Confirma-se: a GNR tem uma orquestra sinfónica de respeito e Rui Reininho ainda não sabe cantar.
A experiência não é inédita - os Deep Purple foram os primeiros em 1969 - mas juntar uma orquestra sinfónica e um grupo de rock é um projecto fascinante que só prova que a música é uma Arte sublime, independente dos seus formatos.
Invejando Bryan Ferry, Rui Reininho mais parecia um empregado do Casino Lisboa ali ao lado, desengonçado no seu tuxedo branco que acabaria por trocar por uma camisa à Willie Nelson.
A mistura correu muito bem, com as roupagens sinfónicas a favorecer algumas canções medíocres dos GNR.
Com um público quarentão e sufocado pelo temor reverencial com que o Pavilhão Atlântico acolheu a orquestra sinfónica (114 homens e uma mulher), de nada valeram os esforços do baixista Jorge Romão que em vão tentou animar uma assistência já bem calhada na vida e pouco disposta a devaneios juvenis.
Bravo para a Banda Sinfónica da GNR. Os seus arranjos orquestrais foram determinantes. "Asas", "Dunas", "Pronúncia do Norte", "Efectivamente" só ganharam com isso.
Uma derradeira palavra para o som: cristalino para a orquestra, desastroso para o grupo.
Colaboração de Gim
A experiência não é inédita - os Deep Purple foram os primeiros em 1969 - mas juntar uma orquestra sinfónica e um grupo de rock é um projecto fascinante que só prova que a música é uma Arte sublime, independente dos seus formatos.
Invejando Bryan Ferry, Rui Reininho mais parecia um empregado do Casino Lisboa ali ao lado, desengonçado no seu tuxedo branco que acabaria por trocar por uma camisa à Willie Nelson.
A mistura correu muito bem, com as roupagens sinfónicas a favorecer algumas canções medíocres dos GNR.
Com um público quarentão e sufocado pelo temor reverencial com que o Pavilhão Atlântico acolheu a orquestra sinfónica (114 homens e uma mulher), de nada valeram os esforços do baixista Jorge Romão que em vão tentou animar uma assistência já bem calhada na vida e pouco disposta a devaneios juvenis.
Bravo para a Banda Sinfónica da GNR. Os seus arranjos orquestrais foram determinantes. "Asas", "Dunas", "Pronúncia do Norte", "Efectivamente" só ganharam com isso.
Uma derradeira palavra para o som: cristalino para a orquestra, desastroso para o grupo.
Colaboração de Gim
12 comentários:
Não sou um indefectível dos GNR. Para mim, os seus trabalhos até a "Os Homens não se Querem Bonitos", i e até à saída de Alexandre Soares são simplesmente brilhantes e incontornáveis na música nacional. Depois, tivemos um rol de mediocridade criativa. Só não suporto é ouvir mais falar do pseudo brilhantismo do José Cid e de outros que, esses sim, forma os reis da mediocridade lusitana e que hoje são proclamados aos sete ventos como os verdadeiros criadores nacioanis. Deixemo-nos de hipocrisias: 99,9% do que Cid fez e faz é puro lixo, mas como em terra de cego, quem tem um olho é rei... Qualquer dia teremos que assistir ao entronizar de Marco Paulo (já o vi por estas bandas!) e Dino Meira.
Há uma famosa foto do Rui Reininho com uma t-shirt do Marco Paulo. (publicada por exemplo no livro do Luis Maio).
Gosto do José Cid, dos GNR e até de uma ou outra do Marco Paulo.
Por isso não posso concordar que chamem canções mediocres a clássicos da nossa música. Os GNR são execelentes tanto em "I Don' Feel Funky Anymore" como em "Essa Fada", passando por Canadádá (sobretudo na versão acústica).
Dizer que 99,9% do que José Cid fez e faz é puro lixo é não conhecer, nem de perto nem de longe, a obra de José Cid. Mas não admira, de certa forma, já que cerca de 75% desta está descatalogada... Deixemo-nos de hipocrisias: José Cid é a figura mais importante do pop rock português e uma das mais importantes do século XX musical português - ponto.
Quem fala assim de José Cid nunca ouviu a obra do Quarteto 1111 ou o "10000 anos depois entre vénus e marte" por ex....Cid não é o Macaco gosta de banana. O Reininho para mim sempre foi um fenómeno estranho, tem ums voz excelente para escrever letras, ou líricas como se dizia dantes ;)
Exageros, Bourbonese... exageros, Bissaide... nem a obra de José Cid é lixo (longe disso), nem o compositor de "Os Faunos" é assim tão importante.
Para falarmos de importância na música popular do século XX teríamos sim de falar de Lennon&McCartney, Brian Wilson, Ray Charles, Bob Dylan, Ray Davies, Brel, Tom Jobim, Chico Buarque, João Gilberto, Jagger&Richards, Hendrix, Pete Townshend, José Afonso, José Mário Branco, Carlos Paredes, Amália, Gerswin, Duke Ellington, Elvis Presley, etc, etc, etc, etc...
Quanto a G.N.R. (Grupo Novo Rock) fui fã (fanático) até "Psicopátria". Assisti a dezenas e dezenas de shows da banda. Do Rock Rendez Vous ao Estádio de Alvalade (já na tour de "Rock in Rio D'Ouro").
Os G.N.R. são de longe - a concorrência também é fraca -, a melhor banda Pop portuguesa de sempre, pós-1980. Pela atitude, canções, linguagem iconoclasta, e espírito independente. Os G.N.R. introduziram em Portugal, de forma satisfatória e digna, o chamado Art-Pop, essa estética tão ligada aos músicos que saiam das escolas de arte britânicas... Roxy Music... Bowie...
O Reininho não é bom cantor. Sem dúvida, tal como o Tim dos Xutos. Porém, a sua voz carrega a expressão da banda e de uma certa proposta estética. Ou se gosta ou não se gosta. Ian Dury era péssimo cantor e eu considero-o genial!!!
Os G.N.R. também são pretenciosos, sem dúvida. Carregam um certo bairro-altismo militante. No entanto, usam sabiamente o Kitsh, o absurdo, o humor, a moda, a POP... cada um deles, um genuíno "Dedicated Follower of fashion".
Sempre serei fã deles, admito. E olhem que nem tudo depois de "Psicopátria" é assim tão menor... "Mosquito", por exemplo, é um disco fabuloso!!!
Quanto ao concerto da banda com a homónima orquestra, não comento. Não vi. E se estivesse em Lisboa, dificilmente iria ver. Para mim, os G.N.R. não foram criados para esse tipo cruzamentos artísticos...
Exagero nenhum, Filhote. José Cid figura na história da música portuguesa do séc. XX como um dos seus mais importantes nomes, ao lado, obviamente, de todos os que citaste: José Afonso, José Mário Branco, Carlos Paredes, Amália Rodrigues. E também Fernando Lopes-Graça, António Variações, Fausto, Raul Ferrão. E também Joly Braga Santos, Pedro Ayres Magalhães, Sérgio Godinho, Nóbrega e Sousa. E também Luís de Freitas Branco, Nuno Rodrigues, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Paião. Nomes de valor, temos muitos; o reconhecimento que lhes é devido é que nem sempre surge, ou quando surge é, muitas vezes, póstumo... Ou acontece fora de portas, como é o caso de Emmanuel Nunes...
MEUS QUERIDOS AMIGOS
Não acredito que o nossos amigo Bourbonese estivesse a falar a sério!!!
Simplesmente têve enorme exito em provocar uma salutar discussão,e como da discussão sai a luz,acho que daí se tira a conclusão que a grande maioria concorda que comparar o Zé Cid e toda a sua obra com as "coisas" do Reininho e dos G.N.R.é não ter a minima noção de bom gosto ou estética.
Ainda bem que existem Reininhos,G.N.R.s e outros,para realmente podermos fazer a comparação,mas é triste ver fazerem-se comparações entre um artista completo,como o Zé e algumas anedotas da nossa praça de gosto muito duvidoso.
Claro que há que goste de "fifias" e manifestaçõrs de puro mau gosto,porque quanto a achar graça ás "babuseiras" do sr.REINMHO ....passo!!
Toda a gente tem direito á sua opinião e gostos,este é o meu,e espero muito sinceramente que o ZÉ CID apesar de nunca ter actuado com a sinfónica da G.N.R.,nos continue a brindar com o seu enorme talen, se calhar teria sido bem melhor do que ver três tipos que não tocam "a ponta de um corno" tendo como vocalista um festival de gargarejos e fifias
FORÇA ZÉ!!!DEIXA-OS FALAR!!!!
O Sr. Bacelar fala de algo que não sabe ou não compreende. Se, como disse Bissaide, não se poderá julgar José Cid pelo Macaco ou Chouriço com o raio que o parta, também não se pode julgar os GNR por um ou dois que você acessou rolando no seu radio. Cara: você já deu uma escutada em Independança ou em Defeitos ESpeciais. Claro que não, né?
FORÇA ZÉ, DEIXA-OS FALAR
Caro amigo O
Venho humildemente pedir desculpa por uma terrivel falta de conhecimentos em não compreender a obra literária e poética de tão alta (lá alto parece que é!!!)personalidade das nossas letras e cultura.
Oh ZÉ,PASSA-ME AS "FAVAS COM CHOURIÇO" que pelo menos essas não me dão vontade de vomitar
Gosto de José Cid e dos G.N.R.
E uma coisa não pode ser comparada com a outra. São propostas artísticas completamente distintas.
Caro Daniel, claro que os G.N.R. não são músicos virtuosos. Porém, a enorme colecção de grandes canções que deixam é indiscutível.
Estas polémicas (rsrsr) têm mais a ver com questões geracionais e de gosto que outra coisa...
Por exemplo, eu acho o Cliff Richard das coisas mais pirosas do Pop inglês, e no entanto, não tendo vivido a época aurea do cantor, talvez esteja enganado...
Quando eu seguia os concertos dos G.N.R. quase todo o resto da música Rock portuguesa era uma tristeza... os G.N.R. eram modernos e altamente inspiradores!!!
Como músico e compositor, o José Cid é incontornável, concordo. E na sua àrea, inultrapassável.
Só mesmo o Daniel para nos deixar bem dispostos... eheheheh... também não me importo de provar essas favas com chouriço!!!
E depois, gostos não se discutem, não é verdade?
OK !!
VAMOS ACABAR COM ESTA TRETA !
ESTE VAI SER O COMENTÁRIO DE UMA "GAJA" JÁ QUE SÓ APAREÇERAM "GAJOS" A OPINAR.
O REININHO NÃO CANTA !
O REININHO NÃO É GIRO !
O REININHO NÃO É SEXY !
O REININHO NÃO TEM PIADA NENHUMA !!!
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