Ontem ouvi no telejornal da RTP umas imbecilidades sobre os 50 anos da chegada dos Beatles à América. Tenho a maior desconfiança em relação a estes artigos (que não leio).
E o texto encomia aqui o blog, escrevendo que foi daqui que sairam as imagens e também com entrevista ao autor "provavelmente o maior especialista português no tema Beatles".
E ainda tem a palavra de David Ferreira.
De facto o artigo está bom. Pena aquela referência à "guerra colonial". É que na altura ninguém dizia assim, a não ser os poucos comunistas que havia.
Ainda assim, José, nalguns meios universitários - pelo menos os que eu frequentava, nem todos eram comunistas (eu nunca fui e posso dar exemplos de quem também não era)- a expressão "guerra colonial" era tu cá, tu lá...
Curioso porque ando a tentar perceber como é que a linguagem se modificou nas semanas que se seguiram ao 25 de Abril.
Porque me parece que foi isso que aconteceu. A linguagem deu uma guinada incrível para a esquerda e isso é interessante porque a lingugagem é essencial para a política.
Tem razão, Queirosiano, o texto do "Público", na generalidade, é uma "treta". Estou mesmo a ver(!) o célebre "Totas", temível reitor do Camões, a perguntar a um aluno o "que queria ser quando fosse grande" e menos ainda o David Ferreira a ter lata para lhe responder "cantor de ritmos modernos". Aliás, como diz LPA no texto, a presença dos Beatles no Ed Sullivan show passou despercebida em Portugal e a importância do grupo no país foi menor do que o que se faz crer no artigo.
Desviando-me um pouco do artigo propriamente dito - até porque não o li -, e retomando o comentário do JC, pergunto-me que idade teria o David Ferreira em 1964? Seria talvez um fenómeno precoce...?
O David faz 60 anos em Abril, portanto teria 9 anos quando os Beatles começaram a ser conhecidos em Portugal.
Reitero que o texto do Mário Lopes, embora amputado por questões de espaço, é um bom texto.
Não é intelectualmente honesto confundir o que ML escreve com o que o David (ou eu próprio) diz.
São coisas diferentes. ML apenas respeitou o que as pessoas disseram.
Quanto à linguagem, José, não creio que seja de estranhar a "guinada incrível" que citas.
Logo a seguir ao 25 de Abril, lembro-me de ter visto um "cartoon" que representava uma lata de sardinhas aberta com as sardinhas a saltar alegremente da lata.
9 comentários:
Ontem ouvi no telejornal da RTP umas imbecilidades sobre os 50 anos da chegada dos Beatles à América.
Tenho a maior desconfiança em relação a estes artigos (que não leio).
Também ouvi essas imbecilidades, mas este texto do "Público" é de um jornalista credível, que investiga, gosta e sabe do assunto..
LT
E o texto encomia aqui o blog, escrevendo que foi daqui que sairam as imagens e também com entrevista ao autor "provavelmente o maior especialista português no tema Beatles".
E ainda tem a palavra de David Ferreira.
De facto o artigo está bom. Pena aquela referência à "guerra colonial". É que na altura ninguém dizia assim, a não ser os poucos comunistas que havia.
Era guerra no Ultramar e assim é que era.
Ainda assim, José, nalguns meios universitários - pelo menos os que eu frequentava, nem todos eram comunistas (eu nunca fui e posso dar exemplos de quem também não era)- a expressão "guerra colonial" era tu cá, tu lá...
Estou a falar da Faculdade de Direito de Lisboa.
abr
LT
Curioso porque ando a tentar perceber como é que a linguagem se modificou nas semanas que se seguiram ao 25 de Abril.
Porque me parece que foi isso que aconteceu. A linguagem deu uma guinada incrível para a esquerda e isso é interessante porque a lingugagem é essencial para a política.
Tem razão, Queirosiano, o texto do "Público", na generalidade, é uma "treta". Estou mesmo a ver(!) o célebre "Totas", temível reitor do Camões, a perguntar a um aluno o "que queria ser quando fosse grande" e menos ainda o David Ferreira a ter lata para lhe responder "cantor de ritmos modernos". Aliás, como diz LPA no texto, a presença dos Beatles no Ed Sullivan show passou despercebida em Portugal e a importância do grupo no país foi menor do que o que se faz crer no artigo.
Desviando-me um pouco do artigo propriamente dito - até porque não o li -, e retomando o comentário do JC, pergunto-me que idade teria o David Ferreira em 1964?
Seria talvez um fenómeno precoce...?
O David faz 60 anos em Abril, portanto teria 9 anos quando os Beatles começaram a ser conhecidos em Portugal.
Reitero que o texto do Mário Lopes, embora amputado por questões de espaço, é um bom texto.
Não é intelectualmente honesto confundir o que ML escreve com o que o David (ou eu próprio) diz.
São coisas diferentes. ML apenas respeitou o que as pessoas disseram.
Quanto à linguagem, José, não creio que seja de estranhar a "guinada incrível" que citas.
Logo a seguir ao 25 de Abril, lembro-me de ter visto um "cartoon" que representava uma lata de sardinhas aberta com as sardinhas a saltar alegremente da lata.
LT
Algo precoce, portanto.
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