Como se sabe, Daniel Bacelar é o fã português número um de Ricky Nelson. Foi aliás devido a uma interpretação sua, improvisada, de "Lonesome Town", nos corredores da Rádio Renascença, que em 1960 surgiu o primeiro disco português de rock.
Nesta imagem obtida no repasto dos Guedelhudos Grisalhos, Daniel Bacelar ostenta, orgulhoso, o seu cartão do clube de fãs de Ricky Nelson.
Nesta imagem obtida no repasto dos Guedelhudos Grisalhos, Daniel Bacelar ostenta, orgulhoso, o seu cartão do clube de fãs de Ricky Nelson.
15 comentários:
O Daniel Bacelar, é um bacano, como agora se diz. Enche um convívio, com a presença divertida.
Já recontei a historieta do "doesn´t arrive", várias vezes.
Hilariante.
O Daniel Bacelar que me perdoe, mas eu acho que o Ricky Nelson, se fosse vivo, é que devia ser fã dele. Prefiro o Daniel Bacelar, ao Ricky :). O Ricky Nelson entrou foi em alguns filmes históricos, se não me engano entrou no "Rio Bravo" com o John Wayne, e num da 2ª guerra mundial do qual não me recordo o nome mas que era bom e cheio de vedetas.
Olá José
Julgo que estou a falar com o José Forte o nosso amigo que têve a paciência e gentileza de vir com a mulher de Viana do Castelo para o nosso almoço convivio.
Estas coisas tocam-me profundamente,pois só demonstram que nesta sociedade em que tentamos sobreviver ainda há pessoas tão bem formadas e com o sentido da amizade para virem de tão longe para estarem umas horas de ameno convivio com pessoas com quem nunca tinham privado.
Assim vale a pena e são mais uns pontos a favôr do L.P.A e do seu blog IÉ-IÉ em conseguir reunir gente tão gira e enfim.....normal no meio de toda a anormalidade que nos rodeia.
É tão bom de vêz em quando encontrar assim um OÁSIS.
(Vá lá Luis!!!!Limpa a baba!!!)
Pela parte que me toca, fico sensibilizado pela bondade de Daniel. Pôr toda a gente a falar (e a discordar) é uma das finalidades do blog. O meu próximo objectivo é trazer José Almada a Lisboa para cantar para nós.
LT
Caro JACK
Confesso que não faço a minima ideia de quem tu és,ou se este é o pseudónimo de alguém que conheço.
Estiveste no nosso almoço.???
Para já o Rick tem uma obra discográfica riquissima,pois não se limitou a ser um "one hit wonder" como muitos,mas um artista completo.
Entrou em três filmes "RIO BRAVO" "THE WACKIEST SHIP IN THE ARMY" E "LOVE AND KISSES".
O tal filme de guerra "THE LONGEST DAY" (o dia mais longo)não têve a sua participação mas sim do Paul Anka Tommy Sands e outros.
Tive a sorte de me ter correspondido com ele por intermédio de um seu amigo de infância Jim Ritz e só te dêvo dizer que será dificil haver tipo mais modesto e agradecido que o Rick Nelson.
Foi pena ter morrido de uma maneira tão estúpida,pois estou certo que o nosso encontro teria sido uma realidade.Diga-se de passagem,que até já estava agendado para daí a dois meses.
Desculpa,mas quando falo do RICK,esqueço-me completamente que estas histórias não interessam nada senão aos intervenientes.
Resumindo,o Rick pelo menos para mim,era o maior,eu não passei de um puto que por puro acidente gravou seis E.P.s entre os 17 E os20 anos,foi muito divertido,felizmente a minha vida seguiu outros rumos,portanto qualquer comparação entre um grande artista (RICK NELSON) e um puto que foi bafejado pela sorte numa terra onde nada acontece (pelo menos de interesse) é no minimo ridicula.
De qualquer maneira,muito obrigado pela bôa vontade demonstrada.
Daniel Bacelar:
Eu vejo a coisa por outro prisma. Vale sempre a pena conviver com alguém que nos pode ensinar alguma coisa. Sobre si mesmo ou sobre os outros e a vida em geral.
Se nessas equações entrarem aqueles assuntos que mais gosto e que são a música, as memórias de um tempo que vale a pena recordar pela riqueza dos seus acontecimentos, e ainda a generosidade de partilhar essas coisas que alguns têm, as viagens de muitos quilómetros são sempre um prazer.
Quem corre por gosto, não cansa, costumava dizer-se.
Quanto ao filme da 2ª guerra, já fui ver e vi que me enganei, escrevi de memória, peço desculpa. Não estive no almoço, embora já o tenha visto cantar ao vivo, mas só nos espectáculos da AA60(no Olga Cadaval o Daniel chegou com a sua T-shirt do Ricky Nelson :) )...e tive á pouco tempo ao pé de si, mas obviamente não falámos porque não tenho o prazer de o conhecer pessoalmente. Foi nos Sheiks no S. Luiz, no dia em que também estava o José Luís dos Ekos, que os Sheiks referiram no palco, mas não a si, o que estranhei, provavelmente já lá teria ido mais vezes e já o teriam feito noutra noite.
O Ricky Nelson teve de facto uma carreira um destaque diferente do Daniel Bacelar, mas eu que até gosto de ouvir o Ricky, posso preferir as suas versões. Mas se calhar uma das grandes diferenças esteve mesmo no facto de terem origem em países e ,mercados diferentes. O Fabian por exemplo também faz parte da história do Rock, e no entanto não chega aos calcanhares de um Daniel Bacelar ou Zeca do Rock. Assim como acho que os Sheiks não ficam a dever nada a grupos contemporÂneos Ingleses, mesmo não se podendo comparar carreiras e vendas ou destaques internacionais.
Mas esta é só a opinião de alguém que tomou contacto com estas coisas de trás para a frente, pois só nasci em 1966 :)
Outra questão que gostaria de lecantar, se acharem que tem interesse, a propósito de a sua vida profissional ter tomado outro rumo. Será impressão minha, mas foram para a TAP uma série de músicos dos anos 60, assim de memória lembro-me de si, do Luís de Freitas Branco e do João Charana dos Guitarras de Fogo...se calhar é impressão minha e não havia mais, ou foi só coincidência. Mas sempre tive curiosidade em saber se havia alguma relação directa, ou se foram acasos. Peço desculpa por puxar assunto off topic.
E foi graças à TAP que o "Em Órbita" tinha os discos que tinha. Ou era alguém do "Em Órbita" mesmo que era da TAP (José Gil, irmão de Jorge?), ou algum amigo, que estava sempre em Londres e facilitava os discos.
Já que se fala em TAP, terei novidades em breve. A TAP acaba de patrocinar uma série de colectâneas da lusofonia.
LT
Caro Jack
Tens toda a razão,a MINHA TAP (e digo minha pois enquanto lá estive -41 anos-havia uma união solidariedade e amizade que pelo que me chega hoje aos ouvidos já não existe)era um depósito de artistas frustrados,que na sua ãnsia de conhecer coisas novas encetavam uma carreira na aviação comercial para inveja de muita gente,pois devido ao acordo entre companhia aéreas,as viagens ficavam-nos por quase nada.
Todos esses amigos de que falas fôram meus colegas bem como o João Vasco (TELESTAR)o Antonio Luis Gomes (filho do maestro Joaquim Luis Gomes)e tantos outros.
Nunca ninguém se lembrou,mas com a prata da casa,tinham-se feito grandes festivais de Rock.
Lembro-me perfeitamente dos Sheiks mo S.luis e até foi engraçado,pois na véspera o Edmundo (sheiks)tinha-me telefonado e eu disse-lhe que no dia seguinte tinha comprado bilhetes mais uma série de malta dos blogs.Ficou todo satisfeito,mas mentiria se não dissesse que fiquei um pouco magoado quando agradeceram a presença do Jaime Queimado e outros e não falaram em mim.
Alguém lhe deve ter dito,e o Edmundo estêve talvêz dois meses sem dar sinal de vida,pois como lhe telefonei no final do espectáculo,a dizer que tinhamos gostado muito,deve-se ter apercebido da gaffe.
Foi preciso tempos depois eu telefonar-lhe a saber se estava bonzinho,mas nunca comentámos o caso.
Eu e o Edmundo somos daquelas amizades com mais de 30 anos,que nada deita a baixo,e o "bom alentejano" como eu lhe chamo,é o tipo mais solidário e amigo que conheço,e aqueles dois meses devem ter sido um inferno para ele.Acho que temos de ter a noção das nossas limitações e do país em que vivemos e fazer comparações entre mim e o Rick ou qualquer outro idolo da época é no minimo ridiculo.
Acarinhar os nossos artistas,é uma coisa,agora há que ter a noção das realidades.
Um abraço
daniel bacelar
Caro José
Estou plenamente de acordo contigo 400%.
Acho o convivio entre as pessoas absolutamente indispensáveis,deixando sempre á porta as suas ideias politicas.
Há tanta coisa para utilizar como tema de conversa e passar uns momentos agradáveis.
Digo isto,pois ainda há pouco tempo as pessoas em vêz de conversarem,desconversavam,o que tornava o dialogo impossivel.
Foi um prazer pelo menos na nossa zona da mesa,conseguirmos falar e relembrar tanta coisa gira,sem entrar noutris temas que não eram para ali chamados.
Está provado que o convivio é possivel.
Viva a música e a época em que a vivêmos!!!
Isto é um lugar comum,mas já reparaste que no final de contas fômos tão felizes e nunca démos por isso???
O José Gil viveu de facto alguns anos fora de Portugal (não em Inglaterra), mas nunca teve nada a ver com a TAP. Embora fosse (e ainda seja) um apaixonado e um especialista, não era ele o fornecedor dos discos para o programa.
Esse almoço dos "guedelhudos grisalhos" deve ter sido uma maravilha!
Não vou escrever que sinto inveja de vocês, por que a inveja é um sentimento que não conheço. Além disso, vivo numa cidade - Rio de Janeiro - onde a mesquinhez lisboeta simplesmente não existe.
Adiante. Adorava ter estado nesse almoço. Pelo convívio, pelas histórias trocadas à volta da música, do cinema (alô daniel!) e afins. Pelo Ié-Ié, Teresa, etc, etc...
Vou tentar ir ao próximo. Quem sabe, levo comigo a guitarra e o Zeca do Rock...
Sobre o Daniel, só posso dizer que é uma pessoa maravilhosa, de coração gigante. Ele e a Fernanda. E quando ele canta, o tempo pára, e somos transportados para outros destinos... "Lonesome Town", por exemplo...
Fico com a ideia de que o Queirosiano sabe muito sobre o "Em Órbita". Não quererá partilhar com um texto sobre o programa?
Eu, pela minha parte, ataco dentro de dias com uma novidade...
LT
Fico muito sensibilizado com a proposta de Mr. Ié-Ié, mas acho que há histórias que são idealmente contadas pelos protagonistas.
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