quinta-feira, 6 de novembro de 2008

NÉ LADEIRAS


VALENTIM DE CARVALHO/iPLAY - IPV1308-2 - 2008

Húmus Verde - Holoteta - Essência - Alhur (tudo do EP "Alhur") - Tu e Eu - Os Sinos - Hotel Astória - A Aliança - Em Coimbra Serei Tua - Marítima - A Chave - Sonho Azul (tudo do LP "Sonho Azul")

Está finalmente à venda - eu já vi, juro! - a terceira fornada do projecto Do Tempo Do Vinil, uma iniciativa meritória de Jorge Mourinha e Miguel Cadete para a iPlay/Valentim de Carvalho.

Esta terceira fornada é constituída por álbuns de Né Ladeiras (na imagem), Lena D'Água ("Perto De Ti"), Conjunto Académico João Paulo ("Eu Tão Só - Integral Vol. 1 1964-1968") e Roquivários ("Roquivários").

Ex-cantora infantil, ex-Brigada Vítor Jara, ex-Trovante, ex-Banda do Casaco, ex-colaboradora da RDP-Coimbra, ex-recepcionista de um consultório médico na Lusa-Atenas, Né Ladeiras começou a cantar sozinha em 1982 com os Heróis do Mar como banda de estúdio. É o EP "Alhur" incluído nesta nova edição.

É ainda com os Heróis do Mar que é editado em Maio de 1983, o primeiro LP, "Sonho Azul", também aqui incluído, LP influenciado pela música popular dos anos 40 e que a sua autora define como um álbum propositadamente acessível e alegre por oposição à temática algo difícil e triste de "Alhur".

Rui Monteiro, autor das notas do disco, define "Alhur" como uma tontura repentina e insidiosa a que não se resiste e "Sonho Azul" como música para sonhadores românticos deslocados no tempo.

Vai haver quarta fornada? E, se sim, com quem? Será desta uma colectânea ié-ié, ou o Conjunto Mistério? Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos...

6 comentários:

Anónimo disse...

É um vício prazenteiro vir aqui todos os dias e recordar muitas vezes músicas e cantores esquecidos. Depois há ainda o que vem por acréscimo com as intervenções dos comentadores, e as visitas a outros blogues. E assim fui parar ao Youtube e descobri e recordei da minha adolescência, dois nomes, Timi Yuro - Hurt e Johnny Ray -I believe.Tanto dancei ao som destas músicas e quantas saudades desse tempo!. Obrigada por este espaço tão enriquecedor.

Rato disse...

É verdade - parafraseando Rui Veloso, desta vez "o prometido foi devido"! A terceira vaga do "Tempo do Vinil" já está toda disponível nas lojas. Lindissimas edições, como sempre, sendo o habitual senão o já famoso selo da editora. Mas porque insistem em dar-nos "trabalho"?. Estar ali, com todos os cuidados, a retiré-lo, para não danificar a capa.
De todos os pãezinhos quentes desta fornada destaco naturalmente o duplo do Conjunto Académico João Paulo. Vem lá um agradecimento ao autor deste blog e um texto de apresentação, claro e conciso, do João Carlos Calixto. A maioria das "novidades" encontram-se no CD2, que vêm pela primeira vez a sua edição em formato digital.
UM GRANDE E MERECIDO OBRIGADO AOS RESPONSÁVEIS DESTA COLEÇÃO!!!

Rato disse...

Segundo notícias inseridas no próprio blog do "Tempo do Vinil", as perspectivas de continuação não parecem muito animadoras. E será uma verdadeira pena...

Anónimo disse...

A Né Ladeiras é uma excelente cantora, mas é algo imprevísivel

Há alguns anos andava a trabalhar em 3 ou 4 projectos ao mesmo tempo, mas já há muito tempo que não dá notícias

Quem quiser mais sobre a cantora

http://neladeiras.no.sapo.pt/menu.htm

Anónimo disse...

Alguns dos projectos de Né Ladeiras (pelo menos em 2003):

- disco inspirado nas pinturas de Frida Kahlo (pintora mexicana)

- disco de homenagem à escritora Isabelle Eberhardt (escritora convertida ao Islão, autora de "Escritos no Deserto") (edição de um disco sobre o deserto “que é uma outra forma de mar para os árabes, vou abordar esta linguagem do deserto).

- disco de cantares profanos e religiosos (cantares pagãos e religiosos)

- disco de recolhas de cantares da Beira Baixa

- “Mais Perto de algum Lugar: «Esta aventura começa com um sonho. “Resgatar” o nosso jeito musical, “Iberizar” o som tropicália e da bossa, invertê-la, vesti-la, torná-la próxima de nós e fazer a viagem ao contrário. O Brasil descobre Portugal, esgravata na terra as sementes que lhe foram lançadas deste lado do oceano».

Né Ladeiras reconhece que demora muito tempo a fazer os seus trabalhos e a entrar em estúdio, precisamente porque tem sempre que fazer uma pesquisa, o que leva o seu tempo, obviamente (Reconquista)

Rato disse...

Sou franco, como sempre: já ouvi e não gostei lá muito deste disco.