ZIP-ZIP - ZIP 10 027/E
Oh Pastor Que Choras - Mendigo II - Vento Irado - Cala Os Olhos Vagabundo
Oh Pastor Que Choras - Mendigo II - Vento Irado - Cala Os Olhos Vagabundo
Levo muita bagagem na minha viagem e eu não queria, queria ir mais leve, queria olhar para outras coisas, nuvens, céu cinzento, conhecer mais de perto o tempo, mas levo a viola, computador, telemóvel, sonhos e mais sonhos...
Então existe como a dôr do apego que faz medo este querer me libertar de tudo.
Trago tanta bagagem na minha viagem que o que mais queria afinal era só chegar à outra margem e continuar a amar o MUNDO.
Escrevi agora e quem sabe o possa musicar. Dedico-o ao meu amigo Luis e à sua sensibilidade.
Para todos um obrigado.
José Almada
Então existe como a dôr do apego que faz medo este querer me libertar de tudo.
Trago tanta bagagem na minha viagem que o que mais queria afinal era só chegar à outra margem e continuar a amar o MUNDO.
Escrevi agora e quem sabe o possa musicar. Dedico-o ao meu amigo Luis e à sua sensibilidade.
Para todos um obrigado.
José Almada
5 comentários:
O que me espanta na música de José Almada é a simbiose entre as palavras escolhidas em poemas de luxo e a música simples, mas adequada a essas palavras raras.
Quem é que alguma vez escreveu um texto como o de Homenagem:
Rufaram tambores
Canhões graves troaram
E pálidos senhores
em volta desfilaram
Quem é que falava em tocheiros, coroas sumptuosas, de cravos, glícinias e de rosas?
E tudo isto para ilustrar a imagem cantada de um...funeral?
O ambiente da música de José Almada tem uma comparação, para mim: Poe. Edgar Allan Poe. E Pessoa traduziu Poe: O Corvo, sobre a mesma temática.
E quem diz Poe e Pessoa, diz séc XIX. A música de José Almada equivale a um conto de Camilo, nessa cantiga.
A música de Almada canta-se e diz-se em português antigo que ainda é melhor. Bem português, como por exemplo os da Filarmónica Fraude sabiam compor, com os animais de estimação ou a Banda do Casaco depois com Dos benefícios de um vendido que se calhar o José Almada nem conhece.
Essa música portuguesa, merece toda a atenção dos media de qualidade- e tem tão pouca.
O que me espanta na música de José Almada é a simbiose entre as palavras escolhidas em poemas de luxo e a música simples, mas adequada a essas palavras raras.
Quem é que alguma vez escreveu um texto como o de Homenagem:
Rufaram tambores
Canhões graves troaram
E pálidos senhores
em volta desfilaram
Quem é que falava em tocheiros, coroas sumptuosas, de cravos, glícinias e de rosas?
E tudo isto para ilustrar a imagem cantada de um...funeral?
O ambiente da música de José Almada tem uma comparação, para mim: Poe. Edgar Allan Poe. E Pessoa traduziu Poe: O Corvo, sobre a mesma temática.
E quem diz Poe e Pessoa, diz séc XIX. A música de José Almada equivale a um conto de Camilo, nessa cantiga.
A música de Almada canta-se e diz-se em português antigo que ainda é melhor. Bem português, como por exemplo os da Filarmónica Fraude sabiam compor, com os animais de estimação ou a Banda do Casaco depois com Dos benefícios de um vendido que se calhar o José Almada nem conhece.
Essa música portuguesa, merece toda a atenção dos media de qualidade- e tem tão pouca.
A música de José Almada, para mim, é genial. Tanto como a dos Beatles, dos Creedence ou de Bob Dylan.
Ou de Maxime Le Forestier ou Paco Ibañez ou Patxi Andión ou Milton Nascimento.
Bom Natal
Que esse sentimento de paz e amor sejam mais fortes e o homem penda mais um bocadinho para o bem.
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