segunda-feira, 19 de maio de 2008

ET J'AI CRIÉ, CRIÉ, ALINE


Já que se fala muito de velhice neste IÉ-IÉ, lembram-se deste senhor? O seu verdadeiro nome é Daniel Bevilacqua, mas o nome artístico é CHRISTOPHE.

Nasceu nos arredores de Paris a 13 de Outubro de 1945. Vinte anos mais tarde, atingiu o vedetismo com um slow que o imortalizou e do qual se vendeu um milhão de exemplares!! Uma loucura para essa época!

"Aline" é o título dessa canção. No 'EGG' quando punhamos uma sequência de yé-yé francês, Christophe tinha sempre um lugar de destaque! Teve mais um sucesso nessa altura: 'Les Marionettes". Continua a cantar e bem.

Em 2004, no Olympia fez um duo com Madonna ("Les Mots Bleus" e "Amsterdam").

É pena que em Portugal não se ouça actualmente música francesa, pois há um movimento artístico de grande qualidade, poética e musical.

Discutimos imenso sobre Portugal, sobre a sua paixão de coleccionar velhos juke-boxes, discos raros e grandes filmes.Vai muitas vezes fazer telassoterapia a VilaLara, no Algarve, e adora a gastronomia do nosso Pais!

É um personagem bastante agradável e com uma boa cultura musical.

NB - Dava muito dinheiro para que o tempo voltasse atrás e pudesse dançar "Aline" com a Graça Gaspar!!!

Colaboração de José Oliveira, em Colmar (Alsácia, França)

8 comentários:

InimaGoncalves disse...

Realmente, a canção "Aline" do Christophe fez um sucesso que ultrapassou as fronteiras da França e inclusive influenciou muitos pais a batizarem suas filhas recém-nascidas de Aline. Eu tenho um CD com 11 canções de Christophe, entre elas "Aline" e "Les Marionnettes", da qual eu também gosto demais.
Inimá Gonçalves - Brasil
19/05/2008

ié-ié disse...

Além dessas, que vocês falam, tenho um especial carinho por "La Vie C'est Une Histoire D'Amour" que só consegui arranjar em CD há muito pouco tempo numa colectânea editada no Canadá!

LT

blog disse...

Ao contrário do que sucede em Portugal, artistas das décads de 60/70 (como Johnny Halliday, Michael Sardou, Christophe, etc.)continuam a ter um lugar de destaque na televisão francesa e nas charts

Zeca do Rock disse...

Pois é, blog1. Na Inglaterra e nos EUA existe também um verdadeiro culto pelos ídolos dessa época. Os espetáculos sucedem-se com lotações esgotadas e os velhotes continuam a faturar muito bem. Infelizmente, em Portugal, creio que estão à espera que morram os poucos sobreviventes para depois lhes tecerem os habituais elogios post-mortem. Porque talento, na nossa terra, só é reconhecido postumamente, quando já não colide com invejas e cobiças de terceiros...

josé disse...

No Sábado no Porto e hoje, em Lisboa, Georges Moustaki, apresentou-se ao público português, mais uma vez, desde há muitos anos.

Vi o espectáculo do Porto, e estava á espera de uma desilusão relativa. Enganei-me. O profissionalismo do músico de 74 anos e bastante debilitado, ainda assim, permitiu reviver os melhores momentos das suas canções.

Moustaki, tem meia dúzia de canções que são clássicos universais da música ligeira:
La solitude, Le Métèque, La Carte du tendre ( que não cantou), La liberté, La Révolution Permanente ( Maio 68 e o trotskismo), Joseph e Le temps de vivre, só para citar estas e esquecendo outras ( Danse, por exemplo), são pérolas musicais de todos os tempos.

A sala estava bem composta ( no Porto há público para estas coisas) e gostaria que toda a gente conhecesse essas canções.
São melhores que as do Zeca Afonso, o que é uma heresia, mas é mesmo assim ou então para não ser tanto, serão pelo menos tão boas quanto as melhores do cantor português.

Rato disse...

Curiosa comparação, José, eu que sempre olhei para o Moustaki como o Zeca Afonso francês. Não direi se melhor se pior, apenas que ambos foram compositores e intérpretes de eleição. Acima deles talvez só o Brel. E uma última constatação: José Afonso foi muito mais importante para os portugueses do que Moustaki para os franceses.

Zeca do Rock disse...

Tem piada, o Moustaki foi incomparavelmente mais importante para mim do que o Afonso... talvez pelo romantismo neo-realista de que compartilho.

Anónimo disse...

Osmeus Christophes estão em Lisboa com o meu irmão e seguramente que tenho Aline, Les marionnettes e mais um outro cujo nome não me recordo de momento...