Em nome dos milicianos do 25 de Abril (mesmo sem os consultar), dedico o dia de hoje ao nosso amigo Daniel Bacelar.
Sem ele - 25 de Abril - o nosso co-Rei do Yé-Yé estaria em Caxias a expiar os seus delitos de opinião.
Viva o 25 de Abril!
Sem ele - 25 de Abril - o nosso co-Rei do Yé-Yé estaria em Caxias a expiar os seus delitos de opinião.
Viva o 25 de Abril!
23 comentários:
Abusando um pouco aqui do Blogue, aqui vai o meu enorme agradecimento a todos aqueles que contribuiram para o 25 de Abril, para a queda do regime fascista e para, pelo menos durante algum tempo, se ter vivido um sonho bonito e a sensação de festa que que o tempo encarregou de abafar e que dificilmente se repetirá. O MFA cumpriu o seu dever, os Portugueses não souberam aproveitar o tesouro que tiveram nas mãos.
VIVA O 25 ABRIL ! VIVA O MFA !
Mas o José acha que o que se seguiu ao 25 de Abril foi uma ditadura. Para ele não houve festa nenhuma.
Uma das grandes vantagens do 25 de Abril foi permitir que as pessoas exprimam livremente as suas opiniões, inclusive discordar do próprio 25 de Abril. :)
Meus queridos amigos
Não acredito que ninguém de bom senso e com vergonha na cara,não tenha sentido uma enorme alegria no 25 de Abril.
O diabo,veio depois....!!!!!
O Jack,tirou-me as palavras da bôca,pois é exactamente isso que eu penso,e esta dedicatória do LUIS (TITÁ)á minha pessoa não passa de mais uma das acostumadas provocações que ele gosta de fazer para pôr as pessoas "á bulha".
Permito-me discordar do segundo comentário do Jack,pois na realidade hoje em dia podes dizer tudo o que quizeres,o diabo é que ninguém te liga.
Diga-se de passagem que isso foi um dos erros do antigo regime,pois se não têm andado a persegur quem discordava,e tem aplicado aquela máxima :
Deixa-os falar que a gente já os atende!!!!!
AINDA CÁ ESTAVAM!!!!!!!E VIVA O BENFICA O SPORTING E O PORTO!!!
Não tentemos arranjar culpados nos outros,quando somos todos cúmplices da miséria em que vivemos.
Algo se passou genéticamente nesta ponta da Peninsula Ibérica,pois justiça lhes seja feita"nuestros hermanos"são completamente diferentes para melhor!!!!
Mas enfim,isto foi um simples desabafo,pois o Luis resolveu provocar-me,e este BLOG julgo que não foi feito para estas coisas mas sim para se falar de música.
Entretanto podem ir falando á vontade,que eles não lhes ligam nenhuma!!!!
JÁ ESTÃO TODOS BEM "ENCAIXADOS"Á SOMBRA DESTA DEMOCRACIA Á PORTUGUESA!!!
PORQUE SERÁ QUE NUNCA CONSEGUIMOS FAZER NADA DE JEITO????
POIS É, É GENÉTICO JÁ O D.AFONSO HENRIQUES INAUGUROU ESTA "TRETA" A BATER NA MÃE!!!
MEUS AMIGOS,NÃO LIGUEM QUE EU SOU MALUCO E TENHO A MANIA DA PERSEGUIÇÃO,....
Daniel, não posso concordar com o conformismo. O problema é as pessoas pensarem que ninguém as ouve, também é verdade que a isso foram levadas pelos bombardeamentos ao longo destes anos por parte dos "comentadeiros" que pululam pelas nossas TVs. As pessoas são tão ouvidas e tidas em conta, que são elas que escolhem quem lá anda. Os governos são eleitos pela soma dos votos de cada um, e aqui cada um só tem direito a um voto (no Benfica eu tenho 20 por exemplo). Não podemos é querer uma coisa na prática e depois na hora em que temos uma palavra a dizer, escolher outra coisa. Não podemos ter escolhido uma via, e agora queixarmo-nos por causa do sítio onde a via que escolhemos nos levou. Mas a História mostra-nos que nada é imutável, a pior coisa que poderia acontecer ao Homem era deixar de sonhar e de acreditar que o sonho é possível. Os falhanços históricos devem servir como lições para melhorar o futuro. Mas nunca aceitar que não há nada a fazer, até o Império Romano parecia eterno, durou 1000 anos...e foi derrotado por quem acreditou quando em algo que parecia impossível.
Caro Jack
Gostaria de responder ao teu simpático comentário,expondo-te as minhas ideias,mas não me parece que este blog seja o indicado para isso,pois é dedicado á música e seus derivados,e não me parece justo estar a chatear os outros com as nossas filosofias.
Para tal,caso não queiras divulgar publicamente o teu endereço de e-mail.aqui vai o meu ,para que assim me o possas revelar e então particularmente,responder-te.
DBACELAR@GMAIL.COM
25 de Abril de 1974 à parte - foi bonita a festa, pá -, não é verdade que a revolução tenha trazido liberdade e livre expressão de opiniões.
Deixo aqui exemplos:
1. A perseguição movida a António Calvário e outros.
2. A destruição de inteiros acervos de livros e discos em bibliotecas e rádios.
3. A ditadura de opinião - e censura -, de José Saramago no Diário de Notícias.
4. De como a notícia da morte de João de Freitas Branco foi proibida em O Independente - já aqui relatei o episódio.
5. De como o meu ex-sogro, jornalista antes do 25 de Abril, nunca mais pôde escrever uma linha, e foi obrigado a fugir para Espanha com a família... e nunca foi fascista!!!
6. De como terras e empresas foram literalmente saqueadas pelo PREC...
7. De como as FP 25 "eliminaram" certas pessoas, quais assassinos a soldo, permanecendo impunes até hoje.
8. De como o referido João de Freitas Branco foi "perseguido" por ter feito parte do governo Vasco Gonçalves.
9. De como a lei que introduzia o Hino Nacional nas escolas foi abafada, embora o desafio de Scolari no Euro 2004 tenha vingado...
etc, etc, etc, etc, etc...
E concordo com o Daniel: falemos de MÚSICA!!!!
É crucial que não se tomem certas peripécias, por muito trágicas que tenham sido, por aquilo que é essencial.
O Portugal pré-25 de Abril era um país atrasado e pobre em termos europeus, que mantinha uma guerra cada vez mais insustentável. Para isso baseava-se num aparelho repressivo completamente retrógrado e anacrónico. Quem naquela altura viajasse para lá de Espanha apercebia-se claramente das diferenças de sociedade.
Outra coisa foram os desmandos do PREC. Não se chegou felizmente a uma ditadura porque o país tinha acabado de se livrar de outra e soube reagir a tempo. Mas alguns bem tentaram.
O estado de democratização e de desenvolvimento do país nestes anos não pode ser ignorado. Invocar casos individuais de disfuncionamentos, de corrupção ou de incompetência e generalizar a partir daí não é intelectualmente defensável numa discussão séria.
Muitos dos que criticam o 25 de Abril e elogiam os tempos que o antecederam estão muitas vezes a falar de coisas que não conheceram, porque na altura eram crianças ou nem sequer tinham nascido.
Além disso, seria muito interessante sabermos qual é a participação construtiva e democrática de muitos daqueles que são tão certeiros a criticar.
Meus amigos, somente um curto comentário, porque este tema põe-me nervoso e preciso desabafar - como o Daniel.
Fui perseguido antes do 25 por ser democrata, logo, suspeito de ser comunista (o que nunca fui, graças a Deus). Cheguei a ser preso pela PIDE, aquando das greves académicas do início dos anos 60. Poucas semanas após o 25 comecei a ser perseguido por suspeito de ser fascista (era militante do PS).
Pequeno empresário, foi-me tudo roubado pelo PREC, movido pelos cantos-livres "revolucionários" de artistas burgueses, que "fizeram opção de classe" de um dia para o outro. Assisti a banquetes em herdades no Altentejo transformadas em "cooperativas" de ladrões, onde valia tudo: estragar, esbanjar, ostentar, destruir. Em nome de um marxismo-leninismo de mentirinha, no qual ninguém acreditava, mas que era desculpa para todos os desmandos. Perguntem ao presidente da comissão europeia...
Apesar de tudo isso, e a despeito de toda a família do lado inglês se ter sabiamente retirado para o seu país de origem, mantive-me estoicamente na luta até 1987, acreditando numa mudança para melhor. Enganei-me.
Entre o fascismo e a bandalheira, o diabo que escolha. Eu escolhi a porta de saída. Com alguma mágua, a princípio. Com plena satisfação pelo passo dado, agora.
O último a sair, não se esqueça de fechar a porta, OK?
Quando se deu o 25 de Abril de 1974, eu tinha apenas 7 anos de idade.
Porém, as palavras desiludidas do Zeca do Rock não andam muito longe daquilo que sinto por Portugal. Aguentei esse país que derrota, também estoicamente, até 2005. Depois, desliguei a luz e fechei a porta (a minha).
Não critico a "revolução dos cravos". Nunca critiquei. Nem precisava de o fazer. E não é pelo facto de não ter vivido a época como adulto. Qualquer historiador ou comentador político fala do Império Romano e da Revolução Russa com o devido, e necessário, distanciamento pessoal.
Afinal de contas, somos ou não somos livres de expressar as nossas opiniões???????
E, caro "um", também não é << intelectualmente defensável numa discussão séria >> afirmar que << Portugal era um país atrasado e pobre em termos europeus. >>. Pois era, sem dúvida. Mas deixou de o ser????????????
Portugal é, de facto, um país atrasado. Principalmente, na mentalidade, na forma como se agarra com unhas e dentes ao passado. Um passado pouco interessante e glorioso, por sinal. Pior ainda: os portugueses vivem mal. Vivem tristes.
O Brasil é um país do 3º mundo. É um facto. Todavia, meus caros amigos, os brasileiros saboreiam a vida. E não querem saber dessa medonha melancolia lusitana. Nem eu quero.
Portugal é um país lindo. O 25 de Abril foi uma bonita festa, pá, ninguém duvida, muito menos eu, mas... há sempre um mas!!!
Caro Filhote, perdi-me.
Estávamos a falar das consequências do 25 de Abril, que você resumiu a uns quantos faits-divers. Não é com certeza assim que os historiadores analisam o Império Romano e a Revolução Russa.
Agora fala na mentalidade portuguesa. É um bom tema de discussão, mas está longe de ser a mesma coisa.
Parece-me que o seu problema não é com o 25 de Abril, é com Portugal. E, por arrastamento, com os portugueses, de quem visivelmente não gosta, independentemente do regime político.
Está no seu pleno direito. Mas não misture as coisas.
Para acabar de vez com os equívocos:
1. Nunca pretendi fazer uma análise, nem sequer superficial, das benéficas ou nefastas consequências do 25 de Abril na vida moderna portuguesa. Apenas desabafei: << 25 de Abril à parte, não é verdade que a revolução tenha trazido liberdade e livre expressão de opiniões.>>
Depois, relatei uma série de exemplo factuais. Para si, talvez sem importância, para outros, traumáticos. Há que ter respeito por esses "fait-divers" que formam a vida de outros...
2. Historiadores e comentadores políticos falam do Império Romano e da Revolução Russa. Não eu. Não sou uma coisa nem outra. Não entendeu por que razão escrevi sobre essa matéria, caro "um"? Escrevi, por que você acha que quem não viveu certos momentos históricos não está habilitado para o fazer. Pelo menos, na forma conveniente.
3. Para não gostar dos portugueses ou ter qualquer problema com eles, teria primeiro de olhar-me no espelho. Sou 100% português. Por isso, reponho a ideia... para não gostar de mim ou ter qualquer problema comigo próprio...
Sentiu-se ofendido, caro "um"? Eu, não!!!
4. Caro "um", também vive na ilusão de que Portugal não é um país atrasado, triste, por onde rastejam a mesquinhez, a inveja, a hipocrisia...
5. O 25 de Abril foi um sonho... e agora que acordámos - ou ainda dormimos? -, renovemos a utopia, olhando para o presente e o futuro. Não para o passado.
Acho que fui mal compreendido. Ou mal lido...
E, para terminar... a mentalidade portuguesa...
Caro "um", não sabia que são as mentalidades a força motriz das nações, da humanidade?
Ou serão os pés?
Não foi uma crescente mudança na mentalidade social e política que levou os portugueses a unirem-se na revolução?
Parece-me que não misturei as coisas. A mentalidade portuguesa é indissociável de tudo o resto. Mais: é a génese de tudo!
Como diria o meu avô João de Freitas Branco, ou o meu "tio" Vasco Gonçalves - como os idealistas são tão mal-amados! -, << o problema é a cabeça das pessoas >>...
Julgo que percebi o que escreveu. E para ter a certeza, vou recapitular.
Para situar as coisas, estávamos a falar do que de bom ou mau terá trazido o 25 de Abril (reveja o encadeamento dos comentários que aqui foram feitos).
Aqui fica a sequência da sua argumentação.
Primeiro: a revolução não trouxe liberdade nem livre expressão de opiniões (vê-se que conheceu bem o que se passava antes).
Segundo: afirma que Portugal é um país atrasado, sobretudo nas mentalidades, em resposta ao meu comentário de que o estado de desenvolvimento do país não pode ser ignorado. Ou seja, eu falo de uma coisa, e responde-me falando de outra.
Terceiro: adianta que Portugal é "um país atrasado, triste, por onde rastejam a mesquinhez, a inveja, a hipocrisia", e diz que desligou a luz e fechou a porta. Para acrescentar logo a seguir que não tem problemas com Portugal e os portugueses ( o que seria se tivesse...?)
Quarto: informa-me de que " são as mentalidades a força motriz das nações, da humanidade". E ironiza esclarecendo-me de que não são os pés. Touché!
Quinto: logo a seguir diz que o 25 de Abril se deveu a uma mudança de mentalidade. Devia querer dizer que se deveu a uma mudança da consciência das condições sociais. Até porque, seguindo o fio do seu pensamento, a mesma mentalidade horrível se terá mantido imutável até aos nossos dias ("na forma como se agarra com unhas e dentes ao passado").
Sexto: reviravolta desconcertante: lembra-me que os idealistas são mal-amados. Admito que sim, mas até ao momento parecia-me que estávamos a tentar falar de outras coisas.
Como discussão, convirá que é um bocado errático. Quanto a misturar ou não as coisas, releia com atenção a sequência dos seus argumentos.
Caro Filhote, desisto.
Acompanhei com interesse esta troca de pontos de vista, em que não quero intrometer-me, mas há uma interrogação a que não resisto: o Saramago não era um dos executantes do "idealismo" do Vasco Gonçalves ?
O que eninguém disse é que o 25 de Abril foi - na sua génese - uma revolta militar de carácter reivindicativo-salarial, muito bem aproveitada pelo PCP e outras forças totalitárias, que só não transformou Portugal numa ditadura comunista graças à liderança do PS, da Igreja Católica e da Confederação dos Agricultores, fortemente apoiados pela maioria (silenciosa?) do povo português, que não queria sair de uma opressão para entrar noutra. Lembram-se de Rio Maior? Nada como isso tinha acontecido desde Aljubarrota!...
Sim, Zeca do Rock, sempre ouvi dizer lá em casa, da boca de pessoas que ajudaram a desencadear a revolução, que o 25 de Abril foi consequência directa da insatisfação salarial dos militares. Mas não só...
E, sim, Queirosiano, o escritor José Saramago era um dos pontas-de-lança do "idealismo" de Vasco Gonçalves. Um ponta-de-lança terrível. Implacável. Demolidor. Tirânico. Por isso, referi-o num dos meus posts, acerca da época em que esteve no Diário de Notícias.
Convivi com Vasco Gonçalves por razões familiares. Jamais partilharia do seu "idealismo". Embora eu tenha uma certa admiração pelos idealistas puros, sejam eles comunistas ou fascistas... o que não é o caso de José Saramago...
Mas deixemos o 25 de Abril lá onde está, e falemos de Música, Cinema, Literatura, Teatro.
Celebremos o Rock'n'Roll!
Yeah! Yeah! Yeah! Yeah!
MEUS AMIGOS
Já estamos a 27,o 25 já lá vai,mas algo incumensurávelmente (Luis,isto não é um palavrão!!!att)mais importante aproxima-se a passos largos!!!
Dia 9 de Maio (Muito mais importante que o dia 1)a MANELA MOURA GUEDES está finalmente de volta aos ecrans da TVI.
AGORA PERGUNTA-SE:
Como é que os BOTOX que ela pôz na tromba vão caber num vulgar ecran de TV???
Só em 16 por 9 ou widescreen se não fôr CinemaScope.
Este oportuno dilema deixa-me preocupadissimo,(muito mais que a crise no PSD ou do BENFICA),e gostaria de saber a vossa opinião.
Temos de concordar que é um evento da maior importância.!!!
Entre vocês todos, quantos é que foram ao Ultramar?Passei 4 anos e meio no serviço militar obrigatorio Português e, agora, para efeitos de contagem de tempo para a reforma, a Administraçao Francesa diz-me que aceita esse tempo com uma unica condiçao: que o Governo Português comece por aceità-lo!E é preciso que todos saibam que o Governo Português RECUSA tal proposiçao pelo motivo que, sendo estudante no momento da incorporaçao, nunca descontei para a Segurança Social!!Foram-me buscar ao Instituto, dei 4 anos e meio da minha vida ao servico nacional e agora recusam responsabilidades!!!UMA AUTENTICA VERGONHA!!!!
Cheguei a estar mobilizado para a Guiné, mas acabei por não embarcar.
Toda a gente que eu conheço que fez tropa no Ultramar tem o tempo a dobrar para efeitos de reforma.
LT
Também recebi um documento militar que me concede 5 anos e tal para os 4 anos de serviço efectivo.Mas isso nao me serve de nada, porque, repito, o Estado Português recusa enviar um documento onde reconheça oficialmente, para efeitos de reforma, essa contagem de tempo.Nem sequer de dinheiro se trata!Haverà alguém com situaçao idêntica?
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