domingo, 11 de outubro de 2015

CROSBY, STILLS AND NASH


Quando nos anos 60 David Crosby (Byrds), Stephen Stills (Buffalo Springfield) e Graham Nash (Hollies) se juntaram estavam longe de pensar que, passado quase meio século, ainda conseguiam encher pavilhões.

Durante parte deste período ainda tiveram como companheiro de viagem o canadiano Neil Young também ele ex-integrante dos Buffalo Springfield.

Tendo sido anunciada uma digressão europeia para este ano, decidi deslocar-me a Oslo, última paragem desta viagem que passou pelo Reino Unido, França, Holanda, Bélgica, Suiça, Itália, Alemanha e Dinamarca.

Como curiosidade, acrescente-se que a viagem desde os EUA até ao velho continente foi feita no navio Queen Mary 2 entre os dias 4 e 11 de Setembro, período durante o qual o trio realizou concertos exclusivos para os viajantes a bordo.

Diga-se de passagem que já James Taylor tinha optado pela mesma solução este ano.

Quanto ao concerto propriamente dito, devo referir que o mesmo decorreu no Spectrum de Oslo, completamente esgotado o que representa uma audiência a rondar as 9.000 pessoas.

Durante cerca de duas horas, com um intervalo de 15 minutos (prefiro os concertos sem quebras - também - nota do editor), foi um desfilar de músicas conhecidas e o anúncio de que continuam a compor novas canções faz supor que mais cedo ou mais tarde deverá ser apresentada nova obra.

Crosby, Stills and Nash (CSN) foram acompanhados no palco por cinco excelentes músicos dos quais destaco o guitarrista, Shane Fontayne, lead guitar de Sting e Bruce Springsteen. Os restantes músicos, Russ Kunkel, Kevin McCormick, Todd Caldwell e James Raymond (produtor e compositor, filho de David Crosby) também já trabalharam com os melhores: James Taylor, Bob Dylan, Stevie Nicks, Jackson Brown, Bonnie Raitt, Bruce Hornsby, etc. Enfim, uma constelação de estrelas.

CSN formam uma das melhores bandas de sempre que influenciou gerações  com temas que, embora antigos, continuam actuais como por exemplo "For What It’s Worth" (tema anti-guerra escrito em 1966) e "Burning For The Buddha" (contra a ocupação do Tibete).

Continuam numa forma admirável com David Crosby fantástico em "Guinnevere", Stephen Stills a mostrar por que é considerado um dos melhores guitarristas de sempre e Graham Nash, que se apresentou descalço, levou os noruegueses (e dois portugueses, digo eu) ao rubro quando se sentou ao piano a tocar "Our House".

Como seria de esperar também "Long Time Gone",  "Helplessly Hoping", "Teach Your Children" e "Suite Judy Blue Eyes" tiveram a preferência do público que no final rendeu uma longa ovação ao grupo.

Pelo meio ainda houve tempo de Graham Nash dedicar uma música à minha noiva que se encontra nos bastidores e David Crosby dedicar um tema à mulher com quem estou casado há mais de 38 anos.

A set list foi a seguinte:

Carry On/Questions
Marrakesh Express
Long Time Gone
I Used To Be A King
Southern Cross
Chicago
Somebody Home
Cathedral
Our House
Déjà Vu
For What It's Worth
Helplessly Hoping
Myself At Last
Girl From the North Country
What Makes It So
Guinnevere
Burning For The Buddha
Virtual World
Love The One You're With
Almost Cut My Hair
Wooden Ships
Teach Your Children
Suite Judy Blue Eyes

Colaboração de Fausto Azul, em Oslo

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