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Canção de Madrugar - Canção de Amanhecer
Dos doze que, numa sala cheia de fumo, ao fundo uma televisão ainda a preto e branco, a emborcar cálicezinhos de Anis Escarchado, só dois apostavam nesta canção como vencedora do Festival TV da Canção de 1970: este escriba e o Armindo.
Mas o primeiro lugar foi para “Onde Vais Rio que eu Canto”, de Nóbrega e Sousa e Joaquim Pedro Gonçalves, interpretada por Sérgio Borges.
Ao tempo fiquei chateado que nem um perú (também fiquei - nota do editor). Hoje não vejo as coisas assim e reconheço que “Onde Vais Rio Que Eu Canto” é uma canção bem interessante (aí estamos em desacordo - nota do editor), não deixando de continuar a pensar que o poema de Ary dos Santos tinha força e qualidade.
No meu fraco entender há um pormenor que fez com que as coisas acontecessem assim: a interpretação.
Hugo Mais de Loureiro não soube dar voz ao texto, logrando uma interpretação sem chama. Acresce que Sérgio Borges tinha uma certa aura como vocalista do Conjunto Académico João Paulo e isso foi um peso que fez desequilibrar a balança.
Este foi o ano em que a RTP, ou alguém por ela, fez birra, e não se fez representar na Eurovisão.
A justificação encontraram-na no facto de, na edição anterior, os júris dos diversos países, por motivos políticos, não terem dado o devido valor à “Desfolhada” cantada pela Simone.
Ah! Se o ridículo matasse!...
Uma bela capa de Manuel Vieira. O Intróito participa nos coros e os arranjos e direcção são de Thilo Krasmann. A música é de Nuno Nazareth Fernandes para poemas de José Carlos Ary dos Santos.
Colaboração de Gin-Tonic
Canção de Madrugar - Canção de Amanhecer
Dos doze que, numa sala cheia de fumo, ao fundo uma televisão ainda a preto e branco, a emborcar cálicezinhos de Anis Escarchado, só dois apostavam nesta canção como vencedora do Festival TV da Canção de 1970: este escriba e o Armindo.
Mas o primeiro lugar foi para “Onde Vais Rio que eu Canto”, de Nóbrega e Sousa e Joaquim Pedro Gonçalves, interpretada por Sérgio Borges.
Ao tempo fiquei chateado que nem um perú (também fiquei - nota do editor). Hoje não vejo as coisas assim e reconheço que “Onde Vais Rio Que Eu Canto” é uma canção bem interessante (aí estamos em desacordo - nota do editor), não deixando de continuar a pensar que o poema de Ary dos Santos tinha força e qualidade.
No meu fraco entender há um pormenor que fez com que as coisas acontecessem assim: a interpretação.
Hugo Mais de Loureiro não soube dar voz ao texto, logrando uma interpretação sem chama. Acresce que Sérgio Borges tinha uma certa aura como vocalista do Conjunto Académico João Paulo e isso foi um peso que fez desequilibrar a balança.
Este foi o ano em que a RTP, ou alguém por ela, fez birra, e não se fez representar na Eurovisão.
A justificação encontraram-na no facto de, na edição anterior, os júris dos diversos países, por motivos políticos, não terem dado o devido valor à “Desfolhada” cantada pela Simone.
Ah! Se o ridículo matasse!...
Uma bela capa de Manuel Vieira. O Intróito participa nos coros e os arranjos e direcção são de Thilo Krasmann. A música é de Nuno Nazareth Fernandes para poemas de José Carlos Ary dos Santos.
Colaboração de Gin-Tonic
5 comentários:
Realmente a capa é muito bonita.
E a música também! Apenas uma rectificação: Portugal não participou no Festival de 1970 por não concordar com o sistema de votação que permitiu a quádrupla vitória de 1969, e juntou-se assim à Áustria, à Finlândia, à Noruega e à Suécia. Para "compensar", Sérgio Borges acabou por ser nesse ano de 1970 o primeiro representante de Portugal no Festival Yamaha de Tóquio, precisamente com "Onde Vais Rio Que Eu Canto".
Foram estas músicas- Onde vais rio que eu canto e Canção de Madrugar - que me despertaram para o interesse na música popular.
Foi nessa altura que comecei a comprar o Mundo da Canção, no número 6. COm Paulo de Carvalho na capa e que cantava Corre Nina e que ficou em 4º
Mas ninguém fala da 3ª- Verdes Trigais, dos Intróito...
Pois, os Intróito ficaram talvez um pouco esquecidos, e o seu legado bem que justifica uma redescoberta. O EP "Andorra", de 1972, é uma pequena maravilha de folk pop - as 4 vozes em harmonia marcavam a diferença.
Gostava de poder contactar o Hugo Maia de Loureiro, toco numa banda e tocamos a canção de madrugar e gostavamos de o poder ocntactar
Se puderem ajudar mandem um mail para paulocrosado@hotmail.com
Obrigado
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