quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

O CALHAMBEQUE


CBS - 5956 - edição portuguesa

O Calhambeque (Road Hog) (Gwen/John D. Loudermilk/Erasmo Carlos) - Meu Grande Bem (Helena dos Santos) - Louco Não Estou Mais (Erasmo Carlos/Roberto Carlos) - Nasci Para Chorar (Born To Cry) (Dion Di Muci-Erasmo Carlos)

Por causa de um post sobre "É Proibido Fumar", de Roberto Carlos, os meus amigos lembraram-se - e bem - de outras circunstâncias directamente ou indirectamente relacionadas com o Rei brasileiro.

Essa é uma das razões de existência deste blogue. Pôr toda a gente a falar, a partilhar informação, a relatar experiências. Ficamos todos a ganhar!

Apreciei as lembranças de "Tobacco Road", Natércia Barreto, John D. Loudermilk, Skank, Los Hermanos, Tracey Ullman, "Óculos de Sol" (posso acrescentar "Bip-Bip", Joe Dassin, a versão de Neno, "This Little Bird (Marianne Faithfull).

Mas importar-se-ão que eu ponha a cereja no topo do bolo? Sabem que existe uma versão de "O Calhambeque" por Caetano Veloso?.

Pois é, canté! Muitas vezes Roberto Carlos é relegado para o caixote do lixo da História, mas ele tem um lugar na história da música sem ser no caixote, aposto. É idolatrado no Brasil, independentemente das besteiras que tenha feito de há uns tempos para cá.

Em 1994, a nata dos post-modernos brasileiros - Skank, Carlinhos Brown, Tony Platão, Paulo Miklos, Biquini Cavadão, Vexame, Barão Vermelho, Chico Science & Nação Zumbi, Cassia Eller, Marina Lima, João Penca e Miquinhos Amestrados, Blitz, Kid Abelha - ofereceu-lhe uma homenagem em disco, simplesmente intitulado "Rei".

E no ano seguinte, em 1995, nos 30 anos da Jovem Guarda, Caetano Veloso - o meu ídolo no Brasil - não se fez rogado em gravar "O Calhambeque" para os 5 volumes do aniversário.

Por essa e por outras razões, não perdi o espectáculo de Roberto Carlos no Campo Pequeno, em Lisboa (onde estive hoje a almoçar - há bruxas!) no dia 18 de Agosto de 1989, e no Pavilhão Atlântico, também em Lisboa, no dia 11 de Março de 2005, com mais 10.013 pessoas.

A 10.013ª pessoa foi o meu amigo brasileiro Luís Batoque (donde cê é?) com quem almocei hoje (há ou não há bruxas?).

8 comentários:

JC disse...

Como sou boa pessoa e vocês tb, pus o "Road Hog" na minha pg pessoal para v. ouvirem (os que não conhecem). Só lá fica 48 horas, pois preciso do espaço. Podem copiar este endereço para o browser e ouvir: ftp://joao.cilia:262626@pwp.netcabo.pt/John%20D.%20Loudermilk%20-%20Road%20Hog.mp3.
Quem é amigo?

Fantomas disse...

Em 1965, a Helena Rocha editou um EP para a DECCA com a sua versão de "O Calhambeque".

josé disse...

Quando faço esforço para me lembrar das primeiras canções da música popular de todos os sítios que me impressionaram na altura e por isso me deixaram recordações, aparece sempre esta. Acompanhada da Namorada de um amigo meu.

Isto é de 66, não é assim?
Tinha 9 anos, quase dez ( sou de Agosto).
Com essa, aparece Black os Black dos Los Bravos.

Mais tarde descobri You were on my mind, dos Crispian St. Peter, uma grande cançoneta pop desse mesmo ano.

ié-ié disse...

Tenho a honra de ter sido o grande responsável pelo conhecimento de "You Were On My Mind" em Portugal. Lembro-me bem de o ter recebido e de ter ido a correr à "23ª Hora" ao João Martins para o passar. E assim foi.

LT

JC disse...

Existe uma excelente versão de "You Were On My Mind" por Barry McGuire.

josé disse...

A rádio desses tempos vivia da carolice de pessoas como o Luís que se dispunham a dar a ouvir a outros aquilo que achavam digno de tal.

Essa generosidade, caracteriza o "tipo porreiro".

É por isso que por aqui venho, porque reconheço essa característica no Luís.

E mais uma vez lhe agradeço essa disponibilidade para mostrar aos outros o que lhe causou agrado musicalmente.

Aprecio pessoas assim.

ié-ié disse...

Com produção de Lou Adler. Está no mesmo EP português de "Eve Of Destruction" de que já se falou por aqui.

LT

filhote disse...

E existe uma grande versão do Caetano Veloso para "Quero que vá tudo pro Inferno", em dueto com Erasmo Carlos (1980).