sábado, 20 de outubro de 2007

LICENÇA DE ISQUEIRO DE UM IÉ-IÉ

Cá está a famosa licença de isqueiro que os ié-iés fumadores de antanho - como eu, esta licença é minha - eram obrigados a possuir para defesa da indústria fosforeira nacional (era o que diziam).

Há exactamente 40 anos paguei 25$00 para, durante o 2º semestre de 1967, poder puxar à vontade do isqueiro sem que um qualquer ASAE de então me viesse importunar.

4 comentários:

Muleta disse...

a licença de isqueiro só era pedida em plena rua e não sei mesmo se a legislação falava em "baixo de telha".
por via das dúvidas, muitos estudantes em Coimbra levavam naquelas belas pastas pretas uma telha verdadeira, que colocavam na cabeça de antes de acenderem o isqueiro....

josé disse...

Daí a expressão: está com a telha...

ié-ié disse...

Tinha a ideia de que a telha tinha mais a ver com a praxe académica do que propriamente com a licença de isqueiro.

Em dias de praxe especial, a telha era a protecção.

Luís

Mauricio disse...

É como diz o ié-ié.

A telha era para nos "proteger" das praxes. Era a telha ou ir de braço dado com uma miúda.

Algumas vezes foi a minha irmã buscar-me ao cinema Gil Vicente (junto da Associação Académica de Coimbra) à meia-noite, pois estávamos "encurralados" no cinema com os velhinhos de capa e batina à nossa espera do outro lado da rua.
E lá ia eu de braço dado com a minha irmã, meio a medo, ouvindo frases no género: "Estás marcado; ficas para a próxima".

Também usei licença de isqueiro, mas uma vez fui apanhado na escadaria dos CTT a acender um cigarrito (teria uns 18 anos), sem me aperceber que vinham dois indivíduos de sobretudo preto e chapéu a descer a escada. Lá me levaram o isqueiro que tive de ir buscar dias depois e pagar a "competente" multa.
Recordo-me que o isqueiro era um MaruMan que tinha comprado na Figueira da Foz.

Maurício.
lumauricio@netcabo.pt