domingo, 30 de dezembro de 2007

O QUE EU DESCOBRI!


No meio dos meus papéis velhos descobri este alinhamento do que terá sido a minha primeira gravação de sempre em bobina. Eram os primórdios das compilações em K7 para ouvir no carro.

Sempre gostei de ouvir K7s gravadas por mim no carro. Como não consegui escapar, agora tenho um leitor de CDs que não uso... Se eu lhes disser que tive de esperar quatro meses extra pela minha anterior viatura, em 2005, para me arranjarem uma com K7....

Bom, voltando à bobina, deixo aqui o alinhamento mesmo com os erros que contém, os espaços em branco. E tenho todas as dúvidas quanto a alguns dos títulos. Pena que, desta feita, não tenha apontado a data, mas é de 1967:

Fita 1

Lado A

Fool On The Hill - Beatles
Neon Rainbow - Turtles
Red Chair Fadeaway - Bee Gees
Sing This Song All Together - Rolling Stones
Kitty - Cat Stevens
Walk - Four Tops
Here We Go Round The Mulberry Bush - Traffic
- Beach Boys
Tin Soldier - Small Faces
Thank You Very Much - Scaffold
- Herd
- Dimon Dupree
Flying - Beatles

A Walk In The Sky - Flowerpot Men
Distance - Spanky And Our Gang
Shame - Alan Price Set
Magical Mistery Tour - Beatles
Two Thousands Miles Right Here From Home - Rolling Stones
The Ballad Of Boonie And Clyde - Georgie Fame
Nights In White Satin - Moody Blues

Lado 2

Then The Heartaches Begin - Hollies
Stop Right There - Hollies
Water On The Brain - Hollies
Lullaby To Tim - Hollies
Have You Ever Loved Somebody - Hollies
You Need Love - Hollies
Rain On The Window - Hollies
Heading For A Fall - Hollies
When Your Light's Turned On - Hollies
Leave Me - Hollies
The Games We Play - Hollies
- Procol Harum
Walking In The Queen's Garden - Them
Watcha Ride - Jefferson Airplane
Citadel - Rolling Stones
Your Mother Should Know - Beatles

Que fixação pelos Hollies! (é o álbum "Evolution", de 1967).

Bute à procura dos erros? Agora vou ver se descubro a bobina. Seria o máximo!

5 comentários:

bissaide disse...

Dos Simon Dupree and the Big Sound será o "Kites"?

josé disse...

A cassete simples e humilde, com fita plástica impregnada de fixadores de partículas sonoras, à base de ferro e dióxido de crómio,ainda é um meio que uso habitual e preferencialmente para ouvir música no carro.
Em primeiro lugar, o meu auto-rádio, é do tempo antigo: um Nakamichi com leitor de cassetes com sistema Dolby e selector de fitas. Uma espécie de Ferrari dos leitores de cassetes. Só não é um Rolls porque lhe falta um ampli como deve ser e não é o modelo de topo da gama que já nem sei se existe sequer.

Depois, porque tenho dezenas de cassetes gravadas, algumas com trinta anos e com o som ainda em condições.

Quando era mais novo, dedicava-me a fazer compilações de temas, assim à maneira de um dj de rádio que procura encadear músicas que lidem bem umas com as outras.

Por exemplo, a minha cassete de 1977, tem o seguinte alinhamento, com músicas nem todas desse ano, mas ouvidas nessa altura, com intensidade amorosa:

Lado A

1. Bob Marley- She´s Gone, do LP Kaya.

2. Billy Joel- She´s always a woman ( to me), do LP The Sranger, de 77.

3. Chicago- Baby what a big surprise;
Till the end of the day;
Policeman;
Yake me back;
Little one, todas do LP XI, desse ano, do grupo .

4. Steve Winwood- Let me make something;
Vacant Chair;
Midland maniac, do primeiro Lp a solo de Steve Winwood depois da excelente aventura dos Traffic, cujo último LP, When the Eagle Flies, de 74, merece o meu encanto, na companhia de On the Road, ao vivo e do ano anterior, com a canção Sometimes i feel ( so uninspired).

Lado B

1.Sandy Denny- Carnival, do LP Like a old Fashined Love Song, de 1974. O Lp, apesar de ter saído nesse ano e reeditado apenas nos anos oitenta, foi ouvido em 77 como se fora desse ano e por isso figura na compilação.

2. Kate & Anna McGarrigle- No Biscuit Blues, do LP Dancer with Bruised Knees, de 1976.

3.James Taylor- Handy man, do Lp , J.T.

4. Caetano Veloso- Índio, do LP, Bicho de 1977.

5. Tom Waits- I wish i was in New Orleans, do LP Small Change, de 1976

6. Kraftwerk- Europe endless, do LP Trans Europe Express, de 1977.

7. Eagles- New Kid in Town, do LP Hotel California, de 1976.

8. Jackson Browne- YOur bright Baby blues, do LP The Pretender, de 1976.

9. Emmylou Harris- Pancho and Lefty;
Tulsa Queen, do Lp Luxury Liner, de 77

Há mais cassetes destas e estou certo que a selecção podia figurar num qualquer alinhamento de programa de rádio. Aliás, no tempo dos gloriosos malucos das rádios piratas, cheguei a animar uma série de emissões, numa rádio local. E ainda tenho os papéis com os alinhamentos...

O indicativo era de Pat Methenny, de um LP dos anos setenta- New Chautauqua, salvo erro. Mas podia ser o As falls wichita so falls wichita falls. Bons tempos.

Rato disse...

Confesso: há mais de 40 anos (!) que a elaboração de gravações caseiras é um dos meus passatempos favoriros. Primeiro em gravador de bobinas (grande qualidade tinham aqueles AKAI e TELEFUNKEN), depois em cassete (também tenho para aí muita relóquia que continuo a ouvir), finalmente em CD (em aparelhagem de sala e não em PC). Aliás, estas "play-lists" que a maior parte de nós conserva entre os seus tesourinhos caseiros (não confundir com os tesourinhos deprimentes dos Gatos) são os únicos "alinhamentos" que têm razão de ser por reflectirem os gostos pessoais dos seus executantes. As outras,elaboradas por tecnocratas do som, conduziram como se sabe à morte da Rádio. Ou será que algum dos meus amigos ainda consegue ouvir rádio? Eu infelizmente já não. Os "Dias da Rádio" já acabaram para mim há muitos muitos anos.

josé disse...

Aproveitando a tarde deste Domingo, estou a verificar as cassetes que guardo do tempo em que as gravei: anos oitenta e noventa sobretudo.

Primeiro da rádio. Tenho várias compilaçóes de FM stereo, de vários programas de início dos oitenta.
Por falar em rádio, estou neste moemento a ouvir uma gravação antiga do programa "A Sombra de Edison", numa Audio Magnetics Plus que já está a dar mais do que aquilo que se lhe pedia e já chia numas partes. Ainda assim, dá para ouvir o alinhamento de um dos programas:

Música de banda sonora ( Woodstock-no rain! no rain!) seguida de um coral e de uma peça de Miles Davis do Bitches Brew.
Logo a seguir uma peça do João Sebastião, de um dos concertos brandeburgueses.

Era desta rádio que eu gostava. Mas já acabou.Contudo, não tinha que acabar. Simplesmente os powers that be, eliminaram a qualidade de antanho, trocando-a pela qualidade das contas de banco supostamente alimentadas pelo pimba mais corrente.

Curiosamente, ainda hoje deve haver público para este tipo de programas de rádio e certamente pessoas capazes de os fazer.

Então...porque não fazem?

Rato disse...

Porque não os deixam José! Pelo menos nos moldes em que eles quereriam. Imagina-te um gajo muito bem intencionado, que até percebe umas coisas de música e que quer dar a conhecer o que de melhor se faz (ou se fez) e apanha com uma "play list" nas trombas para seguir à risca.
Isto está tudo cada vez mais controlado meu amigo. Agora é a lei do tabaco (eu que não fumo há quase 20 anos já me interrogo se não será uma boa altura para retomar o vício, só para combater todo este segregracionismo), amanhã será outra lei qualquer, como devermos todos fazer ginástica como o nosso 1º ou sermos obrigados a tomar as nossas refeições em restaurantes previamente agendados. Eu já me começo a preparar para tudo...