RISO E RITMO LP 2054 - 1972
Acabada que está a temporada, e enquanto não chega o Euro 2008 para unir a plateia do café da D. Luzia, as atenções têm-se virado para as manigâncias que se desenvolvem em redor do futebol, as crises que assolam os clubes.
A discussão tem estalado forte. Para o Zé Gordo, mais Benfica que todo o Estádio da Luz em dias de lotação esgotada, a culpa da situação do clube é de todos, até o tratador da releva tem a culpa da crise do Benfica… e o roupeiro também… mas, apesar de tudo declara peremptório, e com solenidade:”não há pai para o Glorioso!”.
Para vincar o grito, trás à colação Victor Serpa, director de “A Bola”, quando afirmou que “uma vitória do Benfica pode aumentar as vendas em 40% ou mesmo mais”.
Tempo para o Fernandinho dizer da justeza das palavras citadas pelo Zé Gordo e lembrar que o Quique Flores, logo que chegou a Lisboa, afirmou aos jornalistas que já sabia que “sempre que o Benfica está bem, Portugal fica melhor”.
Mais: os jogos de futebol da Liga 2007/2008, transmitidos pela TVI em que o Glorioso participou lideraram a tabela de audiências. Nos dez jogos mais vistos, o Benfica destacou-se com oito, contra dois do clube de Alvalade e nenhum do actual campeão nacional.
A plateia ficou a olhar sem argumentos. Foi então que, entre o café e a amarelinha, deu-lhe para lembrar Maria Lúcia Lepecki a dizer, num programa, de há muitos anos, na RTP 2, que o Benfica fizera “mais pela aproximação de Portugal aos países lusófonos do que a diplomacia e os governos”, ou o Artur Semedo a dizer que” o Benfica é uma religião”, ou o professor Marcelo, nas suas escolhas dominicais: “o Benfica é superlativo”.
Também aquela história, contada pelo António Lobo Antunes, de que a guerra parava aos domingos para ouvir os relatos do Benfica. Mas do que sempre mais gostou, foi da frase que ouviu àquele velho alentejano, encostado ao balcão dum tasco, em S. Francisco da Serra, a navalhinha petisqueira a cortar uma côdea para entalar um pedacinho de queijo:”é melhor ser do Benfica do que ser rico".
Mas não disse nada e saiu para o ar da rua. Uma brisa fugidia inunda-lhe o rosto e um constrangimento estúpido, que desejava não ter, acompanha-o no regresso a casa. Poderia ir ver aquele DVD que comprou e ainda nem sequer lhe tirou o celofane, ou aquele livro que apenas folheou no dia de o comprar e não mais lhe pegou. Nas não, dirigiu-se à estante e retirou um LP que comprou numa terça-feira, dia de Feira da Ladra: “O Benfica é o Maior”.
Enquanto a agulha avança pelas espiras, vai à estante buscar a “Febre no Estádio”, de Nick Hornby, para reler o começo: “Apaixonei-me pelo futebol tal como viria, mais tarde, a apaixonar-me pelas mulheres: de súbito, inexplicavelmente, sem o menor sentido crítico, sem pensar na dor na perturbação que me viria a provocar".
Decididamente não tem ponta de emenda!...
Benfica Imortal – Olha que Graça - Benfica de Todos Nós – O Benfica é Portugal – O Joelho do Eusébio – O Benfica é Campeão – Benfica é o Maior – Campeão dos Campeões – Os Velhotes do Benfica – Benfica 71
Interpretações de “Os Benfiquistas” e “Conjunto Sem Nome”
Colaboração de Gin-Tonic
Acabada que está a temporada, e enquanto não chega o Euro 2008 para unir a plateia do café da D. Luzia, as atenções têm-se virado para as manigâncias que se desenvolvem em redor do futebol, as crises que assolam os clubes.
A discussão tem estalado forte. Para o Zé Gordo, mais Benfica que todo o Estádio da Luz em dias de lotação esgotada, a culpa da situação do clube é de todos, até o tratador da releva tem a culpa da crise do Benfica… e o roupeiro também… mas, apesar de tudo declara peremptório, e com solenidade:”não há pai para o Glorioso!”.
Para vincar o grito, trás à colação Victor Serpa, director de “A Bola”, quando afirmou que “uma vitória do Benfica pode aumentar as vendas em 40% ou mesmo mais”.
Tempo para o Fernandinho dizer da justeza das palavras citadas pelo Zé Gordo e lembrar que o Quique Flores, logo que chegou a Lisboa, afirmou aos jornalistas que já sabia que “sempre que o Benfica está bem, Portugal fica melhor”.
Mais: os jogos de futebol da Liga 2007/2008, transmitidos pela TVI em que o Glorioso participou lideraram a tabela de audiências. Nos dez jogos mais vistos, o Benfica destacou-se com oito, contra dois do clube de Alvalade e nenhum do actual campeão nacional.
A plateia ficou a olhar sem argumentos. Foi então que, entre o café e a amarelinha, deu-lhe para lembrar Maria Lúcia Lepecki a dizer, num programa, de há muitos anos, na RTP 2, que o Benfica fizera “mais pela aproximação de Portugal aos países lusófonos do que a diplomacia e os governos”, ou o Artur Semedo a dizer que” o Benfica é uma religião”, ou o professor Marcelo, nas suas escolhas dominicais: “o Benfica é superlativo”.
Também aquela história, contada pelo António Lobo Antunes, de que a guerra parava aos domingos para ouvir os relatos do Benfica. Mas do que sempre mais gostou, foi da frase que ouviu àquele velho alentejano, encostado ao balcão dum tasco, em S. Francisco da Serra, a navalhinha petisqueira a cortar uma côdea para entalar um pedacinho de queijo:”é melhor ser do Benfica do que ser rico".
Mas não disse nada e saiu para o ar da rua. Uma brisa fugidia inunda-lhe o rosto e um constrangimento estúpido, que desejava não ter, acompanha-o no regresso a casa. Poderia ir ver aquele DVD que comprou e ainda nem sequer lhe tirou o celofane, ou aquele livro que apenas folheou no dia de o comprar e não mais lhe pegou. Nas não, dirigiu-se à estante e retirou um LP que comprou numa terça-feira, dia de Feira da Ladra: “O Benfica é o Maior”.
Enquanto a agulha avança pelas espiras, vai à estante buscar a “Febre no Estádio”, de Nick Hornby, para reler o começo: “Apaixonei-me pelo futebol tal como viria, mais tarde, a apaixonar-me pelas mulheres: de súbito, inexplicavelmente, sem o menor sentido crítico, sem pensar na dor na perturbação que me viria a provocar".
Decididamente não tem ponta de emenda!...
Benfica Imortal – Olha que Graça - Benfica de Todos Nós – O Benfica é Portugal – O Joelho do Eusébio – O Benfica é Campeão – Benfica é o Maior – Campeão dos Campeões – Os Velhotes do Benfica – Benfica 71
Interpretações de “Os Benfiquistas” e “Conjunto Sem Nome”
Colaboração de Gin-Tonic
7 comentários:
Caro Hugo,
Benfica-Montpellier. Não me lembro do ano. Só sei que foi Quarta-feira à noite. Taça Uefa?
Enfim, o colombiano Valderrama fazia pela vida dos franceses, enquanto o nosso Valdo e o então regressado Chalana davam cabo dos franceses. Ganhámos 3-0 ou 3-1...
Mas o mais inesquecível dessa grande noite europeia, foi a frase que saiu da boca de um companheiro benfiquista: "melhor que ó Benfica, só as crianças... que são o futuro do Benfica!"
Viva o Benfica!!!!
Mai nada!!!
Filhote:
Vi o jogoda 1ª mão, em Montpellier, (foi em Setembro de 1988)e levei os meus filhos, na altura com 8 e 10 anos. Têm uma fotografia vestidos de encarnado com o Mozer, e o meu filho ainda hoje se lembra que ficou no hotel com o Veloso e o Chalana a tomarem conta deles enquanto nós íamos às compras. A minha filha casou com um benfiquista: vive em Madrid e têm Sport TV em casa para ver o glorioso. O meu filho, aqui há uns meses, estando na altura na Universidade em Singapura e ainda não tendo internet em casa, percorreu a cidade de táxi, às 3 da manhã, à procura de um cyber café para tentar ver um jogo do campeonato. Agora, em Fontainebleau, já descobriu um café de portugueses onde vê religiosamente os jogos com sardinha assada e cerveja Sagres.
É assim o amor ao Glorioso!!!!
Com todo o respeito e sem pretender ser "bera", só me apetece adoptar a frase de outrém... "Haja Deus! Só se estragou uma família".
No worries!
LT
"Benfica é o maior" ?
Mais correcto será "Benfica foi o maior"
Sou sportinguista mas tenho que admitir que, hoje em dia, "o Porto é que é o maior" (1-Liga dos Campeões, 1-Taça dos Campeões Europeus, 1-Taça Uefa, 2 Intercontinentais)
O Sporting não é o "maior", mas para mim (e para mais alguns milhões) é o "melhor". E isso para mim é suficiente.
Sardinha assada com cerveja ?
se fosse um maduro tinto vá que não vá . bibó o Porto
( cidade )
fernando batista = Porto
Fernando Baptista (atenção que vai ficar sem p): bibó o Porto? esqueceu-se do carago...!!!
Enviar um comentário