sábado, 1 de novembro de 2014
REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 18
Disse que se chamava Clara
e sentou-se na mesa, chamando
o criado para pedir um uísque irlandês.
Eles abriram mais espaços, cruzaram
as pernas, perguntaram se os charutos
a incomodavam. Clara disse: «Não!»
Pediu mesmo se lhe ofereciam um.
«Claro!», ofereceu o mais jovem,
emprestando-lhe a tesourinha
niquelada. Disseram banalidades,
Vieram mais bebidas. Clara traçava
o rumo da conversa, entre baforadas
azuladas. Quando ela saiu, descruzaram
as pernas e ficaram sem saber o que dizer
Eduardo Guerra Carneiro em Profissão de Fé, Quetzal Editores, Lisboa, 1990
Colaboração de Gin-Tonic
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário