segunda-feira, 29 de outubro de 2007

AS REVISTAS DO NOSSO CONTENTAMENTO


Uma das coisas mais interessantes e excitantes da blogoesfera é a partilha de informação, de conhecimentos, e a sua constante busca que nos é incentivada.

Foi por isso que fui à procura de uma revista Cine Disco que eu sabia que tinha. Aqui está ela, a nº5, mas não tem data. Deve ser de Fevereiro de 1969.

Inclui "os melhores e os piores de 68", segundo o "Em Órbita", textos sobre Joaquin Diaz, I Camaleonti, Nara Leão, Sandie Shaw, Techa, A Chave, uma versão portuguesa de "Lady Madonna" pelo poeta Dórdio Guimarães, anúncios dos Porfírios, etc, etc.

Mas como já referi, revistas é com João Manuel Mimoso, Loja de Esquina e Rapsódias do Mundo Moderno.

Eu só obervo, atentamente.

6 comentários:

josé disse...

A revista Cine Disco saiu em Dezembro de 1968 e tinha periodicidade quinzenal. Portanto, o nº 5, será de Fevereiro de 1969.

Esse número, com a classificação dos melhores do Em Órbita é um must.

Os responsáveis da revista, eram Mário Costa, como chefe de redacção e principalmente Carlos Alberto, o artista das maquetes e desenhos do "rato".

Grande Carlos Alberto! Gostava de saber o que é feito dele.

bissaide disse...

O nº 5 é de 1 de Fevereiro de 1969. Era uma excelente revista, a Cine Disco (que depois se chamou "Mundo Moderno"). Infelizmente, aparece pouco hoje em dia...

Francisco disse...

José : dava tudo para recordar os melhores e piores de 1968 pelo Em Órbita ... não será possível reproduzi-los aqui ? Neste ano o Dylan falhou ? O primogénito de Em Órbita ...
Tenho um absoluto fascínio pelo Em Órbita. Ninguém tem uma gravaçãozita que seja de algum extracto de programa. Ouvi o último da 1ª fase, todo com música clássica e apenas o Leonard Cohen "I thought this could never happen ...". Foi uma celebração religiosa ! Eu estava a chorar quando aquilo acabou !

josé disse...

francisco: é para já. O texto que segue foi copiado do blog rapsodias.blogspot.com, em que coloquei umas entradas sobre a Cine -Disco/Mundo Moderno.

No número 5, com capa consegrada aos Beatles, apresentam-se os 10 melhores LP´s de 1968, segundo a classificação do programa de rádio Em Órbita, da autoria de Jorge Gil.
Seis responsáveis do programa escolheram entre 300 gravações do ano e colocaram em primeiro lugar, a canção de Simon & Garfunkel, Mrs. Robinson, seguida de Uknown Soldier dos Doors e the Mighty Queen do Manfred Mann e ainda Tuesday Afternoon dos Moody Blues.
No capítulo dos álbuns, em primeiro vinham os Moody Blues e o LP In searching of the lost chord; a seguir, os Beatles com o branco do mesmo nome. Depois, Donovan e A gift from a flower to a garden e logo depois o LP Bookends de Simon & Garfunkel.
Nas duas páginas centrais, sob uma imagem dos Beatles, uma tradução livre, de Dórdio Guimarães, de uma das canções do grupo: Lady Madona. Vale a pena transcrever.


E já agora, como só faltam mais cinco álbuns (LP), aqui vão eles:

6. Doors- Waiting for the sun
7. Moody Blues- Days of futures passed.
8. Jefferson Airplane- Crown of Creation
9. Cream- Wheels of fire
10. Otis Redding.

A pior gravação do ano? Gary Puckett- Young Girl ( com o recuo do tempo, até não acho nada má).


Já agora, no nº 3 da Cine-Disco, de Janeiro de 69, vinha um Hit Parade. O nacional, alinhava assim:

De mão em mão- António Mourão.
Vamos dormir- Pepe.

Estrangeiros:

1. The fool on the hill- Bobby Gentry.
2. Those were the days- Mary Hopkins.
3. A minute of your time- Tom Jones.
4. Going up the country- Canned Heat ( Woodstock).
7. While my guitar gently weeps.
9.Só vou gostar de quem gosta de mim- Roberto Carlos.

São apontamentos manuais que retirei da colecção de Cine-Disco que existe na biblioteca geral da Universidade de Coimbra.

Também tenho fotos, no blog.

josé disse...

O Em Órbita, para mim, também é um programa mítico, por uma razão: nunca o ouvi, na época em que ainda passava música popular.
Ouvi depois alguma da erudita, barroca e confesso que preferia ouvir discos, embora o programa fosse na mesma uma referência, até no indicativo- uma obra coral, de Schubert, e que ainda hoje procuro a versão original que sei que terá de ser anterior a 1972, altura em que o ouvi.

Sei que o coro da Deutesche messe a que me refiro é dos cantores de Viena ou de de uma cidade alemã. Mas ainda não descobri exactamente. Sei que quando ouvir, terei a certeza porque a memória auditiva que ainda conservo é espectacular.

Francisco disse...

Obrigado José. "O Tempo, esse grande escultor" !