segunda-feira, 14 de julho de 2008

SURF'S UP


EMI/STATESIDE - J 062-92.744 - edição espanhola (1972)

A

Don't Go Near The Water (Jardine) - Long Promised Road (C Wilson/Rieley) - Take A Load Off Your Feet (Jardine) - Disney Girls (1957) (Johnston) - Student Demonstration Time (Love)

B

Feel Flows (C Wilson/Rieley) - Lookin' At Tomorrow (Jardine) - A Day In The Life Of A Tree (Brian Wilson/Rieley) - 'Til I Die (Brian Wilson) - Surf's UP (Brian Wilson/Van Dyke Parks)

Gosto dos Beach Boys. Aliás, gosto de muita coisa começada por B, como Beatles, Byrds, Brigitte Bardot, Briosa, bifes, etc.

Mas nunca percebi muito bem o ênfase em "Pet Sounds". Até Paul McCartney diz que é um álbum e tanto. Nunca dei por isso.

O meu álbum preferido dos Beach Boys é este, "Surf's Up", de 1971.

Tem canções notáveis, inspiradíssimas: Don't Go Near The Water, Long Promised Road, Take A Load Off Your Feet, Disney Girls, Student Demonstration Time, Feel Flows, Lookin' At Tomorrow, A Day In The Life Of A Tree, 'Til I Die e Surf's Up.

45 comentários:

JC disse...

LT:
Com tudo o que isso tem de subjectivo, e, para mim, talvez o melhor album de sempre da musica popular, apenas o comparando ao Blonde On Blonde, ao St. Peppers, ao Surrealistic Pillow, ao Aftermath e ao Beggars Banquet. Talvez tb a mto poucos mais de que agora me nao lembro. Mas isto e mto subjectivo, pois claro (peco desculpa pela falta de acentos e cedilhas)

JC disse...

Estou a falar do Pet sounds, claro.

josé disse...

Descobri os BB, tarde e a boas horas. No final dos anos noventa, início de 2000, com a reedição dos seus álbuns antigos, ainda por cima em cd´s com dois LP´s juntos.

Andei meses e meses a ouvir no carro as canções dos BB. Uma obsessão auditiva, comparável à que experimento com a música do Almada, actualmente.

Por isso, na altura, a este Surf´s Up, vinha junto Sunflower, provavelmente os dois melhores discos dos BB.

Pet Sounds, é um marco naquele tempo em que foi gravado em emulação com os Beatles. Tem boas canções, técnicas inovadoras para a época, mas em musicalidade pura, a minha preferência vai mesmo para Surf´s Up ou Sunflower, de 73 e que contém a trilogia californiana que entra no ouvido como droga sonora.

Além disso, para quem quiser mesmo apreciar a integral dos BB, é imprescindível a audição dos discos da caixa Good Vibrations.

josé disse...

Ah! Em Setembro de 2005, os BB U( o que resta dos mesmos) estiveram cá em Portugal. Fui vê-los ao Coliseu do Porto e escrevi isto que segue:

"A apresentação em altifalantes portentosos e no escuro, já tem barbas, de certo. Não as de um Mike Love , nem as de um Bruce Johnston que as cortaram, antes do grupo se ter reduzido a eles, acompanhados por uma banda de ocasião, sem nome nem mérito, mesmo com as violas vermelhas reluzentes nos acordes de Chuck Berry, pouco inspirados e mal tocados.

Mas são estes dois músicos originais que dão a cara e o cartaz a anunciar o nome de marca - Beach Boys. E será por esse nome mítico e pela nostalgia serôdia e já de algumas dezenas de anos que as pessoas vão aos concertos. Para recordar sons e ver gestos em camisas hawaianas, soltas nas cores e assertoadas no trato de imaginárias pranchas de surf.

Na versão original, o grupo compreendia os irmãos, Dennis, Carl e… Brian Wilson. Mike Love é primo deles e Bruce Johnston entrou em 1965, para suprir as faltas de Brian em palco. Falta assim Al Jardine, o bravo guitarrista e compositor de Califórnia Saga do LP Holland de início dos anos setenta e composto fica o ramalhete de um dos grupos mais importantes e significativos da música popular de expressão anglo saxónica.

Como parceiros de sonoridades excelentes, só se ouvem os Beatles. Como grupo de andarilhos de tournées, só duraram mais os Rolling Stones.

Na net, os sites dedicados ao grupo, são legião.

Com mais de sessenta anos cada um e vozes sumidas nos falsetes, Mike Love e Bruce Johnston fizeram-se acompanhar no espectáculo do Coliseu de quarta feira, 31 de Agosto, por um naipe de músicos jovens e… medíocres. O grupo disfarça em duas guitarras à Chuck Berry, as sonoridades de dois instrumentos de teclas que permitem a Bruce Johnston permanecer sentado durante a maior parte do concerto, enquanto Mike Love repete pela enésima vez os gestos de sedutor barato em bar de segunda.

Mesmo com uma sonoridade confusa que a mesa de controlo e mistura não aclara e antes amplifica, as canções aparecem na sua identidade primitiva: ritmos rápidos e sincopados por naipes de teclado, a saltear vozes em falsete e harmonias canónicas, algumas vezes intactas e outras apenas perceptíveis na cacofonia da mistura sonora.

Em poucos minutos, desfilam no palco sonoro, mais de uma dezena de canções clássicas como a calça de ganga: algodão azul que melhora com o tempo e o uso.

Mesmo torcidas nas harmonias das últimas oitavas, o ritmo acelerado do baixo e bateria, acompanha o essencial da melodia e permite a identificação e a referência esperada: não tem a sonoridade dos discos, mas ouve-se com os olhos e desculpa-se o massacre sonoro com a presença em palco dos génios originais que as criaram.

Desfilam num ápice os hits dos sessenta... I get around, surfin´safari, little deuce coup, dance dance dance, why do fools fall in love, and… then i kissed her (verdade, porque aguentou o canto já rouco e aceitou dançar).

Depois do meddle que abarcou virtualmente todos os hits dos sessenta, uns slows com destaque para Surfer girl e uma naipe de canções de setenta, introduzidas por I can hear music ( et pour cause). Ouviu-se uma versão sofrível, mas bem ritmada de sail on sailor, surf´s up e outras como Califórnia Dreamin´ dos Mammas and Pappas que deram lugar aos hits maiores e à homenagem que Mike Love, com toda a justiça prestou aos primos Wilson, Carl e Brian. A versão audível de Good Vibrations e principalmente a canção genial God only knows, do LP Pet Sounds de 1967 que ombreia em qualidade intrínseca com um Sergeant Peppers dos Beatles e outros clássicos de todos os tempos. Neste caso, nem a voz emprestada consegue estragar a canção , pela melodia intemporal que transporta.
O concerto destes Beach Boys abreviados dura pouco mais de uma hora e meia. E chega. As canções do grupo, às dezenas, são audíveis em disco, com toda a qualidade de um sistema de som e um espectáculo deste teor, permite outras alegrias que passam sem o som perfeito ou a execução melhorada: permitem dançar e acompanhar a energia que elas sempre transmitiram a quem se dispôs a ouvir. Mesmo com um grupo medíocre, cujos guitarristas arriscam um solo ou outro que assassina a memória de Chuck Berry em cada acorde de Surfin´in USA.

Para ver e ouvir melhor, há sempre o primeiro episódio do filme Regresso ao Futuro, onde se compila em poucos minutos a história da música rock: três acordes e batida segura com muito panache e precisão técnica. Tudo isso falta ao grupo actual dos Beach Boys originais. Sobram-lhes prestígio e a memória do génio criador. E isso, para mim, bastou. E parece que para a audiência de uns poucos milhares de pessoas presentes também. Por isso, o encore refez-se em clássicos como Summertime Blues de Eddie Cochran. A canção perfeita do rock n´roll! Se ouvirem bem, começa com um som seco do baixo e bateria em quatro batidas bem nítidas e enérgicas. São fáceis de identificar pois já Beethoven as usou, ligeiramente modificadas numa das suas obra primas: a quinta sinfonia começa exactamente com esse som. Apenas com uma diferença. Na música de Beethoven a sonoridade é em tom dramático e majestoso e vai das notas altas para as baixas, num instante; naquela canção é leve e a toada convida logo á dança, pois as notas sobem…e baixam logo a seguir, como é normal... Para mim, é essa a diferença entre os dois géneros. O rock não tem grande mistério, mas tem um encanto - chama-se simplicidade e ritmo.

Nota: escrever sobre as sonoridades da California, numa altura em que uma região bem determinada do sul da América, sofre as consequências dramáticas de um desastre natural, só se compreende se for acompanhada de uma homenagem às pessoas e à música dessa região do nosso mundo. Homenagem às vítimas e tributo aos seus corajosos habitantes que sofrem. New Orleans, além disso, é terra de música e de músicos. E essa música é agora de todos nós. Mas foram eles quem a produziram."

paulo disse...

josé, estive agora mesmo a ver na amazon e ainda há essas edições com dois cd's.

Talvez encomende o volume que tem o Surf's Up e o Sunflowers.

Ouvi os excertos e pareceu-me muito bem. Além disso, acho que a minha colectânea não tem nem um dos temas desses dois álbuns...

josé disse...

Precisão:

O disco que refiro e que contém a California Saga é Holland, outro monumento da música popular.

O concerto dos BB em Portugal, foi em 31 de Agosto, no Porto. Em Lisboa, foi no dia seguinte ou no dia antes...

josé disse...

Essa colecção de dois discos num só, vale a pena e vale por muitas e muitas horas de prazer auditivo.

Todos os discos dos BB, até 1976. valem a pena. Todos contém, pérolas sonoras de grande valor.

Para começar, esses dois: Sunflower com Surf´s up é uma belíssima escolha e o que contém Holland também.

Zeca do Rock disse...

Lamento que a minha banda preferida de todos os tempos tenha mandado a Portugal uma equipa de reservas em 2005. Como já disse por aí, vi-os em Agosto de 2007 na Virgínia com a equipa principal. O som era melhor do que em disco e a adesão do público de sessentões acompanados de filhos e netos, foi retumbante!

Vejam meis sobre isto em: http://heatherzeca.blogspot.com/2008/04/os-meus-preferidos-do-sculo-xx-banda.html

JC disse...

Ora vamos lá ver, Zeca, não consigo meter tudo no mesmo saco, isto é, os BB antes e depois de Pet Sounds (grosso modo, claro está). Existe uma diferença entre uma banda com um som inovador (mas havia várias), "refrescante", vozes harmoniosas e que adaptou a surf music ao gosto das "massas", trazendo-a para fora do circuito dos "hot spots" surfistas californianos e a música mais séria, de harmonias muito mais complexas, arranjos elaborados e saturados, etc, etc, dos BB de e posteriores a Pet Sounds. Do mesmo modo como não se pode (eu não o faço) meter no mesmo saco os Moodyblues de Magnificent Moodies (uma boa banda de R'B) e aquela coisa em género de assim que lhes sucedeu depois da saída de Denny Laine. É a minha opinião.
Abraço

Vicky Paes Martins disse...

Vou meter a minha colher e falar no album de 1980,Keepin' The Summer Alive. Tem a curiosidade de ter dois temas compostos pelo improvável duo,Carl Wilson e Randy Bachman,dos canadianos Bachman, Turner Overdrive,(“Keepin’ The Summer Alive” e “Living With A Heartache”).Temas interessantíssimos como "Santana Winds","Endless Harmony", além da capa em q eles estão dentro de uma bolha solar,no polo norte??? num desenho giro.Lá está também mais uma cover de um tema do Chuck Berry “School Days (Ring! Ring! The Bell)"fraquinha, e sem nada de novo em relação a outras covers do tio Chuck.Só voltariam a gravar cinco anos depois, após a morte do mano Carl...
Uma pergunta.Será possivel anexar fotografias a estes comentários?.Se SIM ,Como?É q eu até tenho algumas capas "sacaneadas" e publicá-va-as se pudesse.Abraços e Keep The Summer Alive...

Muleta disse...

este album é fabuloso!!!
e tem uma das primeiras cançoes pop com consciencia ecologica (don't go near the water), que é um verdadeiro monumento!!!! ouçam-na bem!!!

Muleta disse...

tenho a edição em vinil (obrigado gim!) e em cd, mas nao a masterizada digitalmente.... onde a posso encontrar?

filhote disse...

Obrigado, Ié-Ié, por introduzir no blog uma Pedra de Roseta destas.

"Surf's UP", para além de ser um LP genial, é uma canção absolutamente sublime que sobrou das sessões do abortado "Smile" (1966/67). No Youtube encontrarão imagens do famoso programa de TV de Leonard Bernstein, incluindo um vídeo de Brian Wilson a interpretar "Surf's UP", sozinho ao piano.

josé disse...

Keepin the summer alive. Crítica instantânea:

1. Keepin the summer alive- tema interessante, mas repisado de versões anteriores, de discos anteriores. Um rock n´roll requentado, sem inovação alguma e apenas variação sobre temas mais que conhecidos dos BB.

2.Repetição de temas clássicos, na vocalização de Mike Love e Carl Wilson. Lembra Add music to yoiur day e outras do mesmo género ( Don´t go near the water, por exemplo).
Ainda assim, ouve-se bem, como uma variação sobre esses temas já conhecidos.

3.Some of your love- Sax a introduzir outra variação sobre o ritmo já conhecido do refrão de Add some music to your day. É um pouco como a música dos ELO em relação ao I´m the Walrus dos Beatles. Samplings.

4.Livin´with the heartache- balada xaroposa tipo Toto, Foreigner e outros que tais Eagles pós-Hotel California. Cansativa.

5.School day- Harmonias antigas e rock n´roll, copiado nota por nota ao Berry. Chuck. O mestre. Mas previsível nos acordes e nas notas soltas.

6.Going On- Asia, Toto, Foreigner, tudo junto e dispensável até nos primeiros segundos. Intragável.

7.Sunshine- Tentativa original de reprodução dos sons únicos dos setenta de Surf´s Up e Holland, com toque de reggae de Susie Cincinnati ( 15 big ones) ou She´s got rythm ( MIU Album).

8. When girls get together- única que não me lembra outra, anterior, imediatamente. Interessante.

9. Santa Ana winds- introdução acústica, para uma boa canção. A melhor do álbum. Embora remeta para a California saga...

10. Endless Harmony- canção de Johnston, introduzida pelos teclados e datada de...74. Pois.

Um disco so-so, portanto.

filhote disse...

Caro José, pena ter sido levado por esse embuste a que nos dias de hoje dão o nome de Beach Boys. O senhor Mike Love devia enfiar a cabeça na areia de vergonha!

Na outra face da moeda, está Brian Wilson, acompanhado desde finais dos anos 90 pelos fabulosos Wondermints (banda que tem discos maravilhosos). E eu estive a 20 de Fevereiro de 2004 no Royal Festival Hall (Londres) para assistir à estreia mundial de "Smile". Eu, o Macca, George Martin, Van Dyke Parks, Pete Townshend... todos a estremecer de emoção... digo sempre isto, e volto a dizer: foi o concerto da minha vida.

Foram umas 3 horas de música, meticulosamente executada, sem falhas, porém polvilhada de alma e profundidade... a 1ª parte foi preenchida por canções de toda a carreira dos Beach Boys e de Brian a solo (tocaram umas 6 do Pet Sounds)... depois, intervalo... na 2ª parte, "Smile" na íntegra... emocionante... a finalizar, uma meia-hora de encores de "Fun Fun Fun" e afins, até à despedida com o angelical "Love and Mercy"...

Comprem e vejam os seguintes DVDs: "Pet Sounds Live" e "Brian Wilson presents Smile".

Vale a pena!!!

paulo disse...

filhote, estiveste com o Macca? Sortudo! Que inveja!

josé disse...

Um bom álbum do final dos 70 é MIU Album.

Wontcha come out tonight, é aditiva.

filhote disse...

Concordo, José. Acertadíssima escalpelização de "Keepin' the Summer Alive".

Para mim, a última grande proeza dos Beach Boys chama-se "Holland". Ponto final...

Na discussão sobre os méritos (indiscutíveis) de "Pet Sounds", não entro. Trata-se de uma obra única na História da Música Popular mundial. Única, em toda a sua concepção musical e poética. Gostar ou não, enfim... é uma questão de gosto!

E não é por acaso que McCartney tanto elogia "Pet Sounds" - coisa rara para quem tem o ego noutra galáxia. A verdade é que, no seu auge criativo, Brian Wilson suplantava sozinho os Beatles. Com 22 anos apenas, compunha, tocava, produzia...

Quando oiço os Beach Boys, oiço a chamada da infância, de Deus - seja lá isso o que for -, da alegria, e da tristeza. É muita coisa para ser contida nos 3 minutos de uma simples canção POP!!!

josé disse...

Brian Wilson, eu gosto.
Mas gosto também das vozes e harmonias dos outros irmãos e primo.



Ao ouvir Johnston, a cantar Disney Girls ( em Surf´s Up), acho que nada tem a invejar às melhores de Brian Wilson.

E Take a load off your feet, idem. Tal como Don´t go near the water que nada devem aos Wilson

josé disse...

Susie Cincinnati e She´s got rythm não são reggae. Fica o reparo para quem não as conhece.
A aproximação é que é em estilo reggae...

filhote disse...

Caro Paulo, dessa vez apenas estive sentado na mesma plateia em que se encontrava o Macca...

Porém, certa vez em Barcelona, acompanhado pelo Ié-Ié, falei mesmo com o Macca... e ele assinou-me o LP "Off the Ground"... quase chorei de emoção!

josé disse...

Vocês ouçam o Almada de Homenagem!

Uma ou outra das canções soam um pouco a música conhecida ( Jaiminho, poe exemplo), mas as composição música e letra, é tão boa como a dos BB.

Digo a sério.

E com 19 anos. Tal como eles.

josé disse...

O segredo está na...melodia.

Hoje em dia, perdeu-se o sentido da melodia. A música priva agora com ritmo quase exclusivamente.

Os BB, alem de algumas melodias excepcionais, acrescentavam a harmonia, em composições de génio, algumas delas.

Algumas são sinfonias pequeninas.

josé disse...

Till i die, por exemplo.

filhote disse...

E esse TOP 10 dos LPs Beach Boys? Sai ou não sai?

O meu sai agora:

01. "Pet Sounds" (1966)
02. "Surf's Up" (1971)
03. "The Beach Boys Today!" (1965)
04. "Sunflower" (1970)
05. "Summer Days" (1965)
06. "All Summer Long" (1964)
07. "Shut Down vol.2" (1964)
08. "Holland" (1973)
09. "Friends" (1968)
10. "Beach Boys Party!" (1965)

Menção honrosa para o anteriormente citado "Smile". É de Brian Wilson, mas enfim, é como se fosse Beach Boys...

filhote disse...

Sim, José, "sinfonias de bolso", como dizia Brian Wilson...

josé disse...

Subscrevo o top ten do filhote.

Poderia variar um ou outro, mas agora que li, aceito-o como perfeito.

filhote disse...

Sobre os irmãos e os primos... rrsrsrsr... resta-me dizer que a minha voz favorita dos BB é a do Carl ("Good Vibrations", "God Only Knows", "I Can hear Music", por exemplo).

Mas atenção! Não deixem de ouvir! Tenho em LP e foi agora reeditado em CD (finalmente!)... "Pacific Ocean Blue" (1977), a obra-prima de Dennis Wilson... afinal, para quem não sabe, foi Dennis quem compôs a melhor balada dos BB... "Forever"!!!!

josé disse...

Pacific, tenho em...mp3, copiado da net. Conto arranjar em cd, até porque vem em dose dupla, com inéditos.

E, de facto, Forever é inultrapassável.

Mas lembra-me também uma canção de Ray Davies: Sitting in my Hotel, de Everybody´s a star, de 1972.

Forever é de...1970.

Fantomas disse...

Pois, "Forever", musica que está no "Sunflower", outra é o "All I wanna do". Por estes dois temas prefiro o "Sunflower" ao "Surf`s Up". Para mim, só existiram duas grandes bandas. Os Beach Boys e os Velvet underground. Uma representava toda aquela pureza, as coisas boas da vida, o sentido melódico das canções,aquilo a que eu chamo de teenage dream pop. A outro era o reverso, o som sujo, o realismo das ruas, da decadência, mentes corruptas...

Vicky Paes Martins disse...

No Holland, aparecem pela primeira vez, dois musicos Sul Africanos, o,Ricky Fataar, o Blondie Chaplin q faziam parte de uma banda Sul Africana, Os Flames.Tenho um LP deles.Fantásticos, e conhecio-os em Luanda aonde actuaram durante um mês numa boite ali para a Praia do Bispo, O Flamingo, se ñ estou errado.

filhote disse...

Blondie Chaplin que acompanha os Stones há mais de uma década!

Bem visto, José, "Forever" tem mesmo qualquer coisa de "Sitting in my Hotel". Mas se começamos a falar de Ray Davies e dos Kinks nunca mais saimos daqui!

paulo disse...

filhote, se foste ver o Macca a barcelona em 93, já estivemos também numa mesma sala! Eu fui nos dois dias de concerto. Não há uma foto para partilhar que tenha registado o momento? Ou pelo menos a capa do disco autografada?

paulo disse...

Quanto aos BBoys, já fiz a encomenda do duplo álbum (Surf's Up+Sunflower); está a menos de 5 libras na amazon, se alguém estiver interessado.

Este blogue está a ficar caro!

filhote disse...

Sim, Paulo, guardo algumas coisinhas desse show de Barcelona.

(em 2004 voltei a ver o Macca nessa mesma arena olímpica, ou terá sido 2003, já nem sei)

As fotos estão algures num caixote nos armazéns do Galamas (em breve estarão nas minhas mãos, espero), mas o CD autografado está comigo, tal como a gravação da conferência de imprensa em que a dado momento mantenho um curto diálogo com o Macca.

O Ié-Ié estava lá!

Não tenho scanner, mas prometo durante esta semana scannear o CD para enviá-lo ao Ié-Ié...

É que eu sou daquelas aves raras que ama tanto o Macca a solo (e com os Wings) quanto os Beatles!

Grande abraço, beatlemaníaco Paulo!

filhote disse...

A propósito, Paulo, já leu a minha resposta no post dos Ramones?

paulo disse...

Já li, sim senhor. Mas gostei mais de ler esta sua resposta aqui, quando diz que é daqueles fãs que gosta tanto da carreira a solo do Paul como dos Beatles, o que prova que, afinal, tem muito bom gosto! ehehehee (estou a brincar!)

A segunda vez do Macca em Barcelona foi em 2003 (em Março, acho). Eu também lá estive! Já fizemos coros com o Macca, de certeza absoluta (e várias vezes, pelos vistos!)

Esta segunda ronda foi, aliás, quanto a mim, a melhor tournée desde 1989 (a primeira vez que o vi), mas sobre isto haverá mais oportunidades para falar.

paulo disse...

filhote, também deixei resposta nos (Paul) Ramones.

ié-ié disse...

Vi Paul McCartney 5 vezes em espanha: 03NOV89 (Palacio de Deportes, Madrid), 08MAI91 (Zeleste, Barcelona), 26OUT93 (Palau Sant Jordi, Barcelona), 29MAR03 (Palau Sant Jordi, Barcelona), 25MAI04 (Estádio El Molinón, Gijón).

paulo disse...

Eu vi 4 em Espanha: Madrid89, Barcelona93 (dois concertos, dois dias seguidos) e Barcelona2003.
Em 2004, vi-o em Lisboa e em Paris. Em 2006, vi-o em Londres na estreia do Ecce Cor Meum (não cantou, mas foi ao palco agradecer, no final).

Estou cheio de vontade de voltar a vê-lo!

filhote disse...

E eu vi o Macca ao vivo apenas 4 vezes. As duas referidas, em Barcelona (1993 e 2003), e ainda em Madrid (1989) e no Rock in Rio Lisboa (2004). Claro, também o vi na plateia aquando da estreia de "Smile" em 2004...

Concordo, Paulo, destes 4 shows os melhores foram os de Madrid em 89 e o de Barcelona em 2003.

E qual foi a banda estrangeira que mais vezes vi ao vivo? Ainda não adivinharam?... rsrsrsrs... The Rolling Stones... 14 vezes!!! Sendo que da primeira vez (Madrid 1982), os meus queridos "animais do antigamente" eram bem mais novos do que sou agora... incrível!

O Toke É Esse disse...

Olá Vicky,
você disse:
«[...]dois musicos Sul Africanos, o, Ricky Fataar, o Blondie Chaplin[...]e conhecio-os em Luanda aonde actuaram durante um mês numa boite ali para a Praia do Bispo, O Flamingo, se ñ estou errado.»

e não disse mal. A boite ali para a Praia do Bisbo, era o Flamingo, sim. Numa esquina que fica no fim da descida do pequeno morro que vem do bairro dos coqueiros, e em se virando à direita vai para a rotunda da fortaleza de S. Miguel que dá para a Marginal, ou para a Ilha do Cabo. Virando, à esquerda da boite Flamingo, chega-se ao bairro da Praia do Bispo.

O Flamingo encontra-se até hoje encerrado e degradado na sua arquitectura original (creio que até a pintura, ou partes dela, são ainda originais). Logo após a independência a 11 de Novembro de 1975, o Flamingo foi episodicamente ocupado por equipas de alfabetizadores. Creio ser ainda património do estado por falta de comparência de herdeiros habilitados.

Em 75 eu tinha 10 anos, idade suficiente para ter crescido a ouvir tios, irmãos e primos a falar no Flamingo. E nos Five Kings, que faziam versões de "Hey Jude" de uns tais guedelhudos...
Offs fora nada!

Abraços,
Toke
Luanda-angola

Vicky Paes Martins disse...

Aqui o kandende (miúdo) Toke,meticuloso e preciso nas suas descrições, fez com q,o kota, voltasse a fazer o caminho até ao Flamingo...fui a pé,e decorria o mês de Abril de 1974...fomos um grupo, de comissários e assistentes da Tap comemorar,era a noite de 26 ....infelizmente, fui posto na rua, porq andava a dançar na pista com uma colega minha, e o gerente, q me conhecia havia anos, ñ gostou da exteriorização dos carinhos q eu "apliquei" nessa minha amiga...deve ter sido ciúmes do madié,mas foi nessa noite q eu fechei, pensava eu,definitivamente a porta do Flamingo.O Toke, abriu-a de novo para mim.Obrigado Amigo.

Anónimo disse...

Mas lembra-me também uma canção de Ray Davies: Sitting in my Hotel, de Everybody´s a star, de 1972.

Forever é de...1970.


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Yo también pienso eso!!


Saludos,


Pablo.

Anónimo disse...

Tantos fãs dos Beach Boys:)
Já sabem da existência do Clube De Fãs Português da banda?
Juntem se a nós em:
http://beachboysworld.proboards49.com/index.cgi