Pois estive lá e comprei o disco. E ouvi alguns textos em modo de poesia recitados por dois escritores e pelo próprio António Manuel Ribeiro, também um excelente diseur, diga-se de passagem.
Sempre gostei do timbre da voz de António Manuel Ribeiro e as suas músicas lembram-me Neil Young porque são de acordes simples mas muito eficazes na melodia.
Não tive oportunidade de lho dizer mas desde "Cavalos de Corrida", ainda da década de setenta, segundo julgo, que certas composições de António Manuel Ribeiro são desconcertantes pelo lado positivo da surpresa.
"Foge comigo Maria, já!" é um tema cantado com os gg aprisionados pela dicção e que tornam essa cantiga singular. E há mais assim, na obra de AMR que não lembro agora, mas permitem-me dizer que é dos artistas mais personalizados da nossa MPP. E depois há outra coisa que interessa dizer: para além do profissionalismo musical, AMR não se porta como vedeta. Lembra-me um pouco Ray Davies dos Kinks que na entrevista à Uncut deste mês, mostra esse lado descomprometido com a irrealidade do vedetismo. E por isso é que cantou "If my friends could see me now..." numa altura de deslumbre geral rocknroliano.
3 comentários:
É preciso levar o convite?
Presumo que não. Faz um print. Eu, infelizmente, não posso ir.
LT
Pois estive lá e comprei o disco. E ouvi alguns textos em modo de poesia recitados por dois escritores e pelo próprio António Manuel Ribeiro, também um excelente diseur, diga-se de passagem.
Sempre gostei do timbre da voz de António Manuel Ribeiro e as suas músicas lembram-me Neil Young porque são de acordes simples mas muito eficazes na melodia.
Não tive oportunidade de lho dizer mas desde "Cavalos de Corrida", ainda da década de setenta, segundo julgo, que certas composições de António Manuel Ribeiro são desconcertantes pelo lado positivo da surpresa.
"Foge comigo Maria, já!" é um tema cantado com os gg aprisionados pela dicção e que tornam essa cantiga singular.
E há mais assim, na obra de AMR que não lembro agora, mas permitem-me dizer que é dos artistas mais personalizados da nossa MPP.
E depois há outra coisa que interessa dizer: para além do profissionalismo musical, AMR não se porta como vedeta.
Lembra-me um pouco Ray Davies dos Kinks que na entrevista à Uncut deste mês, mostra esse lado descomprometido com a irrealidade do vedetismo.
E por isso é que cantou "If my friends could see me now..." numa altura de deslumbre geral rocknroliano.
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