sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

THILO'S COMBO


DECCA PEP 1187

Reach Out I'll Be There - If I Were A Carpenter - Joaninha Cantora - Tema 13

Confesso que no tempo do yé-yé abominava este tipo de conjuntos. Sempre os considerei um atraso de vida. O que eu queria eram três guitarras e uma bateria! Hoje tenho uma visão mais moderada.

Nunca percebi também porque em grande parte dos EPs portugueses a canção inscrita na capa não corresponde à primeira canção do disco. Este é mais um caso.

Pena que Thilo Krasmann já não esteja entre nós. Ainda não descobri a ortografia correcta do seu nome. Há para todos os gostos.

Dedico este post à minha sobrinha e afilhada Joana que anda às voltas com as Rainhas de Portugal e com o seu carro novo (por isso é que anda às voltas...).

12 comentários:

bissaide disse...

A ortografia correcta é essa que escreveste agora: Thilo Krasmann.

O Thilo's Combo foi um grupo extraordinário no Portugal da década de 1960, ao introduzir progressivamente os novos ritmos da moda nos gostos do público e ao saber acrescentar um toque de modernidade nos registos em que acompanhou outros intérpretes, fugindo assim à estética dominante na canção ligeira, que privilegiava o acompanhamento orquestral.

Em relação aos discos em nome próprio do grupo, gravados entre 1962 e 1969, todos eles têm o seu interesse e merecem ser redescobertos por quem se interessa verdadeiramente pela música portuguesa.

Thilo Krasmann foi de facto um nome maior da nossa música e prestei-lhe já uma pequena homenagem no bissaide: http://bissaide.blogspot.com/search/label/Thilo%27s%20Combo

ié-ié disse...

Sorry, não estou rigorosamente nada de acordo! Era uns completos chatos, com a mania de que tinham graça sem a ter.

LT

bissaide disse...

Epá, não podemos estar todos de acordo, e ainda bem! ;-)

ié-ié disse...

Aliás, este EP é um exemplo flagrante disso.

LT

bissaide disse...

Aí discordo eu: com excepção do dispensável "Joaninha Cantora", os outros três temas são muito bons. A versão de "Reach Out I'll Be There", não sendo tão interessante como a do Quinteto Académico, não deixa de ter qualidade; e os outros dois temas são excelentes: o instrumental original "Tema 13" coloca a composição de Krasmann ao nível do que se fazia lá fora na altura e a versão de "If I Were a Carpenter" (para mim o melhor tema do disco) aproxima-se/prenuncia o psicadelismo mais introspectivo de uma forma soberba.

Queirosiano disse...

Eram de facto chatos. Bons músicos, mas tinham de tocar a metro para o tipo de público que tinham e para o tipo de sítios onde tocavam. Isso notava-se no reportório completamente desconcertante pela falta de homogeneidade e de coerência.

Às vezes saía-lhes bem...

bissaide disse...

Com a falta de homogeneidade no reportório concordo, mas até isso jogava a favor deles, pois que demonstraram o seu valor nos vários géneros musicais abordados de forma exemplar.

Queirosiano disse...

Bons músicos, um grupo sem identidade. Típico das boîtes de Lisboa dos anos 60

Anónimo disse...

É pena que os senhores biógafos que escrevem sobre estas coisas não se documentem melhor! Quanto à formação do grupo ninguém fala no Jorge Pinto(Jorginho) que foi o pianista/teclista do grupo durante quase dez anos.O pianista da formação inicial só actuou escassos meses!

bissaide disse...

Qual foi então o 1º EP com a participação do teclista Jorge Pinto? Depois do projecto Varius, desconheço se seguiu carreira musical ou não. Tem o contacto dele?

Anónimo disse...

E curiosamente ninguém fala do António Igrejas Bastos, que foi baterista do Thilo's Combo durante anos e só saiu porque foi para a Suissa. Era fabuloso! Quanto aoGrupo não sei porque ninguém fala, quando já amdrugada a Casa "Galeria 48" pertença deles, se fechavam as portas e havia sessões de Jazz do Bom com Carlos do Carmo, Luis Villas Boas, Simone, Maiza Mattarazzo (brasileira, de enorme sucesso e nome) e outros grandes mestres do Jazz em Portugal. Estes serões, ou se quiserem madrugadas eram até de manhã. Um espanto, o melhor que havia na época.
BM

ié-ié disse...

António Igrejas Bastos fez parte do primeiro grupo português de yé-yé de sempre, os Babies, de José Cid, em Coimbra.

LT