sexta-feira, 23 de setembro de 2016

HAVANA MOON


1 comentário:

Anónimo disse...

De uma penada, apresentam-se no grande ecran três filmes consistentes em reproduções de actuações “live” explorando os progressos técnicos do som nas salas acompanhando as projecções de fontes digitais sendo expectável projecções em Imax e audição em múltiplos canais.
A saber,
The Beatles: Eight Days a Week
Rolling Stones : Havana Moon
e até o “crooner” canadiano 'Michael Bublé : Tour Stop 148

As indústrias fonográfica e cinematográfica, unidas nas companhias que detêm ambas, parecem apostar forte na reprodução do “live” em sala de cinema. E diga-se em abono da verdade que a reprodução de um ambiente “live” em sala dotada das condições técnicas adequadas, pode excepcionalmente ser mais gratificante do que estar sentado numa lateral atrasada num estádio de futebol a ver, por exemplo, os Stones por binóculos e ouvir um som completamente distorcido em função da localização do espectador, o que é de ficar realmente “stoned” ou “eight days weak”.

Se o filão resultar não faltará muito para recorrer-se à holografia e ao tridimensional e até à reprodução online de um determinado concerto a ocorrer no momento em outra parte do globo, usando a sala de cinema como uma extensão do espaço real onde aquele ocorre, concorrendo pois com os filmes de super-heróis, animação, maus vs bons, comédias românticas, terrores e suores, apocalipses, enfim, vira o disco e toca o mesmo do costume aplicado ao cinema, só mudando os nomes. É que o “cinema” de qualidade do presente mudou-se de armas e bagagens para o quase grande écran dos LCD (s) e LED(s) caseiros por via das séries da TV. Não é por acaso que a cerimónia dos “Emmys” começa a ganhar terreno à dos “Oscars”

Recorrendo ao baú da memória, ficaram inesquecíveis o “Last Waltz” de Scorsese exibido no cinema Vox, na altura o supra sumo da inovação do som em cinema luso, e o “Rust Never Sleeps” com Neil Young & Crazy Horse.

JR