 60.948 - encontra-se ainda "Leave Me", "I Want And I Need You" (da autoria de Luís Pinto Freitas, um Clave) e uma versão de "This Is My Song".

UM DISCO CURIOSO


FUNCARD - 1982

O seu perfil e previsão astrológica para quatro anos por Allen Spraggett, narrado por Cândido Mota.

Nem mais! A minha voz preferida do "Em Órbita" a falar do meu signo. É um EP curioso também, porque é uma espécie de gatefold e marcha a 33 rotações. Eu é que tenho medo de o pôr no gira-discos, não vá a agulha explodir!

Escreveu Cândido Mota na contracapa:

"Olá, amigos!

"Espero que este disco vos proporcione alguns momentos agradáveis e vos ajude a conhecerem melhor as características principais da vossa personalidade, de acordo com o vosso signo.

"Se a alegria e o prazer que sentimos ao fazê-lo se comunicarem a quem me escuta, o nosso objectivo terá sido plenamente atingido".

Comprei-o hoje, por piada, no Cash Converters, por 17,5 cêntimos.

MORREU JOE DOLAN


Joe Dolan morreu quarta-feira, dia 26, em Dublin, de hemorragia cerebral, mas só hoje foi conhecida a notícia. Tinha 64 anos.

Eu não era muito fã do cantor, mas fica aqui a minha homenagem à sua memória.

Foi sobretudo conhecido pelas canções "Make Me An Island" e "Teresa" (1969).

PARABÉNS A VOCÊ!


Zeca do Rock, a viver actualmente no Brasil, faz hoje 64 anos.

Parabéns!

De seu nome verdadeiro José das Dores, terá sido o primeiro músico português a gravar um "yé", em "Sansão Foi Enganado", em 1961.

Aprendeu a tocar viola no final da década de 50 com Fernando Alvim e a sua grande oportunidade surgiu em 1959 quando participou no programa "Bom Dia", de José de Oliveira Cosme, na Rádio Renascença numa rubrica de novos talentos.

Recusou fazer um disco a meias com Tonicha, como era costume na altura, e por isso perdeu a oportunidade de gravar o primeiro disco português de rock, primazia que foi para Daniel Bacelar e os Conchas (Columbia SLEM 2062 - 1960).

O seu primeiro disco - e único em nome próprio - só surgiu no ano seguinte, em 1961, acompanhado pelo Conjunto de Manuel Viegas: "Menina", "Sansão Foi Enganado", "Nazaré Rock" e "Dezassete" (Alvorada MEP 60425).

"O estúdio era uma sala centenária na Costa do Castelo. Quando passava uma camioneta na rua ou um avisão no ar, tinha que se interromper a gravação".

Em 1962 participou no filme "Pão, Amor e Totobola" (para quando uma versão em DVD?), de Henrique Campos. Do filme foi editado um EP que inclui "Twist Para Dois".

O serviço militar obrigatório terminou com a carreira de Zeca do Rock em 1965, mas na Guiné ainda formou um conjunto de rock que actuou pelos aquartelamentos do território.

Zeca do Rock é habitual colaborador deste blog e há pouco mandou-me esta foto que foi a primeira feita em série para oferecer a fãs, em 1959/1960.

A palavra para Zeca do Rock:

"Esta foi a primeira foto feita em série para oferecer a fãs. Foi feita uma "zincogravura" da fotografia original, que depois foi usada por um processo de impressão tradicional (como um carimbo, prensa) numa gráfica, para tirar muitos milhares de cópias em papel de 120 gr.

"Somente sobrou este exemplar já muito desmaiado, mas é documento histórico.

"Se bem me lembro, foram feitas 10.000 impressões na primeira rodada, seguidas de mais 20.000 na segunda.

"Eu tinha diversos amigos voluntários que me serviam de secretários para dar resposta aos muitos milhares de cartas de fãs que chegavam constantemente a minha casa.

"O carteiro carregava diariamente dois sacos de correspondência: um para mim, outro para o resto do bairro.

"Era sempre mandada uma fotografia autografada para toda a gente que escrevia. Esses meus amigos faziam isso de borla? Claro que sim, porque o simples facto de estarem autorizados a apresentar-se como meus amigos particulares dava-lhes direito a livre-trânsito com as minhas fãs e "groupies".

"Estavam sempre muito bem servidos de raparigas sedentas de desejo e do mais "práfrentex" que se podia encontrar na época.

"Depois desta foto, as seguintes foram feitas já por processo tipo offset, da mesma forma que se faziam os Cartões Postais, com muito melhor qualidade de papel, brilho, etc. Mas foram fotos diferentes, já com o autógrafo implantado na impressão para poupar tempo".

Obrigado, Zeca!

Parabéns, Zeca!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

2º EP DE DUARTE & CIRÍACO (S/DATA)


MOVIEPLAY - SON 1000.005 - s/data

Chária (popular) - Bravos (popular) - Cantares do Zé da Lata 1 e 2 (popular)

Arranjos e acompanhamento de Carlos Correia (Bóris), som de Moreno Pinto, direcção artística de Rui Ressurreição.

Toda a gente pensa - e bem - que o duo Duarte e Ciríaco é açoreano. O que nem toda a gente provavelmente saberá é que os dois estudaram em Coimbra e que por lá fizeram também música.

Em 1967, Duarte Brás tinha 23 anos e frequentava o 4º ano de Direito. Tocava viola-ritmo nos Álamos.

Um ano mais tarde juntou-se a Ciríaco Martins, 21 anos, aluno do 3º ano de Química, e formaram os Folkers. Um dia foram à televisão, mas foram severamente criticados por cantar em inglês.

Começaram então a compôr em português, inspirando-se sobretudo no folclore alentejano. Curioso: açoreanos a estudar em Coimbra compõem em alentejano... Porquê?

Porque se trata de uma música lenta que permite chamar a atenção para a poesia.

MACAU TAMBÉM TEVE O SEU FESTIVAL IÉ-IÉ


Os Grey Coats (na imagem) foram os vencedores do I Festival Musical de Macau que se realizou no território em Dezembro de 1963 e de que a Plateia dá conta no seu número de 01 de Janeiro de 1964.

Patrocinado pelo Centro de Informação e Turismo de Macau, o Festival realizou-se no Teatro Cheng Peng perante mais de 2.500 pessoas.

Formados por Leonardo Amarante, Diamantino Pereira, Jackie Mahomed e António Lopes, estes três últimos macaenses, os Grey Coats interpretaram "Savage", "Mariquita", "México" e "Perfídia".

Segundo a Plateia, a actuação dos Grey Coats foi "extraordinariamente aplaudida pelos impressionantes movimentos enquanto exibiam as suas músicas".

O segundo lugar foi para Mário Tomaz e o seu Conjunto ("La Novia", "Tarantela", "Picolissima Serenata" e "Adeus Velha Lisboa" e o último lugar do podium foi para os Lovers ("Guitar Boogie", "The Twist", "Taquilla" e "The Guitar Twist".

MAIS KINKS


PYE PNV 24173

Adquirido no dia 06 de Outubro de 1966.

FALEI COM JOSÉ ALMADA!!!


ZIP ZIP - COM 104/L - 1970

Face A

Homenagem - Vento Irado - Os Anjos Cantam - Hóspede - E A Ovelha Bale, Bale/Pobre Mendigo/Ao Som Dum Sol E Dó

Face B

Prece - Mendigo - Olha As Ovelhas Como São - Jaiminho - Oh Pastor Que Choras - Eh! Vizinho Porco

Arranjos e direcção de Pedro Osório.

Este disco custou-me 99$50.

Graças a um comentário deixado neste blog por Luís Almada, filho de José Almada, consegui finalmente chegar à fala com o autor de "Mendigos", desiderato que perseguia há uns bons 10 anos.

José Almada vive hoje tranquilamente em Ovar, a 100 metros do seu filho Luís e feliz com o seu casamento com Margarida, veterinária municipal.

Mas a sua vida nem sempre foi tranquila.

José de Almada Guedes Machado nasceu em Guimarães no dia 06 de Setembro de 1951, mas passou a infância na zona de Lamego-Régua - eis assim a razão do seu sotaque característico nas gravações, sotaque que - conforme pude comprovar na conversa telefónica de hoje - já perdeu.

A sua carreira na música resume-se a dois excelentes LPs, "Homenagem" e "Não, Não, Não Me Estendas A Mão" e a um não menos excelente EP, "Mendigos", tudo do final da década de 60 e início da de 70 (e ainda o EP "Vento Irado" - tks, Fantomas!).

José Almada gravou primeiro para o ZIP-ZIP e depois para a Decca (Valentim de Carvalho). No auge da sua carreira não chegou porém a actuar no programa de televisão ZIP-ZIP, porque - disse - quando estava para o fazer, o programa acabou.

"Depois desperdicei-me, queria era vaguear, meti-me nos fuminhos", confessa.

"O 25 de Abril apanhou-me na tropa em Cabo Verde e em Maio consegui regressar. Passei uma temporada no Hospital Psiquiátrico do Exército, em Campo de Ourique. Trabalhei em vários sítios, fui revisor no jornal "A Época", tomei conta de crianças deficientes, fiz muita coisa esporadicamente.

"Mas nunca deixei de tocar e de compôr. Eu desabafava com a minha viola. Até que no dia 23 de Dezembro de 1974 encontrei a Paz interior com a meditação ioga".

Hoje, José Almada está de bem com o Mundo e anseia gravar as suas novas canções. "Mandei uma K7 há uns 4/5 anos a Tozé Brito, mas não interessou", lamenta, acrescentando que tem "coisas bonitas e novas".

Os seus irmãos têm igualmente queda para a música: Catarina já cantou para o Papa em Fátima e o irmão mais velho gravou a "Mulher Gorda" com uma Tuna Académica.

ROLLING STONES


DECCA - PEP 1177 - edição portuguesa

Adquirido no dia 13 de Janeiro de 1967.

CÁ ESTÃO ELES, OS BEAU BRUMMELS


DISQUES VOGUE INT. 18002 - 1965

Esplêndido EP. Adquirido no dia 27 de Dezembro de 1965, faz hoje exactamente 42 anos!!!

ALGUÉM SABE O QUE ISTO É?


DAWN DNB 17-CD - 1974 (não sei se antes, se depois do 25 de Abril)

Nkosisikelela África - Sise Ndleni

Editado e distribuído em Angola por CDA, Companhia de Discos de Angola, Travessa da Sé, 40 - Luanda. Capa de Diogo Rochinha. A Minerva - Luanda.

Até que as canções têm alguma piada, o lado A baseado em órgão, o lado B é um instrumental com guitarra distorcida. Nada de folclores, é mesmo pop/rock.

MAIS AMARELOS (09)


COLUMBIA SLEM 2193

Adquirido no dia 03 de Novembro de 1965.

NUNO SEBASTIÃO ESCREVE SOBRE ELVIS PERKINS


Oh diabo! Mas quem é que me manda dar sugestões... escrever sobre um disco, eu é mais números... (o meu amigo Nuno, amante de acoustic guitars, é, profissionalmente, gestor e controlador de orçamentos, de projectos...).

Posso dar dois apontamentos.

Primeiro, factos! E, desde já, dar os créditos a Lia Pereira, da Blitz (tenho por hábito estar atento à rubrica "Quase Famosos").

Elvis Perkins, 31 anos, é filho do actor Anthony Perkins, protagonista de "Psico", de Hitchcock (adorava os filmes de cowboys dele quando eu era miúdo - nota do editor), e da fotógrafa Berry Benson.

O álbum de estreia, "Ash Wednesday" foi lançado este ano. A trágica morte da mãe, passageira de um dos vôos que chocaram com as torres do World Trade Center, adiou a estreia, mas foi também a sua principal inspiração, a começar pelo título, "na quarta-feira, 12 de Setembro apenas restavam as cinzas delas", curiosamente o pai morrreu no mesmo dia.

Revê-se nos pares com que é comparado (Ryan Adams e Rufus Wainwright), aos quais acrescenta uma paixão pela bossa-nova (pelos vistos já tentou aprender português...) e música indiana.

Fãs de George Harrison, podem ficar descansados ou desapontados, não se ouve nenhuma cítara... mas há violinos, harmónica, trompetes e bombos.

Segunda nota pessoal. Sempre que vou ouvir um álbum de "matriz" folk, crio uma grande expectativa, estou sempre à espera da próxima "big thing".

Ouvi a primeira música - "While You Where Sleeping" - e no final pensei "mais um armado em Zach Condon dos Beirut".

Ao ouvir os três primeiros temas, já lhe tinha vaticinado um "não me convence", mas eis que à quarta faixa - "Moon Woman II" - o disco começa efectivamente para mim e daí em diante só tenho a dizer bem.

Repetida a audição duas vezes, a voz deixa de soar estranha e o disco, todo ele, torna-se bastante agradável.

Uma curiosidade, o Elvis usa uns oculinhos à Lennon, que, segundo parece, também já foram imagem de marca do autor do blog.

Nuno Sebastião

UMA RELÍQUIA MUITO QUERIDA


COLUMBIA DB 7744 - 1965 - DEMONSTRATION RECORD NOT FOR SALE

Este é um dos meus discos mais queridos.

Em primeiro lugar, porque me foi oferecido em 1965 por João Martins, da "23ª Hora", da Rádio Renascença, um dos mais estimáveis programas de rádio de sempre.

Em segundo lugar, porque é um disco-amostra (como então se dizia). Nunca tinha visto tal coisa!

Em terceiro lugar, porque se trata de uma das bandas que mais perto está do meu coração - Dave Clark Five!

TWINKIE-LEE - GARY WALKER


CBS - EP 5742 - edição francesa

You Don't Love Me (T. Raye) - Twinkie-Lee (J. Bright) - Get It Right (J. Stewart) - She Makes Me Feel Better (J. Stewart)

Mais de 40 anos depois, consegui finalmente arranjar este fantástico "Twinkie-Lee" em CD.

Adquirido no dia 26 de Dezembro de 1966.

MAIS DAVE DEE, DOZY, BEAKY, MICK AND TICH


FONTANA 465.324 ME - EDIÇÃO FRANCESA

Adquirido no dia 13 de Janeiro de 1967.

Reparem que é a mesma capa do primeiro álbum.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

MAIS KINKS


PYE PNV 24184 - EDIÇÃO FRANCESA

Adquirido no dia 13 de Janeiro de 1967.

TOM JONES


DECCA - PEP 1189 - edição portuguesa

Green, Green Grass Of Home - If I Had You - I Need Your Loving - It Takes A Worried Man

Sempre apreciei "Green, Green Grass Of Home"!

SHADOWS


COLUMBIA - SLEM 2138 - edição portuguesa

Fabricado em Portugal sob licença de The Columbia Gramophone (*) Company, LTD - Hayes - Middlesex - England.

A utilização de EMITEX preserva este disco protegendo-o da poeira.

Adquirido no dia 03 de Setembro de 1963 (com 16 anos comprava estes discos!).

* Durante anos, a Valentim de Carvalho nunca acertou com o nome da companhia britânica: ou escrevia Graphophone ou Gramaphone.

CHRIS STILLS


V2 - WR1040182 - 2005

Landslide - When The Pain Dies Down - Kitty Cathy - For You - Story Of A Dying Man - Flying High - Say My Last Goodbye - Demon - Fool For Love - Golden Hour - Sweet California

Vive em Paris, a Mãe é francesa, conhecida, Veronique Sanson, o Pai é Stephen Stills, como já devem ter percebido.

Recomendo o disco.

HERMAN'S HERMITS


COLUMBIA - SLEG 5046 - edição portuguesa

Fabricado em Portugal por Valentim de Carvalho Comércio e Indústria, SARL, sob licença de The Gramophone Company, Ltd, Hayes - Middlesex - England.

A utilização de EMITEX preserva este disco protegendo-o da poeira.

TROGGS


FONTANA - 460.981 ME - edição portuguesa

I Can't Control Myself - When I'm With You - Hi Hi Hazel - Gonna Make You

Gráfico: Monumental.

Adquirido no dia 24 de Janeiro de 1967.

DANIEL BACELAR ESCREVE SOBRE GOUVEIA MACHADO


Meus queridos amigos:

Já antes de 1974, tanto os músicos profissionais como a rapaziada dos "conjuntos" (hoje bandas) tinham imensas dificuldades económicas, pois os instrumentos eram caríssimos, sobretudo para nós, simples estudantes, com pouco dinheiro, algum dele ganho em qualquer "bailarico" de liceu ou esporádica actuação.

Comprar uma Fender ou uma Burns era um sonho impossível, contentando-nos nós com uma guitarra Eko, bem popular naquela altura.

No entanto, havia uma casa de instrumentos musicais na rua de S. José (em Lisboa) que era uma espécie de Santuário para todos nós, a CASA GOUVEIA MACHADO.

Digo Santuário, pois António Gouveia Machado, seu proprietário, estava sempre pronto com o seu habitual sorriso a facilitar a vida à "malta" e a vender o tão ambicionado material musical a prestações "a perder de vista".

Era o amigo da "malta" e, muitas vezes, confidente das nossas pequenas frustrações de jovens cheios de sonhos, que, claro, 98% das vezes, nunca se realizaram devido à pequenez do nosso meio musical (já naquela altura era assim!!).

Gostaria de o relembrar, pois em 1974 já me encontrava afastado destas lides musicais e a minha vida há muito que tinha seguido outros voos, por acaso relacionados com a aviação.

Mas vim a saber que, tempos após o 25 de Abril de 1974, o nosso amigo SR. GOUVEIA MACHADO (como era conhecido entre nós) viu-se obrigado a fechar o seu estabelecimento e a rumar ao Brasil.

Desconheço as razões que o obrigaram a fazer isso, mas uma coisa senti quando tive conhecimento do facto: uma enorme saudade e montes de recordações de amenas "cavaqueiras" com o nosso AMIGO.

Junto podem ver uma fotografia tirada quando da visita dos Shadows à sua loja, (quando da inesquecível actuação do Cliff Richard e dos Shadows no Cinema Império, em Lisboa - dias 11 e 12 de Dezembro de 1965 - nota do editor), pois era o representante das guitarras Fender e Burns para Portugal, marca dos instrumentos que, como toda a gente sabe, eram a imagem de marca dos Shadows.

Pode-se ver da esquerda para a direita, John Rostill (Shadows, viola-baixo), Brian Bennett (Shadows, bateria), António Gouveia Machado (e o seu característico sorriso), este vosso criado (com um "ar apardalado", tal a emoção do encontro), Hank Marvin (Shadows, viola-solo, e os seus característicos óculos), e dois fãs e frequentadores da casa.

Caro ANTÓNIO GOUVEIA MACHADO, onde quer que se encontre, um grande "MUITO OBRIGADO" em meu nome e no de toda uma geração que foi musicalmente feliz devido à sua compreensão e a um grande coração.

BEM HAJA!

Daniel Bacelar

PS - Agradecia que se alguém tiver paciência para ler isto e ainda se lembrar destes tempos, deixasse aqui o seu testemunho, pois pessoas como ANTÓNIO GOUVEIA MACHADO infelizmente, hoje.... já não há!

MONKEES


RCA VICTOR - TP-286 - edição portuguesa

Take A Giant Step - Last Train To Clarksville - Theme From The Monkees - Tomorrow's Gonna Be Another Day

Editado em Portugal por Telectra - Empresa Técnica de Equipamentos Eléctricos, SARL Marânus-Porto.

Adquirido no dia 29 de Abril de 1967.

Cortesia de João Pinheiro de Almeida

HELP ME RHONDA


CAPITOL EAP1-20695

Este comprei-o no dia 02 de Novembro de 1965

NEIL DIAMOND COMPOSITOR


CONNOISSEUR COLLECTION - VSOP CD 172 - 1992

I'm A Believer (Monkees) - The Boat That I Row (Lulu) - I Am... I Said (Gary Puckett and the Union Gap) - Solitary Man (BJ Thomas) - A Little Bit Me, A Little Bit You (Monkees) - Sunday And Me (Jay and the Americans) - Memphis Streets (Albert Lee) - Sweet Caroline (Waylon Jennings) - Song Sung Blue (Bobby Vinton) - A Modern Day Version Of Love (Roslyn Kind) - Sunflower (Glen Campbell) - Do It (Tony Wilson (Hot Chocolate)) - Sleep With Me Tonight (Patti La Belle) - Red Red Wine (Jimmy James and the Vagabonds) - The Boy With The Green Eyes (Wool Brother Love's Travelling Salvation Show) - Sonny and Cher - Ain't No Way (Box Tops) - Look Out (Here Comes Tomorrow) (Monkees) - Cracklin' Rose (Billy Joel Royal) - Love On The Rocks (Millie Jackson) - And The Grass Won't Pay No Mind (Mark Lindsay (Paul Revere and the Raiders)) - Kentucky Woman (Deep Purple)

Posso acrescentar mais, como, por exemplo:

Red, Red Wine (UB40) - Sweet Caroline - (Elvis Presley, Al Martino, U2, Bert Kaempfert) - I'm A Believer (T'Pau, Chinchilas, Popinjays, Frank and Walters, Robert Wyatt, EMF, Eddie Murphy) - Solitary Man (Cliff Richard, Chris Isaak, Johnny Cash) - Cracklin' Rose (Shane McGowan and the Popes) - And The Grass Won't Pay No Mind (Elvis Presley) - Girl, You'll Be A Woman Soon (Urge Overkill) - I Got The Feelin' - David Garrick. 

DHANI HARRISON


HOT RECORDS EP001 - FOR PROMOTIONAL USE ONLY. NOT FOR RESALE (2006)

Say - Out Of Mind - Lord Lord - Truly

Uma absoluta e agradável surpresa! Nem mais nem menos que Dhani, filho de George Harrison.

OUTRO INJUSTIÇADO E OUTRA BELA CAPA


PYE - PNV 24182 - edição francesa

Dear Mrs. Applebee - You're What I'm Livin' For - Lady Jane (Jagger/Richard) - Let's Go Somewhere

Comprei este disco na Sol & Dó, em Lisboa, no dia 25 de Janeiro de 1967. 

DAVE DEE, DOZY, BEAKY, MICK AND TICH


REPERTOIRE REPUK 1004 - 2003

DDD-BMT - We've Got A Good Thing Goin' - Here's A Heart - Something I Gotta Tell You - All I Want To Do - Frustration - Hold Tigh - Hard To Love You - Nose For trouble - No More Love - After Tonight - No Time - Double Agent

Bonus tracks: Is It Love - All I Want (single version) - It Seems A Pity - You Make It Move 8single version) - I Can't Stop - You Know What I Want - Hideaway (single version) - Bend It (single version) - She's So Good (single version) - Loos Of England (EP version) - Over And Over Again - Bend It (US version)

Se soubesse que os Dave Dee eram assim tão apreciados já aqui tinha falado deles. É que eu adoro-os e era um ás a dizer o nome deles na rádio. Quando tinha o "Mensageiro da Moita", na Voxx, levava sempre os discos deles só para dizer o nome.

Com este entusiasmo pela banda, acabei de ir ao eBay e arrematar o single original (com capa original) de "Hideaway/Here's A Heart" (o tal que me gamaram). Baratucho. Obrigado, pessoal, por me avivarem a memória.

Desta banda, até um DVD tenho!

Esta reedição do primeiro álbum que vos apresento foi adquirida em Outubro do ano passado na Irlanda, de visita ao filhote mais velho que se refugiou no campo in the middle of nowhere como veterinário de "grandes animais".

Presumo que conheçam esta Repertoire. É fundamental!

E o que me dizem, por exemplo, de "Hard To Love You", um autêntico pré-"Hold Tight!"? E de "After Tonight"? E de "You Know What I Want"? Ó meu Deus! Os lados B confundiam-se com os lados A.

Naqueles anos 60, lá para 67/68, eu e o irmão caçula gravávamos em casa num esplêndido gravador de bobinas, primeiro um Grundig Elizabethan, depois um B&O (que ainda existe), programas de rádio a que chamávamos Rádio Pirata Lisboa-1. "Lisboa-1" era o nosso código postal. Até o Luís Filipe Barros lá foi um dia gravar. E mandávamos as bobinas para Moçambique para uma qualquer estação de rádio, já não me lembro qual.

Bom, uma das coisas que fazíamos era colagens de pedações de música. Por exemplo, dos Dave Dee, retirámos a frase "i beg you pardon, sir" de "Nose For Trouble" que ficava uma delícia.

Acho que ainda temos essas colagens por aí.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

O LADO B FEITO ÊXITO PELO "EM ÓRBITA"


FONTANA - 465.312 ME - edição francesa (s/data)

Como tem sido repetidamente dito aqui o programa "Em Órbita" foi especial, muito especial. Os seus autores orgulhavam-se nomeadamente de pegar numa canção que não fosse o tradicional single e tocá-la se tivesse qualidade. Era mais uma amarra que era quebrada.

A lista das 30 melhores canções de 1967 que já aqui publiquei prova a teoria.

Queria hoje falar-vos do "lado B feito êxito pelo "Em Órbita"".

O single era "Hideaway", dos Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick and Tich, mas o "Em Órbita" puxou antes pelo lado B, uma fantástica balada ao piano de nome "Here's A Heart". Êxito total!

No meu single (inglês) até escrevi isso na contracapa manufacturada por mim, citando o programa: "o lado B feito êxito pelo "Em Órbita"":

Infelizmente esse meu disco foi roubado no dia 26 de Junho de 1986 de dentro do meu Fiat 126 azul que se encontrava estacionado, de dia, na Praça de Londres, em Lisboa.

Não foi fácil repô-lo. Consegui este EP francês há relativamente pouco tempo e só em 1996, numa colectânea neerlandesa, obtive a versão em CD. Puxa!

Sempre gostei destes Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick and Tich, o primeiro dos quais um ex-polícia o primeiro a chegar ao carro acidentado que vitimou mortalmente Eddie Cochran, em 1959.

TOP 10 OF EVERYTHING 2008


O meu filhote mais novo sabe que o Pai gosta destas coisas de listas, tops, etc, e disso não se esqueceu neste Natal. Já acompanho estes livros de Russell Ash há algum tempo. São bem interessantes.

A primeira coisa que faço é ver as citações portuguesas. São cada vez menos.

Na edição de 2008 está, por exemplo, o Terramoto de 1755 como o quinto pior tsunami de todos os tempos (10.000 mortos). O pior foi o de há 3 anos no sudeste asiático (186.983).

Portugal é o 10º produtor mundial de nozes. Ou será de malucos? (nuts).

Somos também o 10º país do Mundo na reflorestação. Maria de Lourdes Pintasilgo foi a 7ª mulher do Mundo a exercer as mais altas funções executivas, a primeira foi Sirimavo Bandaranaika, no Sri Lanka, em 1960 (nesta altura chamava-se Ceilão o país).

O português é a quinta língua mais falada no maior número de países - 10. A primeira é o inglês, falado em 51 países. Em 2050, o português será a sexta língua mais falada do Mundo, a seguir ao chinês, hindu, árabe, inglês e castelhano.

Somos o 9º país comilão em batata.

No desporto, onde eu julgava que haveria mais citações, temos só, afinal, a de António Pinto com o 2º melhor tempos de sempre na Maratona de Londres.