Já que fiz uma visita ao meu amigo Magalhães, jornaleiro, ferrenho do FC Porto, aqui fica também a lembrança da iniciativa do "Correio da Manhã" com a colecção de DVDs sobre a Guerra Colonial, dirigida por Joaquim Furtado e que em tempos passou na RTP1.
Cada DVD só custa € 6,95 (menos de metade do de Maio de 68) e também não é preciso comprar o jornal.
O que me parece - corrijam-me se estou enganado - é que estas vendas de DVDs (independentemente dos jornais) contam para as vendas dos próprios jornais, mesmo que sejam devolvidos.
Cada DVD só custa € 6,95 (menos de metade do de Maio de 68) e também não é preciso comprar o jornal.
O que me parece - corrijam-me se estou enganado - é que estas vendas de DVDs (independentemente dos jornais) contam para as vendas dos próprios jornais, mesmo que sejam devolvidos.
5 comentários:
A rádio morreu, os jornais, a crer no que Mr. "Ié-Ié" diz, de que os Dvds contam como tiragem, também já foram. Eu próprio não me estou a sentir nada bem.
Agora há que realçar que estes Dvds são importantissimos. Joaquim Furtado, com um assunto tão dificil, fez um trabalho muito meritório.
Guerra colonial:
Cerca de 14 mil mortos, 40 mil estropiados e deficientes, perto de 140 mil ex-combatentes com problemas psicológicos, as dolorosas despedidas na Rocha d'Óbidos. Mas como diz João Paulo Guerra em "Memórias das Guerras Coloniais", "não há estatisticas para a solidão, a ansiedade, o medo, o sofrimento, a dor."
Uma guerra sem sentido, estúpida e inútil.
Onde foste buscar estas estatísticas, companheiro? Não creio que tivesse sido tão elevadas. E há outra coisa: há muitas mortes no Ultramar que não são devidas à guerra. Durante a tropa, estive uns meses na Repartição de Justiça e Disciplina do Estado-Maior do Exército e uma das funções era a análise de processos de doença e/ou morte para efeitos de atribuição da respectiva pensão. E havia dezenas e dezenas de mortes que não eram provocadas pela guerra.
LT
Os números oficiais constantes da "Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974)", publicado em Março de 1988, pelo Estado Maior do Exército, apontavam para 8290 mortos em 13 anos de guerra. Neste número não estão considerados os mortos da marinha e da força aérea. O número de 14.000 mortos é retirado de um trabalho da Associação dos Deficientes das Forças Armadas que agora não tenho à mão, para indicar qual a data. O número de mortos parece-me algo dificil de apurar. Talvez daqui a alguns anos, com serenidade, se consiga chegar lá.Há que ter em conta que para além dos contingentes que saíram do continente, existiram também os contingentes de recrutados nascidos nas ex-colónias. Depois houve desertores e refractários. E ainda há aquele pormenor dos comunicados do "Serviço de Informação Pública das Forças Armadas" de então a informar dos soldados que morrerem "em desastre".
Importa, acima de tudo, fazer ressaltar, para além da quantidade de mortos, a ligeireza com que se perpetuou uma guerra profundamente confrangedora.
Olá luis
Como não podia deixar de ser,também tenho comprado esta "obra prima"do Joaquim Furtado desde o nº1 (diga-se de passagem que o Joaquim tem duas "obras primas",esta e a CATARINA ,apesar de achar que esta tem muito mais sumo, "a guerra colonial claro está!!!)
Oh LUIS
Pelos vistos,não tiraste o celofane do Dvd,não me digas que como de costume,compraste dois,um para vêr e o outro para guardar!!!
Ah!ah!ah!
Até na Guerra fui Hippie!No LUSO, em Angola fiz o meu primeiro ano como furriel vagomestre (sim, sim, aquele mesmo que...)e o segundo ano como musico!!O General Comandante das FA no Leste mandou formar um conjunto para animar os bailes de sàbado e domingo à noite no Hotel Luso para os Oficiais.De vez em quando saiamos de Nord Atlas para tocarmos para as Companhias que estavam isoladas no mato.Era viola ritmo, cantava o "Black Magic Woman" e o conjunto chamava-se "WOODSTOCK" (como nao podia deixar de sêr).Também animàvamos bailes privados com as filhas do Tenente Coronel e outras bonecas de estimaçao!Graças a Deus, tive uma santa tropa!
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