quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

14 SUCINTAS RAZÕES PARA SE GOSTAR DE RINGO


CAPITOL - 509995 17388 22 - 2008

Liverpool 8 - Think About You - For Love - Now That She's Gone Away - Gone Are The Days - Give It A Try - Tuff Love - Harry's Song - Pasodobles - It It's Love That You Want - Love Is - R U Ready

É o novo álbum de Ringo. Chegou hoje. Na sequência dos meus protestos e reclamações nos CTT, o carteiro já pergunta pelo intercomunicador se sou eu quem está em casa. Ah! Ah! Ah!

01 - Porque é o maior e transborda simpatia! (ver título do post)

02 - Foi o primeiro verdadeiro baterista rock a ser visto na TV.

03 - Alterou o modo como os bateristas seguravam as baquetas, tornando popular o modo matched, já que é ambidextro.

04 - Iniciou a tendência de colocar os bateristas em estrados altos, de forma a torná-los tão protagonistas como os restantes músicos.

05 - Popularizou deste modo a bateria Ludwig, levando ao incremento do seu uso e ao aparecimento de novos bateristas.

06 - Alterou o som da bateria nas gravações, afinando-a num tom mais baixo e colocando micros em cada peça.

07 - Ritmo quase perfeito, permitindo aos Beatles gravar uma canção 50/60 vezes e editá-la com a melhor versão, sem necessidade de metrónomos electrónicos como se usam agora.

08 - O seu feeling. É relaxado, mas nunca desleixado. Sólido, mas sempre solto. O baterista funciona como barómetro do resto dos músicos. Os Beatles nunca tiveram problemas.

09 - Detestava solos de bateria, o que pode ser uma qualidade. Só fez um solo no lado B de "Abbey Road", com 126 rigorosas batidas por minuto.

10 - Capacidade para tocar em compassos invulgares, o que levou a composição para áreas nunca antes alcançadas: "All You Need Is Love" em 7/4, "Here Comes The Sun" com passagens repetidas em 11/8, 4/4 e 7/8.

11 - Habilidade para tocar em todos os ritmos: swing, baladas, pop, R&B, rock, country, ajudando os Beatles a enveredar por diferentes direcções musicais. A sua experiência anterior de baterista em night clubs serviu-o bem.

12 - Era o melhor baterista de Liverpool (a cuja cidade, actual Capital Europeia da Cultura, dedica, a propósito, este disco). A sua afável personalidade foi um bónus.

13 - Só não tocou em quatro canções dos Beatles: "Back In The USSR" e "Dear Prudence", por doença, "The Ballad Of John And Yoko", por estar ocupado num filme, e na primeira versão de "Love Me Do", por compreensível nervosismo, rapidamente resolvido.

14 - Foi Ringo que John Lennon foi buscar para o seu primeiro disco a solo. If I get a thing going Ringo knows where to go, just like that. Um grande compositor não pode desejar mais de um baterista. Excepto que sorria e abane a cabeça.

Alguém é capaz de não gostar de Ringo?

7 comentários:

JC disse...

Parece que as "pikenas" daquele tempo preferiam o Pete Best...
Já agora, no You Tube é possível encontrar os Beatles ainda c/ Pete Best numa versão de "Take Good Care Of My Baby" de Gerry Goffin e Carole King.

VdeAlmeida disse...

Realmente, sempre achei que o Ringo era um bocado injustiçado em relação aos bateristas da altura. E uma vez que o JC refere o Pete Best, já ouvi umas coisas do Pete Best e a comparação nem sequer é possível. O que quer dizer que, se calhar as mocinhas não percebiam nada de música, e se deixavam levar mais pela fachada, isto admitindo que a do Best seria mais agradável que a do Ringo, eheheh!
Apoio incondicionalmente o apoio ao Ringo!

JC disse...

Yardbird:
O Pete Best era considerado pelas "pikenas" o sex symbol do grupo. A música delas era outra!!!

ié-ié disse...

Por pouco tempo. Até aí se vê como os Beatles romperam com o estabelecido. Pete Best representava o passado, Elvis Presley/James Dean, e sempre se recusou a aderir ao futuro. Por isso, George Harrison ficou com um olho negro. Pete Best viria a arrepender-se. Conheci-o em 1985, estava ele a recuperar da depressão. Com a Antologia, os Beatles deram-lhe alguns milhões de que ele não estava à espera.

LT

filhote disse...

Desafio:

Quem ainda duvida da excelência de Ringo Starr como instrumentista, que visione as imagens do concerto dos Beatles em Washington DC em 1964 (na Anthology, por exemplo).

Muleta disse...

eu tive o raro privilégio de há uns anos assistir em Tóquio a um concerto do ringo's all starr band em que ele, em vários números, tocou bateria com o jim kelner ... foi impressionante!!!!!!!!!!

ié-ié disse...

E não quererá, caro Muleta, dar esse seu testemunho aqui no blogue? Ainda por cima em Tóquio! Também já vi Ringo duas ou três vezes ao vivo, mas prefiro sempre opiniões alheias.

LT