Da autoria do jornalista António Costa Santos, que esteve no Sete de boa memória, foi publicado em Junho último este livro que tenta elencar as proibições da ditadura nas décadas de 60 e de 70, sobretudo.
Li o livro de um fôlego, até porque vivi a época e me lembrava de tudo ou de quase tudo. Mas cheguei ao fim com uma sensação de desencanto. Acho que esperava mais do Costa Santos e do livro. Tenho para mim que o escreveu à pressa para aproveitar o Verão.
Como quer que seja, aconselho o livro para que fique consignado na memória colectiva.
No que à música diz respeito, António Costa Santos fala obviamente de José Afonso e de outros cantores de opinião, como Manuel Freire (a propósito, está muito debilitado, tendo até abandonado a SPA), Adriano Correia de Oliveira (no dia 16 de Outubro passam 25 anos sobre a sua morte), Rui Mingas (ex-atleta, acho que do Benfica, e futuro ministro angolano do Desporto e embaixador de Angola em Portugal), José Jorge Letria (que está agora à frente da SPA) e José Barata Moura (autor de Joana Come A Papa e futuro reitor da Universidade Clássica de Lisboa).
Estes cantores (e outros) faziam parte de uma lista da Direcção-Geral de Espectáculos que proibia os seus concertos.
José Jorge Letria esteve aliás escondido em minha casa, no norte do País, depois de ter dado um espectáculo clandestino e de ter sido perseguido pela GNR.
Costa Santos limita-se a estes cantores, quando se sabe que os tentáculos da Censura chegaram à música pop, nomeadamente ao Quarteto 1111.
sábado, 6 de outubro de 2007
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