E foi emocionante, devo confessá-lo. Foi no dia 18 de Julho de 1991 em Guadalajara, México, na I Cimeira Ibero-Americana.
Portugal estava representado por Mário Soares (Presidente da República) e Cavaco Silva (Primeiro-Ministro), o que deu origem às habituais confusões.
Na sessão de abertura da Cimeira, houve um apagão e instalou-se um mini-caos à boa maneira latina.
Aproveitando a confusão, eu e outros jornalistas (latinos, claro) conseguimos chegar junto a Fidel e eu chutei a pergunta-provocação de improviso: "quando há eleições livres em Cuba?".
O que eu queria era fazer uma pergunta a Fidel - não importa qual e, naquela confusão, foi a que me ocorreu - e queria que Fidel me respondesse, não importa como, o que fez:
"Desde quando é que as eleições não são livres em Cuba?".
Chorei de alegria e de emoção. Fidel tinha respondido a uma pergunta minha!
Costumo dizer que vivi três situações em que verdadeiramente senti o peso da História: nas Pirâmides de Gizé, na sala do Conselho de Segurança da ONU e junto a Fidel.
Portugal estava representado por Mário Soares (Presidente da República) e Cavaco Silva (Primeiro-Ministro), o que deu origem às habituais confusões.
Na sessão de abertura da Cimeira, houve um apagão e instalou-se um mini-caos à boa maneira latina.
Aproveitando a confusão, eu e outros jornalistas (latinos, claro) conseguimos chegar junto a Fidel e eu chutei a pergunta-provocação de improviso: "quando há eleições livres em Cuba?".
O que eu queria era fazer uma pergunta a Fidel - não importa qual e, naquela confusão, foi a que me ocorreu - e queria que Fidel me respondesse, não importa como, o que fez:
"Desde quando é que as eleições não são livres em Cuba?".
Chorei de alegria e de emoção. Fidel tinha respondido a uma pergunta minha!
Costumo dizer que vivi três situações em que verdadeiramente senti o peso da História: nas Pirâmides de Gizé, na sala do Conselho de Segurança da ONU e junto a Fidel.
2 comentários:
Quem sente o peso da história e transportou durante tantos anos o virutoso fardo de dela ser fiel testemunha e transparente relator tem como obrigação escrever memórias LT!! Partilhar o que sabemos (e o que já vivemos) é a humilde - porque humana - forma de atingir a imortalidade. Força, pá!!! Escreve!! Abraço!
És um amigão! Abraço!
LT
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