segunda-feira, 15 de julho de 2013

ANTÓNIO PORTELA TOCOU COM SHERIDAN


António Augusto Pedro Portela nasceu em Ponta Delgada no dia 28 de Agosto de 1941.

Em 1955, aos 14 anos, foi estudar para Coimbra, onde ficou interno no Colégio Camões.

Aí conheceu José Cid, também estudante do Camões, e juntamente com António Igrejas de Bastos e Rui Nazareth formaram os Babies, tidos como a primeira banda de rock portuguesa (1958).

Os Babies tocavam sobretudo nos bailes das Faculdades e do Liceu, mas acabaram em 1960, quando Igrejas de Bastos foi viver para Lisboa com a família.

António Portela fez parte depois da Orquestra Ligeira do Orfeon, com Rui Ressurreição e Daniel Proença de Carvalho, entre outros, tendo feito uma digressão de dois meses por Angola com José Afonso.

Já nessa altura, o Zeca era um despistado, lembra António Portela.

Em Setembro de 1962, Portela foi para a Alemanha à procura dos sonhos que um amigo lhe influenciara e aí vive, em Hamburgo, até hoje.

Tornou-se músico profissional, pianista, e também engenheiro de som, tendo exercido a sua actividade com múltiplos músicos, de diversas nacionalidades, sobretudo de jazz, em diversas circunstâncias.

Tenho mais de 1.000 títulos na cabeça, revela, acrescentando que não pode estar parado.

Uma das coisas que mais satisfação me dá agora é participar em projectos sociais, tocando, por exemplo, em lares de idosos.

Em 1975, António Portela cruzou-se musicalmente com Tony Sheridan, cantor britânico que gravou com os Beatles nos chamados tempos de Hamburgo (1960-1961).

Eu já conhecia Tony Sheridan. Ele era muito famoso por causa dos Beatles e por causa do seu êxito "Skinny Minnie". 

Encontrei-o num bar em Rahlstadt (Hamburgo), Radolf Stube, e tocámos durante um ano. Ele cantava e tocava guitarra e eu piano e contrabaixo.

Tony Sheridan era uma pessoa muito simples, não tinha nada ar - e mania - de vedeta!

No mundo dos Beatles, António Portela conhece também - e é amigo - de Horst Fascher que nos tempos de Hamburgo foi uma espécie de guarda-costas dos Beatles pelos bares de Reeperbahn.

Nos dias de hoje, António Portela acompanha ao piano a voz de Birgit Fischer.

Luís Pinheiro de Almeida

1 comentário:

Abel Rosa disse...

Boa descoberta, Malhete!