domingo, 29 de setembro de 2013

GOODBYE YELLOW BRICK ROAD


Há por aqui uma etiqueta que assinala Capas Amarelas.

Não há nenhuma que assinale Díscos Coloridos.

Se bem que também haja amigos coloridos.

Lembra-se que teve mais do que um disco colorido.

Lembra-se de alguns, mas não encontra um que seja, devem ter ido a ares até à Caparica.

A ideia saltou-lhe quando releu uma velha crónica de Maria Judite de Carvalho, que está antologiada em Este Tempo.

Quem é que hoje lê Maria Judite de Carvalho?

Quem é que hoje lê seja o que for?

Ocorre-lhe o desabafo de uma professora de liceu: «intelectuais na escola são os que leem “A Bola” porque os outros não leem nada.»

Porventura já nem “A Bola” leem…

Sobre os discos coloridos acredita que no imenso seu mundo discográfico, o dono do Kioske,  certamente encontrará um desses discos.

Compete-lhe, pois, escolher, colocar a imagem, escrever o alinhamento and so on.

Por ele, fica-se com as palavras da Maria Judite de Carvalho:

«- Sabes? – diz de súbito a menina – Ofereceram-me um disco do Elton John, amarelo. É tão inesperado, não achas? Foram sempre pretos, os discos. Agora há-os de todas as cores do arco-íris. Este é de um amarelo lindo.

-Que coisa estranha!

-Pois é!

O mundo é deles mas vai começar a avançar ao de leve e eles começam a ficar espantados e a correr (ao de leve) atrás do mundo. Talvez aquele disco amarelo, do Elton John, tenha sido o primeiro aviso. Mas quem vai ligar importância a avisos assim?

Felizmente.»

Colaboração de Gin-Tonic

1 comentário:

Anónimo disse...

E no fundamental, a música é Elton John no seu melhor.

A cor amarela fica muito bem representada com este “Yellow Brick Road” ( uma referência ao “Feiticeiro de Oz” ), “Yellow Submarine”, "Mellow Yellow", "Tie a Yellow Ribbon Round the Ole Oak Tree" ou tão simplesmente “Yellow” dos Coldplay, ao que parece, uma cor mágico para músicos, a qual, ,como os semáforos, não pode passar indiferente ao aviso

Sem falar nos “blues”, claro.

JR