segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

SELECTED BY TESCO


16 comentários:

JC disse...

Marca de importador. Produtor desconhecido. Boas hipóteses de ser um mau vinho.

(S)LB disse...

...vindo do Tesco tb não augura nada de bom, convenhamos!

DANIEL BACELAR disse...

Bem,isto é outra conversa!!!
Não há nada como um bom DÃO!!!

Olha lá Oh(S)LB !!!
Então tu agora escreves em Português???
E eu a pensar que o Blog do Luis se tinha internacionalisado!!!!
FUI BEM LEVADO!!!!!!
SHIT!!!!!

DANIEL BACELAR disse...

AS MINHAS DESCULPAS!!!!
INTERNACIONALIZADO escreve-se com Z

É a tal coisa de um gajo falar várias linguas!!!!!
(a modéstia nunca fêz bem a ninguém!!!)

Anónimo disse...

E que tal, antes que extinga, um Colares de casta ramisco, produção limitadas às vinhas em terrenos arenosos daquela região, raridades que ainda não precisaram de levar enxertos.
A casta, importada de terras gaulesas, remonta ao tempo da formação de Portugal sendo, por isso, o vinho mais francês de Portugal, além de ser um dos mais antigos.
À Vossa Saúde!
Feliz ANO NOVO

JR

JC disse...

Pois, JR, o problema é que é preciso esperar 15 ou 20 anos para o vinho ser bebível e em imobilização de capital isso torna proibitivo o preço do Colares autêntico... Não os bebo há mtºs anos (talvez a última garrafa que me lembro de ter bebido tenha sido no "Fialho", aí por volta de 1987/8) e tb não sei, hoje em dia, comparados com vinhos mais actuais, qual seria a minha reação. E quanto a ser o vinho mais francês de Portugal... França produz vinhos tão diferentes entre si... Acho hoje em dia o Colares apenas uma curiosidade. Pouco mais.
Como deve saber, as vinhas não precisam de ser enxertadas por estarem enterradas na areia (por vezes quase 10m), assim ao abrigo da malfadada filoxera.
À v. saúde!

Anónimo disse...

Caro JC, o longo envelhecimento desse raro tinto é uma extraordinária característica devido às respectivas propriedades,a qualidade de taninos e adstringentes da sua composição.
Nem todos os vinhos conseguem envelhecer tanto, melhorando as suas qualidades.
Suspeito que, a tão propalada substância existente nos tintos, denominada resveratrol, um recente achado para a medicina e ciência, que constitui um poderoso anti-oxidante, regenerador de células, preventor do cancro, exista em quantidades apreciáveis neste vinho.
( Em laboratório consegui-se, num parazo curto, administrando resveratrol, regenerar o sistema cardio-vascular a ratinhos a quem foi induzida prévia cardiopatia).
Por isso - e pela alegria - , até em sentido literal renovo o brinde ...
Á Vossa Saúde!
JR

ié-ié disse...

Uns verdadeiros entendidos!

Cá por mim, soube-me muito bem este Dão/Tesco acompanhando carne irlandesa directamente do matadouro com batatas variedade húngara produzidas num quintal de Clonfanlough, CO Westmeath.

LT

etarra disse...

meus caros. est�o em presen�a de um vinho produzido na regi�o do d�o e, caso desconhe�am, para ter esta denomina�o tem que ser validada pelo comiss�o vitivinicola respectiva.
ao contr�rio do que � dito, o engarrafador est� identificado como tendo o n� 596 e � origin�rio de v. nova de gaia. um sen�o. no r�tulo n�o vem especificado o ano da colheita.� pena que uma certa �lite lisboeta se dedique a exaltar os banais vinhos alentejanos deixando de fora os vinhos produzidos no d�o, na bairrada e tamb�m no douro. ignor�ncia. s�o modas.
bom proveito a quem bebeu esse d�o/tesco.

JC disse...

1º Pertencendo à elite lisboeta (e com mtª honra)não exalto os banais vinhos alentejanos (embora existam alguns que de banal pouco têm: Viegas Louro, Mouchão, Grous, Jorgenssen/Cortes de Cima, etc). Devo mesmo acrescentar que os vinhos do Dão, os que melhor equilíbrio apresentam entre potência e elegância, estão entre os meus favoritos e cito, p. ex., os de Álvaro Castro ou o branco "encruzado" da Sogrape (mas não só).
2º Como sabe - ou deveria saber antes de chamar ignorante aos outros - a denominação de origem, por si só, pouco ou nada garante s/ a qualidade de um vinho. Apenas garante que foi produzido na região c/ as castas autorizadas, aprovado pela CVVR da região e pouco mais. Alguns dos melhores e mais emblemáticos vinhos portugueses nem sequer são DOC, mas "vinhos de mesa", "vinhos regionais", etc. Ex? "Barca Velha", muitos vinhos da Bairrada (Luís Pato e Carlos Campolargo, etc).
3º Quanto à indicação do produtor, juntamente c/ o nome do enólogo, um dos elementos essenciais para a escolha de um vinho, que diz ao consumidor o seu nº? Obviamente, nada.
4º O seu comentário reflecte, de facto, um dos problemas da vitivinicultura portuguesa e das CVVRs: um palavreado burocrático que só dificulta a vida a produtores e despreza os consumidores.
Cumprimentos
JC

(S)LB disse...

Obrigado pela explicação, caro etarra, mas quanto ao sermão, a carapuça não me serve: sou alfacinha, mas no que a mim respeita, não pertenço de nenhuma elite. Contudo, em seu abono, no qu respeita aos vinhos portugueses, apesar de ainda continuar apreciador dos vinhos alentejanos, cada vez mais me inclino para o Dão e Douro - sim, não me esqueço da origem do Rolls Royce / Barca Velha!

No entanto, é minha opinião que o facto de um vinho pertencer a uma região demarcada não lhe confere automaticamente garantia de qualidade.

Creio que todos nós já apanhámos grandes 'barretes' nesse aspecto!

Anónimo disse...

gosto mais de os beber, com ou sem número!

etarra disse...

o que eu quis dizer era tão sòmente que se valorizam demasiado os vinhos alentejanos e se menosprezam os restantes. não há aspirante a crítico que numa lista de 20 vinhos coloque 18 alentejanos.
claro que sei da existência de alguns vinhos bons, mas não são tantos como querem fazer parecer.
estou neste momento a saborear um tinto da quinta vila nova do rêgo, povolide, concelho de viseu. é um misto de de alfrocheiro, jaen, touriga-nacional e aragonês. já não se bebe disto.
http://www.myspace.com/vilanovadorego

Anónimo disse...

E, não existirá mais vida para além dos vinhos (muito interessantes) do Dão e Alentejo ?

Para além dos referidos Colares e Bairrada, ainda terão significado os Alvarinho, os Palmela, até o Lagoa do Algarve, além de, um pouco por todo país, muitas quintas assistidas por enólogos profissionais.

Baco foi generoso com os lusitanos.

"In vino veritas" e, quando ao beber vinho dá para chamar ignorantes e elitistas aos outros, então o vinho, definitivamente, não era bom !

JR

JC disse...

Um ponto de acordo com o etarra: valotizam-se, de facto, demais os vinhos alentejanos.
Um (fortíssimo) em desacordo quando ele se refere ao vinho queestá a beber dizendo "já não se faz disto". Caro etarra: se algo evoluiu de modo notório nos últimos anos (10/15) foi a vitivinicultura portuguesa. Fazem-se hoje muito melhores vinhos e em mtº maior nº do que se faziam há 15 anos. Nesse tempo, para um amador interessado como eu, era possível já ter provado praticamente tudo o que existia e valia a pena. Hoje isso é tarefa só para profissionais.
Caro JR: a propósito dos Lagoa, que não acho nada de especial, tenho provado ultimamente uns tintos algarvios, entre os quais o de Cliff Richard, que me têm surpreendido mtº agradavelmente. Nada a ver c/ aqueles antigos vinhos algarvios mtº alcoólicos e c/ pouco corpo. Se encontrar uma garrafa de Morgado da Torre não deixe de experimentar. Não sei o preço, mas penso é acessível (+ ou - €8, acho)

etarra disse...

reafirmo o que disse quanto ao não se fazer o vinho da maneira que este foi produzido.
além de constarem uvas de uma vinha velha, que posso comprovar, foram todas esmagadas em lagar de pedra com os pés. além disso, foi estabilizado naturalmente. a madeira não foi introduzida no vinho como agora se faz, mas sim o contrário, ou seja, o vinho repousou em pipa. são estes o motivos da minha afirmação.