Não percebo o problema, mas peço desculpa. Posso fazer algo? Use o meu e mail joao.cilia@netcabo.pt se precisar contactar-me. Agradeço tb a citação. abraço JC
Quando entro no blogue aparece uma sucessão de caixas "Click to run an ActiveX control on this webpage" e depois fina-se. É por isso que não consigo colocar um link, como seria meu desejo.
Coisa estranha: acontece-me o mesmo ("click to run an ActiveX control on this webpage") no blog do Yardbird, mas não no do Fantomas e do Rato. Que será?
O texto apresentado por JC neste post é importante, elucidativo, e instigador - para além de bem escrito.
Porém, como qualquer opinião individual, e principalmente quando se trata de música popular, não escapa a uma certa, e natural, parcialidade.
Para mim, por exemplo, será sempre impossível excluir a influência de Jorge Palma e da Banda do Casaco nos anos 70.
Quanto ao chamado "boom" do Rock Português, não podemos subestimar a energia e criatividade que injectou na música nacional. Não foi apenas um mero fenómeno sociológico. Foi também a explosão de toda uma nova geração artística, obviamente diferente da anterior. Reduzir essa revolução ao talentoso Variações, enfim... é certo que 80% da safra era de valor sofrível, mas...
Não foi o Trovante quem logrou passar com grande qualidade o testemunho de José Afonso e Sérgio Godinho para as novas gerações? ("Saudade"; "Esplanada"; "Combóio")
Não foi o Rui Veloso quem "inventou" uma nova forma de cantar o português? E de cruzar magistralmente os Blues e o Rock com o Fado, a Morna, o cantar alentejano?... E não foi Carlos Tê quem deu uma nova identidade ao Porto e à forma narrativa nas canções? ("Porto Sentido"; "Afurada"; "É triste ser-se crescido")
Não foram o Rão Kyao e o Júlio Pereira responsáveis, entre outros, pela renovação da nossa música instrumental? ("Cavaquinho"; "Fado Bailado")
E o Palma, outra vez???
E não foram capazes os UHF e os Xutos de trazerem ao público os sons e as palavras da rua e dos subúrbios, na senda de uns Clash? ("Contentores"; "Circo de Feras"; "Cavalos de Corrida")
E o que dizer de novas linguagens eminentemente urbanas, mas 100% portuguesas, como aquelas introduzidas pelos G.N.R.? ("Sete Naves"; "Ao Soldado Desconfiado"; "Coimbra")
Heróis do Mar? Taxi? Belíssimas bandas Pop com personalidade nacional.
E os Telectu?
Mler If Dada? Pop Dell arte? Não são para todos, mas para uma imensa minoria de interessados noutro Portugal...
E o Fausto? Onde pára o genial Fausto no meio disto tudo? Trata-se de um dos poucos artistas portugueses cuja visão é absolutamente única e independente!
Em 1980, o meu avô, o musicólogo João de Freitas Branco, grande admirador de José Afonso e Carlos Paredes, ofereceu-me o "Ar de Rock" do Rui Veloso.
Eu tinha apenas 13 anos, mas não esqueci as palavras dele. Disse-me, num tom técnico, que se tratava de um talentoso músico, cujas canções e forma de as cantar eram inovadoras na Música Popular Portuguesa.
Ar de Rock, de Rui Veloso, um disco um pouco esquecido, é a maior inovação na mpp, depois dos baladeiros. Não é dizer muito, mas o suficiente, para se poder ouvir cantar em português, com letras de altíssima qualidade, o que antes só era possível ouvir em línguas de fora.
A parte instrumental, gravada por um certo José Fortes, penso eu de que, aplica num disco em português, as receitas de misturas intrumentais ( rítmica e guitarrística com apoio de outros instrumentos) de outras bandas da estranja.
Rolar contigo num palheiro, por exemplo. Ou Canção do Oriente, são músicas de sempre da mpp.
E em relação ao trabalho instrumental, acrescento que as influências no "Ar de Rock" não se limitam ao Rock e ao R&B. "Afurada", por exemplo, é uma balada densa cuja interpretação roça o Fado. A estrutura de "Saiu para a Rua" também não é limitativa quanto ao estilo musical. E o "Bairro do Oriente", claro. Ah, e o que dizer desse tema meio Folk, meio Country, "Sei de Uma Camponesa"?
O LP intitulado "Rui Veloso" também foi seminal, e extende as influências ainda mais ("Porto Sentido"; "Cavaleiro Andante"; "Africa").
Não esquecendo dois albuns malditos. "Mingos e os Samurais", subestimado pela crítica pelo exagerado sucesso que alcançou, conta a história de uma certa época (guerra colonial) do ponto de vista dos anónimos. "Auto da Pimenta", criticado pelo seu carácter de encomenda estatal, é dos trabalhos mais interessantes do ponto de vista musical da História da MPP.
José Fortes era um mestre. E a secção rítmica Galarza/Nabo - bateria e baixo, respectivamente -, era a melhor que tínhamos.
Aqui há uns anos, ouvi ao vivo o sobrinho do Zeca Afonso, João Afonso,acompanhado por Moz Carrapa, à guitarra. Foi numa pequena localidade espanhola, a seguir a Tuy.
Não costumo ver muitos concertos, mas esse foi seguramente um dos melhores a que me foi dado assistir.
Moz Carrapa na guitarra acústica, pede meças aos melhores guitarristas que conheço. Impressionante. Fabuloso.
Ié- Ié: estou a tentar informar-me s/ essa história do Active X. Depois digo. Filhote: vou tentar responder-lhe, mas hoje tem sido complicado. Depois digo se respondo aqui ou no "Gato Maltês". Caso não se importe, claro. Abraço para todos.
1º - Caro "Filhote". Resolvi responder-lhe no "Gato Maltês" http://eusouogatomaltes.blogspot.com/2008/01/da-msica-popular-portuguesa-resposta.html Espero não se importe. IÉ- IÉ: essa história do Active X deve acontecer por causa dos videos e músicas que tenho no blog (também o Yardbird). Foi o que consegui saber, o que é quase nada, mas penso um informático ou a PC Clinic podem resolver o caso rapidamente. Abraço
17 comentários:
Não consigo entrar no blog de O Gato Maltês. Desliga-me o computador.
LT
Não percebo o problema, mas peço desculpa. Posso fazer algo? Use o meu e mail joao.cilia@netcabo.pt se precisar contactar-me. Agradeço tb a citação.
abraço
JC
Quando entro no blogue aparece uma sucessão de caixas "Click to run an ActiveX control on this webpage" e depois fina-se. É por isso que não consigo colocar um link, como seria meu desejo.
LT
Coisa estranha: acontece-me o mesmo ("click to run an ActiveX control on this webpage") no blog do Yardbird, mas não no do Fantomas e do Rato. Que será?
LT
E já agora LT, como o saber não ocupa lugar, para colocar links nos comentários bastava escrever na horizontal o que abaixo está na vertical :
<
a
h
r
e
f
=
w
w
w
.
g
u
e
d
e
l
h
u
d
o
s
.
b
l
o
g
s
p
o
t
.
c
o
m
>
t
e
s
t
e
<
/
a
>
ups...
a seguir ao href= o endereço deve estar entre aspas
O texto apresentado por JC neste post é importante, elucidativo, e instigador - para além de bem escrito.
Porém, como qualquer opinião individual, e principalmente quando se trata de música popular, não escapa a uma certa, e natural, parcialidade.
Para mim, por exemplo, será sempre impossível excluir a influência de Jorge Palma e da Banda do Casaco nos anos 70.
Quanto ao chamado "boom" do Rock Português, não podemos subestimar a energia e criatividade que injectou na música nacional. Não foi apenas um mero fenómeno sociológico. Foi também a explosão de toda uma nova geração artística, obviamente diferente da anterior. Reduzir essa revolução ao talentoso Variações, enfim... é certo que 80% da safra era de valor sofrível, mas...
Não foi o Trovante quem logrou passar com grande qualidade o testemunho de José Afonso e Sérgio Godinho para as novas gerações?
("Saudade"; "Esplanada"; "Combóio")
Não foi o Rui Veloso quem "inventou" uma nova forma de cantar o português? E de cruzar magistralmente os Blues e o Rock com o Fado, a Morna, o cantar alentejano?... E não foi Carlos Tê quem deu uma nova identidade ao Porto e à forma narrativa nas canções?
("Porto Sentido"; "Afurada"; "É triste ser-se crescido")
Não foram o Rão Kyao e o Júlio Pereira responsáveis, entre outros, pela renovação da nossa música instrumental?
("Cavaquinho"; "Fado Bailado")
E o Palma, outra vez???
E não foram capazes os UHF e os Xutos de trazerem ao público os sons e as palavras da rua e dos subúrbios, na senda de uns Clash?
("Contentores"; "Circo de Feras"; "Cavalos de Corrida")
E o que dizer de novas linguagens eminentemente urbanas, mas 100% portuguesas, como aquelas introduzidas pelos G.N.R.?
("Sete Naves"; "Ao Soldado Desconfiado"; "Coimbra")
Heróis do Mar? Taxi? Belíssimas bandas Pop com personalidade nacional.
E os Telectu?
Mler If Dada? Pop Dell arte? Não são para todos, mas para uma imensa minoria de interessados noutro Portugal...
E o Fausto? Onde pára o genial Fausto no meio disto tudo? Trata-se de um dos poucos artistas portugueses cuja visão é absolutamente única e independente!
Que injustiça, JC!!!
Em 1980, o meu avô, o musicólogo João de Freitas Branco, grande admirador de José Afonso e Carlos Paredes, ofereceu-me o "Ar de Rock" do Rui Veloso.
Eu tinha apenas 13 anos, mas não esqueci as palavras dele. Disse-me, num tom técnico, que se tratava de um talentoso músico, cujas canções e forma de as cantar eram inovadoras na Música Popular Portuguesa.
Penso que o meu avô não se terá enganado.
Ar de Rock, de Rui Veloso, um disco um pouco esquecido, é a maior inovação na mpp, depois dos baladeiros. Não é dizer muito, mas o suficiente, para se poder ouvir cantar em português, com letras de altíssima qualidade, o que antes só era possível ouvir em línguas de fora.
A parte instrumental, gravada por um certo José Fortes, penso eu de que, aplica num disco em português, as receitas de misturas intrumentais ( rítmica e guitarrística com apoio de outros instrumentos) de outras bandas da estranja.
Rolar contigo num palheiro, por exemplo. Ou Canção do Oriente, são músicas de sempre da mpp.
Quando digo antes, não incluo o Fado cantado por Amália, com letras lindíssimas também. Refiro-me ao género musical que se convencionou chamar rock.
Totalmente de acordo, José.
E em relação ao trabalho instrumental, acrescento que as influências no "Ar de Rock" não se limitam ao Rock e ao R&B. "Afurada", por exemplo, é uma balada densa cuja interpretação roça o Fado. A estrutura de "Saiu para a Rua" também não é limitativa quanto ao estilo musical. E o "Bairro do Oriente", claro. Ah, e o que dizer desse tema meio Folk, meio Country, "Sei de Uma Camponesa"?
O LP intitulado "Rui Veloso" também foi seminal, e extende as influências ainda mais ("Porto Sentido"; "Cavaleiro Andante"; "Africa").
Não esquecendo dois albuns malditos. "Mingos e os Samurais", subestimado pela crítica pelo exagerado sucesso que alcançou, conta a história de uma certa época (guerra colonial) do ponto de vista dos anónimos. "Auto da Pimenta", criticado pelo seu carácter de encomenda estatal, é dos trabalhos mais interessantes do ponto de vista musical da História da MPP.
José Fortes era um mestre. E a secção rítmica Galarza/Nabo - bateria e baixo, respectivamente -, era a melhor que tínhamos.
Penso que também "O Homem e a Cidade" de Carlos de Carmo devia merecer uma menção honrosa em todos esses textos sobra a MPP...
Aqui há uns anos, ouvi ao vivo o sobrinho do Zeca Afonso, João Afonso,acompanhado por Moz Carrapa, à guitarra. Foi numa pequena localidade espanhola, a seguir a Tuy.
Não costumo ver muitos concertos, mas esse foi seguramente um dos melhores a que me foi dado assistir.
Moz Carrapa na guitarra acústica, pede meças aos melhores guitarristas que conheço. Impressionante. Fabuloso.
O Galarza não foi aquele que foi desencantar o genérico dos Gato Fedorente, copiado integralmente do Clo CLo francês?
Tenho pena, porque não gostei.
Ié- Ié:
estou a tentar informar-me s/ essa história do Active X. Depois digo.
Filhote:
vou tentar responder-lhe, mas hoje tem sido complicado. Depois digo se respondo aqui ou no "Gato Maltês". Caso não se importe, claro.
Abraço para todos.
1º - Caro "Filhote". Resolvi responder-lhe no "Gato Maltês" http://eusouogatomaltes.blogspot.com/2008/01/da-msica-popular-portuguesa-resposta.html
Espero não se importe.
IÉ- IÉ: essa história do Active X deve acontecer por causa dos videos e músicas que tenho no blog (também o Yardbird). Foi o que consegui saber, o que é quase nada, mas penso um informático ou a PC Clinic podem resolver o caso rapidamente.
Abraço
Obrigado, no panic! Como sempre consultei, sem problema, assustei-me.
LT
Enviar um comentário