Aproxima-se o Dia de Finados e lembro-me que nessa altura, em Coimbra, nos anos 60, à falta de abóboras, arranjávamos caixas de sapatos, acendíamos uma vela e andávamos de porta em porta pelas casas do Bairro Marechal Carmona cantando:
bolinhinhos e bolinhós
para mim e para vós
para dar aos finados (sepultados)
que estão mortos e enterrados
à porta da bela cruz
truz truz
ó senhora que está lá dentro
sentada num banquinho
faz favor de vir cá fora
p'ra nos dar um bolinhinho (ou tostãozinho)
Se a resposta fosse positiva:
esta casa cheira a vinho
Se a resposta fosse positiva:
esta casa cheira a vinho
aqui mora um anjinho (santinho)
esta casa cheira a broa
aqui mora gente boa
Se a resposta fosse negativa:
ferrão, ferrão
Se a resposta fosse negativa:
ferrão, ferrão
esta casa vai ao chão
esta casa cheira a unto
aqui mora algum defunto
tráz tráz
tráz tráz
aqui mora o Satanás
esta casa cheira a alho
esta casa cheira a alho
aqui mora um espantalho
esta casa cheira mal
esta casa cheira mal
aqui mora um animal
Levava-se também a saca do pão (das Mães) para guardar as oferendas.
LPA
Levava-se também a saca do pão (das Mães) para guardar as oferendas.
LPA
2 comentários:
Curiosa, a lenga-lenga.
Foi de memória ou de arquivo?
de memória, minha e dos meus irmãos, anotei num caderninho...
LPA
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