"Dossier Coimbra 69", António da Cruz Rodrigues, José Maria Marques e Joaquim Maria Marques, Livraria Sampedro Editora, s/data, 234 págs
Faz hoje, 17 de Abril, 40 anos que Alberto Martins, presidente da Associação Académica de Coimbra e actual líder parlamentar do PS, tentou intervir, sem sucesso, na inauguração em Coimbra do edifício das Matemáticas e na presença do então Chefe de Estado, Américo Tomás.
Sua Excelência, Sr. Presidente da República, dá-me licença que use da palavra nesta cerimónia em nome dos estudantes da Universidade de Coimbra?
Foi o início do Maio de 68 português, com quase um ano de atraso.
Tomás hesitou: bem... bem... mas agora fala o Sr. Ministro das Obras Públicas...
Mas logo que Rui Sanches terminou o seu discurso, a mesa levantou-se num ápice e desapareceu protegida pela PIDE/DGS: Américo Tomás (Chefe de Estado), José Hermano Saraiva (ministro da Educação Nacional), Almeida Costa (ministro da Justiça) e Rui Sanches (ministro das Obras Públicas).
A contestação estudantil alargou-se a todas as Universidades portuguesas - nessa altura, só havia em Lisboa, Porto e Coimbra - com greves, prisões, manifestações e encerramentos de Faculdades, incorporações militares forçadas (por isso Rui Pato não acompanhou José Afonso em Londres para a gravação de "Traz Outro Amigo Também"), no que foi um dos mais importantes movimentos de contestação ao regime.
Além de Alberto Martins (presidente), a Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra era também constituída por Osvaldo Castro (também actual deputado do PS), Fernanda Bernarda, Matos Pereira, Celso Cruzeiro (ex-advogado do processo Casa Pia) e José Gil Ferreira.
Esta direcção, eleita pelos estudantes da Academia de Coimbra, viria a ser destituída pelo Ministério da Educação Nacional no início de Agosto de 1969, com excepção das Secções Desportiva e Filatélica.
A direcção foi substituída por uma comissão administrativa constituída pelo secretário da Universidade, pelo administrador das instalações académicas e pelo chefe de contabilidade da Universidade.
Faz hoje, 17 de Abril, 40 anos que Alberto Martins, presidente da Associação Académica de Coimbra e actual líder parlamentar do PS, tentou intervir, sem sucesso, na inauguração em Coimbra do edifício das Matemáticas e na presença do então Chefe de Estado, Américo Tomás.
Sua Excelência, Sr. Presidente da República, dá-me licença que use da palavra nesta cerimónia em nome dos estudantes da Universidade de Coimbra?
Foi o início do Maio de 68 português, com quase um ano de atraso.
Tomás hesitou: bem... bem... mas agora fala o Sr. Ministro das Obras Públicas...
Mas logo que Rui Sanches terminou o seu discurso, a mesa levantou-se num ápice e desapareceu protegida pela PIDE/DGS: Américo Tomás (Chefe de Estado), José Hermano Saraiva (ministro da Educação Nacional), Almeida Costa (ministro da Justiça) e Rui Sanches (ministro das Obras Públicas).
A contestação estudantil alargou-se a todas as Universidades portuguesas - nessa altura, só havia em Lisboa, Porto e Coimbra - com greves, prisões, manifestações e encerramentos de Faculdades, incorporações militares forçadas (por isso Rui Pato não acompanhou José Afonso em Londres para a gravação de "Traz Outro Amigo Também"), no que foi um dos mais importantes movimentos de contestação ao regime.
Além de Alberto Martins (presidente), a Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra era também constituída por Osvaldo Castro (também actual deputado do PS), Fernanda Bernarda, Matos Pereira, Celso Cruzeiro (ex-advogado do processo Casa Pia) e José Gil Ferreira.
Esta direcção, eleita pelos estudantes da Academia de Coimbra, viria a ser destituída pelo Ministério da Educação Nacional no início de Agosto de 1969, com excepção das Secções Desportiva e Filatélica.
A direcção foi substituída por uma comissão administrativa constituída pelo secretário da Universidade, pelo administrador das instalações académicas e pelo chefe de contabilidade da Universidade.
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