Se ao longo dos anos “Let It Be” ficou sempre ligado à tristeza da separação, quando foi editado, em princípios do mês de Maio de 1970, ainda não tinha o estigma das coisas definitivas. Apesar do próprio Paul McCartney ter afirmado, apenas quinze dias antes, de que «os Beatles já não existiam como grupo», nenhum dos seus fans incondicionais acreditava muito nisso. Aquilo era mais um arrufo, um mal-entendido que rapidamente seria esquecido logo que um novo album saisse cá para fora. Não saíu! Nem naquele nem nos anos seguintes. No meu caso, como decerto na grande maioria dos casos, levei dez anos a tentar convencer-me do irremediável. E só o desaparecimento físico do Lennon teve o condão de me conduzir à crueldade das certezas: o sonho tinha mesmo acabado. Por isso as lágrimas que fui impotente para reter nessa altura, as minhas primeiras lágrimas de adulto, foram também de raiva, por ter sido “enganado” tantos anos a fio. Estas quatro imagens têm por isso um significado que transcende a simples capa de um album. Nelas se acaba a inocência e começa a realidade.
Os Beatles, foram de facto um grupo de grande vulto, na música pop. Na altura em que se desfizeram, nem tinha bem a noção disso, porque não conhecia os trabalhos anteriores, a não ser algumas canções que entravam no mainstream dos media, como clássicos: Love me do, Yesterday, Yellow Submarine, ob la di, ob la da, Help, Penny Lane, Hey Jude, Something. Já são muitas, mas não eram todas as que valia a pena conhecer e só as conheci, alguns anos depois, com a reedição dos discos que não tinha ouvido antes.
A Valentim de Carvalho reeditou-os logo no início dos oitenta e depois veio a era do cd que permitiu o conhecimento de tudo o que foi publicado pelo quarteto.
Para mim, a relevância fundamental dos Beatles, vista com a distância deste tempo de mais de vinte ou trinta anos, reside nisto:
Os Beatles eram, acima de tudo o mais, músicos. Todos, incluindo Ringo Starr que nas últimas entrevistas confessou que não passa sem tocar nas baquetas da bateria, ainda hoje.
Depois, eram compositores com interesse e sabedoria nisso. Basta ver as fotos de Lennon e McCartney, em estúdio ou em trabalho de composição, para perceber instantaneamente o prazer que isso lhes daria. Compor uma cançoneta, tendo inspiração para tal e talento correspondente, é como qualquer outro trabalho criativo ( por exemplo escrever em blogs coisas pessoais e novas), altamente recompensador em prazer espiritual.
A seguir, com o talento e inspiração, as cançonetas dos Beatles, traduziam realidades oníricas, e ao mesmo tempo, de fantasia e também de ligação à terra e ao tempo de então.
As melodias, harmonias, ritmos e compassos, quase todos eram de qualidade suficiente para provocarem adesão imediata do ouvinte.
Ouvir o Álbum Branco de 68, numa composição como Piggies, é um regalo minimalista. A melodia, acompanhada pelo clavicórdio antigo, só lembraria a quem tem da música uma noção profunda e clássica. E é isso que releva de toda a música dos Beatles: o classicismo ligeiro, com um bónus suplementar que é o das letras comprometidas com a poesia e a intervenção social dos inconformistas.
Hoje em dia, não há disso. Nem há classicismo ligeiro, e muito menos letristas comprometidos em abalar costumes ou regras sociais.
Salvo erro, José, acho que nós os dois fazemos apenas três anos de diferença (tu estás com 51, não é?). Se esta aritmética corresponde à verdade, e recuando àqueles tempos, custa-me um pouco a acreditar que só tenhas começado a descobrir o conjunto em 1970, com 14 anos. No meu caso pessoal o "grande encontro imediato de 4º grau" deu-se aos 11 anos, quando comprei o meu 1º album, o "Beatles For Sale". Até aí também só tinha os discos pequenos, de 45 rotações. Mas depois foi a caminhada junta,durante cerca de 6 anos. E isso foi a coisa mais importante que os Fab Four significaram para mim. Músicos e letristas à parte, mesmo com toda a inquestionável qualidade que se lhes reconhece, foi o facto de eles me terem ajudado a crescer que teve toda a relevância. E isso não se esquece nunca.
Meu caro, foi assim. Até aos 14 anos só jurava pela Nona de Beethoven e pelo piano com o método Czerny e ainda pelo canto coral em polifonia, por causa dos efeitos de lavagem cerebral sofridos num certo sítio que frequentava desde os 11, em Braga.
Sítio, aliás de que guardo boas recordações, tanto das pessoas como do lugar. Fui colega do Domingos Névoa, por exemplo. Ele não sabe, nem precisa de saber, porque o Domingos da Bragaparques, tem sido fustigado em escritos meus, noutro local. Mas não é pessoal, claro.
Assim, apenas em 1970, com a audição de Let it Be e os discos a solo dos quatro Beatles, os fui descobrindo. Antes disso, havia música, para mim, mas era sinfónica, erudita, clássica.
Lembro-me bem de ouvir em silêncio religioso, uma sinfonia de Dvorak ( a do Novo Mundo) e o mentor, comentar que a música era aquilo, ao mesmo tempo que fazia referências muito desprimorosas aos Beatles e ao Obladi-oblada. Precisamente a esta.
Muito pouco tempo depois, deixei de ouvir a erudita e virei-me para a popular, por causa dos Creedence Clearwater Revival, de Proud Mary e Have you ever seen the rain. Mais que os Beatles, foram os CCR os fautores da mudança de agulha.
Até hoje, em que consigo conciliar as cantatas de Bach com a country de Don Williams, sobre quem acabei agora mesmo de escrever.
E há uma coisa muito importante:
O meu pai não tinha gira discos, em casa e o dinheiro que me dava, nessa altura era para livros ( sobre a Segunda Guerra Mundial, por exemplo e biografias de grandes figuras, como por exemplo Thomas Alva Edison)) e ainda revistas de bd que também então comecei a coleccionar. E para a Flama e a Vida Mundial. Não dava para tudo...
O que guardo de mais relevante da minha infância e saída para a adolescência é essa sede de conhecimento de tudo o que mexia culturalmente.
Desde os 11 que agarrei em almanaques ( das Selecções e do Século e ainda os da Bertrand) e lia aquilo com sefreguidão. Cheguei a decorar os nomes dos vinte primeiros papas. Os nomes dos prémios Nobel e coisas assim.
Até uma revista de arquitectura que então saía, intitulada Artes & LEtras, salvo erro, comprei. Para quê? Por causa do nome da capa. Gropius. Achei aquilo o máximo. Gropius e o conceito de arquitectura.
Já adivinhaste, por esta altura que sou um perfeito e assumido diletante. De tudo. Leio de tudo. Lia de tudo e devorei quase tudo o que me aparecia com interesse. Por exemplo, vidas de santos. Sim. Vidas de Santos em livro. Por exemplo a de Santa Teresinha do Menino Jesus e de S. João Bosco. Depois vi um livro sobre escutismo que ensinava a fazer cabanas e a dormir ao ar livre. Ora isso, levou-me a interessar-me por Baden Powell e comprei o Escutismo para Rapazes e a biografia do tipo. A foram coisas como estas que me conduziram aqui, desde os 11 anos, a relacionar tudo e mais alguma coisa, incluindo música popular. Sem pretensões de espécie alguma. Agora, por vezes, até a Scientific American leio. E a Seed. E a Science & Vie. E também a Absolute Sounds. E ainda a New Yorker. E a Atlantic que assino. E outras ainda mais.
Nem sei como tenho tempo para tudo. Mas tenho. E não esqueço o importante. Por exemplo, à medida que escrevo isto, tenho aqui em casa um grupo de meia dúzia de catraios que querem fazer uma peça incluindo um tele-jornal, com relatos directos da ONU. E daqui a bocado vou fazer-lhes o lanche...
Encontro vários pontos em comum com a vivência do José. Até no diletantismo. E na quantidade e variedade de leituras a que se dedica. O problema é que ele deve ter bastante mais energia do que eu... ainda faz o lanche a meia-dúzia de catraios?!?
Infelizmente, ou talvez não, tenho uma certa tendência para a inércia. Ou antes, para o ócio.
Meia dúzia de catraios...mas não são todos meus. Minha, é apenas uma pequena, agora com 11 anos e que reuniu em casa os outros colegas de turma, para organizarem uma reportagem simulada, de tv, através dos meios que as novas tecnologias proporcionam ( leia-se câmaras digitais, processamento em computador e simulação de cenários).
Estão a ver o panorama: meia dúzia de catraios, barulho em barda, escrita em vários lugares, experiência dom cenários, roupas, etc etc.
Depois, o lanche que é de rigor. Também não é assim grande problema: umas sandes mistas preparadas em casa, umas bebidas a condizer, uns bolitos e já está. Quer dizer, já está tudo desarrumado... Mas não tem problema, porque é um prazer ver a alegria dos miúdos a fazerem coisas criativas.
Quanto ao resto, costumo fazer as coisas em multi-tasking quando o assunto o permite. Por exemplo, agora. Ler umas coisas por alto, decidir outras e escrever aqui. Às vezes, não permite. Nessa altura, fecho a "task".
Pois é, o grande ABBEY ROAD foi mesmo a OBRA-PRIMA final. O "Let It Be". por razões hoje sobejamente conhecidas, foi sendo retido "na fonte" e só viu a luz do dia em 8 de Maio de 1970, cerca de um ano depois de ter sido gravado. Só que na altura a informação não era assim muita e para todos nós o último album dos Beatles foi o "Let It Be". E na práctica foi mesmo assim, pois foi o último a chegar-nos às mãos.
pois sim, mr mouse, mas o abbey road, gravado depois do let it be, mostra os beatles em grande força criativa e inovadora.... sem quaisquer sinais de desagregação. e com uma das primeiras gravaçoes a usar o moog
14 comentários:
Se ao longo dos anos “Let It Be” ficou sempre ligado à tristeza da separação, quando foi editado, em princípios do mês de Maio de 1970, ainda não tinha o estigma das coisas definitivas.
Apesar do próprio Paul McCartney ter afirmado, apenas quinze dias antes, de que «os Beatles já não existiam como grupo», nenhum dos seus fans incondicionais acreditava muito nisso. Aquilo era mais um arrufo, um mal-entendido que rapidamente seria esquecido logo que um novo album saisse cá para fora. Não saíu! Nem naquele nem nos anos seguintes. No meu caso, como decerto na grande maioria dos casos, levei dez anos a tentar convencer-me do irremediável. E só o desaparecimento físico do Lennon teve o condão de me conduzir à crueldade das certezas: o sonho tinha mesmo acabado. Por isso as lágrimas que fui impotente para reter nessa altura, as minhas primeiras lágrimas de adulto, foram também de raiva, por ter sido “enganado” tantos anos a fio.
Estas quatro imagens têm por isso um significado que transcende a simples capa de um album. Nelas se acaba a inocência e começa a realidade.
Os Beatles, foram de facto um grupo de grande vulto, na música pop. Na altura em que se desfizeram, nem tinha bem a noção disso, porque não conhecia os trabalhos anteriores, a não ser algumas canções que entravam no mainstream dos media, como clássicos: Love me do, Yesterday, Yellow Submarine, ob la di, ob la da, Help, Penny Lane, Hey Jude, Something. Já são muitas, mas não eram todas as que valia a pena conhecer e só as conheci, alguns anos depois, com a reedição dos discos que não tinha ouvido antes.
A Valentim de Carvalho reeditou-os logo no início dos oitenta e depois veio a era do cd que permitiu o conhecimento de tudo o que foi publicado pelo quarteto.
Para mim, a relevância fundamental dos Beatles, vista com a distância deste tempo de mais de vinte ou trinta anos, reside nisto:
Os Beatles eram, acima de tudo o mais, músicos. Todos, incluindo Ringo Starr que nas últimas entrevistas confessou que não passa sem tocar nas baquetas da bateria, ainda hoje.
Depois, eram compositores com interesse e sabedoria nisso. Basta ver as fotos de Lennon e McCartney, em estúdio ou em trabalho de composição, para perceber instantaneamente o prazer que isso lhes daria. Compor uma cançoneta, tendo inspiração para tal e talento correspondente, é como qualquer outro trabalho criativo ( por exemplo escrever em blogs coisas pessoais e novas), altamente recompensador em prazer espiritual.
A seguir, com o talento e inspiração, as cançonetas dos Beatles, traduziam realidades oníricas, e ao mesmo tempo, de fantasia e também de ligação à terra e ao tempo de então.
As melodias, harmonias, ritmos e compassos, quase todos eram de qualidade suficiente para provocarem adesão imediata do ouvinte.
Ouvir o Álbum Branco de 68, numa composição como Piggies, é um regalo minimalista. A melodia, acompanhada pelo clavicórdio antigo, só lembraria a quem tem da música uma noção profunda e clássica.
E é isso que releva de toda a música dos Beatles: o classicismo ligeiro, com um bónus suplementar que é o das letras comprometidas com a poesia e a intervenção social dos inconformistas.
Hoje em dia, não há disso. Nem há classicismo ligeiro, e muito menos letristas comprometidos em abalar costumes ou regras sociais.
Salvo erro, José, acho que nós os dois fazemos apenas três anos de diferença (tu estás com 51, não é?). Se esta aritmética corresponde à verdade, e recuando àqueles tempos, custa-me um pouco a acreditar que só tenhas começado a descobrir o conjunto em 1970, com 14 anos. No meu caso pessoal o "grande encontro imediato de 4º grau" deu-se aos 11 anos, quando comprei o meu 1º album, o "Beatles For Sale". Até aí também só tinha os discos pequenos, de 45 rotações. Mas depois foi a caminhada junta,durante cerca de 6 anos. E isso foi a coisa mais importante que os Fab Four significaram para mim. Músicos e letristas à parte, mesmo com toda a inquestionável qualidade que se lhes reconhece, foi o facto de eles me terem ajudado a crescer que teve toda a relevância. E isso não se esquece nunca.
Meu caro, foi assim. Até aos 14 anos só jurava pela Nona de Beethoven e pelo piano com o método Czerny e ainda pelo canto coral em polifonia, por causa dos efeitos de lavagem cerebral sofridos num certo sítio que frequentava desde os 11, em Braga.
Sítio, aliás de que guardo boas recordações, tanto das pessoas como do lugar. Fui colega do Domingos Névoa, por exemplo. Ele não sabe, nem precisa de saber, porque o Domingos da Bragaparques, tem sido fustigado em escritos meus, noutro local. Mas não é pessoal, claro.
Assim, apenas em 1970, com a audição de Let it Be e os discos a solo dos quatro Beatles, os fui descobrindo.
Antes disso, havia música, para mim, mas era sinfónica, erudita, clássica.
Lembro-me bem de ouvir em silêncio religioso, uma sinfonia de Dvorak ( a do Novo Mundo) e o mentor, comentar que a música era aquilo, ao mesmo tempo que fazia referências muito desprimorosas aos Beatles e ao Obladi-oblada. Precisamente a esta.
Muito pouco tempo depois, deixei de ouvir a erudita e virei-me para a popular, por causa dos Creedence Clearwater Revival, de Proud Mary e Have you ever seen the rain. Mais que os Beatles, foram os CCR os fautores da mudança de agulha.
Até hoje, em que consigo conciliar as cantatas de Bach com a country de Don Williams, sobre quem acabei agora mesmo de escrever.
E há uma coisa muito importante:
O meu pai não tinha gira discos, em casa e o dinheiro que me dava, nessa altura era para livros ( sobre a Segunda Guerra Mundial, por exemplo e biografias de grandes figuras, como por exemplo Thomas Alva Edison)) e ainda revistas de bd que também então comecei a coleccionar. E para a Flama e a Vida Mundial.
Não dava para tudo...
O que guardo de mais relevante da minha infância e saída para a adolescência é essa sede de conhecimento de tudo o que mexia culturalmente.
Desde os 11 que agarrei em almanaques ( das Selecções e do Século e ainda os da Bertrand) e lia aquilo com sefreguidão. Cheguei a decorar os nomes dos vinte primeiros papas. Os nomes dos prémios Nobel e coisas assim.
Até uma revista de arquitectura que então saía, intitulada Artes & LEtras, salvo erro, comprei. Para quê? Por causa do nome da capa. Gropius. Achei aquilo o máximo. Gropius e o conceito de arquitectura.
Já adivinhaste, por esta altura que sou um perfeito e assumido diletante.
De tudo. Leio de tudo. Lia de tudo e devorei quase tudo o que me aparecia com interesse. Por exemplo, vidas de santos. Sim. Vidas de Santos em livro. Por exemplo a de Santa Teresinha do Menino Jesus e de S. João Bosco.
Depois vi um livro sobre escutismo que ensinava a fazer cabanas e a dormir ao ar livre. Ora isso, levou-me a interessar-me por Baden Powell e comprei o Escutismo para Rapazes e a biografia do tipo.
A foram coisas como estas que me conduziram aqui, desde os 11 anos, a relacionar tudo e mais alguma coisa, incluindo música popular.
Sem pretensões de espécie alguma.
Agora, por vezes, até a Scientific American leio. E a Seed. E a Science & Vie. E também a Absolute Sounds.
E ainda a New Yorker. E a Atlantic que assino. E outras ainda mais.
Nem sei como tenho tempo para tudo. Mas tenho. E não esqueço o importante. Por exemplo, à medida que escrevo isto, tenho aqui em casa um grupo de meia dúzia de catraios que querem fazer uma peça incluindo um tele-jornal, com relatos directos da ONU.
E daqui a bocado vou fazer-lhes o lanche...
UFAAAAA!!!!
Puxa! Eu entretinha-me muito com o "Almanaque do Porto". Ainda tenho alguns exemplares.
LT
Encontro vários pontos em comum com a vivência do José. Até no diletantismo. E na quantidade e variedade de leituras a que se dedica. O problema é que ele deve ter bastante mais energia do que eu... ainda faz o lanche a meia-dúzia de catraios?!?
Infelizmente, ou talvez não, tenho uma certa tendência para a inércia. Ou antes, para o ócio.
Meia dúzia de catraios...mas não são todos meus.
Minha, é apenas uma pequena, agora com 11 anos e que reuniu em casa os outros colegas de turma, para organizarem uma reportagem simulada, de tv, através dos meios que as novas tecnologias proporcionam ( leia-se câmaras digitais, processamento em computador e simulação de cenários).
Estão a ver o panorama: meia dúzia de catraios, barulho em barda, escrita em vários lugares, experiência dom cenários, roupas, etc etc.
Depois, o lanche que é de rigor. Também não é assim grande problema: umas sandes mistas preparadas em casa, umas bebidas a condizer, uns bolitos e já está. Quer dizer, já está tudo desarrumado...
Mas não tem problema, porque é um prazer ver a alegria dos miúdos a fazerem coisas criativas.
Quanto ao resto, costumo fazer as coisas em multi-tasking quando o assunto o permite.
Por exemplo, agora. Ler umas coisas por alto, decidir outras e escrever aqui.
Às vezes, não permite. Nessa altura, fecho a "task".
mas o let it be não foi o último álbum!!!! o último foi mesmo o abbey road.... não é assim luis titá?
Pois é, o grande ABBEY ROAD foi mesmo a OBRA-PRIMA final. O "Let It Be". por razões hoje sobejamente conhecidas, foi sendo retido "na fonte" e só viu a luz do dia em 8 de Maio de 1970, cerca de um ano depois de ter sido gravado. Só que na altura a informação não era assim muita e para todos nós o último album dos Beatles foi o "Let It Be". E na práctica foi mesmo assim, pois foi o último a chegar-nos às mãos.
pois sim, mr mouse, mas o abbey road, gravado depois do let it be, mostra os beatles em grande força criativa e inovadora.... sem quaisquer sinais de desagregação.
e com uma das primeiras gravaçoes a usar o moog
E o primeiro solo de Ringo, após tantos anos!
LT
"Let It Be" foi gravado de Janeiro a Abril de 1969 e editado no dia 08 de Maio de 1970 (a versão com caixa e livro).
"Abbey Road" foi gravado entre Abril e Agosto de 1969 e editado a 26 de Setembro de 1969.
Agora, há quem considere as colectâneas "vermelha" e "azul" como os primeiros álbuns dos Beatles, porque foram os primeiros que ouviram.
Cá para mim, o que interessa é que ouçam!!!
LT
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