domingo, 7 de julho de 2013
A PIOR GRAVAÇÃO DE 1968
Com a escolha da pior, procura-se concretizar, se possível de forma eloquente, o que se nos afigura como negativo, inconsistente, artificioso.
Se a escolha recair numa gravação que tenha granjeado aceitação pública generalizada, o facto deverá ser entendido não como manifestação de interessantismo, mas como uma prova de que não nos interessa esse índice como factor determinante.
Para 1968, devemos confessá-lo, o campo de escolha revelou-se amplo e todavia uma em especial incomodou muito particularmente, sobretudo porque a seguir ao sucesso obtido veio um chorilho de gravações do mesmo género que serviu para dar novos argumentos aos defensores e municiadores do negativismo.
A gravação escolhida representa para todos quantos se quiserem dar ao trabalho de uma observação atenta ou uma comparação séria, um exemplo flagrante de uma realização que nada adianta, pelo contrário.
Musical e instrumentalmente medíocre e pouco imaginosa, a escolhida gravação atinge na sua parte lírica um delírio paternalista pretensioso e boçal que foi o argumento definitivo.
Lançada e promovida com todos os requintes de um "marketing" programado a competidores, a gravação que se aponta a dedo tem de ser chamada pelo nome próprio: o de um produto concebido para se vender com absoluta negligência de outras preocupações - como produto para se consumir, o seu lugar deverá ser o que é ocupado por artigos de idêntico fim económico: sabonetes, lâminas de barbear ou canetas esferográficas.
Para pior gravação do ano de 1968, doa a quem doer, escolheu-se "Young Girl", de Gary Pucket and the Union Gap.
Em Órbita
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3 comentários:
eh eh, lembro-me bem... e do Strangers in the night, também classificado como a pior canção do ano...
eu gosto do tema
Já agora. Quem me sabe dizer: Qual foi a pior canção de 1969? E as melhores de 1967 e 1968?
obrigado
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