BELTER - 51.702 - 1966 - edição luso-espanhola
Warm And Tender Love - Sugar Puddin' - When A Man Loves A Woman - Put A Little Lovin' On Me
Da autoria do próprio Percy Sledge, que a ofereceu aos seus músicos, Calvin Lewis e Andrew Wright, "When A Man Loves A Woman", de 1966, é uma das 500 melhores canções de todos os tempos, na classificação da "Rolling Stone".
Além desta superior interpretação original, a versão mais conhecida da canção é a de Michael Bolton (ex-Michael Bolotin) que também conseguiu um número um em 1991.
Warm And Tender Love - Sugar Puddin' - When A Man Loves A Woman - Put A Little Lovin' On Me
Da autoria do próprio Percy Sledge, que a ofereceu aos seus músicos, Calvin Lewis e Andrew Wright, "When A Man Loves A Woman", de 1966, é uma das 500 melhores canções de todos os tempos, na classificação da "Rolling Stone".
Além desta superior interpretação original, a versão mais conhecida da canção é a de Michael Bolton (ex-Michael Bolotin) que também conseguiu um número um em 1991.
25 comentários:
"A versão mais conhecida é a de Michael Bolton"?
No lo credo, no lo credo...
Sem querer armar muito burburinho até porque, por motivos óbvios, não estou muito bem disposto, ainda por cima levo com a Maria José Valério, não por ela, mas pelo resto que está agrrado, a versão mais conhecida é a do próprio Percy Sledge. Depois há muitas outras, recordo uma do Art Garfunkel, de que gosto. A do Michael Bolton nunca ouvi mas não auguro nada de bom . Digo eu.
Não leram bem o texto... "Além desta superior interpretação original"... Também prefiro, de longe, a versão do Art Garfunkel à do Michael Bolton...
O meu comentário e o do Hugo são precisamente sobre a versão mais conhecida, independentemente da qualidade. Portanto, o texto foi muito bem lido...
Mas já agora, é claro que a versão original do Percy se sobrepõe a qualquer outra, passada ou futura.
Quanto a esse tal de Bolton, estou como o Hugo - não conheço nem tenho interesse em ser apresentado sequer.
Calma, Rato. Calma, Gin-Tonic.
É verdade que o Bolton é um foleirão-profissional. Porém, tecnicamente falando, é um dos melhores intérpretes vocais de sempre. Um cantor monumental.
Não tenho nenhum disco do Bolton, e durante anos, tal como vocês, recusava-me sequer a ouvi-lo. Até ao dia em que, acidentalmente, assisti na TV a um daqueles concertos "Pavarotti and Friends"... senhores, qual não foi o meu espanto quando o Bolton, ao lado de Pavarotti, fez uma inesquecível interpretação da área de Puccini, "Nessum Dorma" (ópera "Turandot")! Nunca ouvi aquela nota final com tanta alma, tanta perfeição!!!
Pelo que eu sei, o Bolton gravou áreas de Ópera, Rock, Soul, Blues, Jazz, Pop, etc, etc. É piroso, mas é de facto o maior intérprete branco dos tempos modernos.
Quanto às versões de "When a Man Loves a Woman", a do Percy é a melhor das que conheço. Imortal. E duvido que outra seja mais famosa...
nota final- A versão do Bolton não é nada má. Segue o arranjo da versão original e... o homem canta muito... só que não é negro!
O Conjunto João Paulo também gravou uma versão desta música, mas quando cantavam em inglês a coisa descambava, isto era um país mais virado para as francesices e italianadas.
Qual seria então a mais conhecida? A de Otis Redding, que não existe?
T
A recente edição do Conjunto João Paulo na colecção "Do Tempo do Vinil" vem mostrar que, pelo menos nos originais em inglês, eram bastante bons.
o nome de Michael Bolton deveria ser sempre acompanhado por adjectivos como inefável, inenarrável, ...
Mas julgo que ainda é casado com a Nicolette Sheridan, uma das Desesperate houvewives, que aparecia num famoso anúncio de tv da MARTINI nos anos 80 (quem quiser ver está disponível no Youtube)
Acabei de ouvir a versão do tema que vem no duplo do Conjunto Académico João Paulo. Nada mal, não senhor! O que não é de admirar, pois os rapazes eram especialistas em covers (algumas até superiores aos originais, como o "Kilimandjaro" ou o "Love Is Blue". E que me dizem à versão da "Maman" do Christophe?)
O Conjunto Jão paulo devia estar era caladinho e só cantar em português e mesmo assim...
T
Anónimo anterior: e não seria melhor ouvir as músicas antes de falar?
Não me levem a mal, mas a pronuncia do Sérgio Borges a cantar em Inglês era horrível. Voz ele tinha, eles têm boas músicas, em Português e especialmente em Francês e Italiano. Digamos que era um conjunto competente, certinho mas sem grandes rasgos.
É ouvir os originais, quer em português quer em inglês. Mas ouvir mesmo. Assim se perceberá que eram mais do que um conjunto competente.
Chiça! a voz do Sérgio Borges já é suficientemente irritante.
Anónimo das 20
O Sérgio Borges foi, tout court, uma das melhores vozes que apareceram neste País. A própria pronúncia madeirense dava-lhe um certo charme extra. Sem ele nunca teria existido aquele Conjunto Académico João Paulo.
Tenho 55 anos e comecei a ouvir o Conjunto logo em 1964, quando ele apareceu. Nestes 44 anos já deixei de gostar de muita coisa que me "enchia os ouvidos" na adolescência. Mas não do Conjunto Académico João Paulo. Vi-os muitas vezes em cima de um palco e, a nível nacional, eles continuam a ter tanta importância para mim como os Beatles a nível internacional.
Ui, cada um gosta do que gosta, mas tão importantes a nível nacional como os Beatles a nível internacional ??? Que inovações introduziu o Conj João Paulo na música Portuguesa, e que grupos foram influenciados por estes ? Que artistas se inspiraram na obra do Conj João Paulo para qualquer coisa ? Eu gosto do Conjunto João Paulo, mas é claramente um conjunto de baile que se destacou pela qualidade da sua interpretação, teve mais fama que outros, mas era um grupo óptimo para entretenimento puro.
Digo e redigo: oiçam os originais do Conjunto João Paulo. Isso deverá chegar para mudar a opinião pré-concebida sobre eles.
O que eu quis dizer, Paulo, é que cresci a ouvir os Beatles e o Conjunto Académico João Paulo. E muitos outros, dirás tu. Pois é verdade, claro. Mas poucos outros me terão marcado tanto como estes dois nomes. Os Beatles por tudo e mais alguma coisa, não vale a pena enumerar as razões, tantas elas são. Só que nunca tive a felicidade de os ver "ao vivo" (nem sequer na televisão, pois como deves saber, não havia televisão em Moçambique naqueles anos). O Conjunto João Paulo preencheu essa lacuna nas muitas digressões que fizeram às terras do índico. E, podes não acreditar, mas o grupo era idolatrado naqueles anos. Se por acaso já tens a magnífica coletânea que acabou de ser editada, podes ler no folheto de apresentação:
«A nossa chegada ao aeroporto de Lourenço Marques fez-me acreditar que os fás dos Beatles tinham realmente ataques de histeria e que desmaiavam, entre outras coisas...» (Ângelo Moura)
Nunca tive ataques de histeria nem muito menos desmaiei, mas testemunhei ao vivo toda aquela loucura, quer no aeroporto quer nos espectáculos.
Jabber, eu tenho praticamente tudo o que o Conj João Paulo gravou, há muitos anos, não é nenhuma ideia pré-concebida, é uma opinião pessoal.
Rato, pois eu só falo daquilo que tenho acesso, que são os discos e uma ou outra imagem da época na rtp memória. Mas de qualquer maneira o Tony Carreira também enche o Pav. Atlântico, e provoca alguma histeria, e não é por isso que eu o acho mais ou menos importante. Mas acredito que a tua vivência te tenha transmitido outras sensações em relação ao Conjunto JP, agora continuo a não ver em que é que eles inovaram ou influenciaram grupos posteriores.
Apenas uma pequenina diferença nessa comparação: é que o Carreira não passa de um "produto" de marketing. Ao passo que naquela altura nem se sabia lá muito bem o que isso era. Aquele grupo era mesmo genuíno e, pese embora a tua opinião que respeito, de muita, muita qualidade!
Como diz o Jabberwocky, basta ouvir os discos com atenção (embora "ao vivo" ainda fossem melhores!)
Rato, Conjunto Académico João Paulo à parte, não se pode escrever que o Tony Carreira é um "produto de marketing".
Colocando de lado o interesse artístico do cantor em questão - para mim, nula -, a carreira do Tony (trocadilho foleiro) foi construída a pulso, durante anos e anos a fio, principalmente no remoto interior do país e nas comunidades emigrantes, até que uma massa de público fiel se tornou de tal forma extensa que ganhou visibilidade e começou a encher o Olympia, o Atlântico, e afins. Só depois veio esse tal marketing de ocasião. Só para cimentar e alargar as hostes.
Sei do que falo, pois cruzei-me na "estrada" algumas vezes com o Tony Carreira. E, há mais de 10 anos atrás, ninguém falava do homem na capital e nos media nacionais, e já multidões o recebiam em histeria.
Perdoem-me a interrupção na vossa polémica. Porém, nestas coisas, e atendendo ao conceito histórico/musical do blogue, convém combater as "falsas ideias", como diz o Ié-Ié.
Sorry, filhote, mas não concordo. E por uma simples razão: quem não tem qualidade (como é o caso) só consegue afirmar-se se dispuser de uma boa "máquina promocional" atrás. Ou seja, nunca chegaria a "Atlânticos" e afins, limitar-se-ia às festas de provincia e nada mais.
Caro Rato, quem não tem qualidade também pode afirmar-se. Pela simples razão de que o grau de exigência do público consumidor não é muito alto. E esse público consumidor representa uma imensa maioria, acredite. Ou pensa que o povo português prefere ouvir o Dylan ou o Sérgio Godinho?
A verdade é que a indústria pode investir os milhares que quiser num determinado artista, mas se a música dele não cair no chamado gôto - por vezes, esgôto -, não há máquina promocional que lhe valha!
São incontáveis as histórias de insucesso de artistas largamente promovidos.
De resto, Rato, não percebi a sua não concordância... não concordando, coloca em causa o meu testemunho sobre a "ascensão a pulso" do Carreira... em vez de não concordar, peço desculpa pelo abuso, devia pasmar-se com o gosto do nosso povo... ou de grande parte dele...
Faltou dizer uma coisa... quem não tem qualidade pode afirmar-se, sim, mas somente comercialmente, como é óbvio... falar em afirmação artística é já outra conversa!
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