Que recordação!... Passei esta noite a caminho de Macedo de Cavaleiros. Durante a manhã, fui de Taxi à Electroliber, em Benfica, receber perto de 100 contos de livros e revistas (de minha autoria) que aquela distribuidora tinha distribuído pelo país. Depois, no mesmo taxi, fui para Setúbal, Alfândega portuária,para levantar uma viatura que tinha enviado de Luanda, um "Mazda 8l8, coupé". Segui, depois, para Macedo de Cavaleiros, que eu chamo de minha terra, para rever amigos. Fiz um trajecto difícil. Andei perdido, pois fui por Viseu, perdido nas curvas do Caramulo, eu sei lá. A meio da noite fiquei com problemas no rádio. De manhã, quando cheguei a Macedo, é que tive a noção do perigo, quando, ao almoço, vi na TV, todo aquele aparato nos "Ralles".
Também tenho um, religiosamente guardado (e publicado há uns anos no suplemento de Verão do Público). Aos jornalistas e demais pessoal da ANOP (então no Marquês de Pombal) que trabalhava à noite e de madrugada foi-nos dado salvo conduto. Lembro-me de ir ser posto em casa, no Chiado, às 02h00 da manhã, pelo motorista da agência, cujo nome não lembro, mas cuja alcunha é inesquecível - Garganta Funda, porque ele tinha uma irrepetível voz de bagaço com cigarro. Parados a meio da avenida pelas tropas, o homem começou a explicar no seu vozeirão cavo ao que ali estava, mas a soldadesca não percebeu patavina, chegou a meter os canos das G-3 pelas janelas da saudosa Renault 4-L, a julgar que estavamos a gozar ou que estávamos bêbados (naqueles tempos, mais provável a segunda hipótese). Lá balbuciei nova explicação e tudo acabou em bem. O povo é sereno.
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Que recordação!...
Passei esta noite a caminho de Macedo de Cavaleiros.
Durante a manhã, fui de Taxi à Electroliber, em Benfica, receber perto de 100 contos de livros e revistas (de minha autoria) que aquela distribuidora tinha distribuído pelo país.
Depois, no mesmo taxi, fui para Setúbal, Alfândega portuária,para levantar uma viatura que tinha enviado de Luanda, um "Mazda 8l8, coupé".
Segui, depois, para Macedo de Cavaleiros, que eu chamo de minha terra, para rever amigos.
Fiz um trajecto difícil. Andei perdido, pois fui por Viseu, perdido nas curvas do Caramulo, eu sei lá.
A meio da noite fiquei com problemas no rádio.
De manhã, quando cheguei a Macedo, é que tive a noção do perigo, quando, ao almoço, vi na TV, todo aquele aparato nos "Ralles".
Também tenho um, religiosamente guardado (e publicado há uns anos no suplemento de Verão do Público). Aos jornalistas e demais pessoal da ANOP (então no Marquês de Pombal) que trabalhava à noite e de madrugada foi-nos dado salvo conduto. Lembro-me de ir ser posto em casa, no Chiado, às 02h00 da manhã, pelo motorista da agência, cujo nome não lembro, mas cuja alcunha é inesquecível - Garganta Funda, porque ele tinha uma irrepetível voz de bagaço com cigarro. Parados a meio da avenida pelas tropas, o homem começou a explicar no seu vozeirão cavo ao que ali estava, mas a soldadesca não percebeu patavina, chegou a meter os canos das G-3 pelas janelas da saudosa Renault 4-L, a julgar que estavamos a gozar ou que estávamos bêbados (naqueles tempos, mais provável a segunda hipótese). Lá balbuciei nova explicação e tudo acabou em bem. O povo é sereno.
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