sábado, 19 de abril de 2008

ZOO E 1111, JUNTOS E AO VIVO


Não ouvia falar nos ZOO há muitos anos. A menção que lhes foi feita recentemente no blogue lembrou-me de ir à procura de resquícios dos anos 60 junto de um coleccionador compulsivo de coisas desse tempo.

O resultado da busca foi este cartaz, creio que de 1968 ou 1969, que anunciava uma das muitas festas de finalistas em que tocavam os grupos da época.

Cortesia de Queirosiano

18 comentários:

bissaide disse...

Além dos músicos que tocavam nos Zoo, outra das dúvidas que tenho sobre o grupo é precisamente a data de formação, que julgo ser de 1968. Será? Queirosiano, podemos contar com uma ajuda, além da já pedida antes?

Queirosiano disse...

Penso que a formação definitiva que se tornou mais conhecida será de finais de 1967/início de 1968. Mas o grupo já existia desde 1966 com a maioria dos membros originais, embora com outro nome.

bissaide disse...

E qual era o nome do grupo anterior e dos seus membros? Fernando Couceiro e Guilherme Inês faziam já parte dessa outra formação? Já agora, na capa do disco onde está Fernando Couceiro? Obrigado pela ajuda, o Queirosiano parece ser a única pessoa aqui que conhece(u) os Zoo - era amigo deles?

Queirosiano disse...

O grupo anterior era os Hooks, onde já estavam o Fernando Couceiro e o Guilherme Inês, que na altura tocava guitarra (passou para a bateria precisamente a partir do momento em que começou a existir o Zoo). Mas a história vem de trás, começando num grupo criado no Liceu Francês, por onde passou o Pedro Castro.
Na fotografia, o Fernando Couceiro é o que está sentado, ao centro.
Éramos de facto amigos.

bissaide disse...

Penso que o grupo anterior a que o Queirosiano se refere sejam os Sharks. O Fernando Couceiro já estava nessa altura no grupo? Além de Pedro Castro e Guilherme Inês, tenho referência à passagem pelos Sharks de Zé Carvalho (guitarra baixo), Vasco Grácio (guitarra ritmo), Zé Maria (guitarra ritmo) e Luís Araújo (bateria). Este último presumo que seja o mesmo que depois integrou os Beatnicks. Algum destes músicos transitou para os Hooks e, de seguida, para os Zoo?

Queirosiano disse...

O Zé Maria parece-me que tocou uma vez com eles, não chegou a fazer verdadeiramente parte do grupo. O Zé Araújo (e não Luis) parou muito cedo e abandonou definitivamente a bateria logo nessa altura. Não me parece que tenha participado em mais algum outro grupo.

O baterista durante a maior parte da existência dos Sharks e durante quase toda a vida dos Hooks foi o Gonçalo Andrade. Dos nomes citados, o Zé Carvalho e o Guilherme Inês continuaram nos Hooks. Foi aí que apareceu o Fernando Couceiro.

Complicado, não é ? Quase justificava uma das árvores à Pete Frame.

bissaide disse...

E o Zé Carvalho passou depois para os Zoo, como baixista? Quais eram afinal os membros restantes então? Já se pode saber finalmente? ;-)

PS: Belíssimo e meticuloso trabalho, o do Pete Frame, estou de acordo. Seria bem interessante o Queirosiano fazer uma árvore dos Sharks, Hooks e Zoo para o Luís publicar aqui no blog. Fica a sugestão!

Queirosiano disse...

A sugestão da árvore é interessante, mas faltam-me tempo, conhecimentos exactos, só ao alcance de quem viveu toda a "aventura", e sobretudo o talento do meu amigo Pete Frame. Uma curiosidade: o irmão dele, que era notário em Inglaterra e que conheço bem, foi quem registou a mudança de nome do Cat Stevens para Yusuf Islam.

Estes posts são como as cerejas. O nome do Zé Maria, que mencionou, só o vi aparecer uma vez no livro do António Duarte, que contém um bom número de imprecisões. Lembro-me de que pelos Sharks ainda passaram fugazmente o Carlos Bastos e o João Gageiro (ainda a Liceu Francês-connection), que insistia em cantar em português, o que terá acelerado o "despedimento". Ou melhor, "afastamento por mútuo acordo".

Respondendo às perguntas: o Zé Carvalho passou de facto para os Zoo. Os outros eram o Ângelo Soares (também fundador dos Hooks), o Artur Azinhais e o Vitor Alves. Quanto a quem é quem na capa do disco, I'll let you guess.

Pelo que me parece dos comentários que vi aqui passar, julgo que não sou o único a tê-los conhecido.

bissaide disse...

Já agora, quais eram os instrumentos do Ângelo Soares, do Artur Azinhais e do Vítor Alves no grupo? Este último é o mesmo músico, guitarrista, que tinha antes estado nos Plutónicos? Obrigado mais uma vez por estes esclarecimentos! O Um também tinha falado nos Zoo, mas tem estado desaparecido...

PS: A referência ao Zé Maria que tinha vi-a precisamente no livro do António Duarte.

PPS: Curiosa a história/coincidência sobre Pete Frame!

Queirosiano disse...

Ângelo Soares, guitarra, Artur Azinhais, órgão, Vitor Alves, voz. Nada a ver com os Plutónicos.

bissaide disse...

Mais uma vez, obrigado!

ié-ié disse...

Muito interessante este diálogo, mas fora os intervenientes, acho que ninguém percebeu nada.

Logo,

ou o nosso amigo Queirosiano faz um "pete frame",

ou vou ter que pressionar a namorada de um deles...

Quem foi o quê nos Zoo?

É por isso que não confio em bandas com mais de 4!

LT

bissaide disse...

Se entendi bem o que o Queirosiano disse, a formação dos Zoo que gravou o disco é a seguinte:
- Vítor Alves (voz)
- Fernando Couceiro (guitarra)
- Ângelo Soares (guitarra)
- Zé Carvalho (guitarra baixo)
- Artur Azinhais (órgão)
- Guilherme Inês (bateria)

É isto?

Ah, afinal sempre há mais gente que conheceu os Zoo! ;-)

Fantomas disse...

No meu blog tenho uma foto dos ZOO ao vivo.

Queirosiano disse...

O Bissaide tem razão, a formação era essa.

Apesar de ter acompanhado a evolução deles, também achei estranho a decisão de serem tantos, o que era muito raro nessa época. A explicação que eles davam para essa formação (e só lá chegaram depois de várias experiências, como decorre da confusão criativa com que consegui baralhar Mr. Ié-Ié) era que só assim podiam ter o som necessário para a música que queriam tocar. Convém lembrar que não eram um grupo pop, tocavam praticamente só soul e rhythm and blues. Recordo-me de que usavam um órgão Hammond, uma raridade em Portugal na época, quando todos os grupos se equipavam com o sacrossanto órgão Vox Continental, que era o preferido dos grupos pop ingleses.

Acho que era essa opção musical que fazia a originalidade deles, numa altura em que toda a gente tocava mais ou menos a mesma coisa.

Apoio incondicionalmente a ideia da namorada! Vai com certeza poder acrescentar muitas coisas que me escaparam.

Um disse...

Também já aprendi aqui umas coisas.
O que ninguém disse é que nos dias bons eles eram uma bela máquina. Tinham um grande balanço.
O disco não dá nem uma pálida ideia do que eles eram ao vivo.

O Fantasma da Ópera disse...

POIS É MEUS SENHORES
E TOCAVAM UMA MUITO BEM, QUE TODOS VOCÊS SE DEVEM LEMBRAR.
"BABY,NOW THAT I´VE FOUND YOU" DA BANDA INGLESA "THE FOUNDATIONS"
E SABIAM QUE O FERNANDO COUCEIRO "MINHOCA" INTEGROU A ULTIMA FORMAÇÃO DOS SIDERAIS NO VELHO MAXIME.
OH! MINHOCA QUE BELOS TEMPOS, QUANDO NO INTERVALO TOMAVAMOS CAFÉ NA POMARENSE.
GOSTAVA DE TE VER
E AO SOARES TAMBEM.
CAROCHA

ié-ié disse...

Este concerto foi em 1969, já que foi nesse ano que o dia 08 de Março correspondeu a um sábado.

LT