sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

RELÍQUIAS DO ZECA (12)


Circa 1961/62. Num restaurante da Avenida da Liberdade (Riba d'Ouro?), em Lisboa.

Não sei o que os convivas estão a aplaudir, nem por que razão eu estou a agradecer. À minha esquerda (à direita para quem olha a foto) está o Fernando Conde, também a bater palmas.

Desconfio que o almoço tem alguma coisa a ver com as filmagens de "Pão Amor e Totobola", onde consegui introduzir o Fernando Conde e o Tony Sena como figurantes.

Note-se que eu conheço o Fernandinho praticamente desde que nasceu, porque ele também é de Campo de Ourique. Na época em que esta foto foi feita, ele ainda não se tinha aventurado a cantar em público, mas passava alguns serões na minha casa a receber instruções minhas para o efeito e também a aperfeiçoar a pronúncia do inglês.

Estava sempre presente em todos os meus shows. O pai, Arlindo Conde, veio depois a tornar-se empresário e, com os seus espectáculos do Eden Teatro aos domingos de manhã, deu um grande impulso à música ligeira portuguesa.

O show chamava-se "Passatempo PAC" (de Produções Arlindo Conde) e seguia um padrão muito em voga na época desde os espectáculos que Artur Agostinho e Igrejas Caeiro haviam apresentado semanalmente com muito sucesso no Politeama, Odeon, etc.

O "Comboio das Seis e Meia" foi emblemático dessa era dos anos 50. Ali se apresentavam, entre outros, Vasco Santana e Irene Velez, interpretando "As lições do menino Tonecas" com textos de José de Oliveira Cosme.

Colaboração de Zeca do Rock

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