quinta-feira, 31 de julho de 2008

NATAL NA PUTUMAYO


Joyeux Noel - New York Twoubadou (Haiti), Here We Come A-Wassailing - Steve Schuch (USA), Venid Fieles Todos - Liuba Maria Hevia (Cuba), St. Nicholas - Sheryl Cormier (USA), Deck The Hall - Cuba LA (Cuba), God Rest Ye Merry Gentlemen - Banks Soundtech Steel Orchestra (Barbados), White Christmas - Los Reyes (França) - We Three Kings - Michael Doucet (USA), What Child Is This - Dan Crary (USA), Aguinaldo Jibaro - Pepe Castillo (Porto Rico), Douce Nuit - Kali (Martinica), Paz En La Tierra - Ramon F. Veloz (Cuba)

Interessa-te, Hugo? Queres cópia?

LARA LI


Cortesia de Fernando Baptista

QUE TRANCA!


TECLA TI 10037 - edição portuguesa

O que se faz para vender discos...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

MAIS UM DISCO DE NATAL


BARCLAY SN-20048 - 1967 - edição espanhola

Los Pastores - E Moe Moe

BRUXAS...

De férias, tenho estado entretido a ler cartas de amor dos anos 60. Segundo leio, parece que nos meus 18/19 anos fazia muitos ciúmes por causa de Mireille Mathieu.

Fico agora muito surpreendido, porque é personagem que nunca me cativou, pelo menos artisticamente...

Fernando Baptista mandou-me não há muito esta capa de Mireille.

MAIS UMA CAPA KITSCH


CBS 6453 - edição portuguesa

MAIS BAILES DA VIDA


CAPITOL EAP 1-813

Around The World – Fascination - An Affair to Remember – There’s a Gold Mine in The Sky

Os “crooners”, os “standards”, as “big bands” cá da casa vivem em LPs , a esmagadora maioria em CDs. De singles e EPs apenas restou este velhinho Nat “King” Cole com a orquestra de Nelson Riddle.

Também se dançava nos bailes lá muito de trás.

Imaginem “Around the World”, em ritmo de valsa lenta, pela voz azul veludo de Nat “King” Cole ou “An Affair to Remember”, ou “There’s a Gold Mine in The Sky”.

E “Fascination”?

Bom, imaginem isso… e o resto...

Estas músicas.

Caetano Veloso disse um dia que “a gente teria outra alma, se não tivesse ouvido essas canções. Seríamos espiritualmente menos ricos se não tivéssemos ouvido “Without a Song in My Heart”, “Let’s Face the Music and Dance”.

Pelo seu lado o jornalista brasileiro Paulo Francis disse que uma das razões por que morrer o incomodava era "não ouvir mais Cole Porter”.

Colaboração de Gin-Tonic

XUTOS & PONTAPÉS


EDIÇÕES ROSSIL LDA ROTAÇÃO SETE 999

Sémen - Quero Mais

Colaboração Fernando Baptista

FÉRIAS!!!!


O blogue entra hoje num merecido período de férias, pelo que as actualizações não estão garantidas a 100 por cento.

RINGO NO JAPÃO


E aqui está o bilhete do concerto de Ringo Starr em Tóquio a que Muleta se refere. Foi no dia 07 de Novembro de 1989.

terça-feira, 29 de julho de 2008

RINGO STARR


PARLOPHONE - 8E 006-04 791 M - edição portuguesa

It Don't Come Easy (Ringo Starr) - Early 1970 (Ringo Star)

Está quase a fazer 10 anos que Ringo Starr cantou em Portugal, na EXPO-98, tendo sido o primeiro Beatle a fazê-lo.

RAUL SOLNADO


PARLOPHONE LMEP 1150

É Do Inimigo? - Concerto de Violino

ZECA BALEIRO E FAUSTO


Falou-se de Zeca Baleiro, ei-lo na companhia de Fausto num restaurante lisboeta nos anos 90.

Juntou-se a fome à vontade de comer, ou seja, ambos tinham fome (são também gastrónomos) e queriam conhecer-se.

Um dia contarei esta história que me passou pelas mãos.

Pelas mãos de Vicky passou a história de Fausto nos conjuntos yé-yé de Angola que também aqui será trazida.

LOS TAMARA


BEL-AIR 221 123 - edição francesa

Camino de Sahara - Pide - Yo Soy El Son Cubano - El Chipi Chipi

Pró Vicky

O ÚLTIMO TANGO EM PARIS


Cortesia de Fernando Baptista

segunda-feira, 28 de julho de 2008

BEATLES NA EUROVISÃO

Em 1977, no Festival da Eurovisão, a Suécia apresentava a concurso o tema Beatles pelo grupo Forbes. Que se saiba, terá sido a única vez na história do certame que uma canção do festival tinha como título o nome de uma banda (mais um recorde para os Beatles!).

As coisas não correram lá muito bem e a Suécia ficou em 18º lugar (último), com apenas 2 pontos atribuídos pela Alemanha.

Aqui pode ver-se o vídeo de apresentação (há imagens dos Fab4): http://video.aol.com/video-detail/eurovision-sweden-1977-preview-forbes/765992564 e a letra para quem quiser acompanhar, cantarolando:

Beatles gav oss sin musik
"Yesterday", vad den var fin
Alla älska' melodin
Yeah yeah yeah...

När skivor kom då gick det larm
Grammofonen den gick varm
Alla föll för Beatles charm
Yeah yeah yeah...

Många gick och nynna' på
"A Hard Day's Night" fast de var små
Farfars far kan ge svar vem de var
Beatles, Beatles

Världen var en stor estrad
Och där stod vi rad i rad
Njöt av varje fin ballad
Yeah yeah yeah...

Beatles gav oss sin musik
Flickor tjöt i vilda skrik
Alla skivor har vi kvar
Vi ska minnas Ringo Starr
Och George och Paul och John

Farfars far, kan ge svar vem de var
Beatles, Beatles

Världen var en stor estrad
Och där stod vi rad i rad
Njöt av varje fin ballad
Yeah yeah yeah...

Beatles gav oss sin musik
Flickor tjöt i vilda skrik
Alla skivor har vi kvar
Vi ska minnas Ringo Starr
Och George och Paul och John

Colaboração de Paulo Tapadas (uma boa estreia!)

A DEDICATÓRIA


EMI 2C 010-97.564 - 1976 - edição portuguesa

Papa - Don't Leave Me In The Morning

Lisboa, 30/5/76

Ofereço à minha querida mulherzinha como prova de amor e carinho e por aquilo que ele me deu que eu tanto gosto.

João de Oliveira Santos

Comprei este EP por causa da dedicatória.

LAMARTINE


Carlos Lamartine com o conhecidíssimo “Bartolomeu”.

Cortesia de Fernando Pereira

VICKY, REVELAÇÃO YÉ-YÉ


Vicky, que é uma das estrelas convidadas do jantar de 06 de Setembro, foi considerado no dia 04 de Junho de 1966, em Angola, a Revelação Ié-Ié.

Na altura, Vicky era acompanhado pelos Ferrovia (obrigado, Vicky).

Era assim uma espécie de Cliif and the Shadows, ou Gerry and the Pacemakers, ou Freddie and the Dreamers, ou Billy J. Kramer and the Dakotas, ou Ian and the Zodiacs, ou...

Vicky and the Railway...

SINGLE OU LP?


ROSSIL ROSS 7071

Como Se Eu Fosse Tua - Shuy The Shock

Num post anterior sobre um disco da Salada de Frutas, Lena d'Água alertou tratar-se de um LP e não de um single.

O que é certo é que a contra-capa, na imagem, referencia o disco como sendo um single.

Quem sabe, sabe! O projecto Do Tempo de Vinil, que até está a preparar para Agosto uma colectânea de Lena d'Água, acaba de me confirmar que existem o LP e o single com a mesma capa!

Estamos elucidados, obrigado!

NAMOUCHE ERAM OS MELHORES DA EUROPA


Outrora, parece terem sido os melhores estúdios da Europa!, quando eram os estúdios da Rádio Triunfo, por onde passou, por exemplo, Paulo Junqueiro.

Agora são Namouche, mas do exterior parecem abandonados, tal o aspecto pouco apelativo.

Ficam na Estrada da Luz, 26-B, a escassas dezenas de metros da Rua José Afonso.

RUA JOSÉ AFONSO


José Afonso tem o seu nome numa rua de Lisboa, uma perpendicular esconsa à Estrada da Luz.

Nunca a considerei digna de José Afonso, mas um amigo meu, Áppio Sottomayor, profundo conhecedor de Lisboa e da sua toponímia, ensinou-me: a dignidade das ruas é construída pelas pessoas que lá moram, não pelo seu aspecto.

domingo, 27 de julho de 2008

SUPREMES


STATESIDE PSE 510

The Happening - All I Know About You - Love Is Here And Now You're Gone - Going Down For The Third Time

Ora aqui estão vozes femininas de que eu gosto.

Adquirido pelo irmão mais velho em Lisboa no dia 21 de Setembro de 1967.

QUEM JÁ SE ESQUECEU?


WB N-S-63-82 - 1974

Emmanuelle (french version) - Emmanuelle (english version)

SACCO E VANZETTI


Cortesia de Fernando Baptista

THILO E MAYSA EM ANGOLA


Esta foto foi tirada no Dundo, na Casa do Pessoal. O Dundo era a capital administrativa da Companhia de Diamantes de Angola, no leste de Angola.

Periodicamente, iam lá actuar as estrelas do momento. Esta foto será do início da década de 60.

O Rueda já tinha saído do Thilo's Combo, não sei, não conheço os outros músicos. A cantora é a Maysa Matarazzo, que, como deves saber, era um must na época. Cantava coisas do tipo "A Noite de Meu Bem"... da Dolores Duran, por aí fora.

Colaboração de Vicky

URBANO DE CASTRO


Urbano de Castro, com o seu “ Camarada Presidente”, com a capa da chegada do Agostinho Neto a Luanda. Foi fuzilado em 27 de Maio de 1977.

Cortesia de Fernando Pereira

SÓ DEU STRANGLERS


Enchi-me de coragem e fui sábado à noite (dia 26) ao Pavilhão Atlântico, em Lisboa, ver os Marillion, Stranglers, B-52 e Meat Loaf.

Mas fui munido do livro de José Pacheco Pereira, ""O Um Dividiu-se Em Dois"". Ainda bem que fui precavido. Na verdade, só estava mesmo interessado nos Stranglers.

Marillion sem Fish ainda é pior, se possível. Felizmente havia claridade e o livro de Pacheco Pereira levou um grande avanço.

Gostei dos Stranglers (nunca os tinha visto). Fizeram-me lembrar os tempos do Ad Lib. Tive pena que não tivessem tocado "La Folie". E lá me contentei com "Golden Brown", "Always The Sun" e a versão de "All Day And All Of The Night", dos Kinks.

Os B-52 confirmaram a minha tese de que as mulheres, salvo raras excepções, não servem para o rock e, sem excepção, para o fado de Coimbra! Não me envergonho de ter adormecido.

Meat Loaf apareceu com um espectáculo todo produzido e uma loiraça de se lhe tirar o chapéu. Não sendo fã, achei que durante duas horas cantou a mesma (chata) canção!!!

Desculpem qualquer coisinha...

PS - O Pavilhão resolveu congelar-nos. Que ideia foi aquela de colocar o ar condicionado tão baixo?

sábado, 26 de julho de 2008

PETE SEEGER EM LISBOA


Por diversas vezes, Pete Seeger foi sondado para vir cantar a Portugal, mais concretamente à Festa do Avante. Indisponibilidade de datas não o permitiu.. Mas em 2 de Dezembro de 1983 foi mesmo possível trazer Pete Seeger a Lisboa.

Veio com a mulher Toshi, as suas canções, o seu banjo, onde está escrito “esta máquina cerca o ódio e força-o à rendição”. Pelo seu lado, Woodie Guthrie tinha escrito na sua guitarra: “This machine kills fascists”.

Desse memorável concerto foi feito registo sonoro que mais tarde seria publicado em disco. Uma edição limitada de 3.000 exemplares numerados numa caixa que contém 1 LP, o livro-programa do espectáculo, folheto com textos da gravação com tradução para português das canções, as fotos do espectáculo.

Tanto quanto sei, não há, em Portugal, registo deste concerto em CD (não sei se ainda há, mas já houve, uma edição de luxo da Movieplay, de 1998 - nota do editor), mas no “Amazon” está à venda, por US$ 18,97, uma edição americana com o título “Pete Seeger - Live in Lisbon”.

Se excluirmos as condições acústicas do Pavilhão do Desportos, os meios modestos de reprodução do som, pode dizer-se que poucas vezes um espectáculo, em Portugal, teve uma concepção e uma edição tão bem cuidada.

O programa é um livro de 142 páginas que apresenta vasto material documental da vida, do trabalho e da obra de Pete Seeger, um homem calmo, “ianque de esquerda” como gosta de se chamar, ou, como disse ao jornalista Viriato Teles: “espero que vocês pensem que sou comunista”.

Aborda o seu aparecimento na música folk americana a partir dos anos 30, os primeiros passos dados com Woody Guthrie, Leadbelly, Allan Lomax, a sua passagem pelos Almanac Singers, pelos Weavers: “nunca me considerei simplesmente um artista. Considero-me um contador de histórias, algumas vezes, um organizador. Mas talvez tenha sido uma sorte estar na lista negra – talvez nunca tivesse feito boa música, se não estivesse”.

Um capítulo do programa abarca o enquadramento histórico e político que envolve a vivência musical de Pete Seeger, com especial incidência para o tempo do mccarthysmo e os testemunhos de Seeger na Comissão de Actividades Anti-Americanas:

“Não responderei a nenhuma pergunta sobra as minhas actividades associativas, sobre os meus credos filosóficos ou religiosos, sobre as minhas convicções políticas ou, ainda, sobre como votei em qualquer das eleições.

"Considero tais questões impróprias para serem postas a qualquer americano, particularmente sobre coerção, como acontece aqui. (…) Sei que, em toda a minha vida, jamais fiz o que quer que fosse de natureza conspiratória e sinto profundamente que, na intimidação para comparecer perante esta comissão esteja implícita a diferença existente entre as minhas opiniões e as vossas e que por isso me considerem menos americano que qualquer outro.

"Mas amo muito o meu país(...) Há vinte anos que, por toda a parte, canto canções populares da América e doutros países. A canção, cujo título foi especificamente citada neste julgamento, “Wasn’t That a Time”, é uma das que prefiro. Gostaria de ter a vossa autorização para a cantar aqui antes de terminar".

- Não pode, retorquiu seco o juiz Murphy.

O concerto de Pete Seeger em Lisboa foi promovido por uma comissão constituída por António Macedo, Daniel Ricardo, João Paulo Guerra, José Jorge Letria, Ruben Carvalho, Sérgio Godinho e que dedicam o livro programa a “Adriano Correia de Oliveira que também estaria com todos nós".

A gravação do espectáculo foi feita por Moreno Pinto, Joca, Paulo Junqueiro e misturado nos Estúdios RT 1 por Moreno Pinto. O arranjo gráfico da caixa, do folheto, do programa é de José Araújo.

Colaboração de Gin-Tonic

FOUR SEASONS


PHILIPS 452.060 BE - edição francesa

Cortesia de Vicky

QUE CAPA FANTÁSTICA!


Arranjei este mimo no Cash Converters por 0,35 cêntimos!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

JOSÉ ALMADA NO 06SET


José Almada acaba de confirmar a sua presença no jantar ié-ié de 06 de Setembro pf, juntando-se aos nomes de Daniel Bacelar e Vicky & os Blue-Jeans.

O curioso é que o autor do LP "Homenagem" faz 57 anos nesse dia.

Vai haver festa e baile!

DISCOGRAFIA DE PAULO JUNQUEIRO


MOVIEPLAY - MOV 30.374 - edição portuguesa (1984/1998)

Introdução ao espectáculo - Union Maid - Guantanamera - Italian Flute - I Come And Stand At Every Door - We Shall Overcome - Wasn't That A Time - Christo Ya Nació - Well May The World Go - This Old Man - We Shall Overcome

O disco foi gravado pelos Estúdios RT (equipa móvel), formada por Moreno Pinto, Joca e Paulo Junqueiro, participações especiais de Júlio Pereira, José da Ponte e Guilherme Inês.

Fotografia da capa de José Carlos Pratas.

À volta de umas tantas cervejas e de uns quantos tremoços, um trio de amigos conversava ontem sobre música e discos, vindo à baila o espectáculo de Pete Seeger no Pavilhão dos Desportos de Lisboa no dia 02 de Dezembro de 1983.

Falou-se, falou-se de Pete Seeger e do espectáculo e alguém disse que era o primeiro disco produzido por Paulo Junqueiro.

Menos de 24 horas depois, alguém no blogue, a propósito dos estúdios da Rádio Triunfo, fala de Paulo Junqueiro! Há ou não há bruxas?

Eis os discos produzidos por Paulo Junqueiro:

1983 – “Ao Vivo Em Lisboa” – Pete Seeger
1984 – “Zimpó” – Mler Ife Dada
1985 - "Ao Vivo Em Almada-No Jogo da Noite" - UHF (tks, LSO)
1985 – “Cristal” - Simone
1986 – “Vivendo E Não Aprendendo” – Ira!
1986 – “Ao Vivo” – Kid Abelha
1987 – “Sexo” – Ultraje A Rigor
1987 – “Tomate” – Kid Abelha
1987 – “Jesus Não Tem Dentes No País dos Banguelas” – Titãs
1988 – “88” – Xutos e Pontapés
1988 – “Ao Vivo” – Xutos e Pontapés
1988 – “Rio Rock’s” – Sigue Sigue Sputnik
1988 – “Carnaval” – Barão Vermelho
1988 – “Pedra Não É Gente Ainda” – Pedro Luís e a Parede
1989 – “O Eterno Deus Mu Dança” – Gilberto Gil
1989 – “Crescendo” – Ultraje A Rigor
1990 – “Na Calada da Noite” – Barão Vermelho
1990 – “Clandestino” – Ira!
1990 – “Porquê Ultraje A Rigor” – Ultraje A Rigor
1990 – “Gritos Mudos” – Xutos e Pontapés
1991 – “Ao Vivo No Jazzmania” – Jorge Ben Jor
1992 – “Drug Me” - Sepultura
1992 – “Tourism” - Roxette
1992 – “Supermercados da Vida” – Barão Vermelho
1993 - “Skank” - Skank
1993 – “Tropicália 2” – Caetano e Gil
1993 – “Titanomaquia” - Titãs
1994 – “Carne Crua” – Barão Vermelho
1994 – “O Chamado” – Marina Lima
1995 – “Ao Vivo Em Montreux” – Olodum
1997 – “Acústico” - Titãs
1998 – “Tambores De Minas” – Milton Nascimento
1998 – “Quanta Live” – Gilberto Gil
1998 – “Volume 2” - Titãs
1998 – “Avenidas” – Rui Veloso
2000 – “Canção Para Titi” – Carlos Paredes
2001 – “XIII” – Xutos e Pontapés
2002 – “Sei Onde Tu Estás” – Xutos e Pontapés
2002 – “No Tempo Dos Assassinos” – Jorge Palma

NA MOUCHE!


Jack Kerouac acertou na mouche! "Viva Las Vegas" (Bruce Springsteen) e "It's Now Or Never" (Paul McCartney) são provavelmente as melhores versões do duplo LP de homenagem a Elvis Presley, "The Last Temptation Of Elvis", organizado em 1990 pelo "New Musical Express".

PAULO JUNQUEIRO (EXTENSO)


Paulo Junqueiro é o careca!

Num comentário de
mblog a propósito dos antigos estúdios da Rádio Triunfo, citam-se passagens de um texto de LPA sobre Paulo Junqueiro. Obtido o texto, de 2003, aqui se reproduz na íntegra:

- Que sabe de música?
- Não sei nada de nada.
- E de electricidade?
- Sei trocar lâmpadas.
- Começa amanhã o estágio de seis meses com salário mínimo.

Paulo Junqueiro, 42 anos, natural de Coimbra, por acidente, é dono de uma invulgar carreira na música, injustamente desconhecida do grande público. É um dos dois únicos nomes portugueses indirectamente galardoados com um Grammy (“Quanta Live”, de Gilberto Gil, 1998). O outro é Júlio Pereira (“Santiago”, dos Chieftains, 1996).

Filho da média burguesia do interior de Portugal, Paulo Junqueiro cresceu entre pianos e guitarras clássicas, mas a ouvir Beatles, Rolling Stones, Shadows, Sylvie Vartan, Johnny Hallyday, Françoise Hardy, Adamo. O primeiro single que comprou com o seu dinheiro foi “Sex Machine”, de James Brown, e o primeiro LP, “Sticky Fingers”, dos Rolling Stones.

O 25 de Abril de 1974 apanhou-o nos estudos, mas acabou por desistir quando já estava no 2º ano de Filosofia sem nunca ter ido a uma única aula ou exame. Com dinheiro e sem nada para fazer foi para o Algarve.

“Tinha 20 anos e estava à boa vida quando me telefonam para o Algarve a dizer que o namorado de uma amiga minha, Jorge Barata, estava a trabalhar num estúdio de gravação em Lisboa e se eu não queria ir dar lá um salto”.

Fernando Albuquerque, director do estúdio Arnaldo Trindade, depois Rádio Triunfo, concede um estágio de seis meses com salário mínimo. “Eu era o assistente do assistente do assistente. Fazia tudo: ia buscar os cafés, levava as fitas, limpava o chão e o Moreno Pinto começou por me fazer a vida negra, porque queria lá meter um amigo”.

Em 1981, Jorge Barata atrasou-se para o trabalho e quando chegou ao estúdio, já Paulo Junqueiro tinha gravado 12 fados com António Chainho. “Fiz tudo em quatro horas”.

“Mas eu era ambicioso. Queria ser bom. O Jorge Barata levou-me para o meio, mas foi o Moreno Pinto, depois das reticências iniciais, que me ensinou tudo. Ele foi decisivo na minha vida. Foi um grande mestre. A ele devo a base de conhecimentos que me acompanhou pela vida – técnicos e humanos. Mas eu também tinha um som na cabeça. Queria gravar o rock como se gravava em Inglaterra e o pop como se gravava em Los Angeles. Queria uma coisa com qualidade que ultrapassasse tudo o que se fazia em Portugal”.

Em 1984, Paulo Junqueiro foi obrigado a ir ao Brasil para tratar de negócios da família no Rio de Janeiro e em São Paulo. “Isto coincidiu com a abertura do estúdio Transamérica, em São Paulo, o mais moderno da América Latina. Fiquei maluco e depois de algumas peripécias pedi emprego a Carlos Duttweller nos estúdios, nem que fosse para lavar as casas de banho”.

Paulo Junqueiro ainda regressou a Lisboa, mas desentendeu-se com Fernando Albuquerque quanto à construção dos novos estúdios da Namouche e no dia 13 de Junho de 1985 partiu definitivamente para São Paulo, onde foi ter com Roberto Marques, director da Transamérica.

“Tens emprego, portuga, mas tens de tirar o modelo 19”.

“Chorei, porque o modelo 19, espécie de autorização de residência e de trabalho para estrangeiros, é um calhamaço de burocracia que demora anos a conseguir”.

Enquanto esperava pelo “modelo 19”, Paulo Junqueiro arranjou um “gancho” como técnico de som dos Metrô, uma banda de rock de franceses residentes no Brasil (também integrava o português Pedro d'Orey - tks, Filhote).

“Foi por aí que comecei”. Depois dos Metrô, conheceu o Brasil de lés-a-lés com os RPM, então a banda de rock de maior sucesso.

“Num sábado lindo, dia 13 de Julho de 1985, dia do Live Aid, estava no estúdio a misturar fitas para aprender. Costumava passar horas infinitas no estúdio só para aprender. Mazzola estava lá, sozinho, a misturar o “Cristal”, de Simone. E eu, irreverente, a vê-lo trabalhar”.

- Quem és tu?
- Sou um português à espera de trabalhar.

“Mazzola, que é um dos mais poderosos produtores do Brasil, não gostou muito da brincadeira, mas eu fiquei por ali, sem medo. De repente, ele pega no telefone, mas ninguém lhe responde e eu atiro":

- Tem algum problema?
- Conheces o estúdio?
- Como ninguém!
- Como se ligam estas máquinas?

“Depois de o ter ajudado a ligar as máquinas, perguntou-me o que eu achava do som que ele estava a fazer. Respondi-lhe sinceramente que não gostava, que estava muito esquisito, que não tinha definição alguma e dei-lhe umas dicas”.

Mazzola, que era também vice-presidente da Ariola, voltou a misturar “Cristal” e deu crédito ao “puto” português e chamou-o como seu assistente.

“Foi o primeiro disco brasileiro com o meu nome”.

A partir desse momento todas as portas da indústria brasileira de discos se abriram de par em par para Paulo Junqueiro e trabalho não faltou: Ira!, Titãs, Barão Vermelho, Capital Inicial, Kid Abelha, etc. “O meu nome começa a espalhar-se. Era o ‘tuga’ do rock”.

A 01 de Março de 1986, com o malfadado “modelo 19” nas mãos, Paulo Junqueiro começou legalmente a trabalhar na Transamérica e o corropio das bandas brasileiras acelera-se, com o pontapé de saída dado pelos RPM. “Eu era a coqueluche do rock”.

Consciente das suas qualidades e da sua vontade em trabalhar, comprou uma guerra com Liminha, o todo-poderoso do Brasil, a propósito da gravação de “Vivendo E Não Aprendendo”, dos Ira, e vira as costas, regressando a São Paulo, onde começa a trabalhar com Kid Abelha.

Como não tem nada a perder, recusa por três vezes os RPM, fazendo uma vez mais afronta, desta feita a Manuel Poladian, outro “grande” da indústria do disco. “O meio ficou incrédulo, mas esta foi a minha grande glória”.

Num sábado de manhã do Verão de 1986, nos estúdios Nas Nuvens, Paulo Junqueiro voltou a encontrar-se com Liminha:

- Quantos anos tem você?
- 26.
- É uma criança! O negócio é o seguinte: já ouvi falar de você mais do que eu gosto. É melhor trabalharmos juntos do que um contra o outro. Quer vir trabalhar aqui no Nas Nuvens?
- Posso pensar?
- NÃO!
- Então quero!

“Rescindi com a Transamérica e fui trabalhar para o estúdio de Liminha, Nas Nuvens, uma bela moradia aos pés do Cristo Redentor, onde estive até 1992, altura em que saí, com Ricardo Garcia, para fundar um estúdio de masterização, que ainda hoje possuo, o Magic Master”.

Não acaba aqui a história fantástica de Paulo Junqueiro no Brasil, onde trabalhou com Tom Jobim, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Skank, O Rappa, Oscar Castro-Neves, Marina Lima, Pedro Luís e a Parede, Daniela Mercury, Milton Nascimento, Sepultura. A lista é invulgarmente extensa.

Num belo dia de Janeiro de 1994, Paulo Junqueiro, que se levantava quase sempre às 3, 4 da tarde (deitava-se altas horas da madrugada ou mesmo já de manhã a trabalhar no disco do seu amigo Tony Platão), encontrou um bilhete da sua empregada junto ao telefone: “telefonou o senhor Beti da Uoni”.

“Beti da Uoni? Que raio é isto?”. Paulo Junqueiro tomou um banho de água fria e raciocinou: “Ah! É o Beto Boaventura, da Warner”.

No dia 01 de Fevereiro de 1994, o português emigrado no Brasil, depois de se ter aconselhado com Frejat, dos Barão Vermelho, - “meu irmão” – assumiu funções como director artístico da Warner, uma das cinco maiores multinacionais discográficas do Mundo.

“O meu maior desgosto na Warner foi não ter conseguido levar Zeca Baleiro para a companhia”, recorda, depois de horas e horas de conversa sobre a sua “aventura brasileira”.

No dia 10 de Setembro de 1998, Paulo Junqueiro é o novo director artístico da EMI portuguesa, em Lisboa. “A minha mulher não se adaptou ao Brasil, o meu filho também não. Fui vítima de um “complot” de mulheres”, confessou, no final de um oportuno rodízio regado a caipirinhas, a escassas dezenas de metros do seu escritório com magnífica vista para o rio Tejo.

Luís Pinheiro de Almeida

PS - Paulo Junqueiro já voltou ao Brasil, sendo actualmente (Janeiro de 2013) presidente da Sony.

JANTAR IÉ-IÉ A 06 DE SETEMBRO


No próximo dia 06 de Setembro, realiza-se na "Passarola", restaurante do Sindicato do Pessoal de Voo da TAP, na avenida Gago Coutinho, 90, em Lisboa, um jantar ié-ié, abrilhantado por Vicky & os Blue-Jeans featuring Daniel Bacelar.

Decididamente a não perder, diria o tonto do Mário Crespo.

O jantar (com ementa excelente) inicia-se às 20H00 e aceitam-se inscrições neste blog até ao dia 31 de Agosto por um preço razoável que não chega aos 30 €.

O restaurante está equipado com um fantástico auditório para este tipo de eventos.

Há baile!

CHRISTMAS MUST BE TONIGHT


Ao contrário do que se possa imaginar, não é estultícia falar do Natal no Verão.

Para já, o Natal é sempre cum gajo quiser, depois, há países em que o Natal é no Verão, finalmente, é no Verão que os artistas entram em estúdio para gravar as suas canções de Natal para vender em Dezembro.

Assim sendo, à volta da cerveja e dos tremoços, falou-se das canções do Natal. Porque não? E uma que recomendo vivamente é a versão a solo de Robbie Robertson de "Christmas Must Be Tonight", incluída na banda sonora de "Scrooged" (1988). Fantástica!

É NATAL


PARLOPHONE LMEP 1214 - edição portuguesa

É Natal - O Trovador - O Amor Mais Puro - O Mundo

NANCY SINATRA & FRIENDS


Este fantástico CD de duetos de Nancy Sinatra custou-me a módica quantia de € 4,56 euros no "Manel".

PJ PROBY


LIBERTY LEP 2253 F - edição francesa

My Prayer - Wicked Man - Rockin' Pneumonia (And The Boogie Woogie Flu) - It's No Good For Me

PJ Proby teve honras de uma Lennon/McCartney, "That Means A Lot" (um outtake de "Help!", 1965) que gravou com George Martin, mas sem grande sucesso.

Imagem de Vicky

JUNTO À LAREIRA


Cortesia de Fernando Baptista

quinta-feira, 24 de julho de 2008

1ª ENTREVISTA DE DYLAN PARA PRESS RELEASE


O Billy vestia à Ivy League como se tivesse acabado de sair de Yale - estatura média, cabelo preto encaracolado. Tinha ar de quem nunca se tinha pedrado na vida, de quem nunca se metera em sarilhos.

Entrei a medo no gabinete dele, sentei-me à frente da secretária e ele tentou arrancar-me alguns factos, como se eu tivesse que lhos dar logo ali e sem mais.

Pegou num bloco de notas e num lápis e perguntou-me de onde é que eu era. Disse-lhe que era do Illinois e ele anotou.

Perguntou-me se já tinha tido outro trabalho e respondi-lhe que já tinha tido uma dúzia de empregos, até conduzira uma vez uma carrinha de padaria.

Anotou tudo e perguntou-me se havia mais alguma coisa. Disse-lhe que já tinha trabalhado nas obras e ele perguntou-me onde.

- Em Detroit.

- Já viajaste um bocado, não?

- Pois.

Perguntou-me àcerca da minha família, de onde eram. Disse-lhe que não fazia ideia, que tinham morrido, há muito tempo.

- Como era a tua vida em casa?

Disse-lhe que tinha sido corrido.

- O que é que o teu pai fazia?

- 'lectricista.

- E a tua mãe, como era?

- Dona de casa.

- Que tipo de música é que tocas?

- Música folk.

Que género de música é a música folk?

Disse-lhe que eram canções que vão passando e se apanham por aí. Detestava este tipo de perguntas. Achei que podia ignorá-las. Billy parecia que tinha dúvidas a meu espeito e cá por mim tudo bem. De resto, não me apetecia responder às perguntas e não sentia necessidade de explicar o que quer que fosse a ninguém.

- Como é que chegaste aqui?

- Vim à boleia num comboio de mercadorias.

- Quer dizer, comboio de passageiros?

- Não, comboio de mercadorias.

- Quer dizer, num vagão de carga?

- Isso, num vagão de carga. Como num comboio de mercadorias.

- Ou isso, num comboio de mercadorias.

"Crónicas - Volume I", Bob Dylan, Ulisseia, 217 págs. €10.49

BOOKER T AND THE MGs


No âmbito da salutar discussão sobre música soul, não gostaria de deixar de salientar os Booker T and the MGs. Quer dizer, tenho dúvidas de que se possa classificar como música negra, mas está lá perto.

O BAILE


QUEM PEDIU UM BONANZA?


MICHAEL JACKSON


Apesar de tudo, não sou tão radical em relação a Michael Jackson. Fez muitas pulhices na vida, mas tem lugar garantido na história da música contemporânea, seja em nome individual, seja integrado nos Jackson 5.

Não, não me esqueço da pulhice da compra do catálogo Lennon/McCartney.

SURF SURF SURF


Se não está aqui tudo, está quase tudo!

Bom, falta "Linda" (Jan & Dean), canção escrita por Jack Lawrence para pagamento de uma dívida a Lee Eastman, advogado norte-americano pioneiro nos direitos de autor, mas sobretudo conhecido por ser pai de Linda McCartney.

AARON NEVILLE


Não sei se se pode exactamente chamar soul à música de Aaron Neville, mas lá que a voz e interpretação são da minha predilecção, lá isso são!

Conhecem a versão dele para "Young And Beautiful" de um dos muitos tributos a Elvis Presley? Fascinante...

MÚSICO PORTUGUÊS SINDICALIZADO


Lindo o pormenor: instrumentista de viola-solo!

CARINHAS LAROCAS (02)


Mais uma carinha laroca dos sixties que não ficou muito bem na capa.