domingo, 15 de setembro de 2013

PARAMOUNTS


É sabido que os Procol Harum nasceram das cinzas dos Paramounts, grupo de Southend, perto de Londres, de onde saíram também os Dr. Feelgood, Eddie And The Hot Rods, Kursaal Flyers, por exemplo.

Dos Paramounts antigos já muito foi dito. 

Quanto aos Procol Harum, importará acrescentar que fazem ainda digressões esporádicas, que continuam a ser um grande grupo e - mais importante - que se anuncia para breve um novo CD de originais e, sobretudo, um duplo CD  live com alguns dos melhores momentos das últimas digressões. 

Posso dizer, com conhecimento de causa, que valerá muito a pena!

Mas, voltando aos Paramounts, quarenta e tal anos depois: voltaram a reunir-se em Southend, no Natal de 2005, para dois espectáculos no Club Riga, de que eles eram a maior referência nos anos 60, tendo como pano de fundo o mesmo painel diante do qual tocavam nessa altura (um cartoon do grupo).

Apesar de ser um acontecimento quase confidencial, diz quem lá esteve que estava a rebentar pelas costuras.

Os espectáculos foram filmados com duas câmaras, para recordação dos músicos. 

Mas, depois de uma montagem feita por Dave Bronze (que aparecerá mais tarde nesta história), e depois de constatada a qualidade sonora do documento, os intervenientes foram convencidos a aceitar a edição de um DVD, em número limitado, para os amigos e conhecidos.

O meu, assinado pelos músicos, tem o seguinte alinhamento:

Old Black Joe
Rock Me Baby
Youngblood
Stay
Blackjack
Poison Ivy
Ooo Poo Pah  Doo
Walking to New Orleans
What'd I Say
Saint James Infirmary
Draw Me Closer
Breathless
Lucille
Santa Claus Is Back In Town

Ou seja, tudo tirado do velho repertório dos Paramounts, embora Gary Brooker diga que "We don't really know these things, but we've around long enough to bluff our way out of it".

Quanto à música: Gary Brooker enche qualquer sítio em que se encontre; Robin Trower continua a personificar a excelência discreta; Chris Copping, vindo especialmente da Austrália para o evento, e manifestamente emperrado, defendeu-se tocando um baixo minimalista; Mick Brownlee, o organizador, cumpriu o mínimo sindical.

Mas, fundamentalmente,  a espontaneidade e a ingenuidade dos velhos tempos estavam bem presentes na forma descontraída como tudo decorreu.

Mas há mais...

Colaboração de Queirosiano, em Londres

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