Há 50 anos o «Snob» abria portas.
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Numa sexta-feira 13, que azar nenhum deu, aconteceu a inauguração privada.
Ao público generalista o «Snob» abriria no dia 16 de Novembro.
Um bar é um local de afectos, o «Snob» é uma instituição.
Uma cidade que tem um bar cinquentenário – o British Bar vai nos 95 – é uma cidade feliz.
Já há muito que não entra a porta do «Snob».
A última ficou-lhe na memória.
O Luís Miguel Mira insistiu em fechar a noite com um bife no «Snob», provavelmente o melhor bife de Lisboa.
Estavam a Aida e o filho, que no dia seguinte tinha exame à primeira hora no ISEG.
A Aida, lembrando os cuidados a ter com o exame do filho, disse que não poderíamos demorar muito tempo.
Juras & figas que assim seria.
Não foi nada.
Depois do bife mandou-se descer um charuto.
Conversa mais conversa.
A Aida em estado de desespero, ainda o exame do filho.
Às 3 da manhã o Sr. Albino colocou a conta na mesa, sinal declarado, sem-mas-nem-mais-mas, que a porta ia fechar.
O puto teve negativa no exame.
Teve que repeti-lo por um Setembro ou coisa que o valha.
Ainda hoje há gargalhadas serenas pela irresponsabilidade paternal que volta e meia o acometia e sem qualquer ponta de retorno.
Para registar os 50 anos do «Snob» guardou uma caixa de «Schimmelpenninck».
Não tem mais.
No «Snob» pode-se fumar.
Colaboração de Gin-Tonic
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