sábado, 16 de janeiro de 2010

2º EP DO CONJUNTO ACADÉMICO JOÃO PAULO (2ª EDIÇÃO - 1965)


COLUMBIA SLEM 2206 - 1965 (2ª edição)

It's Over (Orbison/Dees) - Chove (Sérgio Borges/Carlos Alberto9 - Se Mi Vuoi Lasciare (Leva/Gaimplero/Reverberi) - Greenback Dollar (Axton/Ramsey)

Este EP do Conjunto Académico João Paulo teve uma 1ª edição, com uma capa diferente:

Como não gostámos do recorte, dos retoques e principalmente do aspecto do Sérgio (tipo ceguinho), solicitamos à Valentim de Carvalho a mudança da mesma, explicou-me Ânelo Moura, baixo do conjunto.

A contracapa é praticamente igual, só divergindo na autoria da capa: anónima nesta, de Alberto Benfeita na outra.

E noutra coisa: esta edição foi feita sob licença de The Gramaphone Company, LTD, a outra de The Columbia Graphophone Company, LTD.

Ambos os EPs partilham o mesmo número de catálogo.

10 comentários:

Jorge Pinheiro disse...

Gosto de "...e o seu conjunto académco"

JC disse...

O termo "académico" caiu em desuso com o fim de uma certa forma de viver a universidade, centrada na tradição coimbrã (esta é para o LT). Hoje em dia ninguém se lembraria de chamar "académico" a um conjunto, a uma equipa desportiva, a uma papelaria que vendesse material escolar, a uma pastelaria, etc, etc. O próprio termo "luto académico", de tão gratas tradições na luta contra a ditadura, hoje em dia não me parece fosse entendido. O curioso é algumas das tradições da academia terem sido, embora apenas na forma, recuperadas pelas universidades recentes e desprestigiadas. Percebe-se porquê.

ié-ié disse...

Podemos discutir este assunto, JC, mas desta feita acho que o teu tiro é... "água"!

Foi em Lisboa que se começou a utilizar o termo "académico" (joão paulo, quinteto), depois andou também pelo porto, espaciais...

Na dita capital do País, até o Colégio Académico havia.

Que eu saiba, mas posso estar enganado, não há uma única banda de Coimbra que utilize o termo "académico". "Universitário" (mais elitista, é certo) sim... os Hi-Fi, por exemplo.

Mas vou ver que "conjuntos académicos" havia por aí. Como é que se diz agora? "Redutor", não é? O que é ser "académico"?

"Académico" não tem nada a ver com o estudante de Coimbra. O estudante de Coimbra é muito mais do que isso: é "bicho", "caloiro", "puto", "semi-puto", "quartanista", "quintanista", "finalista", por aí... "universitário", se se quiser ser generalista, ou "estudante" (termo nobre) por contraposição ao "futrica".

"Académico"? Jamais, diria o nosso ministro. Ó meu amigo JC, lembra-se do Académico do Porto, do Académico de Viseu? O que tinham a ver? Rien, para imitar (de novo) o ministro. Académica de Espinho já era um pouco diferente.

"Académico" até eram o Calmeirão e o Pianinho que vendiam pevides à porta do D. João III. Sabiam do ofício...

E com as convulsões post-25 de Abril, como se passou a "chamar" a Briosa? "Clube Académico de Coimbra". Blasfémia, blasfémia!

Resumindo, "académico" é o meu amigo Vítor Soares que é um intelectual da Comunicação Social, doutorado em Universidades espanholas.

Isso sim, isso é que é um "académico" que gasta euros em universidades castelhanas para interpretar em sentido último como se faz uma notícia de um acidente na 2ª circular, em Lisboa.

No worries!

LT

Anónimo disse...

Por falar em (Quinteto) Académico ...

Aproveitando o link indicado no comentário da Florbela Queirós

http://picasaweb.google.com/quintetoacademico/CartazesProgramas#

(tens umas imagens interessantes para este blog)

JC disse...

Caríssimo amigo:
O que eu disse em 1º lugar é que o termo académico caiu em desuso com o significado e imagem que tinha anteriormente. Acho que esta é uma realidade incontornável sobre a qual podemos estar de acordo e v. até cita, e mtº bem, que hoje em dia académico passou a ser apenas alguém que exerce funções docentes e tem carreira na universidade.
Em 2º lugar,é bem possível, e até compreensível, que o termo se não usasse em Coimbra mas sim em outros lugares, já que era o prestígio da Universidade de Coimbra e do seu então "modo de vida académico" (digamos assim)que gerava um efeito de atração (como se escreve agora?) e de imitação para toda a sociedade. Esse modo de vida deixou praticamente de existir e, com ele, esse efeito de imitação perdeu força.
Um abraço amigo

MTD disse...

A segunda versão da capa (publicada num post aterior) é bastante rara. Assim como o são os dois 33rpm de Moçambique!

Clube de Fãs do Sérgio disse...

olá, estou a fazer um Blog dedicado aos fãs do Sérgio Borges e Conjunto Académico de João Paulo e coloquei uma ou outra coisa daqui. Se houver problema é só dizer que eu apago.
http://bloguedosergio.blogs.sapo.pt/

josé disse...

No suplemento Actual do Expresso de hoje, vem um apontamento sobre Salwa Castelo-Branco, uma académica que trata de um assunto caro a todos os que por aqui andam: Enciclopédia da Música em Portugal no séc. XX. Editora: Círculo dos Leitores e Temas e Debates. 4 volumes a quase 25 euros cada um, a sair na próxima semana e depois um em cada mês seguinte.

Trata de tudo, pelos vistos. Mas, pelo sim e pelo não, vou esperar para ver se trata de alguns que cá sei.

Pode ser que assim consiga saber quem inspirou Yesterday...

etarra disse...

no caso referido do académico de viseu, era um clube fundado nos primeiros anos do séc. XX, por um grupo de alunos do liceu de viseu e do colégio da via-sacra. daí a justificação para o nome do clube e a sua cor - o negro. o mesmo poderá ter ocorrido com outras colectividades.

Rato disse...

Dois albuns do CAJP em Moçambique?
Só conheço um, e era apenas uma coletânea dos primeiros EPs.