segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

LIZZIE BRAVO COM PEDRO DE FREITAS BRANCO


Londres, 4 de Fevereiro de 1968. Para o comum dos mortais é apenas outro dia. Para Lizzie, adolescente brasileira, daqui a pouco a realidade tornar-se-á um sonho.

Only Sixteen, como na canção de Sam Cooke, Lizzie deixou o Rio de Janeiro há 1 ano com a exclusiva intenção de conhecer os Beatles. E a longa travessia tem sido recompensada.

Autógrafos, trocas de presentes, bate-papo, fotografias, de tudo um pouco Lizzie tem conseguido dos quatro Beatles. Ela e um grupo de amigas inteiramente dedicadas à causa, cujo dia-a-dia é consumido no encalço de John, Paul, George e Ringo.

Neste 4 de Fevereiro, Lizzie e as amigas estão de plantão na porta do estúdio de gravação da E.M.I, em Abbey Road. À espera de ver os ídolos. Mesmo de dia, o frio do Inverno londrino é tão austero que o porteiro as deixa ficar do lado de dentro do edifício.

E eis que no final da tarde, Paul aparece e dirige-se às meninas: “Can any of you, girls, hold a high note?”. Lizzie, confiante da experiência no coral do colégio, responde de imediato: “I can!”

As amigas, na maioria inglesas, ainda reagem negativamente, num assomo de ciúme patriótico, todavia, quando Lizzie cede a posição, ninguém ousa avançar.

Dentro de minutos, Lizzie cantará Across the Universe, partilhando o microfone com John Lennon e esforçando-se para não deixar a nota alta cair.

Quase 41 anos depois, Elizabeth Villas Boas Bravo, 57 anos, mais conhecida como Lizzie Bravo, mostra-me as fotos que ela fez dos quatro Beatles. As imagens, nunca tornadas públicas, ilustram o período de Fevereiro de 1967 a Outubro de 1969 em que a sua vida perseguiu a dos Fab Four.

O acervo será o foco central de um livro a ser editado brevemente com o título From Rio to Abbey Road – How I Got to Sing with The Beatles.

Lizzie mantém o entusiasmo adolescente que a moveu em 67. A cara de menina nunca é ensombrada por uns tímidos cabelos brancos. Recebe-me com afecto e descontracção no seu arejado e bem situado apartamento – no bairro do Jardim Botânico, aos pés do Cristo Redentor! E vai contando como surgiu a paixão pelos Beatles.

“O divisor de águas foi o A Hard Day’s Night. A filha da minha empregada me obrigou a ver o filme. Eu nem estava muito interessada. Tinha apenas 13 anos e fiquei fascinada. Diferente de tudo o que tinha visto. E nesse mesmo dia conheci uma porção de fãs, minhas amigas até hoje. Começámos a frequentar o cinema todo o dia. Das 14h às 22h!”.

As reuniões em casa de amigas para ouvir os discos dos Beatles, as saídas pela rua à caça de fotos dos ídolos em revistas e jornais, tudo Lizzie relembra com um sorriso. Porém, para mim, mantém-se o mistério: como foi possível uma menina de 15 anos, de colégio de freiras, fazer as malas e partir para Londres?

“A minha amiga Denise e eu chegámos à conclusão de que se não fossemos lá nunca mais os víamos. Eles já não davam shows. Então convencemos nossos pais a oferecer a viagem como presente de 15 anos. No dia 14 de Fevereiro de 67, cheguei a Londres. Denise já lá estava desde Janeiro. Larguei as malas no hotel de estudantes, a Associação Cristã de Moços, e corri com ela para Abbey Road. Lá, com a luva passei a mão na poeira do carro do John para constatar que tudo era real. Depois, sentámos na escadaria conversando. Ouvimos uma voz: excuse me. Denise falou: é ele! Levantei e dei de cara com o John. Quando ele se foi embora, chorei. Mal Evans, assistente dos Beatles, falou para não chorar, me deu um chocolate e falou: amanhã o John está aí. Você vai vê-lo todo o dia”.

Quando Lizzie fala de John Lennon, noto-lhe uma emoção diferente na voz. “O John era a minha paixão. Nesse dia pensei: eu tenho de ficar aqui para ver o John. A paixão por ele vinha não só das músicas, mas das entrevistas, do que ele dizia”. E foi ficando. Os pais não acharam muita piada, mas aceitaram.

Tento imaginar a emoção que terá sido cantar Across the Universe, partilhando o microfone com John, e não consigo. Lizzie não precisa de imaginar. Ela estava lá.

“Como eu já os via todos os dias, fiquei calma. Primeiro, John e Paul me ensinaram a música. Paul no piano, John no violão. O Paul mostrou o refrão. No início, era nothing’s gonna change my world, nothing’s gonna change my mind, ficando depois só o my world.

O John me chamou para cantar com ele, de pé, no mesmo microfone. E me explicou que era direccional e tínhamos de ficar perto um do outro. Closer, falou ele. O Paul pediu licença, ajeitou meu cabelo para trás, explicando que devia deixar um fone fora para ouvir melhor. Fiquei no estúdio umas 2h e meia com intervalo para eles jantarem. A minha amiga Gayleen Pease acabou sendo chamada para reforçar o coro”.

Dois minutos depois, Lizzie deixa escapar que não estava assim tão calma. E tudo por causa da sua verdadeira paixão. “Do lado do Paul ficava mais à vontade. Do lado do John eu quase morria!".

No momento em que Lizzie recorda o regresso ao Brasil em 69, explicando que nessa altura “o clima não era o mesmo” e o “encantamento inicial de 67” tinha desaparecido, a tarde já vai longa. Conversamos quase na penumbra. Afinal, viajámos numa cápsula do tempo por mais de 4 horas. Orgulhosa, Lizzie ainda refere que no aniversário dos 40 anos da gravação, “a N.A.S.A enviou a música para o espaço”. Foi a primeira vez que tal missão foi levada a cabo.

A tal nota alta de Lizzie Bravo flutua agora pelo espaço. Nothing’s gonna change my world. Todavia, alguém mudou o mundo de Lizzie Bravo.

“Os Beatles abriram a minha cabeça. Me deram a noção que tudo era possível”.

Pedro de Freitas Branco
Rio de Janeiro, Dezembro de 2008

43 comentários:

NS disse...

«Show de Bola»!!!

Adriano Mussolin disse...

Excelente! Finalmente, ela vai contar essa aventura em livro. Muito bom!

Karocha disse...

Bonito, muito bonito! :-)

Anónimo disse...

Belíssima história e belíssimo testemunho! Parabéns!

Rato disse...

Este depoimento foi uma prenda antecipada, muito linda, que o Filhote colocou no sapatinho do Rato. Obrigado, companheiro!

Anónimo disse...

Qual é a relação dos Apóstolos com este post ? Será que a Lizzie já era companheira de aventuras musicais do filhote ?

Anónimo disse...

JÁ ENTENDI :-)

Tinha ideia que havia uma etiqueta individual

Podia ser Pedro (e os apóstolos), PFB, Pedro SLB, Filhote SLB, ...

:-)

josé disse...

Caro Filhote:

Tenho andado a ouvir o Across the universe em várias versões: cd, lp e mesmo o... naked.

Não consigo ouvir Miss Lizzie. It makes me dizzy.

O que ouço, on and on, são as sitars orientais e a produção de Phil Spector ( no cd e lp).

Nem traço do som da nota alta.

Is ther anything wrong with my ears?

ié-ié disse...

Ó José, isso nem parece teu, companheiro! Estás a ouvir a versão errada. É que há duas versões de "Across The Universe", uma no "Let It Be", que não tem vozes femininas, nem bateria, a outra de "No One's Gonna Change Our World", esta sim com a nossa brasileira em falsetto.

Se não tiveres esta versão, que é a original, mando-te um ficheiro.

LT

josé disse...

De facto, não tenho nem conheço.

Confesso a minha ignorância que me permite uma coisa bem agradável: descobrir novidades quando elas já são coisa requentada para os demais...

Obrigado.

ié-ié disse...

Já agora, se bem me lembro, a brasileira Lizzie Bravo, que então vivia no 16 Compayne Gardens, London, NW6, e a britânica Gayleen Pease (17 Amhurst Road, London, N16) são as únicas vozes femininas em discos dos Beatles.

LT

josé disse...

A Yoko e a Linda não têm um sopro sequer?

ié-ié disse...

Jamais!, diria um ministro nosso conhecido.

Entretanto, vou mandar-te o "Across The Universe", das avezinhas e dos falsetos das nossas amigas.

É uma gravação que eles próprios não ligaram muito. Fizeram uma nova para o "Let It be" e na Antologia 2 está uma outra versão sem as avezinhas e as "mininas".

"No One's Gonna Change Our World" não há em CD, mas a versão ecológica de "Across The Universe" acabou por aparecer na colectânea "Past Masters 2".

Até que gostava de ouvir a tua opinião!

LT

Karocha disse...

ié-ié

Eu sei que não sou Beatlemaniaca, mas também gostava de ouvir!

Dá pra mandar o link pra mim também,
please, please, ;-))

josé disse...

Estou neste momento a ouvir, pela primeira vez e como de costume, aqui vai a apreciação em cima do acontecimento:

A versão é muito parecida com a do disco cd. O contraponto vocal de miss Lizzie, aparece no canal esquerdo, nesta versão mp3 que começa com os passarinhos a chilreae ( versão pas masters).
Quanto ás vozes propriamente ditas, a produção colou-as no primeiro refrão "nothing´s gonna change my world" e parece isso mesmo: coladas. Aqui no mp3 aparecem no canal esquerdo, mas pode ser que no disco de vinil seja ao contrário como acontece na maior parte dos casos que conheço.

Depois de ouvir duas vezes, fico com a impressão que a versão fica muito bem no...Past Masters.

A opção pela supressão no disco original, foi uma boa opção, sem desprimor pela prestação de miss Lizzie.

Talvez com outra produção a coisa se arranjasse melhor. Talvez.

Será que Phil Spector pôs mão nesta versão?


Karocha:

vou tentar mandar o ficheiro.

josé disse...

Já deve ter seguido.

josé disse...

Os meus agradecimentos ao ié-ié, por esta gentileza.

Karocha disse...

Obrigada LT :-)

josé disse...

Estou agora a ouvir a "versão caseira" que me parece melhor.

Como disse, neste caso, as vozes femininas, aparecem agora, do lado...direito.

E o equilíbrio sonoro é um pouco melhor. Até a colagem não parece tanto assim.

E o celo do final, aparece no canal esquerdo, antes do bater de asas.

Uma boa versão.

No entanto, para mim, a preferida é a do Let it be...naked.

josé disse...

Na gravação do gira-discos para cassete, o gira-discos precisa de um "fio de terra" ligado a um borne metálico. Para tirar o ultra som de ruido baixo.

Tinha o mesmo problema e resolvi-o assim.

paulo disse...

Ligeira correcção:

há mais vozes femininas em discos dos Beatles; a Yoko faz coros no Birthday e, claro, também se ouve no Revolution 9.

Bela história, a da Lizzie. tem piada que sempre a imaginei alta e loura, não sei porquê...

Lizzie Bravo disse...

gente, obrigada pelos comentários! paulo, tô morrendo de rir com o eu alta e loura... a gayleen é alta e loura. eu sou descendente de portugueses de ambos os lados e sou baixinha de cabelo crespo. hoje sou gorda, mas fui uma adolescente "normal". estive em lisboa uma vez voltando de londres, em 1969. naquela época os vôos não eram diretos, a gente tinha que esperar horas ou até pernoitar em algum lugar pra depois seguir pro brasil. minha filha (com o músico zé rodrix) marya esteve em portugal recentemente com o musical "a ópera do malandro" - ela é atriz de teatro musical atualmente no elenco de "beatles num céu de diamantes" aqui no rio. ela se apaixonou pela terra de vocês, e até pensou em se mudar praí - coisa que minha neta de quase 16 anos não gostou nem um pouco... conheci o pedro - gente finíssima! - ha uns dois anos numa loja em copacabana chamada "baratos da ribeiro", um lugar muito transado - sebo de livros e discos onde ocorrem vários eventos. espero conhecer muitos de vocês um dia, quando volte a portugal. beijos de um rio de janeiro muito chuvoso.

filhote disse...

Para quem não saiba, depois de "Across the Universe" Lizzie Bravo tornou-se cantora profissional, gravando com grandes artistas como Milton Nascimento ou Zé Ramalho.

E cantorias à parte, trabalhou com Duran Duran e Beach Boys (anos 80)...

Rato disse...

Certo, Paulo! E ainda Pattie Harrison no "Birthday" e Maureen Starkey com a Yoko no "Bungalow Bill".
Aliás referi-me a isso na peça que escrevi no blog sobre o "White Album".

josé disse...

Milton? O meu ídolo!

Saudade dos aviões, Ponta de areia e San Vicente, +para além de todo o Sentinela ( com uma gravação de qualidade espantosa), são clássicos para mim.

Em que disco, cantou Lizzie Bravo?

Rato disse...

Pois eu gosto muito da "versão ecológica" de "Across The Universe", é mesmo a minha preferida.

ié-ié disse...

Também é a minha versão preferida, Rato!

LT

Lizzie Bravo disse...

josé, o bituca foi meu padrinho de casamento, nos conhecemos quando eu tinha 18 anos. gravei com ele no "minas", no "geraes" e num cd mais recente que agora não lembro o nome (é a dna - data de nascimento antiga...).

paulo disse...

Pronto, então estamos de acordo: a Lizzie está na melhor versão de um tema dos Beatles. Ou será os Beatles estão na melhor versão de um tema com a Lizzie?

josé disse...

O MInas e o Geraes, são dois discos míticos para mim. Tenho os LP´s que julgo originais ( mas não são inteiramente porque me lembro de o Raoul Dengdet da ROck & Folk, falar de uma capa do Minas, em papel roxo de crêpe e o meu não é assim, porque é de 1985, da EMI) e os cd também.

Tenho uma admiração por Milton, o bituca, grande como o mundo interior do meu gosto musical.

Saber que a Lizzie colaborou nesses dois discos, é um facto que me arrepia de satisfação.

E agora ao ver o Minas, reparo que lá vem o nome Lizzie na canção Saudade dos aviões, uma música incrível do Bituca.E também no Paula e Bebeto.
Fantástico, Lizzie.

josé disse...

O Saudade dos aviões devia ser posto a tocar outra vez nos rádios.

É diferente de tudo o que se faz actualmente e de uma beleza sonora incrível. Nem os Beatles fizeram igual.

josé disse...

Lizzie: e por acaso não colaborou no Imyra Tayra Ipy, do Taiguara?

Outro, para mim, mítico.

E com o Hermeto Pascoal?

Lizzie Bravo disse...

oi josé! esqueci de falar que gravei um disco inteiro "o último trem" com o bituca, foi uma trilha que ele fez pra um balé. saiu em cd por aqui é muito bonito. tenho a honra de cantar "ponta de areia" com ele no violão, só nós dois - muito bom! nunca gravei com o hermeto, embora tenha fotos dele (fui fotógrafa por muitos anos). sei que fiz alguma coisa com o taiguara, mas não lembro. uma coisa inesquecível foi estar presente na gravação de "o que será" com o maravilhoso chico buarque e o bituca. tenho algumas fotos deles ensaiando. sou muuuuuito fã do chico. arrumei uma listinha de pessoas com quem gravei num caderno (isso foi antes de eu resolver escrever tudo com minúsculas...): Joyce (com quem cantei de 80 a 92), Egberto Gismonti, Toninho Horta, Djavan, Ivan Lins, Roberto Carlos, Wanderléa, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Cátia de França, Geraldinho Azevedo, Têca e Ricardo, Lourenço Baeta, Mussum, Balão Mágico, Zé Renato (recentemente participei da gravacão de seu DVD), Som Imaginário, Erasmo Carlos, Zé Rodrix, Antonio Carlos e Jocáfi, Maria Creuza, Alcione, Fernando Mendes, Pery Ribeiro, Nora Ney, Alceu Valença, Betinho, Jorge Mautner, Dori Caymmi, Bahiano e os Novos Caetanos, Maria Bethânia, Simone, Sá & Guarabyra, Walter Franco, Amelinha, Marcio Greik, Caetano Veloso, Jerry Adriani, Jorge Mautner e outros - que sortuda que sou! boa tarde!

daniel bacelar disse...

33 Comentários!!!!!
É OBRA!!!!!
Muito justa diga-se de passagem,pois quando o Pedro compartilhou connosco este acontecimento,fiquei a ver a reacçaõ do pessoal.
Tirando o Luis P. Almeida que logicamente quando recebeu o artigo deve ter tido um "orgasmo" de 10 minutos antes de o publicar,pois se há fans de tudo o que diz respeito aoa Beatles ele deve estar no cimo da tabela nunca esperei tanta receptividasde a este interessante facto.
Na realidade,são historias como estas que nos fazem sentir um enorme orgulho mas também uma enorme saudade de termos vivido uma época impar.
Aconteciam coisas,e as pessoas não estavam de costas voltadas.
Enfim!!! Recordar já não é mau!!

ié-ié disse...

Lizzie:

Que canção e/ou canções gravou com Roberto Carlos?

Tem algum disco editado em nome próprio?

Obrigado.

LT

josé disse...

Toda a beleza da música de Milton, aqui

josé disse...

outra versão

Blogger disse...

A história de Lizzie num site brasileiro

http://www.thebeatles.com.br/palavra-de-fa-lizzie-bravo.htm

Créditos de Lizzie Bravo:

- Coros (e arranjos de coros):

Milton Nascimento "Maria Maria/Último Trem"

- Tradução

Paul Simon "Rhythm of the Saints" (Bonus Tracks)
Paul Simon "Studio Recordings 1972-2000"

- Coros

Milton Nascimento "Nascimento"

Blogger disse...

Lizzie no espaço sideral

(entrevista/reportagem do Jornal da Noite)

http://www.youtube.com/watch?v=zfQ0xA7EOsQ

Lizzie Bravo disse...

oi ié-ié, li seu comentário e acabei esquecendo de responder, desculpe. gravei vocal com roberto carlos na música "verde e amarelo". minha filha também gravou com ele, mas não lembro qual música. nunca gravei um disco solo, embora amigos tenham me oferecido músicas inéditas para gravar. adoro cantar, mas sou meio tímida, não daria uma boa solista...

magalhães disse...

É sempre uma emoção ouvir a Lizzie falar da sua experiência, mesmo para mim que a conheço pessoalmente há algum tempo, mas não importa, é uma história única, maravilhosa.
Aguardo agora esse livro dela, será fabuloso todas as pessoas compartilharem esses momentos que ela viveu junto aos Beatles.
Congratulo o Pedro, por colocar ao conhecimento de tanta gente que não sabia sobre a Lizzie, foi muito bacana.

Luiz Carlos Magalhães

Anónimo disse...

Nem sei o que os brasileiros nos podem fazer caso saibam que aqui no ié-ié Brasil = Portugal :)

Faça-lhes a vontade (e deixe-se de polémica) e crie a etiqueta "Beatles no Brasil"

È Lizzies, é Marcelo Froes, é Rita Lee, é ...

ykzbmnlxz disse...

É isso mesmo, português. Não é de se estranhar que, em 69 "o clima não era o mesmo" e "o encantamento inicial tenha desaparecido". Adolescente é adolescente. Em dois anos, muda tudo.