Este é um exemplo de censura do PCP num texto da agência ANOP sobre um plenário da CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal) realizado em Braga durante o PREC (Processo Revolucionário Em Curso).
A ANOP era então controlada pelos militantes do PCP Fernando Cascais e Renato Soares, este último de nacionalidade brasileira.
O primeiro é agora director e presidente do conselho técnico-pedagógico do CENJOR (Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas), vejam lá!
O segundo deve ter regressado ao seu país depois de fracassada a sua missão internacionalista.
A imagem mostra apenas uma parte do texto longamente censurado pelo PCP.
A ANOP era então controlada pelos militantes do PCP Fernando Cascais e Renato Soares, este último de nacionalidade brasileira.
O primeiro é agora director e presidente do conselho técnico-pedagógico do CENJOR (Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas), vejam lá!
O segundo deve ter regressado ao seu país depois de fracassada a sua missão internacionalista.
A imagem mostra apenas uma parte do texto longamente censurado pelo PCP.
3 comentários:
não se pode dizer que a missão internacionalista do renato soares tenha fracassado - foi o tipo mais provocador que conheci e estava em lisboa para, no tempo da guerra fria, no âmbito de uma estratégia mais global, entregar as colónias portuguesas à esfera soviética, e isso foi conseguido. quanto a transformar este quintal ocidental em albânia, nem sequer o pcp era assim tão estúpido...
quanto ao fernando cascais, a sua aproximação ao psd, quando este passou pela primeira vez pelo poder, indiciava o virar de página que depois se consumou. o mais interessante é os seus (antigos?)camaradas nunca o terem atacado.
fernando correia de oliveira
O zelo de que dão mostras é enternecedor! Não será absurdo supor que actualmente o primeiro dá aulas de deontologia profissional...
Também fui um dia censurado. De forma traumática. Era então jornalista estagiário do semanário O Independente (1988/89), na fase áurea de Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso.
Fui contratado pelo MEC para preencher semanalmente duas páginas inteiras do famoso Caderno 3 (Vida). Eram as páginas das Novidades, onde eu fazia uma pequena apresentação com algum sentido crítico dos últimos lançamentos literários, discográficos, e chamava a atenção para espectáculos de Teatro, Exposições, etc...
Com mérito, julgo eu, conquistei também a simpatia do "inimigo" do Caderno 1, Paulo Portas. E pouco a pouco, fui sendo chamado para escrever artigos e fazer reportagens no jornal propriamente dito (como aquela reportagem do show do Macca em Madrid, Ié-Ié).
Instalou-se então o ciúme, ou a inveja... o MEC chamou-me ao gabinete e gritou-me, << estás aqui para escrever no Caderno 3!>>, << eu é que te contratei!>>, etc, etc...
Entretanto, morre o meu avô, João de Freitas Branco (final de 89). No jornal - talvez o Sérgio Coimbra -, pedem-me para escrever alguma coisa sobre ele. Escrevo. O texto, perdido até hoje, é amplamente elogiado na redacção. Porém, fico surpreendido quando a edição sai à rua e o texto não vem incluído. Vou directo ao MEC pedir satisfações... resposta?... << o teu avô era um grande intelectual deste país, mas tinha convicções políticas que não se enquadram neste jornal >>!!!
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