terça-feira, 31 de maio de 2011

MORTE E VIDA SEVERINA 03


TEATRO AVENIDA

Espectáculo patrocinado pelo Ministério da Educação Nacional, Ministério dos Negócios Estrangeiros e com a colaboração da Embaixada do Brasil.

Maio de 1966

O Xico nem precisa de letristas. Faz ele próprio. Mas tem graça que a primeira vez que o vi (tão menino ainda) a “letra” era do poeta João Cabral de Melo Neto. Produzia-se “Morte e Vida Severina” no Teatro Avenida. Xico, autor da música vinha integrado no TUCA (Teatro da Universitário da Universidade Católica de S. Paulo) e também representava. João Cabral, que acorrera propositadamente de Sevilha ou de Marselha para assistir (ver e dar assistência…), estava sentado a meu lado. Creio que nunca tinha visto “Morte e Vida Severina” em cena. Creio que estava a redescobrir o seu texto (pelo qual não devia já nutrir grande admiração, perfeccionista como é…) Quando, no final, os aplausos explodiram e começaram a chamar o autor ao palco, João, sem se virar, cada vez mais enterrado na cadeira, ia-me dizendo apavorado: “Não olha para mim! Não olha para mim!” Acabou por ter de ser. João Cabral foi coxia abaixo, pôs a mão no bordo da ribalta e com agilidade saltou para o palco. Abraços, agradecimentos ao público pela sua estrondosa ovação: João Cabral ao seu lugar. Digo-lhe: “V. saltou com uma facilidade!” E ele, com orgulho de rapazinho: “V. esquece que eu joguei futebol!
Alexandre O’ Neill em “Já Cá Não está Quem Falou”, Assírio & Alvim, Abril 2008.

Nota do escriba: Se forem ao “You Tube”, chamarem por Morte e Vida Severina – Chico Buarque de Holanda, encontrarão vídeos da representação da peça.

Colaboração de Gin-Tonic

MORTE E VIDA SEVERINA 02


PHILIPS - P 632.900 L - 1966

Lisboa, por esses anos 60, era uma cidade de um torpor quase provinciano.

Lembra-se de andar pelas ruas à noite, e de Lisboa ser um sítio acolhedor, não a ditadura.

Por um Maio de 66, mais precisamente no seu 31º dia, sem se saber muito bem como, o “TUCA - Teatro da Universidade Católica de São Paulo” aparece em Lisboa, também foram ao Porto, para apresentar, em espectáculos únicos, o poema de João Cabral de Melo Neto a que, em 1965, Francisco Buarque de Hollanda emprestara música.

Em Abril tinham ganho o Grande Prémio de Teatro Universitário de Nancy.

Mantém uma ponta de espanto de como a ditadura proporcionou, a quem o pôde ver, este belíssimo espectáculo. Ainda agora um pedaço de nostalgia se eleva do teclado onde escreve. Um verdadeiro luxo para ávida sede de conhecimento de então.

Circunstâncias pontuais, que agora não vêm ao caso, permitiram-lhe arranjar um bilhete de imprensa para o espectáculo. Nunca soube se as bilheteiras chegaram a abrir ao público.

Lembra-se dos enormes magotes de gente postados em frente do teatro, à espera de um qualquer passe de mágica que lhes permitisse assistir ao espectáculo.

Uma boa parte da sala, a rebentar pelas costuras, era constituída por agentes da PIDE.

Um espectáculo memorável, uma encenação simples, uma humildade de representação que fazia realçar todo o colectivo e em que se sentia toda a força do poema, a que a música de Chico Buarque emprestava, um viver e um sentir tão expressivos, e que a leitura do poema não permitiu, sequer, imaginar.

Passaram todos estes anos e nunca mais sentiu uma embriagues cultural como a daquela.
noite.
Ainda hoje não consegue alinhar meia dúzia de linhas decentes, apenas lhe saem banalidades.

Com o espectáculo a percorrer-lhe as veias, meteu pés por Lisboa fora, madrugada dentro, a falar sozinho ou, como dizia o José Gomes Ferreira, a falar com os fantasmas e a sua sombra.

Por um Dezembro-quase-Natal, de 1967, a descer a Rua do Carmo, viu na montra da Discoteca do Carmo, o disco de “Vida e Morte Severina”. Entrou, deparou-se com um preço-de-nota-preta.

Contou os tostões, o parco subsídio de Natal já tinha viajado para paragens outras, e os que pelo bolso viajaram, ficaram como sinal. Num ápice voltaria para finalizar o pagamento e, a certeza certa, que o resto do mês passaria a pão e água, salsichas Izidoro, mas que se lixasse: aquele gozo já ninguém lhe tirava.

Porque há coisas de que não podemos deixar passar ao lado.
Soube depois que o disco na montra era exemplar único, e já há alguns dias que por ali estava, sem ninguém nele reparar.

Por uma vez, sentiu-se um tipo com sorte!

Colaboração de Gin-Tonic

MORTE E VIDA SEVERINA 01


Iam os anos sessenta a meio, mais precisamente Outubro de 1965, quando, com a cumplicidade de um trabalhador da “Livraria Clássica Editora”, junto ao antigo Cinema Eden, onde hoje está a “Loja do Cidadão”, encontrou-se perante uma “Antologia de Poesia Portuguesa do Pós Guerra”, organizada por Afonso Cautela e Serafim Ferreira, publicada pela Editora Ulisseia.

No dia seguinte a PIDE procedeu à apreensão do livro.

Pela leitura da antologia verificou que o seu conhecimento da moderna poesia portuguesa roçava o escandaloso.

Pediu ajuda para colmatar as lacunas e aconselharam-no, para começo, comprar ou ler, todos os volumes da “Colecção Poetas de Hoje”, então editados pela “Portugália Editora”.

Aos poucos foi comprando os livros e abriram-se horizontes sobre José Gomes Ferreira, Manuel da Fonseca, Egito Gonçalves, António Gedeão, Carlos de Oliveira, António Reis, Reinaldo Ferreira, tantos outros.

Acontece que o nº 9 da Colecção é um livro do poeta brasileiro João Cabral de Melo Neto: “Poemas Escolhidos”.

Maravilhou-se com o Auto de Natal Pernambucano “Morte e Vida Severina” .

O subdesenvolvimento, o drama do homem do nordeste brasileiro, que é também o drama de outros homens, em outros nordestes, espalhados pelo mundo, onde a luta contra os problemas de sobrevivência é uma tarefa diária.

Josué de Castro em “Sete Palmos de Terra e um Caixão”:

“No Nordeste, as marcas mais fundas da presença do Homem, parece não serem as marcas da sua vida, mas as marcas da sua morte.”

O poema está largamente sublinhado a lápis. Também ele ficou marcado.

Da sua leitura ressalta o quanto são pobres as razões da esperança, mas a obrigação que por ela há que lutar: “porque muita diferença faz entre lutar com as mãos e abandoná-las para trás”.

No prefácio a estes “Poemas Escolhidos”, Alexandre Pinheiro Torres considera “Morte e Vida Severina” um dos mais belos poemas de toda a literatura em língua portuguesa, obra-prima incontestável”.

E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia

(...)

— Severino, retirante,
o mar de nossa conversa
precisa ser combatido,
sempre, de qualquer maneira,
porque senão ele alaga
e devasta a terra inteira.
— Seu José, mestre carpina,
e em que nos faz diferença
que como frieira se alastre,
ou como rio na cheia,
se acabamos naufragados
num braço do mar miséria?
— Severino, retirante,
muita diferença faz
entre lutar com as mãos
e abandoná-las para trás,
porque ao menos esse mar
não pode adiantar-se mais.

Colaboração de Gin-Tonic

40 ANOS DE "BRIDGE"


COLUMBIA/LEGACY - 88697 82724 2 - 2011

Esta é a edição comemorativa dos 40 anos de "Bridge Over Troubled Water", um dos melhores álbuns da música popular de expressão anglo-saxónica, do meu ponto de vista.

Além do álbum propriamente dito, a edição inclui um DVD com o histórico programa de TV, "Songs Of America", de 1969, e com novas entrevistas com Paul Simon, Art Garfunkel e outros.

PORTUGUÊS FEZ DULCIMER PARA OS STONES


Segundo o "Diário Popular", de 10 de Setembro de 1966, o jovem que talvez se perceba na imagem, Vítor da Costa, então com 28 anos, terá construído o dulcimer, que também talvez se veja, para os Rolling Stones, enquanto artesão da Jennings Musical Industries, de Dartford, Kent, Inglaterra, construtores desse ícone dos anos 60, Vox (amplificadores, etc).

Vítor da Costa, que começou na Escola de Guitarras, da avenida João XXI, em Lisboa, foi em Março de 1966 para Inglaterra, empregando-se na Jennings.

O vespertino lisboeta destaca que Vítor da Costa "não se limitou a ser um funcionário zeloso e competente, mas pôs o seu espírito inventivo a trabalhar e deu origem a um novo tipo de viola-acústica-baixo, que foi muito elogiada pelos dirigentes da empresa e está a ser produzida em série".

A Jennings encarregou também Vítor da Costa de "adaptar à moderna acústica eléctrica um instrumento que teve os seus dias de ouro nos "bons velhos tempos", nos "saloons" cheios de vaqueiros do Oeste americano".

"Parece-se com uma guitarra muito esguia e eles tocavam-na pousando-a sobre os joelhos e tangendo as suas quatro cordas um pouco à maneira da guitarra havaiana.

"Recentemente, Brian Jones, um dos Rolling Stones, pediu à Vox um instrumento desses com amplificador e a casa entregou o assunto nas mãos de Vítor da Costa".

"Limitei-me a copiá-lo, a fazer-lhe algumas alterações e a adaptá-lo electronicamente", disse Vítor da Costa, citado pelo jornal.

"E assim, o primeiro "dulcimer" eléctrico (é esse o nome do instrumento) está presentemente com os Rolling Stones", conclui o jornal.

RESTAURANTE AQUEDUTO


Rua do Cano, 13-A 7000-536 Évora, obviamente junto ao Aqueduto.

Boas caipirinhas, excelente empada de alheira. Do tiramissu... nem se fala!

Já fechou!

A310-300

RUA DAS PEDRAS NEGRAS


Sé, Lisboa

RESTAURANTE XAREZ


Magnífica Cuba Livre na esplanada com vista para o Alentejo profundo.

RUA DAS DONZELLAS

Évora.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A ESTRELA DE LENNON


Em Dezembro de 2009, falou-se que tinha desaparecido a estrela de John Lennon colocada em Setembro de 1988 no 1750 de Vine Street, em Hollywood (Los Angeles), no chamado Passeio da Fama.

Já terá sido recolocada?

Esta fotografia foi por mim tirada em Junho de 2009 e desde então não mais lá voltei...

As de George Harrison e de Ringo Starr estão no mesmo sítio da de John Lennon, mas a de Paul McCartney está colocada no 6666 Hollywood Boulevard, não sei por que razão...

3º DISCO DOS OBJECTIVO (1970)


MOVIEPLAY - SP 20.012 - 1970

Glory (Jim Cregan) - Keep Your Love Alivem (Kevin Hoidale)

Os Objectivo nasceram em 1960 das cinzas dos Showmen que, por sua vez, já eram uma cinzas dos Ekos, com Mário Guia (bateria), Zé Nabo (baixo), Tó Gândara, ex-Guitarras de Fogo, (guitarra) e Luís Filipe, também conhecido por Luís Toureiro, músico experiente do Casino Estoril (teclas e guitarra).

Esta formação não aguentou muito tempo e, em breve, Tó Gândara e Luís Filipe deixam a banda, tendo sido substituídos por Mike Sergeant (guitarra e teclas) e Kevin Hoidale (voz e guitarra).

Kevin Hoidale é um músico norte-americano que os Sheiks descobriram em Paris em 1967. Chegou a ser considerado como substituto de Carlos Mendes, mas o seu estilo não se ajustava bem aos Sheiks, segundo Edmundo Silva. Carlos Mendes acabou por ser substituído por Fernando Tordo.

Mike Sergeant, escocês, que parece ter sido guitarra-substituto nos britânicos Marmalade, fez carreira em Portugal sobretudo ao lado de José Cid.

O primeiro disco (Movieplay SON 100.0039) surgiu em 1969 com "A Place In The Sky", "At Death's Door", "I Know That" e "Gin Blues", originais da banda.

Como era um pèzudo a tocar bateria e eles eram músicos muito bons, acabei por deixar de tocar, dando lugar ao Zé da Cadela, que foi um dos melhores bateristas de todos os tempos e passei a ser o empresário, lembra Mário Guia.

O 2º disco (Movieplay SP 20.007) foi o primeiro single gravado em estereo em Portugal. Inclui "This Is How We Say Goodbye" e "The Dance Of Death".

Sucessivas mudanças de músicos continuam a marcar a vida do grupo: Mike Sergeant sai e regressa um par de anos depois, sendo temporariamente substituído por Dick Stubbs, que quase não chega a afinar a guitarra - três meses depois sai.

Para o seu lugar entra Bas Riche e, mais tarde, Jim Cregan que virá a ser um dos músicos de Rod Stewart.

Estávamos sempre à procura de um bom guitarrista. Fazíamos anúncios no "Melody Maker" pedindo músicos. Alguns respondiam, vinham cá, mas depois chateavam-se porque viam que o meio musical aqui em Portugal era quase inexistente e nem podiam viver da música. Por isso iam-se logo embora, conta o empresário da banda.

Ainda em 1970, os Objectivo editam o terceiro single, o da imagem (Movieplay SP 20.012), com "Glory" e "Keep Your Love Alive", também originais da banda.

Em 1971, Terry Thomas é outra das aquisições dos Objectivo que, pouco depois, perdem Jim Cregan, de regresso a Inglaterra, e Zé da Cadela, substituído por Guilherme Inês.

É com esta formação que o grupo se apresenta no Festival de Vilar de Mouros, no Verão de 1971.

No ano seguinte, Mike Sergeant regressa à banda que grava o que viria a ser o seu 4º e último disco (Nexus NX 2o.001) com "Music" e "Out Of The Darkness".

Logo a seguir, Terry Thomas regressa a Inglaterra.

Os Objectivo participam ainda num espectáculo com o Duo Ouro Negro e os cantores Fernando Girão (Very Nice) e Vicky a que dão o nome de "Blackground", uma singular mistura de música africana e europeia. Deste espectáculo, nasceu um LP com o mesmo nome, creditado ao Duo Ouro Negro.

Logo a seguir, os Objectivo acabaram.

Colaboração de Luís Pinheiro de Almeida

ARMANDO SILVA MARTA


RAPSÓDIA - EPF 5.205

Balada da Moleirinha (Eduardo de Melo) - Os Teus Olhos (Eduardo de Melo) - Balada das Águas (Armando Marta) - Balada do 6º Ano Médico (Durval Moreirinhas/Eduardo de Melo/Machado Soares)

Armando Marta, cantor de Coimbra, ou Silva Marta, jornalista em Lisboa, são uma e a mesma pessoa.

Tive a honra e o privilégio de o conhecer e de com ele trabalhar na Agência Lusa, em Lisboa.

Fui, aliás, o responsável pela sua entrada na agência, depois de uma conversa em Málaga (Espanha) com o amigo comum Sérgio Ferreira Borges.

Tenho pois muito orgulho, prazer e satisfação nesta cunha.

Armando Marta é o primeiro da coluna na imagem, à esquerda, do EP que, neste disco, foi acompanhado por Eduardo de Melo e Durval Moreirinhas.

De cima para baixo: Armando Silva Marta, Eduardo de Melo, Ernesto de Melo e Durval Moreirinhas (um agradecimento especial a Rui Pato na identificação).

O Marta deixou-nos no dia 07 de Agosto de 2007.

OLIVEIRAS DO ALQUEVA

RESTAURANTE LUMUMBA


Excelente ensopado de borrego e magnífica vista sobre parte do Alqueva.

"Lumumba", porquê? Segundo me explicaram, o restaurante foi aberto em 1961 e as notícias nos jornais eram sobre Patrice Lumumba, líder congolês assassinado a 17 de Janeiro de 1961.

S. MANÇOS


Há quem diga que os habitantes de S. Manços são mansos...

RUA DO CAPADO


Évora.

domingo, 29 de maio de 2011

FERNANDO DE SOUSA TAMBÉM FOI IÉ-IÉ


Hoje vêmo-lo com menos cabelo e mais grisalho e mais crescidinho para os lados passeando-se pelas capitais da União Europeia. É o homem da SIC na Europa.

Mas em Maio de 1970, Fernando de Sousa, então com 21 anos, estudante da Faculdade de Ciências (Lisboa), fazia as madrugadas da Rádio Renascença, entre as 03H00 e as 07H00. E já tinha 5 anos de experiência radiofónica.

Procuramos ajudar os ouvintes, fornecendo-lhes informações solicitadas, como horários de partidas e chegadas de navios, comboios, aviões, etc. E sempre que um ouvinte necessita de algo, procuramos atendê-lo. Ainda uma madrugada destas um automobilista necessitou de uma corda para rebocar o carro. Lançámos o apelo e a corda apareceu.

Em 1968 produziu com José Manuel Nunes o apontamento "Dimensão 5" e quando José Manuel Nunes foi para a tropa tomou conta do "Página Um", a 15 de Julho de 1969.

Antes tinha feito parte da equipa radiofónica do Liceu Camões (Lisboa) que manteve uma rubrica na Rádio Universidade.

Fernando de Sousa morreu no dia 9 de Outubro de 2014.

AMERICA'S TOP TEN GROUPS


"Inside Pop", David Dachs, Scholastic Book Services, 1968

E nesta altura, segundo Dachs, as 10 melhores bandas norte-americanas eram Lovin' Spoonful, Mamas and Papas, Diana and the Supremes, Beach Boys, Four Seasons, Paul Revere and the Raiders, Sonny and Cher, Simon and Garfunkel, Monkees e Young Rascals.

3º EP DO QUINTETO ACADÉMICO (1967)


A VOZ DO DONO - 7LEM 3189 - 1967

Train (José Alberto Diogo) - Puppet On A String (Martin/Coulter) - Finchley Central (G. Stephens/A. Klein) - 724710 (Carlos Carvalho/Pedro Osório/José Alberto Diogo)

Assistência musical de Luís Villas-Boas, colaboração do trompetista Mário de Jesus.

Este 3º EP do Quinteto Académico foi gravado por Pedro Osório, Jean Sarbib, Adrien Ransy, Carlos Carvalho e José Manuel Fonseca (em baixo) na imagem.

A máquina é uma locomotiva a vapor 023 da CP que circulou nas linhas suburbanas de Lisboa (Sintra e Cascais) entre 1900 e 1940.

sábado, 28 de maio de 2011

DUO OURO NEGRO


COLUMBIA - 8E 016-40225

Kyrie (arr. Raul Aires Peres) - Maria Provocação (Ana Maria Mascarenhas/Adelino Tavares da Silva) - Afrika (Kaiábula) (Raul Aires Peres) - Kuemba Ritôko (Raul Aires Peres)

Colaboração externa

TRIBUTO JUGOSLAVO AOS BEATLES


RTL - JUS N.N4.201 - edição jugoslava

A STRAN

Get Back - Hello, Goodbye - Penny Lane - Ob-La-Di, Ob-La-Da - Ticket To Ride - Can't Buy Me Love

B STRAN

Hey Jude - Yellow Submarine - Michèlle - And I Love Her - Yesterday - Let It Be

Cortesia de Pedro Brandão, em Sarajevo

FOR CERTAIN BECAUSE...


PARLOPHONE - PCS 7011 - edição britânica (1966)

A

What's Wrong With The Way I Live - Pay You Back With Interest - Tell Me To My Face - Clown - Suspicious Look In Your Eyes - It's You

B

High Classed - Peculiar Situation - What Went Wrong - Crusader - Don't Even Think About Changing - Stop Stop Stop

Colaboração de PPBEAT

SELECTA LITERÁRIA


"Selecta Literária", organização de José Pereira Tavares, Livraria Simões Lopes, 1953, 192 págs, 15$00

Foi (também) por este livro que passou a minha educação nos anos 50/60 no Liceu Normal D. João III, em Coimbra, actual Escola Secundária José Falcão.

Já agora, a Selecta tinha textos de Almeida Garrett, Alexandre Herculano, António Feliciano Castilho, Rebelo da Silva, Faustino Xavier de Novais, João de Lemos, Arnaldo Gama, Soares de Passos, Camilo Castelo Branco, Oliveira Martins.

Também de João de Deus, Júlio Dinis, Pinheiro Chagas, Gonçalves Crespo, Eça de Queirós, J. Simões Dias, Ramalho Ortigão, Teixeira de Queirós, António Cândido, Guerra Junqueiro, Trindade Coelho, Fialho de Almeida, Augusto Gil.

Ainda Raul Brandão, António Nobre, Afonso Lopes Vieira, Antero de Figueiredo, Júlio Dantas, António Feijó, Aquilino Ribeiro, Correia de Oliveira, Ferreira de Castro, Fernando Pessoa, António Patrício, Miguel Torga, José Régio.

Não querendo ser retrógrado, mas já parecendo ser, digam-me lá que autores destes continuam a ser estudados nas escolas portuguesas...

HORTAS URBANAS EM LISBOA


A Câmara Municipal de Lisboa trabalha afanosamente na recuperação de hortas urbanas na Quinta da Granja, paredes-meias com o Centro Colombo.

Estou para ver o resultado final.

ROTUNDA PUPILOS DO EXÉRCITO


Lisboa tem uma nova rotunda, ou melhor, tem finalmente um nome para uma rotunda já idosa. É em Benfica, ao pé da Universal (editora de discos), no fim da rua Prof. Reinaldo dos Santos.

Do meu ponto de vista, a sinaléctica é fantástica, à antiga, mas um excelente alvo para viaturas em despiste... que há muitas... por ali...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

BEATLES EM ITÁLIA


PARLOPHON - QMSP 16394 - edição italiana

Paperback Writer - Rain

HELP! EM CAPA SANDUICHE


ODEON - 7ID-4102 - edição brasileira (1965 - 33 RPM)

Help! - I'm Down - Not A Second Time - Till There Was You

Lindíssima capa!

BEATLES NA ARGENTINA


ODEON "POPS" - DTOA 3197 - edição argentina (1964 - 33 RPM)

Twist Y Gritos ("Twist And Shout") (Medley/Russell) - La Vi Parada Ahi ("I Saw Her Standing There" (Lennon/McCartney)

Single sem capa. Por isso só custou € 1. Para mim, o curioso é "Odeon Pops".

Este single tinha sido editado um mês antes em 78 RPM.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

APOLO 70 FEZ HOJE 40 ANOS


Dado o interesse que suscitou a primeira informação sobre o Apolo 70, fui ver se conseguia encontrar alguma notícia sobre a sua inauguração.

Encontrei, no "Diário Popular" de 27 de Maio de 1971 que titula: "O 'drugstore' 'Apolo-70' (o maior da Europa) foi ontem inaugurado".

Logo, o Apolo 70 foi inaugurado no dia 26 de Maio de 1971.

Começa assim a notícia:

"Na avenida Júlio Dinis, em Lisboa, foi inaugurado ontem o "Apolo 70", o maior "drugstore" da Europa no qual se integram, além de uma bela sala de cinema, um grande complexo hoteleiro da "Hotelda", com snack-bar, bar, um "bowling" automático e uma sala de jogos".

Talvez fosse o maior "drugstore" da Europa, mas não foi seguramente o primeiro em Portugal. Sabem qual foi? Aguardem as cenas dos próximos capítulos.

À inauguração do Apolo 70 (ainda existente, mas obviamente diferente, sem cinema, pelo menos) assistiu meio-mundo como secretários de Estado, César Moreira Baptista (Informação e Turismo) e Xavier Pintado (Comércio), os directores-gerais Caetano de Carvalho (Espectáculos) e Álvaro Roquette (Turismo), Afonso Marchueta (governador-civil de Lisboa), general Tristão de Carvalhais (comandante-geral da PSP).

Sempre achei uma graça esta de o comandante da PSP ir às inaugurações.

Os anfitriões eram os administradores da empresa proprietária do "drugstore": Miguel Sotto-Mayor Aires de Campos (Ameal), Manuel Braamcamp Sobral, Francisco José de Sousa Machado, Nuno Barroso e Lourenço de Almeida e José B. P. Vasconcelos.

A inauguração inclui um espectáculo com o Duo Elas, Luis Romão e Carlos Portugal.

O "drugstore", com 3.000 m2, espalhava-se por dois pisos, com 41 lojas. O "bowling" tinha 4 pistas, o snack-bar capacidade para 180 pessoas, estando aberto até às 03H00, o que era extraordinário.

O cinema - chamado "Estúdio Apolo 70" - foi inaugurado no dia seguinte, dia 27, com o filme "O Vale do Fugitivo" ("Willie Boy"), de Abraham Polonski, com Robert Redford, Katharine Ross, Robert Blake e Susan Clark.

Projectado pelo arquitecto Augusto Silva, com decoração de Paulo Guilherme, o cinema tinha 300 lugares e estava equipado com aparelhagem Phillips de projecção para 35 mm, "écran" normal e cinemascope.

A programação do cinema era da responsabilidade do cinéfilo Lauro António.

O investimento total foi de 20 mil contos.

Numa área de 3.000 m2, o drugstore tinha 41 lojas, jardim infantil, barbearia, sala de jogos americanos, bowling automático de 4 pistas e um snack-bar para 180 pessoas com confortáveis poltronas.

Hamburgueres e enormes gelados com chantilly eram os mais requisitados.

Até ao fim desse ano de 1971, o snack tinha uma promoção especial a 20$00 (0,09976 € - nem chegava aos 10 cêntimos!): hamburguer com queijo ou ovo estrelado com uma salsicha, copo de cerveja, café e gelado meia-noite!

COIMBRA


HIS MASTER'S VOICE - DLPC 3 - edição internacional

Side 1

Nem Às Paredes Confesso (Ribeiro/Max/Trindade - Fernanda Peres) - Catraia do Porto (Brito/Ribeiro - Alberto Ribeiro) - O Chico do Ribatejo (Nobre - Fernanda Peres) - Fado Hilário (Oliveira - Alberto Ribeiro)

Side 2

Fado das Lágrimas (Janes - Fernanda Peres) - Mondego (Nobre - Alberto Ribeiro) - Anda Comigo (Nobre - Fernanda Peres) - Coimbra (Avril Au Portugal) (Galhardo/Ferrão - Alberto Ribeiro)

COIMBRA MENINA E MOÇA


ALVORADA - ALV 04 100

Lado A

Mar Largo (José Afonso) - Cantares Do Minho (Lacerda e Megre) - Lá Longe (Almeida Santos) - Coimbra, Menina E Moça (Grupo de Fados e Guitarradas) - Variações Em Lá Menor (António Brojo, António Portugal, Aurélio Reis, Mário de Castro) - Fado Do 6º Ano Médico de 1958 (António Sutil Roque)

Lado B

Aquela Moça Da Aldeia (José Afonso) - Inquietação (Lacerda e Megre) - O Meu Menino É D'Oiro (Almeida Santos) - O Beijo (Grupo de Fados e Guitarradas) - Carta (Ângelo Araújo) - Estudo Em Lá Menor (António Brojo)

Quando se cantava fado de Coimbra, construía-se um determinado décor, preparava-se uma serenata, um estudante de capa e batina, os dois acompanhantes… As serenatas convencionais, com todo esse cenário, começaram a parecer-me um pouco artificiais. Se o cenário era artificial o que eu cantava também o era. Pensei, pois, que essas canções tinham de se alargar, de se movimentar mais.

José Afonso, numa entrevista a Daniel Ricardo e Cáceres Monteiro e inserta em “José Afonso”, Livraria Paisagem, Agosto de 1972

Colaboração de Gin-Tonic

COIMBRA: CRIME LESA-CULTURA


Estas escadas são um dos símbolos da contestação estudantil à ditadura.

COIMBRA: 900 ANOS


A cidade de Coimbra começa hoje a celebrar 900 anos de foral e condecora o Quarteto 1111 com a medalha de mérito cultural.

É às 22H00 na Praça 8 de Maio (Santa Cruz). Haverá então um concerto de José Cid e os Sons do Centro com a participação especial do Quarteto.

José Cid cantará poetas da cidade como Miguel Torga, Eugénio de Castro e Manuel Alegre.

O foral foi outorgado a Coimbra pelo Conde D. Henrique e D. Teresa, em 26 de maio de 1111.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

MINHA ALMA DE AMOR SEDENTA


COLUMBIA - 04640121

Face 1

Gaivotas em Terra – Partir é Morrer Um Pouco – Minha Alma de Amor Sedenta – Recordando – Uma Chuva de Tristezas – As Tuas Mãos

Face 2

Fado Canto Peregrino – Ficas a Saber – Nostalgia de Alfama – Disseste-me Adeus – Fado Triste – Ilusão Perdida

Pela vez primeira ouviu António dos Santos num “TV Clube”, da velha televisão, tempos da outra senhora.

Uma surpresa muito agradável.

No dia seguinte, Mário Castrim, na sua crítica de televisão no “Diário de Lisboa”, realçava a maravilhosa voz de António Santos e arriscava dizer que se outros palavras cantasse, onde ele não chegaria.

Mas António dos Santos era assim, um tipo simples, apenas o gozo de cantar, para amigos, no “Cantinho do António”, sua casa em Alfama, as baladas que escrevia, não o convidassem para voos onde não soprassem os seus ventos.

Morreu em 1993 com 74 anos.

Não apareceu uma outra voz como a dele, e isso confirma a ideia, não definitiva, de que há gente que apenas aparece uma vez, não deixa escola, nem seguidores.

Para piorar a situação, gravou muito pouco.

Este vinil é a feliz compilação de dois ou três EPs que António dos Santos deixou gravados.

Até há pouco ainda existia uma edição em formato CD.

Volta regularmente a este disco, uma capa de um “kisch”, a roçar o soberbo, chuva de tristezas, nostalgias no rodar de todas as espiras, uma fabulosa balada, gaivotas em terra, que fala de marinheiros sentados num banco de bar, meninas morenas que sonham casar, marujos sozinhos pensando outro mundo, meninas em casa fiando o desejo.

Há uns anos, para uns amigos alemães, pôs o disco a rodar.

Não perceberam uma palavra, mas ficaram agarrados ao sentimento daquela voz.

Luis Mira chama-lhe o “Tom Paxton português”.

Colaboração de Gin-Tonic

PAUL JÁ NÃO MORA NO RIO


Paul já não mora aqui... e para milhares de cariocas, na ressaca de duas noites inesquecíveis, a cidade não parece assim tão maravilhosa...

Colaboração de Pedro de Freitas Branco, no Rio de Janeiro
Foto de Nélio Rodrigues, no Rio de Janeiro

FROM LIVERPOOL



EMI/WORLD RECORDS - SM 701/SM 708 - edição britânica (1980)

Conjunto de 8 LPs com 130 canções dos Beatles distribuídas exclusivamente pela EMI através do seu serviço de mail-order.

Esta edição foi anunciada através de anúncios na imprensa britânica no dia 05 de Novembro de 1980.

Cada LP apresenta uma capa original com nota consideradas excelentes de Hugh Marshall que traçam uma biografia dos Beatles de 1960 a 1970. As capas são da autoria de Frank Watkin, da Out Of Town Creative.

A selecção das canções, por ordem cronológica, é da responsabilidade de Simon Sinclair.

As canções são praticamente as editadas oficialmente pelos Beatles com pequenas e irrelevantes excepções:

- "Love Me Do": versão do single, com Ringo na bateria e em mono;

- "All My Loving": esta versão tem mais 2 segundos;

- "This Boy": versão em mono;

- "And I Love Her": esta versão tem mais 8 segundos;

- "Slow Down", "Matchbox" e "I Call Your Name": versões em estereo;

- "She's A Woman": é a primeira vez que aparece em estereo;

- "Penny Lane": esta versão tem mais 8 segundos por causa de um trompete e é igual à de um promo radiofónico norte-americano; é a primeira vez que aparece na Grã-Bretanha;

- "All You Need Is Love": esta é a versão mono do single que tem mais 13 segundos;

- "Across The Universe": é a versão de "Let It Be".

Fonte: "The Long & Winding Road", Neville Stannard

PERSONA NON GRATA


"Persona Non Grata", Sérgio Ribeiro Soares, Fonte da Palavra, 2011, 116 págs, € 14

"Balada tropical", este livro do jornalista Sérgio Soares, ex-director de Informação da TVI e ex-chefe de redacção da Agência Lusa, conta as vivências do repórter por terras de Angola, de onde é natural e de onde foi expulso como persona non grata nos anos 90.

A acusação era a de "atentar contra a ordem pública estabelecida".

Custou-me imenso ser "expulso" da minha própria terra por um regime que contava nas suas fileiras com centenas de pessoas que tinham nascido no Zaire, na Zâmbia ou no Congo. Eu, que nascera no coração de Angola, era expulso!, escreve o autor.

Sérgio Soares foi o primeiro jornalista ocidental que o regime marxista angolano creditou em Luanda.

No território viveu as guerras, a retirada cubana, a vida atribulada do general cubano Ochoa, proscrito por Fidel Castro e são esses relatos que escreve.

PAUL NO RIO, 2º CONCERTO: DE MAIS!!!

Julgava eu que tinha voado altíssimo no show de Domingo, quando descubro, apenas 24 horas mais tarde, o quanto falta para chegar ao céu.

A distância extra não é assim tão nítida - talvez uns meros degraus acima -, porém, fica exemplarmente resumida na exclamação de Paul McCartney, no melhor português possível: "De mais!"

Terá sido mesmo de mais? Sim e não. Sim, se lembrarmos como o público transbordou de emoção. Não, pela simples razão de que, para mim, nunca será demasiado Paul.

E quais as condições essenciais para que o segundo show do Macca no Rio tenha sido o cume do Everest?

Primeiro, uma plateia esquentada pela celebração da véspera. Segundo, um Paul em regime full power, sem poupanças para o dia seguinte. Terceiro, um ingresso Pista Prime na mão! Ouvir "Back In the USSR" na cara do gol é outro papo!

Tudo esteve ainda mais afinado. O som, a banda, e o imenso coro no refrão final de "Ob-La-Di-Ob-La-Da", e no inesperado recomeço de "Mrs. Vandebilt" em que a multidão lançou-se numa interminável onda sonora de Ho Hey Ho!

O alinhamento das canções também mudou de um dia para o outro. Ou seja, Paul não se esqueceu do fã-grau-camisa-de-forças que jamais deixaria de estar presente nas duas noites - como eu!

"Magical Mistery Tour" substituiu "Hello Goodbye"; "Coming Up" (grande versão) entrou no lugar de "Letting Go"; "Got To Get You Into My Life" desalojou "Drive My Car"; "I'm Looking Through You" destronou "I've Just Seen A Face"; "I Saw Her Standing There" (surpresa!) fez a vez de "Get Back".

Algumas fãs adolescentes ainda tiveram direito a subir ao palco para autógrafos, abraços e gritos histéricos, e todos nós fomos brindados com um inesperado momento musical mesmo antes de "Lady Madonna"... no seu famoso piano psicadélico, Paul, improvisou um tema meio jazzy, baseado na palavra Rio...

Depois de uma noite destas, nunca mais conseguirei ouvir, da mesma forma, Bob Geldof cantar "I Don't Like Mondays"! Que venham mais segundas-feiras assim!

E tudo indica que isto não fica por aqui! Aos 68 anos, Paul McCartney despediu-se do Brasil, novamente no melhor português possível, com a instigante sugestão: "Até à próxima!"

Colaboração de Pedro de Freitas Branco, no Rio de Janeiro

CALÇADA DO CORREIO VELHO


Sé, Lisboa

COCA COLA À ANTIGA


Retirado de Obvious

terça-feira, 24 de maio de 2011

BOB DYLAN: CONCERTO ANTES DA FAMA


SONY MUSIC ENTERTAINMENT - 88697 84742 2 - 2011

Honey, Just Allow Me One More Change - Talkin' John Birch Paranoid Blues - Ballad Of Hollis Brown - Masters Of War - Talkin' World War III Blues - Bob Dylan's Dream - Talkin' Bear Mountain Picnic Massacre Blues

Gravado nas vésperas de Bob Dylan fazer 22 anos. Este registo só foi encontrado em 2009 no meio do espólio do crítico musical Ralph J. Gleason.

É tido como o último concerto de Bob Dylan antes de ser tornar famoso.

10 versões na carreira de Bob Dylan:

- "Boxer" (Simon and Garfunkel)

- "Big Yellow Taxi" (Joni Mitchell)

- "When Did You Leave Heaven?" (Guy Lombardo)

- "People Get Ready" (Curtis Mayfield and the Impressions)

- "Train Of Love" (Johnny Cash)

- "Return To Me" (Dean Martin)

- "Red Cadillac & A Black Moustache" (Warren Smith)

- "Mutineer" (Warren Zevon)

- "Must Be Santa" (traditional)

- ""I'd Have You Anytime", (George Harrison).

BOB DYLAN COM 22 ANOS


LEFTFIELD MEDIA - LFMCD504 - 2011

Farewell - A Hard Rain's A-Gonna Fall - Bob Dylan's Dream - Boots Of Spanish Leather - John Brown - Who Killed Davey Moore - Blowin' In The Wind

As canções são intercaladas com a entrevista na WFMT, de Chicago, no programa de Studs Terkel.

10 co-autorias na carreira de Bob Dylan:

- "This Wheel's On Fire" (Rick Danko)

- "Champagne Illinois" (Carl Perkins)

- "Tears Of Rage" (Richard Manuel)

- "Walk Out In The Rain" (Helena Springs)

- "Brownsville Girl" (Sam Shepard)

- "Under Your Spell" (Carole Bayer Sager)

- "Congratulations" (traveling Wilbutys)

- "Steel Bars" (Michael Bolton)

- "Tragedy Of The Trade" (Gerry Goffin)

- "Down In The Groove" (Robert Hunter)

BOB DYLAN: 70 ANOS HOJE


UNCUT - 2011 06 - 2011

Happy Happy Birthday Baby (Tune Weavers) - Not Dark You (Robyn Hitchcock) - Let's Have A Party (Wanda Jackson) - Happy Birthday Blues (Kathy Young) - Stuck Inside Of Mobile With The Memphis Blues Again (North Mississippi Allstars) - Party Doll (Buddy Know) - Happy Birthday (Surfjan Stevens) - All Tomorrow's Parties (June Tabor) - Buckets Of Rain (Danny Schmidt) - Young Fashioned Ways (Muddy Waters) - Happy Birthday (Innocence Mission) - Lisa's Birthday (Drive-By Truckers) - 16 Candles (Crests) - Next Sunday Darlin' Is My Birthday (Hank Williams) - Your Past Life As A Blast (Okkervil River) - Forever Young (Soweto Gospel Choir)

Já posso morrer, vi Bob Dylan 4 vezes ao vivo:

- 09 de Julho de 1993 - Festival Xacobeo 93, Estádio Riazor (Corunha, Espanha);

- 13 de Julho de 1993 - Pavilhão Dramático, Cascais;

- 07 de Abril de 1999 - Pavilhão Atlântico, Lisboa;

- 11 de Julho de 2008 - Festival Optimus Alive 08, Passeio Marítimo de Algés, Lisboa.

10 colaborações na carreira de Bob Dylan:

- "Buckets Of Rain" (Bette Midler, 1975)

- "Don't Go Home With Your Hard-On" (Leonard Cohen, 1977)

- "We Are The World" (Michael jackson, Lionel Ritchie, 1985)

- "Street Rock" (Kurtis Blow, 1986)

- "Wiggle Wiggle" (Slash, 1990)

- "2x2" (Elton John, 1990)

- "The Last Waltz" (Van Morrison, 1976)

- "Gone Till November" (video) (Wyclef Jean, 1998)

- "Blood In My Eyes" (video) (Dave Stewart, 1993)

- "Meet Me In The Morning" (live) (Jack White, 2007).

WE LOVE YOU, YEAH YEAH YEAH


"E aí, cariocas? Maneiro?" pergunta Paul McCartney depois de uma entrada triunfal com "Hello Goodbye" e "Jet".

Considerando-me já um genuíno luso-carioca, respondo hoje, na ressaca de mais um show de antologia. Na verdade, se em São Paulo (Novembro de 2010) foi um absurdo, que posso eu mais dizer sobre o assunto?

Foi maneiro, claro. A pressão Rock'n'Roll do som, a banda oleada por quase 10 anos de estrada, a felicidade do Macca por pisar o palco, décadas a fio at the toppermost of the poppermost, a coreografia abusada de Abe Laboriel Jr. em "Dance Tonight", os solos inspirados de Brian Ray em "Letting Go".

Ou seja, maneiro, como sempre. Aliás, estabelecer diferenças entre o show de São Paulo e este primeiro do Rio não é tarefa fácil. Não choveu e a noite estava linda... eis uma importante diferença!

E, tudo bem, admito que nunca tinha escutado um estádio inteiro cantar "Hello Goodbye", de goela aberta, abafando literalmente o som da banda. Tal como nunca tinha visto milhares de cartões levantados com a inscrição NA, para acompanhar o NA NA NA final de "Hey Jude".

Porém, verdadeira magia, impossível de presenciar em qualquer show, aconteceu nos segundos que antecederam "And I Love Her" - canção interpretada tal e qual a versão original.

Espontaneamente, a multidão desatou a cantarolar o refrão de "She Loves You", e Paul, visivelmente emocionado, improvisou: "We love you, yeah yeah yeah!".

No final, um presente da plateia foi exibido no palco: a camisola 10 da selecção brasileira. Paul agradeceu, anunciando que agora é oficial, passará a jogar pelo Escrete!

Hoje à noite, estarei de volta ao Engenhão. Afinal de contas, não é todos os dias que se vê, ao vivo, um craque da categoria do Macca!

Colaboração de Pedro de Freitas Branco, no Rio de Janeiro

segunda-feira, 23 de maio de 2011

SHEIKS AUTOGRAFAM PARA QUINTETO ACADÉMICO


A propósito, Carlos Mendes fez hoje 64 anos... when I'm 64...

2º E ÚLTIMO EP DE JOSÉ LABAREDAS


FF - EP 0040

Em Cada Rosto A Secura (Ferreira Guedes/Casimiro Ramos) - Quem Muitos Amores Tiver (Ferreira Guedes/Ricardo Borges Sousa) - Quem Nasceu Para Ser Livre (Ferreira Guedes/José António de Sabrosa) - Mal O Amor Começava (Ferreira Guedes/Francisco José Marques)

Guitarras de António Luís Gomes e Pedro Caldeira Cabral e violas de Fernando Alvim e José Maria Nóbrega.

José Labaredas foi um bom amigo no final da década de 60, testemunha, comigo, da gravação em Londres do álbum "Traz Outro Amigo Também", de José Afonso, e da história de "London London" que agora poucos querem lembrar.

Ferreira Guedes, sindicalista bancário, também já falecido, era outro amigo de José Labaredas, que foi vereador da Câmara Municipal de Coruche, que lhe deu o nome ao Auditório.

José Labaredas escreveu, pelo menos, um livro sobre a gastronomia local.

ENTÃO DIZIA-TE


PHILIPS - 369009

Então Dizia-te (Vítor de Oliveira Jorge/Fernando Tordo/Jaime Queimado) - Como Um Homem Velho (Vítor de Oliveira Jorge/Jaime Queimado)

"Então Dizia-te" foi a canção classificada em 9º lugar no Festival RTP da Canção em 1970, edição ganha por Sérgio Borges com "Onde Vais Rio Que Eu Canto"

RUA ARMANDO


Vila Franca de Xira

COCA COLA


Para chamar a atenção dos 125 anos...