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Li o livro de um fôlego, até porque vivi a época e me lembrava de tudo ou de quase tudo. Mas cheguei ao fim com uma sensação de desencanto. Acho que esperava mais do Costa Santos e do livro. Tenho para mim que o escreveu à pressa para aproveitar o Verão.
Como quer que seja, aconselho o livro para que fique consignado na memória colectiva.
No que à música diz respeito, António Costa Santos fala obviamente de José Afonso e de outros cantores de opinião, como Manuel Freire (a propósito, está muito debilitado, tendo até abandonado a SPA), Adriano Correia de Oliveira (no dia 16 de Outubro passam 25 anos sobre a sua morte), Rui Mingas (ex-atleta, acho que do Benfica, e futuro ministro angolano do Desporto e embaixador de Angola em Portugal), José Jorge Letria (que está agora à frente da SPA) e José Barata Moura (autor de Joana Come A Papa e futuro reitor da Universidade Clássica de Lisboa).
Estes cantores (e outros) faziam parte de uma lista da Direcção-Geral de Espectáculos que proibia os seus concertos.
José Jorge Letria esteve aliás escondido em minha casa, no norte do País, depois de ter dado um espectáculo clandestino e de ter sido perseguido pela GNR.
Costa Santos limita-se a estes cantores, quando se sabe que os tentáculos da Censura chegaram à música pop, nomeadamente ao Quarteto 1111.
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