domingo, 31 de janeiro de 2010

PRAZERES QUE MATAM 21


Um tempo houve em que todas as estrelas de Hollywood fumavam.

E nem todos por vício ou gosto.

Documentos secretos das décadas de 1930 a 1950, revelados em Setembro de 2008, provam que a indústria do tabaco pagou a actores e a actrizes milhões de dólares para que fumassem. Contratos secretos que datam dos primórdios do cinema.

Naquele período um número elevado de actores de Hollywood participava em campanhas publicitárias de marcas de tabaco. Prestavam testemunhos em anúncios, publicados nos jornais, apresentados nas televisões, declarando que os cigarros os ajudavam a relaxar nos intervalos entre rodagens. Aproveitavam para lhes elogiar o sabor e ainda diziam que eram bons para voz.

Os estúdios usavam o tabaco para publicitarem os seus filmes, enquanto a indústria do tabaco usava Hollywood para vender as suas marcas e persuadir o público de que fumar não era prejudicial.

Algo de semelhante se terá passado um pouco por todo o mundo.

Num trabalho publicado, em Dezembro do ano passado, no jornal ”I”, por ocasião dos 50 anos de carreira de Júlio Isidro, há uma fotografia de página inteira em que o apresentador, numa pose à Hollywood, olhar lançado para o longe, tem um cigarro fumegante entre os dedos.

A legenda é esta: “Falso vício: o apresentador de televisão é aqui captado, ainda jovem pelo fotógrafo de celebridades Apollo. A foto de estúdio mente, uma vez que Isidro nunca foi fumador. O cigarro aparece nas suas mãos apenas como adereço".

Colaboração de Gin-Tonic

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