domingo, 27 de outubro de 2013
LOU REED MORREU HOJE
Lou Reed morreu hoje nos Estados Unidos, tinha 71 anos.
Em Abril último tinha sido sujeito a um transplante do fígado, após o que disse que estava "mais forte".
Era casado com Laurie Anderson.
Nunca fui grande fá da carreira a solo de Lou Reed, mas este álbum, "Transformer", de 1972, está no meu Top 10 de álbuns preferidos.
"Vicious", "Perfect Day", "Walk On The Wild Side", "Satellite Of Love" são canções bem inspiradas.
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29 comentários:
Os três diários de hoje ( Diário de Notícias, Público e i) dão um destaque desmedido, de primeira página, com fotos de página inteira, quase, tendo o Público várias páginas incluindo análises críticas de alguns discos de Lou Reed a solo e com os Velvet Underground.
Confesso que fiquei espantado. Tomam a figura musical de Lou Reed como uma das grandes influências do rock dos últimos 50 anos e tecem-lhe ditirambos musicais e artísticos.
Por mim, acho curiosa tal importância mediática.
Musicalmente Lou Reed não foi nada de especial, comparando com outros da mesma época.
Mesmo com os Velvet Underground, no célebre disco da banana, acho interessantes Sunday Morning que foi escrita pela dupla Reed/Cale e I´ll be your mirror.
No mesmo género de canções, o álbum de Cale, Paris, 1919 é melhor.
A solo, gosto de Transformer ( como gosto de Coney Island Baby, de 1975) e das mesmas canções que aqui o autor ié ié apontou. Mas o disco é de 1972 e nessa altura ainda não o ouvira. Só mais tarde, tal como a maioria dos ouvintes portugueses. Não sei se o disco foi editado por cá, na altura. Os meus registos ( Mundo da Canção, na parte em que publicitava as "Novidades Discos" não aparece referenciado em 1973 ( o disco saiu em finais de 1972).
Por outro lado, a maioria dos críticos escreve sobre Reed, a meu ver de cor, com base em mitos apócrifos que se foram sedimentando sobre o artista.
Um dos discos mais marcantes da obra de Reed é o Live com os Velvet Underground e que passava muitas vezes no rádio de 1974.
Sweet Jane, por exemplo, era o must musical.
Será por isso que Lou Reed se tornou assim um fenómeno mediático nos jornais portugueses?
Duvido muito. Mas então gostaria de perceber porquê, uma vez que isto é muito curioso sociologicamente: perceber porque é que as gerações actuais dos jornais lhe dão tanta importância: será porque a entendem de algum modo ou apenas replicam um fenómeno mediático mitificado?
Quem costumava dar uma importância sorevalorizada ao artista era a Rock & Folk francesa.
E isso desde os início dos setenta, com várias capas, reportagens, fotos etc etc.
Nunca me moveram a gostar mais do que gosto, da música do artista.
Afinal Transformer aparece mencionado mas em 1974, por alturas do 25 de Abril.
Acho impressionante tais comentários... Só as foleiradas dos Beatles são obras primas... Enfim... fanatismos.
Completamente de acordo com José!
Lou Reed foi um músico sofrível, um cantor desastrado e um compositor suficiente.
Nos Velvet, tinha a estrela de John Cale para lhe dar uma ajuda, mas como "cantor" a solo foi um desastre, excepção, repito, para "Transformer".
À boa maneira portuguesa, os críticos nacionais, que se julgam hiperdotados, endeusam Lou Reed pelos seus excessos, pelo seu mito, pela sua ligação a warhol, não tanto pelo que emblematicamente, ou não, fez.
Embarcam nas primeiras foleiradas.
Não comungo dos ditirâmbicos elogios que só aceito porque conheço muitos dos "críticos" nacionais.
Parece que, nem agora, ouviram os discos de Lou Reed.
A bom de ver, o que resta da sua influência (falo de Lou Reed não dos Velvet?).
LT
A combinação Andy Wharol - Velvet Underground - New York - o universo das drogas - o momento em que saíu "Tranformer"- uma vocalização muito própria -, tudo isto contribuiu para dar um mediatismo muito especial a este artista, porventura mais além do seu valor musical intrínseco mas que, todavia, não deixa de ser muito apreciável e merecido, em tudo diferente do "ratio" mediatismo-qualidade que pudemos constarar nas Lady Gaga ou Justin Bieber deste mundo.
"Walk on the Wilde Side" era até presença habitual no CDC - Clube das Donas de Casa, programa do antigo RCP apresentado por Júlio Isidro, música que partilha com "Baker Street" de Gerry Rafferty um dos mais famosos solos de saxofone da pop/rock.
Oxalá que o saxofonista de "Walk on the Wilde Side" tenha recebido mais que 32 dólares num cheque careca, infortúnio que aconteceu com o colega de "Baker Street", vide
http://guedelhudos.blogspot.pt/2011/01/pedido.html
Como aconteceu comigo hoje mesmo, penso que muitas pessoas perguntam quem foi este "Lou Reed" de tão destacado obituário.
RIP
"Take a Walk on the Perfect Side"
JR
A questão que coloquei foi o facto intrigante de terem sido os três dos principais jornais diários ( Público, Diário de Notícias e i) a fazerem manchete de obituário como se fosse um acontecimento nacional de relevo...
Isso é que me intriga e leva a pensar nas razões de tal fenómeno, sabendo nós que os críticos musicais actuais são...como dizer...sofríveis, para ser muito caridoso.
O que leva os directores desses três diários a darem o destaque ao óbito de Lou Reed? Andy Warhol? Nem isso porque Warhol já acabou há muito e a influência permanece difusa. A marginalidade latente " walk on the wild side" nos primeiros discos de Reed?
Um fenómeno mediático sem explicação aparente?
Não sei e gostava de saber.
Não nos esqueçamos que até em "Chico Fininho" o Lou Reed é citado... "gingando pela rua ao som do Lou Reed"...
De qualquer forma, "espantos e foleiradas" à parte, Lou Reed foi, para mim, um dos mais importantes artistas da História do Rock'n'Roll.
E é daqueles artistas que reconhecemos à primeira nota. Original, sem dúvida.
"Transformer" é um dos LPs essenciais da História do Rock e dos meus favoritos de Lou.
Dos Velvet, gosto de tudo, e em especial de "Loaded" - o disco que tem "Sweet Jane" e "Rock'n'Roll", por exemplo.
De Lou Reed a solo, por ordem aleatória, prefiro o citado "Transformer", "Coney Island Baby", "Berlin" (obra-prima!), a dupla "Live/Rock'n'Roll Animal", "New Sensations", "New York", e "Magic and Loss"... embora consiga sempre gostar de qualquer coisa nos discos dele...
Afinemos um pouco mais:
Também gosto do "som do Lou Reed" e tenho por cá, bem ouvidos, o Transformer, Berlin, Coney Island baby e New Sensations. Além do epónimo V.U.
Não tenho o Rock n´roll animal embora conceda que foi um dos discos míticos dos setenta, por cause de Sweet Jane e Heroin.
Ainda assim, ao V.U. ( com Nico) que é bem antigo, de 67, assimilo o de John Cale, Paris, 1919 e que é mais recente, de 1973, ouvindo-se integralmente com agrado.
A propósito disto lembro-me de uma entrevista de Bob Dylan, de 1978, salvo o erro ( Rolling Stone, Jonathan Cott) em que o mesmo dizia que a música dos Doors era muito sobrevalorizada.
Estou na mesma quando ao Lou Reed e o que me "espanta" é aquele fenómeno mediático.
Quando morreu Kevin Ayers, para mim um artista superior a Lou Reed, nem uma linha dedicaram a um obituário do mesmo género ( acho que o Público, João Bonifácio, terá escrito qualquer coisa...)
É só isto e mais nada. Quanto à música, Perfect Day é uma magnífica peça pop.
Só fanáticos dessa banda sobrevalorizada que foram os Beatles é que podem escrever estas bacoradas e mentirolas sobre o maioral Lou Reed. Se não percebem, eu explico; mas deveria, perante tamanho preconceito e dureza de ouvido, cobrar qualquer coisinha.
Muito sucintamente, Lou Reed, entre outros da época (como os Stooges do não menos maior Iggy Pop, ou os Monks, 13th Floor Elevators ou Joe Meek), mandou às urtigas certas convenções da música e ir, tal como Cale, Nico e por aí fora, mais longe.
Em vez de letrinhas melosas da treta sobre amores desavindos (que horror, aquela "Yesterday"), da exacerbada dupla Lennon/Gajo que pariu esse vómito chamado Wings, foi para os lados do sadomasoquismo (até Masoch se riria desta gente), dos efeitos da droga e da vidinha aborrecida de classe média; a literatura chegou ao rock, bem como a displicência. Fez um pirete a todos com "Metal Machine Music", andou pelo "glam" e por belíssimos e simples discos de rock clássico, com letras carregadas de humor e "verve".
Já nem falo das experiências com a obra de Poe há dez anos; por outras palavras, como ser relevante aos sessenta anos, em vez de um tarado sexual sexagenário a bambolear-se para milhões em Copacabana ou um chatinho para reformados em estádios de basebol, como são os casos de Jagger e McCartney, respectivamente.
A ignorância do autor do blogue e de "José" é tanta, que dói.
E o "Berlin", nunca ouviram? Temos pena. Tive a felicidade de o ver e ouvir no Campo Pequeno, há meia década. Na escolha cruel entre Reed e Cohen, nessa noite ganhou o primeiro - presumo que o segundo também seja um pelintra.
Honestamente, meus caros: acham mesmo que uma "Heroin", "Sister Ray", "Vicious" ou "Like a Possum" são "inferiores e sofríveis" - se "pensam" (sim, com aspas) isso, tenho pena que assim seja. O problema dos ouvintes Portugueses é que vão pela forma e não pelo conteúdo. Querem técnica e floreados e dispensam a substância. Não admira, que a Pátria é paupérrima em Filosofia, como se sabe. Por cá ganham os sofistas e não os verdadeiros.
Não percebe a associação a Warhol, Luís? Problema seu, que prefere a idolatria quasi-adolescente a uns rapazinhos que piraram com ácidos e gurus da tanga.
No respeitante à influência de Reed e companhia, basta referir que TODOS, repito, TODOS, os movimentos, facções, subculturas e por aí fora relativas à música popular que se lhe seguiram - desde o punk ao industrial, passando pelo experimentalismo e "noise" - tiveram a sua quota-parte de VU e Reed. Desde os Television aos Jesus and Mary Chain (referidos neste blogue; óbvio o dedo Reediano em "Psychocandy"), passando pela orquestra de guitarras de Branca ou pelo ruído de Throbbing Gristle, por Chatham e por todos os maiorais do post-punk - Joy Division, Mission of Burma, Smiths, et. al. -, Lou Reed fez-se notar. Todas elas têm a sua marca indelével.
Pode mesmo dizer-se que, sem este, a música popular alternativa não teria um dos seus órgãos vitais; seria como um ser humano sem um pulmão ou coisa que o valha. Sítios como Paredes de Coura, Barcelos, passeio marítimo de Algés e o parque da cidade do Porto bem que poderiam estar vazios.
Até a Factory, do enorme Tony Wilson, reconheceu a inspiração de Reed.
Perante factos não há argumentos, meus caros. A obra de Lou Reed resistiu ao tempo e deixou marca. Era, sim, um grande criador e um grande MÚSICO, tal como aqueles que com ele colaboraram: para além dos VU, temos Saunders, Maher, Anderson e Quine (péssimo guitarrista para o "José" e para o LPA, aposto), entre outros.
Se ainda não perceberam o porquê de Reed ser tão lembrado, o problema é todo vosso e da vossa ignorância. Aprendam com Lopes e Belanciano, pela vossa saúde.
Da minha parte, continuo a descobrir coisas novas praticamente todos os dias e continuo de luto pelo desaparecimento de uma das minhas referências. Mas, no fim-de-semana, lá estarei em dois concertos, que a vida não pára. E não, não são de gente gasta e desinteressante.
P.S. - Tenho vergonha de ser da mesma faculdade do que o autor do blogue, sinceramente. Ainda bem que não partilhámos o mesmo tempo na FDL - no meu já se apreciava quem deveria ser apreciado, felizmente. Sem preconceitos nem paroladas - faz aqui falta um itálico.
P.S. 2 - Não sei quem é o "Filhote", mas gabo-lhe o respeito perante os disparates escritos "supra". A opinião deve ser livre, tretas infundadas nunca na vida.
P.S. 3 - Mais critério de gosto e menos gulodice nos restaurantes, caro "Ié-Ié"/Luís Pinheiro de Almeida. Com o devido respeito, vejo muita parolada nas suas escolhas, incluindo "endeusamentos" a espeluncas e profunda ignorância e preconceito contra alguns sítios mais modernos. E atenção, que concordo consigo sobre muitos "barretes" de restauração.
Dado o que escreve sobre Lou Reed, não admira, que a qualidade não é o seu forte, só mesmo a quantidade.
"De qualquer forma, "espantos e foleiradas" à parte, Lou Reed foi, para mim, um dos mais importantes artistas da História do Rock'n'Roll.
E é daqueles artistas que reconhecemos à primeira nota. Original, sem dúvida."
Basicamente, é isto.
Mete-me um nojo monumental que alguém que diz que esteve à conversa com Lou Reed e que tenha um autógrafo deste tenha agora o desplante de lhe atirar com adjectivos negativos. Cure-se, caro Luís. Isso só lhe fica mal.
Não lhe digo para bajular, só mesmo para ser sincero, que noto aí muita contradição.
Se viu Reed ao vivo, afirma ter gostado mesmo não sendo adepto, e agora sai-se com essas bacoradas, não merece respeito, só mesmo escárnio e desprezo. Ou então tem má memória.
Prefiro ler a juventude dos blogues de música (menos os "hipsters", vá), que essa é curiosa e muito menos preconceituosa. E só come em espeluncas porque não tem dinheiro para mais.
Já agora, o Bob Dylan em 2008 foi uma porcaria, quer a comparar com Neil Young na noite seguinte, quer com Lou Reed, uma semana depois.
Descansa em paz, Lou. Vai pela sombra, que é menos "wild".
Reparei que o autógrafo não era para si, mas, ainda assim, não fica bem abusar da paciência dos outros para depois os denegrir sem qualquer base factual.
Passem bem, com a certeza de que nunca farão a falta que Reed faz.
Ao "Filhote": bom gosto, os meus cumprimentos.
Parabéns!
Aqui está a maior prova de um "fanático" que escreve "bacoradas" e "mentirolas" sobre um ser hiper-valorizado que deu pelo nome de Lou Reed que nem cantar sabia.
Mesmo à borla, não tive pachorra para ler o arremeado.
Tenha uma vida, de preferência melhor do que a dele...
Caro José Ribeiro:
Para a sua prosápia aponto-lhe um facto:
Reed teve dois "hits" em toda a carreira: "walk on the wild side" e "perfect day".
A música de Reed, meu caro, é banal. Banalíssima ao pé do génio de McCartney, Lennon e Harrison.
Quantas covers teve Reed? Uma ou duas, de perfec day e se calhar agora vai ter mais com estes concertos de homenagem, com muito sent$do.
Quanto ao resto, fale-me do tal Warhol. Há quem goste muito e parece que se vende com alto preço. As litografias, quero dizer.
E não se esqueça de John Cale, já agora porque tem valor equivalente.
( continua se for preciso)
"Se ainda não perceberam o porquê de Reed ser tão lembrado."
Não, não percebi porque a razão de três capas em jornais diários não serão certamente as apontadas, mesmo discutíveis, como são todos os gostos.
Ando a desconfiar que a razão é mais prosaica: parolice.
Por outro lado, a influência dos Velvets que acabaram em 1970 com discos que nem sequer foram sucessos de vendas, o que denota uma música elitista mas sem chama, na Europa notou-se em dois ou três grupos: Mott the Hoople que ninguém conhece agora; David Bowie nas primeiras fases porque teve várias e nada deveram a Reed e Roxy Music, um grupo magnífico que de Reed tirou o fuzz guitarrístico.
Nada mais. Os que vieram a seguir imitaram estes? E daí? Quer dizer que Reed foi o pai artístico de todos? É como dizer que o Mário Soares é o pai da democracia...
E quem é que Reed imitou? Os junkies da avenida não sei quantos ou do beco não sei de onde?
O rock n´roll musicalmente é muito pobre. Muito mesmo. E quem o começou a tocar, com todas as notas, não foi Reed certamente.
para findar( por agora):
Reed, para mim, tem a importância relativa que teve a revista Creem e o crítico Lester Bangs,o maior idólatra do artista. Ou a cena de Nova Iorque no final dos anos sessenta, em certos círculos ligados a Andy Warhol.
Suspeito também que a parolice actual advém desta ligação espúria, agora.
Os franceses dos anos setenta ( a Rock & Folk consagrou várias capas a Reed e em Fevereiro de 1976 um número especial em que aparece a recensão crítica de todos os discos até então,no caso Coney Island baby, assinada por- quem haveria de ser senão o imitador de Bangs, Philippe Manoeuvre então como pouco mais de vinte anos?
Caro José Ribeiro,
A bem da minha sanidade mental, não costumo ler "leads" com mais de 35 palavras que só denotam arrazoados inconsistentes.
Mas venho a terreiro apenas para desmentir duas das suas "mentirolas", porque me dizem directamente respeito.
Quanto às outras, deixo-as prosseguir o seu caminho tortuoso.
Não é verdade que tenha algum autógrafo de Lou Reed (de John Cale, sim), nem nunca disse que o tinha (basta ler o que escrevi), logo, felizmente, nunca estive pessoalmente com o senhor, a bem da minha sanidade mental, again!
John Cale, esse sim, um senhor, disse-me no dia 04 de Fevereiro de 1990 que gostaria de ter sido um "Lennon" ou um "McCartney".
LT
Que D.E.P. Lou Reed, perante tamanha azáfama em dizer mal (e bem) de ti.
Vi-o em 1980 no Dramático, e concertos como aquele, poucos mais vi, um CONCERTÃO!!!
Para mim, personagem bastante importante na cena do Rock, e um grande impulsionador de estilos que surgiram em meados dos anos 70.
Mais uma vez, D.E.P. (se este pessoal aqui te deixar).
Este José Ribeiro comporta-se tal e qual um Manuel Maria Carrilho!
ou um Alexandre Soares dos Santos, outro trauliteiro!
É verdade... Há que colocar definitivamente o dedo na ferida e perceber que os Beatles foram um dos maiores embustes da história da música... Ainda que se possa salvar uma ou outra canção, tudo o resto parece-me musica infantil, inofensiva, com letras de chacha ( mandar esperar o carteiro, que é isso ?), para além de serem figuras perfeitamente anedóticas... Nesse aspecto, divergem muito com as bandas de culto da América da mesma a época... Lou Reed não era grande cantor, pois claro, disso não há dúvidas, mas só o facto de ter dado à luz o primeiro album dos Velvet Underground, já faz dele um mito... Jamais os Beatles gravariam um album desses... Não chegavam lá, nem como Phils Spectores nem sabe-se lá com o quê...
Atrevendo-me a mais alguns modestos “two cents”, IMHO e pese embora toda a relatividade e legitimidade de qualquer opinião, a qual só posso respeitar, parece-me inacreditável dizer-se que os Beatles foram um dos maiores embustes musicais da história, assim como relativizar ou reduzir à insignificância a importância de Lou Reed e dos Velvet Underground, última proposição esta que penso que ninguém aqui fez, aliás, o facto do autor do Blog contemplar o trágico evento com um “post” salientando a importância de “Transformer” que inclui num top 10, só prova quão injustificadas são tão extraordinárias afirmações roçando o ofensivo.
E, se bem compreendi a tese de José, foi o extraordinário destaque dado pelos principais órgãos da imprensa escrita ao obituário do malogrado cantor, certamente merecedor de honras e destaque, mas cujos rios de tinta vertidos pareciam um oceano cobrindo um mito bem ao estilo dum “James Dean for a day”, ao pé dos riachos que o inventor da penicilina ou o descobridor da teoria da relatividade sequer lograram merecer.
Respeito quem goste de letras ácidas e ávidas de “hard cores”, ferocidades, drogas e similares, nesse critério também podiam entrar a Britney Spears ou a Mariah Carey, mas a música é também melodia e harmonia que não é desmerecida mesmo que acompanhada por uma melosa lírica resultando numa belíssima “silly love song” que nos fantasie e faça sonhar, pois “ o sonho comanda a vida”, por exemplo “Perfect Day” de Lou Reed ou “I Want You” de Bob Dylan.
JR
Erratas:
“Wild” em vez de “Wilde”
“Warhol em vez de Wharol”
revista especial Blitz sobre Lou Reed chega às bancas no próximo sábado. São 52 páginas onde celebramos - com entrevistas e fotos inéditas - a vida e obra do músico falecido no passado domingo.
Será que vendem para o estrangeiro ou destina-se a vendedores portugueses do ebay (nunca serão muitos)
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