A GNR abriu hoje uma vez mais as portas do comando-geral no Quartel do Carmo, em Lisboa, para uma sessão semi-pública sobre a Revolução do 25 de Abril:
Abrilista convicto, o comandante-geral da corporação, tenente-general Mourato Nunes, tem tido ao longo do seu mandato a preocupação de abrir a GNR à sociedade civil, organizando iniciativas nesse sentido, a mais importante das quais terá sido a que foi hoje apresentada.
Pouco tempo após ter tomado posse, Mourato Nunes encarregou o historiador da Guarda, então capitão Nuno Andrade, de estudar e pesquisar os acontecimentos de 25 de Abril de 1974 no interior do Quartel do Carmo com a rendição de Marcello Caetano e a entrega do poder a Spínola.
Após 4 anos de investigação, o agora major Nuno Andrade apresentou esta tarde o seu trabalho em livro, "Para Além Do Portão - A GNR E O Carmo Na Revolução De Abril" (Guerra & Paz, 2008, €17.50) , perante o gáudio do comandante-geral e de alguns capitães de Abril presentes, como Vasco Lourenço, Carlos Beato (actual presidente da Câmara de Grândola - o que não deixa de ser uma curiosidade) e Maia Loureiro.
Não é este o local para debater o assunto - embora o 25 de Abril seja uma das matérias que mais me fascina, até porque nele participei como miliciano - mas gostaria de deixar aqui um ou dois apontamentos (quanto ao resto, façam o favor de ler o livro).
O então alferes miliciano Carlos Beato recebeu ordens do seu comandante capitão Salgueiro Maia para conduzir o deposto chefe do governo Marcelo Caetano à Pontinha (onde estava sediado o Posto de Comando do MFA).
"Mas, meu capitão, onde é a Pontinha?".
O alferes miliciano Maia Loureiro, oficial da coluna de Salgueiro Maia, e que escoltou a difícil entrada do Mercedes de Spínola no quartel do Carmo, está hoje no "outro lado da barricada", ou seja, é coronel da GNR.
Manifestamente satisfeito, o tenente-general Mourato Nunes resumiu o 25 de Abril no Carmo: "a GNR resistiu ao apelo das armas e soube ser cúmplice e obreiro da paz".
Abrilista convicto, o comandante-geral da corporação, tenente-general Mourato Nunes, tem tido ao longo do seu mandato a preocupação de abrir a GNR à sociedade civil, organizando iniciativas nesse sentido, a mais importante das quais terá sido a que foi hoje apresentada.
Pouco tempo após ter tomado posse, Mourato Nunes encarregou o historiador da Guarda, então capitão Nuno Andrade, de estudar e pesquisar os acontecimentos de 25 de Abril de 1974 no interior do Quartel do Carmo com a rendição de Marcello Caetano e a entrega do poder a Spínola.
Após 4 anos de investigação, o agora major Nuno Andrade apresentou esta tarde o seu trabalho em livro, "Para Além Do Portão - A GNR E O Carmo Na Revolução De Abril" (Guerra & Paz, 2008, €17.50) , perante o gáudio do comandante-geral e de alguns capitães de Abril presentes, como Vasco Lourenço, Carlos Beato (actual presidente da Câmara de Grândola - o que não deixa de ser uma curiosidade) e Maia Loureiro.
Não é este o local para debater o assunto - embora o 25 de Abril seja uma das matérias que mais me fascina, até porque nele participei como miliciano - mas gostaria de deixar aqui um ou dois apontamentos (quanto ao resto, façam o favor de ler o livro).
O então alferes miliciano Carlos Beato recebeu ordens do seu comandante capitão Salgueiro Maia para conduzir o deposto chefe do governo Marcelo Caetano à Pontinha (onde estava sediado o Posto de Comando do MFA).
"Mas, meu capitão, onde é a Pontinha?".
O alferes miliciano Maia Loureiro, oficial da coluna de Salgueiro Maia, e que escoltou a difícil entrada do Mercedes de Spínola no quartel do Carmo, está hoje no "outro lado da barricada", ou seja, é coronel da GNR.
Manifestamente satisfeito, o tenente-general Mourato Nunes resumiu o 25 de Abril no Carmo: "a GNR resistiu ao apelo das armas e soube ser cúmplice e obreiro da paz".
6 comentários:
Sendo fantástico que a Revolução portuguesa, não tenha provocado vítimas, ( uma ou duas, directamente), não deixa de ser irónico saber que tal só aconteceu por engano.
Não houve vítimas no 25 de abril por engano ?? são dados novos ?
Só há 4 vítimas mortais do 25 de Abril, todas civis, mortas pela PIDE frente à sede na António Maria Cardoso (eu fugi para uma das Igrejas): Fernando C. Gesteira, José J. Barneto, Fernando Barreiros dos Reis e José Guilherme R. Arruda.
Como se vê não há intervenção militar neste sangue.
LT
Essas vítimas da PIDE eu sabia,foi um ultimo estertor dos "Vampiros", o que me provocou curiosidade foi a afirmação do José. Não sei se quer dizer que a PIDE matou por engano, ou se o facto de não ter havido mais vítimas é que se deve a algum engano. Estou baralhado :)
O facto de não ter havido mais vítimas deveu-se a um engano.
Vem escrito no livro, segundo julgo.
Houve ordem de Salgueiro Maia para disparar contra o lugar onde se encontrava o antigo presidente do Conselho e outros.
O militar que recebeu as ordens de disparar, não percebeu bem.
Se assim fosse, Salgueiro Maia teria sido o único responsável por aquelas mortes. Inúteis e desnecessárias, como se viu.
Ironias da História. Segundo Abelardo, o que conta é a intenção. Salgueiro Maia tinha intenção de matar...
A DGS ( Pide fora antes), nesse tempo, já devia ter percebido que disparar contra a multidão, é uma perfeita estupidez.
Bem à maneira deles, afinal.
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