Vi hoje, aqui, a reprodução da capa de uma edição Universal de 2001 (Colecção 'O Melhor de 2'), que junta num único CD duas bandas distintas, Filarmónica Fraude e Banda do Casado.
O título é mais do que abusivo, para já não falar da inclusão dos Grupos em tal Colecção.
Como capa, é um trabalho gráfico miserável. Mistura, num preto e branco borrado, o que jamais seria admissível misturar.
O mesmo direi para o alinhamento musical (impossível!), uma miscelânea desavergonhada e sem o mínimo sentido que só pode ter uma leitura: os responsáveis da época naquela editora, sem consulta prévia aos Grupos, demostraram a mais ignóbil desconsideração para com Produtores, Artistas e Autores envolvidos nos referidos trabalhos discográficos, simpatizassem ou não com estes.
Esta edição acabou por me trazer à memória uma outra igualmente estapafúrdia, desta vez de 1997 e da EMI/Valentim de Carvalho. Falo de "Natação Obrigatória" da Banda do Casaco, não o single, mas uma inconcebível compilação para a Colecção 'Caravela'.
Como no caso anterior, os responsáveis na altura em funções nesta companhia não se dignaram contactar quem deveriam ter contactado.
A capa é outra pérola de estupidez. Como trabalhar custa, pegaram numa foto promocional do album 'Contos da Barbearia' e toca a enfiá-la na frente da capa. Há nesta foto membros do Grupo que não tocaram em vários temas da compilação, outro alinhamento musical (também impossível!) pouco mais do que anedótico.
Dois exemplos de pura "pirataria".
Noutro país, com outra justiça, outro galo cantaria.
(desculpem a rima; saiu e soa bem)
Tenho-me perguntado amiúde por que razão não fui consultado. Nem outros elementos da Filarmónica Fraude e da Banda do Casaco. Afinal fui membro fundador de ambos os Grupos, co-produtor da Banda do Casaco, e letrista de ambos, sinto-me no pleno direito de declarar que se tratou de edições inqualificáveis por mais defeitos e falta de vergonhice que tenham demonstrado. E não me custa a crer que outros elementos dos Grupos sintam a mesmo sabor da indignação.
Felizmente não chega para manchar o prestígio dos Criadores e Obreiros.
Já quanto aos responsáveis por estas edições, aconselhava a que as incluíssem nos seus CVs no capítulo anedotário.
Termino bem disposto com um trocadilho óbvio mas irresistível: "A&R" que é de mais!!!!
António Pinho
O título é mais do que abusivo, para já não falar da inclusão dos Grupos em tal Colecção.
Como capa, é um trabalho gráfico miserável. Mistura, num preto e branco borrado, o que jamais seria admissível misturar.
O mesmo direi para o alinhamento musical (impossível!), uma miscelânea desavergonhada e sem o mínimo sentido que só pode ter uma leitura: os responsáveis da época naquela editora, sem consulta prévia aos Grupos, demostraram a mais ignóbil desconsideração para com Produtores, Artistas e Autores envolvidos nos referidos trabalhos discográficos, simpatizassem ou não com estes.
Esta edição acabou por me trazer à memória uma outra igualmente estapafúrdia, desta vez de 1997 e da EMI/Valentim de Carvalho. Falo de "Natação Obrigatória" da Banda do Casaco, não o single, mas uma inconcebível compilação para a Colecção 'Caravela'.
Como no caso anterior, os responsáveis na altura em funções nesta companhia não se dignaram contactar quem deveriam ter contactado.
A capa é outra pérola de estupidez. Como trabalhar custa, pegaram numa foto promocional do album 'Contos da Barbearia' e toca a enfiá-la na frente da capa. Há nesta foto membros do Grupo que não tocaram em vários temas da compilação, outro alinhamento musical (também impossível!) pouco mais do que anedótico.
Dois exemplos de pura "pirataria".
Noutro país, com outra justiça, outro galo cantaria.
(desculpem a rima; saiu e soa bem)
Tenho-me perguntado amiúde por que razão não fui consultado. Nem outros elementos da Filarmónica Fraude e da Banda do Casaco. Afinal fui membro fundador de ambos os Grupos, co-produtor da Banda do Casaco, e letrista de ambos, sinto-me no pleno direito de declarar que se tratou de edições inqualificáveis por mais defeitos e falta de vergonhice que tenham demonstrado. E não me custa a crer que outros elementos dos Grupos sintam a mesmo sabor da indignação.
Felizmente não chega para manchar o prestígio dos Criadores e Obreiros.
Já quanto aos responsáveis por estas edições, aconselhava a que as incluíssem nos seus CVs no capítulo anedotário.
Termino bem disposto com um trocadilho óbvio mas irresistível: "A&R" que é de mais!!!!
António Pinho