sábado, 30 de abril de 2011

FINAL DO IÉ-IÉ FOI HÁ 45 ANOS


Os Claves foram os vencedores do Concurso Yé-Yé organizado pelo jornal "O Século", com o apoio do Movimento Nacional Feminino, no Teatro Monumental, em Lisboa, em 1965 e 1966.

A grande e polémica final realizou-se no dia 30 de Abril de 1966, faz hoje 45 anos, com os seguintes resultados:

1 - Claves (Lisboa) - 55 pontos
2 - Rocks (Angola) - 45 pontos
3 - Night Stars (Moçambique) - 39,5 pontos
4 - Jets (Lisboa) - 35 pontos
5 - Ekos (Lisboa) - 29,5 pontos
6 - Chinchilas (Carcavelos) - 29 pontos
7 - Espaciais (Porto) - 18 pontos
8 - Tubarões (Viseu) - 18 pontos

O Concurso Ié-Ié terá sido provavelmente o maior festival de música do género realizado em Portugal com mais de 70 conjuntos.

Os 73 grupos inscritos representaram mais de 350 jovens com uma média de 18 anos.

Foi organizado pelo jornal "O Século" a favor das Forças Armadas no Ultramar, através do Movimento Nacional Feminino, com a colaboração da Radiotelevisão Portuguesa, Emissora Nacional, Rádio Clube Português e do empresário Vasco Morgado.

O júri era constituído por distintos músicos profissionais e um grupo de jovens entusiastas entendidos em ié-ié.

O júri técnico foi constituído pelo maestro Jorge Costa Pinto, Thilo Krasmann, Mário Simões e José Luís Simões. A partir das meias-finais, presidiu o maestro Eduardo Loureiro, da Emissora Nacional.

E o júri ié-ié era formado por Emídio Aragão Teixeira (presidente), do Instituto Superior Técnico, Carlos Neves Ferreira, da Faculdade de Ciências, Maria Bernardo Macedo e Vale, António Martins da Cruz (futuro ministro dos Negócios Estrangeiros, em 2003), Jaime Lacerda e Diogo Saraiva e Sousa, todos da Faculdade de Direito de Lisboa, Maria Avelino Pedroso, do Instituto Superior de Agronomia, e Ricardo Espírito Santo e Silva Ricciardi (7º ano dos liceus).

O regulamento do concurso exigia que pelo menos uma canção fosse original e cantada em português. Cada conjunto podia apresentar até 4 canções (tempo máximo de 3 minutos cada) para um tempo de actuação máximo de 20 minutos.

O 1º Prémio era de 15 contos (75 euros), o 2º de 10 e o 3º de 5. Havia uma taça oferecida pelo programa "Passatempo Juvenil", da Rádio Peninsular.

A Philips oferecia uma telefonia e uma Philishave, a Casa Gouveia Machado uma viola Eko de 12 cordas no valor de 4.360$00, um microfone Shure no valor de 2.520$00 e uma tarola Sonor, com suporte, no valor de 1.720$00.

O Salão Musical de Lisboa dava uma bateria, uma viola, uma guitarra, uma pandeireta e três harmónicas de boca, a Casa Galeão uma mala de viagem, a Casa Pinheiro Ribeiro 5 metros de tecido, a Casa J. Nunes Correia 6 gravatas, a Sapataria Lord um par de sapatos, a Loja das Meias 5 gravatas e a Casa J. Pires Tavares 10 frascos de água de Colónia.

No palco, bem visível, um grande cartaz lembrava a ditadura:

Atenção! Barulho que não permita o júri ouvir os conjuntos, objetos (sic) atirados para o palco, distúrbios na sala são motivos para a expulsão do espectador que assim proceder sem que a organização lhe devolva a importância do bilhete. A juventude pode ser alegre sem ser irreverente.

Luís Pinheiro de Almeida

sexta-feira, 29 de abril de 2011

RINGO É ÚNICO


KOCH ENTERTAINMENT - 99923 42262 - 2007

With A Little Help From My Friends/It Don't Come Easy - Octopus's Garden - Choose Love - I Wanna Be Your Man - Don't Pass Me By - I'm The Greatest - Memphis On Your Mind - Photograph - Never Without You - Back Off Bogaloo - Boys - Yellow Submarine - Act Naturally

Há um minúsculo pormenor neste disco ao vivo que vale mais do que ouro e que diz tudo sobre o que eram e foram os Beatles e sobre essa personalidade encantadora que é Ringo.

Quando apresenta "I'm The Greatest" diz Ringo: "Esta foi escrita por alguém que me conheceu!". Fino humor! Depois um sorriso...

A canção foi escrita por outro génio, John Lennon.

I HATE THE BEATLES


PARLOPHONE - 8 E 006-40 031 M - edição portuguesa (1969)

Come Together - Something

I hate the Beatles! They already wrote all the great songs!

Mike Mills, REM, Uncut, Abril 2011

LE PRINTEMPS DE VOGUE VOL. 2


DISQUES VOGUE - 74321155752 - 1993

Il Est Parti Comme Il Était Venu (Zouzou, 1966) - I Wish It Where Me (J'Aurais Voulu) (Françoise Hardy, 1964) - L'Espace D'Une Fille (Jacques Dutronc, 1966) - La Route Devant Moi (Antoine, 1968) - Un Train (Benjamin, 1966) - Et Moi, Et Toi Et Soie (Cleo, 1966) - Les Rois De La Réforme (Jacques Dutronc, 1967) - Ballade À Luís Rego, Prisonnier Politique (Les Problèmes, 1966) - J'Ai Peur De L'Été (Don't Worry Baby) (Jean Pierre Fall, 1966) - Only Friends (Ton Meilleur Ami) (Françoise Hardy, 1964) - Je Ne Vois Rien (Les Problèmes, 1966) - Au Gré Du Vent (Benjamin, 1966) - Ce Samedi Soir (Young Girls Blues) (Zouzou, 1967) - Fallait Pas Écraser La Queue Du Chat (Clothilde, 1966) - L'Eau À Monté Les Marches Du Petit Escalier (Antoine, 1968) - Haschish-Faction (Sullivan, 1966)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

ERAM OS ANOS 60


Entre Maio e Setembro de 2008, a Cinemateca Portuguesa incluiu no ciclo "Eram Os Anos 60" um total de 80 filmes, entre os quais, "À Bout De Souffle" ("O Acossado"), Jean-Luc Godard, França, 1960, "La Mariée Était En Noir" ("A Noiva Estava De Preto"), François Truffaut, França, 1967, "La Collectionneuse", Eric Rohmer, França, 1966, "L'Amour Fou", Jacques Rivette, França, 1967.

Também "Adieu Philippine", Jacques Rozier, França, 1962, "Qui Êtes-Vous, Polly Magoo?", William Klein, França, 1965, "La Pyramide Humaine", Jean Rouch, França, 1962, "Paris Vu Par..." ("Paris Visto Por..."), Vários, França, 1965, "Model Shop", Jacques Demy, França/EUA, 1968, "Pierrot Le Fou" ("Pedro, O Louco"), Jean-Luc Godard, França, 1965.

Ainda "L'Année Dernière À Marienbad" ("O Último Ano Em Marienbad"), Alain Resnais, França, 1961, "Nicht Versohnt Oder Es Hilft Nur Gewalt, Wo Gewalt Herrscht" (Não Reconciliados, Ou Só A Violência Ajuda Onde A Violência Reina"), Jean-Marie Straub e Danièle Huillet, Alemanha Federal, 1965, "Prima Della Rivoluzione" (Antes Da Revolução"), Bernardo Bertolucci, Itália, 1964, "Saturday Night And Sunday Morning" ("Sábado À Noite E Domingo De Manhã"), Karel Reisz, Grã-Bretanha, 1961, "Stress Es Tres, Tres" ("Em Três Um É Demais"), Carlos Saura, Espanha, 1968.

Também "Verdes Anos", Paulo Rocha, Portugal, 1963, "Belarmino", Fernando Lopes, Portugal, 1964, "Konkurs" ("O Concurso"), Milos Forman, Checoslováquia, 1963, "Sedmikraski" ("Jovens E Atrevidas"), Vera Chytilová, Checoslováquia, 1966, "Pet Holek Na Krku" ("Cinco Raparigas Às Costas"), Ewald Schorm, Checoslováquia, 1967, "O Slavnosti A Hostech" ("A Festa E Os Convidados"), Jan Nemec, Checoslováquia, 1966.

Finalmente, "Cul-De-Sac" ("O Beco"), Roman Polanski, Grã-Breatanha, 1965, "Almodozasok Kora" ("A Idade Das Ilusões"), István Szabo, Hungria, 1964, "Akitsu Onsen" ("Termas de Akitsu"), Yoshishige Yoshida, Japão, 1962.

Este opúsculo/brochura inclui também uma interessante cronologia político/cultural dos anos 60, a que, obviamente, não faltam os Beatles.

BEATLES AND STONES


O mesmo alinhamento do anterior.

BEATLES E STONES JUNTOS...


JOKER - SM 3591 - edição italiana (1973)

The Beatles

Boys - Do You Want To Know A Secret - All My Loving - Please Please Me - Misery - Twist And Shout - You Can't Do That

The Rolling Stones

Carol - I Just Wanna To Make Love To You - Cry To Me - Walking The Dog - You Can make It If You Try - Route 66

Curiosa esta edição bilingue, digamos assim...

Algumas das gravações dos Beatles são do "Hollywood Bowl".

Cortesia de Pedro Brandão, em Sarajevo

BLUSÕES NEGROS


RAPSÓDIA - EPF 5.290 - 1966

Tequilla - Coimbra Menina E Moça - Toada Beirã - Tango Dos Barbudos

As canções têm arranjos de Jorge Melo.

Os Blusões Negros são uma das bandas menos conhecidas do yé-yé português. São do Porto e participam na colectânea "Caloiros da Canção" com o clássico "Toada Beirã".

Ensaiavam em casa de Jorge Estrela (viola-ritmo), irmão de Jorge Melo, locutor dos Emissores do Norte Reunidos e autor dos arranjos do conjunto. Outros fundadores foram Xico Teixeira (viola-baixo) e Carlos Alberto (bateria).

No início da sua carreira acompanhavam Armindo Rock (Armindo da Costa), outro pioneiro, ilustre desconhecido do rock português, sem discos gravados.

Em 1961, com 17 anos, Armindo Rock iniciou a sua carreira artística acompanhado pelo Conjunto Tony Araújo que já naquela altura estava equipado com guitarras Fender e aparelhagem Semprini.

O meu primeiro rock em português data de 1961 com o título "Eu Quero O Rock". Ao tempo, recebia mais de 400 cartas por mês pedindo fotografias autografadas, diz Armindo Rock.


Os Blusões Negros fizeram uma das primeiras partes do concerto de Sylvie Vartan no Pavilhão dos Desportos, no Porto, em 1964.

A outra primeira parte foi preenchida por Armindo do Rock, acompanhado pelo Conjunto de Tony Araújo.

Ainda em 1964 foram os 2º classificados do I Festival Musical do Porto, patrocinado pela revista "Plateia", em 1964, na modalidade de "música moderna". Os vencedores foram os Teias e na modalidade de "música de dança" o troféu foi para os Galãs.

Chegaram a tocar com sete violas em palco.

BRUCE NO SUBSOLO


Julgo, mas não tenho a certeza, de que o Subsolo substituiu o Johnny Guitar na Calçada Marquês de Abrantes, 72, em Lisboa.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

BEATLES NO LESTE


Depois das várias edições dos Beatles apresentadas no blogue, o que contraria um pouco o mito de que eles nunca teriam sido editados no antigo Bloco de Leste, temos aqui uma boa achega.

Colaboração de Jack Kerouac

BEADY EYE EM VINIL


BE Records, 2011

The Roller

O lado B tem as assinaturas dos membros da banda gravadas no vinil.

Edição exclusiva da "Rolling Stone". Neste caso, a edição é alemã de Março de 2011. Não sei se outras edições de outros países também vêm com o vinil

Colaboração de Pedro Brandão, em Sarajevo

VODKAS


CLAVE/CASTRO, PAZ & CIA - CLAVE 20 - 1969

Time Is Drawing Near (António Veríssimo/Luís António) - Só Sempre Só (A Soares) - S. Francisco Girls (António Veríssimo/Guina Matias) - Rosas (António Veríssimo/José de Matta e Dias)

Os Vodkas formaram-se na Figueira da Foz em 1965, tendo na sua génese a Orquestra Infantil do Grupo Caras Direitas. Fausto Azul e Ministro ("Cafum") tinham participado em 60/63 nos Conchinhas, réplica dos Conchas, tocando o seu repertório ("Oh Carol!", "Adão e Eva"...).

Com instrumentos disponíveis nos Caras Direitas (Buarcos), organizou-se uma orquestra de baile com acordeão, bateria, "rabecão", saxofone e viola, tendo como referencia as orquestras de baile existentes como as de Shegundo Galarza e Jorge Costa Pinto.

Em 1965, Fausto Azul foi convidado pelo director de uma colectividade - José Sarmento - a formar um conjunto yé-yé para o qual garantia financiamento e na Casa Ruvina, no Porto, foram comprados um órgão Farfisa, violas EKO e bateria Premier.

Eram então José António Pereira (voz), Ministro Pedro (Cafum) (teclas), Fausto José Azul da Cunha e Costa (viola baixo) e António Barreto da Silva (bateria).

A escolha do nome de Vodkas deu alguma polémica por poder ser associado à URSS, mas o grupo não chegou nunca a ter problemas, actuando em bailes de finalistas, matinées dançantes, festas particulares, bailes de colectividades e no Casino da Figueira.

Pela banda passaram ainda Luís Maurício e Genito (Eugénio) que viriam posteriormente a participar em conjuntos de Coimbra, como os Pops e In Locco.

Fausto Azul esteve na banda até 1969, altura em que foi obrigado ao cumprimento do serviço militar, não tendo já participado na gravação do EP.

António Manuel Barbosa Veríssimo, Cafum, José António Pereira, Tomé e Norton de Matos Ferreira foram os protagonistas do disco, único na carreira do grupo.

Os Vodkas ainda tiveram actividade regular até aos anos 80, tendo então acabado por saturação dos seus elementos.

Na sua primeira saída a Coimbra, pouco após a formação, os Vodkas foram convidados a tocar no Coimbra Clube que, julgavam, era coisa chic.

Como não tinhamos transporte, fomos de comboio com os instrumentos, mandámos fazer uns fatos novos e pensávamos apanhar uns taxis para nos levar (e aos instrumentos) ao dito clube, mas nenhum nos quis levar, com o argumento de que o clube era muito próximo da Estação Nova.

Pedimos então a um peixeiro que nos levasse na sua camioneta (para a venda de peixe) e lá fomos nós de fato novo com calças à boca de sino numa camioneta de caixa aberta para o clube, perante a incredibilidade dos responsáveis da colectividade.

É que para a "barraca" ser ainda maior, o clube não tinha nada de elitista, mas, ao contrário, era o local onde se encontravam as prostitutas da zona e respectivos acompanhantes.

Colaboração de Fausto Azul, viola baixo dos Vodkas

PS - Não se conhece o titular dos direitos sobre este EP.

SEDE DA IMOCOM


Está praticamente concluída no Parque das Nações, em Lisboa, junto ao Centro Vasco da Gama, a sede da IMOCOM, um edifício dos irmãos Mateus.

No basfond do prédio vai ficar uma nova loja da Nespresso.

Há ainda um sushi e um dos dois únicos restaurantes de porta de rua da H3 (ou outro é no Chiado).

VINHO DO PORTO


terça-feira, 26 de abril de 2011

MUSIC BOX


MOVIEPLAY - EMP 1.019 - 1997

Sape, Gato, Xó (Conjunto Pedro Osório) - Tema Para Os Titãs (Titãs) - Longe De Ti (Taras e Montenegro) - Rockinho Mandado (Sheiks) - Stephanie (Fernando Conde) - Jardim Terra (Beatnicks) - D. João (Chinchilas) - Eu Me Confesso (Keepers) - Laura (Plutónicos) - Eu Sei Meu Amor (Diamantes Negros) - Será Assim Até Morrer (Steamer's) - Sei (Edmundo Falé)

Este CD com raridades da música portuguesa dos anos 60 foi distribuído com o "Jornal de Notícias" do dia 23 de Agosto de 1997.

É uma relíquia!

Há temas que só aqui se encontram em CD!

TUBARÕES: 1º CONCERTO HÁ 47 ANOS


Quase todos os dias, normalmente depois das aulas, passávamos pelo nosso clube de garagem o “TIC-TAC”.

Aos sábados tínhamos quase sempre audição de novos discos e, por vezes, baile com ensaios de passes para as danças das matinées do Clube de Viseu.


Quanto ao Conjunto, continuávamos a ensaiar na Casa do Adro. Como instrumentos tínhamos as duas violas holandesas Egmond Manhattan, uma viola acústica, a caixa de sapatos e, quando podíamos, uma bateria alugada ou emprestada, mesmo só com a tarola e um prato.


A nossa
playlist iniciou-se com alguns dos êxitos do Cliff Richard incluindo, entre outras, as seguintes músicas: "Evergreen Tree", "The Young Ones", "Bachelor Boy", "Living Doll", "A Girl Like You", "When The Girl In Your Arms". Dos Shadows, só soladas, como "Perfídia", "Apache", "Guitar Tango", "Peace Pipe", "Dance On" e "Sleep Walk". 

Do Elvis ensaiávamos o "It’s Now Or Never", "Tutti Frutti", "Be-Bop-A-Lula". E também outros êxitos da época, como o "Oh Carol", do Neil Sedaka, "America", "La Bamba" e o "If I Had A Hammer", do Trini Lopez, o "Bye Bye Love", dos Everly Brothers, "When The Saints Go Marching In" (Louis Amstrong), "Hello Mary Lou" (Ricky Nelson) e o "Derniers Baisers", Chats Sauvages.


Incluíamos ainda algumas outras músicas instrumentais como as "Crianças do Pireu", e o "Charlston" que eram sempre bem acolhidas pelo público gerando sempre alguma animação na pista. Um pouco mais tarde as músicas dos Beatles.


Foi em Março de 1964 que a Radio Caroline, a mais famosa estação clandestina de rádio, iniciou as suas emissões a partir de um barco localizado em águas internacionais ao largo do Reino Unido.


Foi criada com o objectivo de promover a novíssima música pop e os novos conjuntos musicais que as rádios tradicionais não passavam, e algumas até, boicotavam. A Radio Caroline lançou os novos conjuntos, discos, singles e elaborava uma classificação semanal dos êxitos através do seu Top Ten.


Foi esta a rádio que promoveu os Beatles, Rolling Stones, Who, Animals, Searchers, Kinks, Manfred Man, Hollies, os Byrds e muitos outros, com os lançamentos antecipados dos seus novos singles. Tinha um tipo de locução muito viva e dinâmica que contrastava com a voz pautada e respirada da escola de rádio tradicional.


E nós, por cá, sintonizávamos em FM o programa “A 23ªHora”, um programa da nova geração, dinâmico e com muita audiência junto das camadas jovens, e um pouco mais tarde o “Em Órbita”, no Rádio Clube Português. A música Pop ganhava definitivamente o estrelato.

Em Abril reiniciaram-se as
matinées quinzenais no Clube de Viseu, sempre aos domingos, agora organizadas pelo grupo Arranha Teddy Twist Club (Os Xibos) liderados pelo O.Martins, F.Matos, Palhoto e J.Barreiros.

Era o grupo mais próximo do nosso, cerca de um ano lectivo mais adiantados, e que acompanhavam à distância as notícias sobre a evolução do conjunto.

Surgiu então a ideia de se organizar uma
matinée dançante para a apresentação pública dos Tubarões junto do seu público alvo.

Aconteceu a 26 de Abril com instrumentos e aparelhagens emprestados, em que ainda um dos nossos rádios serviu de amplificador da viola ritmo do Victor, uma Egmond Manhattan.


Foi uma tarde memorável, um grande sucesso com sala esgotada, que gerou uma boa receita a qual permitiu o arranjo do gira-discos do clube, que já apresentava sinais de algum cansaço. Fizémos dois
takes de cerca de uma hora cada com um intervalo e, no final, alguns encore, naturalmente a pedido do público.

Dessa data e para a posteridade ficou esta foto com o nosso primeiro grupo de amigas, fãs e admiradores.


Na foto podem ver-se: (superior, esq/dir.) Sá, António Júlio Valarinho, Tó Fernandes, Tito, Eduardo Pinto, Cristiano e, mais atrás, o Luis Mesquita e o Carlos Alberto, ao tempo dos Ases, com quem partilhámos alguns instrumentos e equipamentos; (meio, e/d) Zé Sacadura, Luis Dutra, Vitó, Zé Merino e Frederico; (em pé) Lena Viegas, Graça Ébil, Anita, Manuela, Helena, Teresa Guerra, Alcina e Dulce.

Este sim foi para nós o nosso verdadeiro baptismo de palco, o nosso primeiro concerto para o nosso público, num palco de boas memórias onde voltámos a actuar inúmeras vezes.



Colaboração de Eduardo Pinto, dos Tubarões

segunda-feira, 25 de abril de 2011

NA SOMBRA DO PODER


"Na Sombra Do Poder", Pedro Feytor Pinto, D. Quixote, 2011, 402 págs, 17,70 €

Interesso-me por narrativas de protagonistas que têm coisas para dizer.

BECO DO MFA


Albufeira

CANÇÕES DE ABRIL


DISCÓFILO - DIS. 2003/L - 1975

FACE A
Terras De Garcia Lorca (Ary dos Santos/Nazareth Fernandes) - País Irmão (Ary dos Santos/Braga Santos) - O Povo Em Marcha (Ary dos Santos/Braga Santos) - Cravos Da Madrugada (Mário Castrim/Nazareth Fernandes) - Bandeira Da Vitória (Mário Castrim/Nazareth Fernandes) - Cantaremos/Lutaremos (G. Preto/Braga Santos)

FACE B
Soneto Do Trabalho (Ary dos Santos/Fernando Tordo) - Somos Livres (Ermelinda Duarte) - Portugal Ressuscitado (Ary dos Santos/Pedro Osório) - Obrigado Soldadinho (Ary dos Santos/popular) - Hino Do Trabalho (António Feliciano de Castilho/Shegundo Galarza) - Já Chegou A Liberdade (Ary dos Santos/popular)

Arranjos e direcção de Jorge Palma.

Vozes de João Henrique, Waldemar Ramalho, Henrique Tabot, Jorge Palma, Tonicha e Fernando Tordo.

Participação de Jorge Palma (piano), Mike Sergeant (violas), Luís Duarte (baixo) e Vítor Mamede (bateria e percussão), entre outros.

25 DE ABRIL


Pontinha, Lisboa.

Se bem repararem, a seta aponta para a esquerda.

No dia 24 de Abril, à noite, reuniu-se no Regimento de Engenharia nº1, na Pontinha, os seis oficiais que viriam a formar o Posto de Comando do MFA: tenentes-coronéis Garcia dos Santos e Nuno Fisher Lopes Pires, o capitão-tenente Vítor Crespo e os majores Otelo Saraiva de Carvalho, Sanches Osório e Hugo dos Santos.

RUA 25 DE ABRIL


Pechão, Olhão

25 DE ABRIL: MORTOS


Rua António Maria Cardoso, Lisboa

HOMENAGEM AO 25 DE ABRIL


Regimento de Engenharia (Pontinha, Lisboa),

O PCP NA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS


"A História do PCP na Revolução dos Cravos", Raquel Varela, Bertrand Editora, 2011, 400 págs, 14 €

Este livro tem como base a tese defendida por Raquel Varela como requisito para a obtenção do grau de Doutor em História Moderna e Contemporânea (ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa).

AVENIDA 25 DE ABRIL


Aljustrel

AVENIDA 25 DE ABRIL


Arouca, Aveiro.

ADELANTE PORTUGAL


TOMA LÁ DISCO - TLP 001/76 - edição portuguesa (1976)

FACE 1Adelante Portugal - La Gran Carrera - Oea - Autos de Uso - Guantanamera

FACE 2Que Pare El Son - Nuestra Ayuda - De Igual A Igual - Pues Que Se Muden - Muito Obrigado

Letra e música de Carlos Puebla, produção de Fernando Tordo, Luiz Villa-Boas e Paulo de Carvalho.

O álbum foi gravado no dia 28 de Fevereiro de 1976 nos antigos estúdios da Rádio Triunfo, em Lisboa, hoje Namouche, graças ao empenho da Associação de Amizade Portugal-Cuba e do actor Rogério Paulo.

PRACETA DE 25 DE ABRIL


Vila Nova de Gaia

NOVO LIVRO DE OTELO


"O Dia Inicial", Otelo Saraiva de Carvalho, Objectiva, 2011, 268 págs., € 14,90

AVENIDA DA LIBERDADE


Aljustrel

"25 DE ABRIL CONFIDENCIAL"


ORFEU - STAT 022 - 1974

PRAÇA 25 DE ABRIL


Coimbra.

25 DE ABRIL: REVISTA DA TAP


"Atlantis", nº 2, Março/Abril 1999, capa de Vieira da Silva, distribuição gratuita

MEMÓRIAS DO 25 DE ABRIL


"25 de Abril - Memórias", coordenação e redacção de Luís Pinheiro de Almeida e Rui Cabral, Agência Lusa, 1994, 98 págs, 480$00

Em 1994, a Agência Lusa publicou esta revista de 98 páginas para assinalar o 20º aniversário do 25 de Abril, um projecto coordenado por Wilton Fonseca, com coordenação e redacção de Luís Pinheiro de Almeida e Rui Cabral e fotografias de Alberto Frias, António Cotrim, Inácio Rosa, João Paulo Trindade, Manuel de Moura e Marcos Borga.

A tiragem foi de 20 mil exemplares.

A revista, hoje em dia uma peça rara, contém dados históricos relevantes, como a última entrevista de Spínola, falecido dois anos mais tarde, a primeira e única reunião post-25 de Abril dos 5 organizadores da primeira reunião plenária do Movimento dos Capitães (Lopes Camilo, já falecido, Bicho Beatriz, já falecido, Dinis de Almeida, Vasco Lourenço e Rosário Simões), Monte do Sobral, Alcáçovas, no dia 09 de Setembro de 1973.

Os autores conseguiram também a primeira e única reunião post-25 de Abril do Posto de Comando do MFA (Sanches Osório, Otelo Saraiva de Carvalho, Nuno Fisher Lopes Pires, Vítor Crespo, Hugo dos Santos, já falecido, e Garcia dos Santos, já falecido), Regimento de Engenharia nº 1, Pontinha (Lisboa).

A revista publica ainda os 5 objectivos do MFA na madrugada de 25 de Abril com entrevistas aos "capitães sem sono" que os alcançaram: RTP (Teófilo Bento), Rádio Clube Português (Cardoso Fontão), Quartel-General da Região Militar de Lisboa (Bicho Beatriz, já falecido), Emissora Nacional (Frederico Morais e Oliveira Pimentel) e Aeroporto de Lisboa (Rui Rodrigues).

Há ainda extractos de uma entrevista, então inédita, de Salgueiro Maia ao Centro de Documentação 25 de Abril, da Universidade de Coimbra, entre outros registos pouco habituais sobre o 25 de Abril.

SINGLE DE "GRÂNDOLA, VILA MORENA"


ORFEU - KSAT 680 - 1977

Grândola, Vila Morena - Traz Outro Amigo Também

Fotografia de Patrick Ulmann.

Em 1971, tinha saído um EP com estas duas canções e ainda "Moda do Entrudo" e "Carta a Miguel Djéje".

25 DE ABRIL: MINUTO A MINUTO


"O 25 de Abril, Minuto A Minuto", José Carlos Marques, Presselivre, 2010, 112 págs., € 1,95

25 DE ABRIL: A COR DE ABRIL


"A Cor de Abril", edição da Câmara Municipal de Lisboa, 2004, 128 págs, 8 €

AVENIDA 25 DE ABRIL


Ex-Avenida Salazar, junto à praia, Figueira da Foz.

AVENIDA 25 DE ABRIL


A LUTA CONTINUA


CNM - CNM350CD - 2007

El Pueblo Unido Jamás Sera Vencido (Conjunto Vientos del Pueblo) - Hasta Siempre Comandante (Los Trinitarios) - Venceremos (Samuel) - Hino da Intersindical (Vários) - Chão Nosso (Trovante) - A Vossa Vontade Será Feita (Grupo Outubro) - Portugal Ressuscitado (Grupo In-Clave, Fernando Tordo e Tonicha) - Companheiro Vasco (Carlos Alberto Moniz e Maria do Amparo) - A Luta Vai Ser Dura Companheiro (Grupo Outubro) - Os Senhores da Guerra (Grupo Outubro) - A Gente Não Vai Ficar Parada (Grupo Outubro) - Já Chegou A Liberdade (Tonicha) - Só O Povo Unido (José Barata Moura) - Água Mole Em Pedra Dura (Pedro Barroso) - Arte Poética (José Jorge Letria) - Cravo Vermelho Ao Peito (José Barata Moura)

25 DE ABRIL DE 2011

domingo, 24 de abril de 2011

BEATLES EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE


56 mil dobras de São Tomé e Príncipe são 2 euros.

ENCONTROS EM LISBOA


MEGADISCOS/GLOBO/EMI - 7243 8 59415 2 8 - 1997

Lisboa Antiga (Amália Rodrigues) - Leitaria Garret (Vitorino) - Lisboa (Trovante) - O Tejo (Madredeus) - O Que Será De Ti Lisboa (Quinta do Bill) - Lisboa A Magnífica (Xutos & Pontapés) - Rua do Carmo (UHF) - Lisboa Que Amanhece (Sérgio Godinho) - Lisboa Ausente (Ala dos Namorados) - Esta Lisboa Que Eu Amo (Nuno da Câmara Pereira) - Dança Lisboa (António Pinto Basto) - Tejo (Ritual Tejo) - Além Tejo (Sétima Legião) - Lisboa Menina E Moça (Paulo de Carvalho) - Cacilheiro (Carlos do carmo) - Canoas do Tejo (Tetvocal)

DIVA


EMI - 7943501 - 1990

1

Amor Errante - Calçada - Noite - Ecos de Outono

2

Baila Papoila - Tempestade e Paixão (Pedro Solaris/Nuno Sampaio) - Se - Romaria - Fantasia

Os temas são da autoria dos Diva, excepto "Tempestade e Paixão". A produção é de Ricardo Camacho e de Francis

Os Diva eram formados por Tá (guitarra eléctrica), Pedro Solaris (guitarra eléctrica e guitarra 12 cordas), Natália Casanova (voz), Óscar (baixo) e João Vitorino (bateria). Renasceram dos Odisseia Latina

Os Diva eram dos Olivais (Lisboa) e este é o seu primeiro LP, que foi posto à venda no dia 24 de Abril de 1990, faz hoje 21 anos.

sábado, 23 de abril de 2011

IRREAL SOCIAL - MAXI


EMI - 1776576 - 1988

A

Irreal Social (João Loureiro/João Ferraz/Paulo Faro/F. Monteiro)

B

Irreal Social (João Loureiro/João Ferraz/Paulo Faro/F. Monteiro) - Brouhaha (João Loureiro/João Ferraz/Paulo Faro/F. Monteiro)

Produção de Paulo Neves.

Fotografia a partir do video "Irreal Social" produzido pela Tele-Cine para o programa VivaMúsica, na RTP, de Jorge Pego, em 1988.

CHÁ DANÇANTE


Foi um grande Baile dos Grelados de Ciências no dia 09 de Abril de 1967 no ACM, em Coimbra.

O vocalista dos Protões, Rui Mesquita Branco actuou em grande.

UMA HISTÓRIA DE AMOR


BMG ARIOLA - 74321.312022 - 1995

CD 1

Ao Passar Um Navio (Delfins) - Nada Mudou (Santos & Pecadores) - Nasce Selvagem (Resistência) - Perfume (Entre Aspas) - O Bicho (Sitiados) - Hoje Não Digo O Teu Nome (Xana) - Toca-me (UHF) - Os Índios da Meia Praia (Vozes da Rádio) - Não Sei Dançar (Eugénia Melo e Castro) - Olhos Nos Olhos (Moby Dick) - Toada À Beira-Mar (Piratas do Silêncio) - Sábado À Tarde (Paulo de Carvalho) - Não Tenho Lágrimas (José Cid) - Maça (D.R. Sax) - Festa (Fiesta) (Despe e Siga)

CD 2

Vida de Marinheiro (Sitiados) - Menina Estás À Janela (UHF) - Diz Quem Diz (Rádio Macau) - Cães de Crómio (Mão Morta) - Bule! Bule! (Despe e Siga) - Onde estás? (Santos & Pecadores) - A Noite (Resistência) - Mariana (LX-90) - Acordar (Entre Aspas) - A Queda De Um Anjo (Delfins) - Chamar A Música (Sara tavares) - Bom Demais (J´teLe Dis Quand Même) (José Cid) - Maria Vida Fria (Paulo de Carvalho) - Canção do Mar (Mísia) - À Sombra da Figueira (Fredo Mergner)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

BIJELO DUGME


JUGOTON - SY-22781 - edição jugoslava (1975)

Da Mi Je Znati, Koji Joj Je Vrag (Goran Bregovic) - Blues Za Moju Bivsu Dragu (Goran Bregovic)

Bijelo Dugme ("botão branco", em português) foi uma das primeiras bandas de Goran Bregovic, formada em Sarajevo em 1974.

O grupo lançou nove álbuns até 1989.

Bregovic compôs "Ausência" para a voz de Cesária Évora, em 1995, incluída na banda sonora de "Underground", de Emir Kusturica.

Cortesia de Pedro Brandão, em Sarajevo

MORREU JOÃO MARIA TUDELLA


João Maria Tudella, criador do clássico "Kanimambo" ("obrigado" em português), morreu hoje em Lisboa, aos 81 anos, na sequência de um AVC.

O corpo fica hoje em câmara ardente na Basílica da Estrela, a partir das 18H00.

Sábado será rezada missa às 15H30, saindo o funeral às 16H00 para o cemitério do Alto de S. João.

Reacções:

Lembro-me das noites de variedades na tv com os grandes nomes da canção e ele destacava-se da intensidade do Tony de Matos e do temperamento fogoso do Artur Garcia pela delicadeza e humor que punha na voz. DEP (Descança em Paz) - Né Ladeiras, Facebook.

O Zé Freire ( já falecido, também) contou-me muitas histórias dos tempos do Rádio Clube, ligadas ao João Maria. Posso dizer, com orgulho, que tive a honra e o gosto de ser seu amigo e gostava muito dele. E, como tive oportunidade de lhe contar, o "Kanimambo" foi a primeira canção que cantei em público, com cerca de 8 anos, lá na minha cidade de Évora, num espectáculo no Ginásio do Seminário! Sinto uma grande tristeza - António Pinto Basto, Facebook.

Somos amigos de sempre. Lamento imenso esta notícia. João Maria era uma pessoa muito dinâmica, culta e de muito valor - António Calvário, Lusa.

Que notícia! Ainda há dias tínhamos falado. Vou ter muitas saudades dos seus telefonemas... - Alice Vieira, Facebook.

Vou levar o Kanimambo... e ficam muitas saudades do Zé Maria Tudela - Fátima Campos Ferreira, Facebook.

Morreu o João Maria Tudella. Grande cantor - o "Sinatra à portuguesa", como diz o João Braga - infelizmente popularizado por uma única canção, "Kanimambo". Mas um cantor com um vastíssimo repertório. Deu voz a alguns dos maiores poetas, de Fernando Pessoa a Manuel Alegre. Homem de mil e uma vidas, monárquico e aventureiro, assinou uma História Pessoal absolutamente extraordinária. À Família enlutada, uma palavra: Coragem! - António Macedo, Facebook.

Paz, meu amigo. Gostei muito de te conhecer. Vou fumar um charuto à tua memória e beber um bom tinto. Pelo que conheci de ti, sei que gostas desta maneira de te recordar para sempre. Kanimanbo! - Guilherme Leite, Facebook.

Kanimambo com letra do meu tio avô Vasco de Matos Sequerira. E assim vai desaparecendo a nossa memória colectiva - Gustavo de Matos Sequeira, Facebook.

RIP - Miguel Ângelo, Facebook.

Conheci João Maria Tudella em casa do Carlos Mendes. Soube há dias que estava muito acabado. Encontrámo-nos muitas vezes no clube de ténis, mas as conversas nunca passaram da circunstância. Ou então na Óscar Monteiro Torres, onde ele morava, isto quando lá ia por causa de outro vizinho, o Luís Villas-Boas, outro que já vai. E assim vão desaparecendo os amigos! - Sérgio Ferreira Borges, Facebook.

Estivémos juntos na 3ª feira, 19/4. Um Senhor. E parecia bem. Acompanhámos o João Maria Tudella em Viseu nos 60s. Paz - Tubarões, Facebook.

MISSION COM "TOMORROW NEVER KNOWS"


MERCURY - 888 413-7 - edição portuguesa (1987)

Severina (Hussey/Adams/Brown/Hinkler) - Tomorrow Never Knows (Lennon/McCartney)